Planejamento familiar

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4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER 
JULIANA OLIVEIRA 
PLANEJAMENTO 
FAMILIAR 
Consiste em um conjunto de ações que auxiliam homens e 
mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a 
prevenir gravidez não desejada. 
Conforme a lei federal 9.263/96, o planejamento familiar é 
direito de todo o cidadão e se caracteriza pelo conjunto de 
ações de regulação da fecundidade que garanta direitos 
iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela 
mulher, pelo homem ou pelo casal. 
Deve-se respeitar a autonomia do casal, o médico pode 
indicar, sugerir e explicar o porquê da indicação de 
determinado médico, no entanto, a autonomia deve ser 
respeitada. 
ANTICONCEPÇÃO HORMONAL COMBINADA 
o É o tipo mais usado no mundo inteiro. 
o Resulta da associação entre um componente 
estrogênico e outro progestogênico. 
o Forma de administração: Injetável, vaginal, 
transdérmico e oral. 
Mecanismo de ação: 
➔ Componente progestagênico: 
Promove uma anovulação, ou seja, uma inibição da 
ovulação por inibir o eixo hipotálamo hipófise ovariano e 
consequentemente inibir o pico pré-ovulatório do LH, 
evitando a ovulação. 
 
 RELEMBRANDO A FISIOLOGIA: 
Após a ovulação, quando se tem a produção de 
progesterona, não ocorre mais liberação de gonadotrofina, 
pois, chegou-se ao ponto máximo e a hipófise entende que 
não precisa mais liberá-la, desse modo, entra-se em uma 
fase ovulatória, na qual o próprio pico de LH e produção de 
progesterona já inibe o eixo hipotálamo hipófise ovariano. 
Nesse sentido, esse eixo só irá ser reativado no novo ciclo 
quando os níveis hormonais de progesterona caírem 
porquê a mulher não engravidou. 
 
Além disso, tem-se alguns efeitos como: 
o Espessamento do muco cervical, dificultando a 
ascensão dos espermatozoides. 
o Exerce efeito antiproliferativo no endométrio, 
tornando-o não receptivo à implantação. 
o Altera a secreção e peristalse das trompas de falópio. 
 
➔ Componente estrogênico: 
Inibe o pico de FSH evitando a seleção e o crescimento do 
folículo dominante. 
 
 RELEMBRANDO A FISIOLOGIA: 
Ao iniciar um novo ciclo a hipófise vai entender que os 
níveis hormonais estão muito baixos e vai liberar FSH para 
estimular o crescimento folicular e iniciar um novo ciclo. 
No entanto, caso já se tenha uma quantidade, ainda que 
baixa, de estrogênio circulante, a hipófise vai entender que 
não precisa liberar o FSH, com isso, tem-se uma inibição 
dessa fase proliferativa. Logo, a ação do estrogênio é inibir 
o pico de FSH, inviabilizando o crescimento e 
desenvolvimento do folículo dominante. 
 
Além disso, o estrogênio: 
o Estabiliza o endométrio, evitando “spotting” 
intermenstrual ou sangramentos inadequados. 
Obs: Quando a paciente usa uma pílula somente com 
componente progestagênico, um dos principais efeitos 
colaterais é justamente o sangramento inadequado 
intermenstrual com manchas escuras que causam 
incômodo. 
o Potencializa a ação do componente progestagênico 
aumentando receptores de progesterona 
intracelulares. 
Desse modo, a pílula anticoncepcional combinada, é uma 
pílula que possui um excelente efeito contraceptivo, e do 
ponto de vista de efeitos colaterais, é muito difícil que a 
paciente tenha sangramentos. 
EFEITOS ADVERSOS 
Os principais efeitos ligados ao estrogênio são efeitos 
gastrointestinal. Pacientes que já possuem enxaqueca 
frequente podem piorar com o uso da pílula combinada e a 
depender do tipo de cefaleia, a pílula pode ser 
contraindicada. 
Os principais efeitos ligados à progesterona relacionam-
se com a fadiga, maior retenção de água, logo, tem-se o 
aumento do apetite → aumento de peso. 
EFEITOS METABÓLICOS 
o Pressão arterial: 
O etinil estradiol aumenta a síntese hepática de 
angiotensinogênio, o qual, eleva a pressão arterial sistêmica 
a partir do sistema renina angiotensina aldosterona, sendo 
contraindicado para pacientes que possuem pressão alta 
descontrolada. 
 
 
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o Metabolismo dos carboidratos: 
O estrogênio induz a resistência à insulina, agravando o 
caso de mulheres pré-diabéticas ou diabéticas, sem impacto 
significativo no metabolismo glicídico de mulheres 
saudáveis, não diabéticas. 
 
o Sistema hemostático: 
Os anticoncepcionais induzem o aumento da resistência à 
proteína C ativada, colaborando para um estado pró-
trombótico. 
Aumentam de 2 a 6x o risco de uma trombose se 
comparados a não usuárias de anticoncepcionais, no 
entanto, depende da dose do estrogênio e da progesterona 
associado. 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS E RELATIVAS AO 
USO DOS ANTICONCEPCIONAIS ORAIS : 
 
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE USO : 
ACOG: Colégio americano de ginecologia e obstetrícia. 
OMS: Organização mundial da saúde. 
 
ATENÇÃO! 
Não é necessária a solicitação de exames subsidiários para 
uso de anticoncepcionais hormonais combinados, mas 
aferição da PA e cuidadosa anamnese a respeito de 
antecedentes pessoais e familiares de trombofilias, 
neoplasias hormônio-dependentes, eventos 
tromboembólicos e enxaqueca com aura (percepção de 
que a crise está por vir) são mandatórias. 
EFEITOS NÃO CONTRACEPTIVO DA PÍLULA 
COMBINADA : 
o Melhora dos sintomas da síndrome da tensão pré-
menstrual, dismenorreia primária ou secundária e dos 
sintomas da endometriose. 
o Diminuição do volume da perda sanguínea. 
o Ajuda na redução e no desaparecimento de cistos 
ovarianos simples, devido ao repouso desse ovário. 
o Usuária de longa data de contraceptivos hormonais 
combinados tem menos risco de câncer de ovário, de 
endométrio e intestinal. 
USO CLÍNICO : 
A prescrição deve iniciar na fase folicular precoce, até o 
5º dia (no máximo) do ciclo menstrual, no entanto, a ação 
da pílula ocorre principalmente no início do ciclo, 
bloqueando a etapa de seleção folicular, assim, quanto antes 
a sua administração, melhor. 
As formulações orais podem ser administradas a cada 24hrs 
das seguintes formas: 
o 21 dias, com 7 dias de pausa: 
Etinil estradiol, associado com levonorgestrel, 
gestodeno, desogestrel, clormadinona, 
drospirenona ou ciproterona. 
 
o 22 dias, com 6 dias de pausa: 
Etinil estradiol associado com desogestrel trifásico. 
 
o 24 dias, com 4 dias de pausa: 
Etinil estradiol associado com drospirenona. 
 
o 28 dias contínuos: 
Etinil estradiol e drospirenona ou gestodeno. 
 
Obs: Em casos de uso contínuo é importante que a 
cada 6 meses a paciente suspenda o uso durante 2 
meses para saber como está seu ciclo natural, 
pois, pode-se ter uma condição de menopausa 
precoce e o uso da pílula pode mascarar essa e 
outras condições de disfunção hormonal. 
É importante perceber que a pílula pode mascarar, 
mas não desencadear. 
 
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O que é menopausa precoce? 
É uma falência ovariana prematura, quando a menopausa 
ocorre antes dos 40 anos. 
CLASSIF ICAÇÃO DOS A.OS POR GERAÇÃO : 
Na 1ª geração a dose de etinil estradiol era muito alta, demodo que as mulheres tinham muita náusea, vômito e um 
alto risco de trombose. Nesse momento a dose mínima 
necessária para promover a inibição da ovulação ainda não 
tinha sido entendida, assim, ao longo dos anos a dose de 
estrogênio foi sendo reduzida até que hoje se tem a 
minipílula que é de 15 microgramas. 
A melhor pílula é aquela que o organismo da paciente 
responde bem, os de última geração nem sempre são os 
melhores, isso varia de organismo para organismo. 
 
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS INJETÁVEIS 
Sua aplicação é realizada a cada 30 dias, preferencialmente 
nas nádegas. No entanto, é necessário um profissional 
capacitado para fazer a aplicação, pois, é intramuscular. 
Nas formulações disponíveis no mercado tem-se sempre a 
presença de um componente do estradiol associado a um 
componente de progesterona, sendo assim: 
o Mesigyna: 25 mg de valerato de estradiol e 50 mg de 
enantato de noretisterona. 
o Perlutan, preg-less e daiva: 10mg de enantato de 
estradiol e 150 mg de algestona acetofenida. 
o Ciclofemina e depomês: 5mg de cipionato d 
eestradiol e 25mg de medroxiprogesterona. 
 
ATENÇÃO! 
Toda paciente quando inicia um método contraceptivo 
hormonal, precisa-se de, pelo menos, 3 ciclos/3 meses, 
para se avaliar os efeitos naquela paciente, por isso, 
nunca se deve suspender um método contraceptivo no 
primeiro mês, visto que o organismo está se 
adaptando. 
 
➔ Anel vaginal: 
Nuvarig é composto pelo etonogestrel associado ao etnil 
estradiol, é um anel vaginal que pode ser inserido com 
aplicador específico ou manobra digital. Após a inserção 
deve ser mantido por três semanas e então removido por 
uma semana, quando um novo anel deve ser recolocado. 
➔ Adesivo transdérmico: 
Evra é composto por norelgestromina e etinil estradiol, 
deve ser colocado sob a pele, nos braços, nas costas ou no 
abdome anterior ou posterior. Cada adesivo permanece 
colado na pele por 7 dias, totalizando 21 dias de uso, 
seguidos de 7 dias de pausa. 
ANTICONCEPCIONAL HORMONAL 
 APENAS DE PROGESTERONA : 
Alguns métodos hormonais apresentam apenas 
progestagênios na sua composição e são classificados de 
acordo com sua origem e seu tipo de via de administração. 
 
A principal desvantagem é que a ausência do estrogênio 
para estabilizar o endométrio pode causar um sangramento 
intermenstrual. 
Mecanismo de ação: 
 
O injetável trimestral, implante e pílulas apenas de 
progestagênio, atuam no endométrio causando, ao longo do 
tempo, atrofia e redução de vascularização, de modo que a 
paciente deixa de menstruar, além disso, esse endométrio 
se torna inadequado para a implantação embrionária. 
Exerce transformação no muco cervical que passa a ser 
“hostil” a migração de espermatozoides, dificultando a 
ascensão dos espermatozoides e reduz a motilidade tubária. 
 
Promovem a inibição da ovulac ̧ão por supressão na 
liberac ̧ão cíclica das gonadotrofinas pela hipófise, impedindo 
o pico pré-ovulatório do hormônio luteinizante (LH). São 
métodos seguros quando utilizados corretamente. 
 
➔ Indicações: 
o Mulheres em situações especiais no pós parto que 
estejam ou não amamentando e após abortamento. 
o Pacientes que apresentam contraindicações para o uso 
de estrogênio devido à presença de algumas doenças 
como enxaqueca, hipertensão, etc. 
 
➔ Riscos e benefícios: 
o Redução ou ausência de sangramento. 
O uso do injetável p.ex. quanto maior o tempo de uso, 
maior o tempo de amenorreia, isso é bom até certo 
ponto, visto que uma paciente que faz uso desse 
 
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método e cessa o uso pra engravidar, leva um tempo 
até que volte a menstruar, podendo ser um problema. 
o Melhora de sintomatologia perimenstrual como 
dismenorreia e TPM. 
o Melhora das dores em usuárias com endometriose. 
o Redução do câncer de ovário e endométrio para suas 
usuárias. 
o Uso de acetato de medroxiprogesterona de depósito 
(AMPD) foi associado à perda de massa óssea, 
provavelmente, devido à menor produção de 
estrogênio ovariano resultante da supressão da 
secreção de gonadotrofina. 
 
➔ Eventos adversos: 
o Sangramento irregular e manchas, principalmente, nos 
primeiros três meses de uso. 
o Amenorreia; 
o Outras queixas: cefaleia, tontura, mudança de humor 
(nervosismo e depressão), ganho de peso, dores nas 
mamas, acne e, menos frequentemente, queda de 
cabelo e hirsutismo (pêlos em face). 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
➔ Levonorgestrel ou diu de mirena: 
Consiste em um pequeno dispositivo em forma de “T” que 
é inserido dentro do útero e que contém um reservatório 
com levonorgestrel (52mg) ao redor da haste vertical. 
 
Mecanismo de ação: 
o Sua principal ação é local e endometrial, causando 
atrofia e modificações vasculares, esse processo é 
reversível, quando a paciente retira o diu ela volta a 
ciclar normalmente. 
o Também atua no muco cervical, inviabilizando a 
migração dos espermatozóides. 
o Possui pouco efeito sobre o eixo HHO, dessa 
forma, a maioria das mulheres ovula. A taxa de inibição 
da ovulação é inferior a 25%. 
 
Contra indicações: 
o Câncer de colo uterino; 
o Câncer endometrial; 
o Mioma submucoso ou alguma malformação uterina 
com distorção da cavidade. 
o Estenose cervical (possível colocar no centro 
cirúrgico). 
o Doença inflamatória pélvica. 
o Infecção puerperal. 
o Câncer de mama. 
 
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
É sempre o levonorgestrel, quando utilizado em uma 
dose muito alta, é possível, em grande parte dos casos, 
evitar a ovulação e inibir a implantação embrionária. 
Dose: Única 15 mg. 
Período: Ideal até 3 dias, mas pode ser estendido até 5 
dias (menor eficácia). 
Efeitos adversos: Náuseas, vo ̂mitos, cefaleia, alterac ̧ão de 
sangramento. 
 
A utilização do levonorgestrel previne cerca de 2/3 das 
gestações se for iniciada até 24 horas do ato sexual. 
A concepção de emergência é um método que oferece às 
mulheres uma maneira não arriscada de prevenir uma 
gravidez não planejada em até 120 horas da relação sexual. 
Seu mecanismo de ação consiste em impedir ou atrasar a 
ovulação, também altera os níveis hormonais interferindo 
no desenvolvimento folicular, na maturação do corpo lúteo 
e inibindo a fertilização. 
➔ Diu de cobre: 
É uma pequena estrutura de plástico flexível em forma de T 
com um fio de cobre na haste vertical do T e tubinhos de 
cobre em cada braço horizontal. 
É disponibilizado pelo SUS e sua inserção deve ser realizada 
por um profissional de saúde. 
Não é indicado para paciente que tem quadro de 
hipermenorragia, dismenorreia, pois, o seu uso pode 
agravar esses sintomas. 
 
Mecanismo de ação: 
Consiste no desencadeamento pelos sais de cobre e 
polietileno da reação de corpo estranho pelo endométrio, 
nesse context, tem-se a liberação de uma pequena 
quantidade de metal que estimula a produção de 
prostaglandinas e citocinas no útero, formando uma 
“espuma” biológica na cavidade uterina, que possui efeito 
tóxico sobre espermatozoides e óvulos, alterando a 
viabilidade, o transporte e a capacidade de fertilizac ̧ão, além 
de dificultar a implantac ̧ão por meio de uma reação 
inflamatória crônica endometrial. 
A presença de cobre no muco cervical também atua na 
diminuição da motilidade e viabilidade dos gametas 
masculinos. 
Não age no eixo HHO, seu efeito é local. 
 
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JULIANA OLIVEIRAObs: Pacientes que têm alergia ao cobre podem utilizer o 
diu de prata, o qual possui o mesmo mecanismo de ação. 
Indicações: 
o Mulheres que procuram métodos reversíveis de longa 
duração. 
o Uso inconsistente do método atual que é dependente 
da usuária para ter a sua eficácia garantida p.ex. 
contraceptivo oral. 
o Pode ser indicado para pacientes nulíparas, inclusive 
para adolescentes. 
 
Contraindicações: 
Absolutas: 
o Gravidez; 
o Doença inflamatória pélvica (DIP) ou doença 
sexualmente; 
o Transmissível (DST) atual, recorrente ou recente (nos 
últimos três meses) 
o Sépses puerperal; 
o Imediatamente pós-aborto séptico; 
o Cavidade uterina severamente distorcida; 
o Hemorragia vaginal inexplicada; 
o Câncer cervical ou endometrial; 
o Doença trofoblástica maligna; 
o Alergia ao cobre (para DIUs de Cobre); 
 
Relativas: 
o Fator de risco para DSTs ou HIV; 
o Imunodeficiência; 
o De 48 horas a quatro semanas pós-parto; 
o Doença trofoblástica benigna; 
 
ESTERILIZAÇÃO FEMININA 
É a contracepção permanente para mulheres que não 
querem mais ter filhos. 
Funciona através do corte ou bloqueio das trompas de 
falópio. Os óvulos liberados pelos ovários não conseguem 
se deslocar pelas trompas e por esse motivo, não 
encontram o espermatozoide. 
Há duas abordagens cirúrgias que são as utilizadas com 
maior frequência: 
o Minilaparotomia: 
Envolve a realização de uma pequena incisão no abdome, as 
trompas de falópio são trazidas até a incisão para serem 
cortadas ou bloqueadas. 
o Laparoscopia: 
Envolve a introdução de um tubo longo e fino com lentes 
no abdome por meio de uma pequena incisão. Esse 
laparoscópio permite que o médico observe e bloqueie ou 
corte as trompas de falópio no abdome. 
 
ESTERELIZAÇÃO MASCULINA: 
A vasectomia é a contracepção permanente para homens 
que não queiram mais ter filhos, funciona por meio do 
fechamento de cada vaso deferente, fazendo com que o 
sêmen não contenha espermatozoides. O sêmen é 
ejaculado, mas não pode provocar uma gravidez. 
Através de uma punctura ou pequena incisão no escroto, o 
profissional localiza os dois ductos deferentes por onde o 
esperma é transportado, corta e bloqueia o mesmo, 
amarrando-o de modo a fechá-lo ou por meio da 
cauterização. 
 
 
 
 
 
De acordo com a lei nº 9263/96, somente é permitida 
a esterilização voluntária nas seguintes situações: 
o Homens ou mulheres com capacidade civil plena e > 25 
anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, 
desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre 
a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período 
no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a 
serviço de regulação da fecundidade, incluindo 
aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando 
desencorajar a esterilização precoce. 
o Rico à vida ou à saúde da mulher ou do futuro 
concepto, testemunhado em relatório e assinado por 
dois médicos. 
PRESERVATIVOS 
➔ Masculino: 
São capas ou revestimento que são colocadas no pênis 
ereto do homem, a maioria é feita de borracha de látex 
fina. Funcionam formando uma barreira que mantêm os 
 
 
 
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espermatozoides fora da vagina, prevenindo a gravidez e 
também a transmissão de DSTs. 
 
É o único método contraceptivo que protege tanto contra 
a gravidez quanto as doenças sexualmente transmissíveis, 
inclusive HIV. Exigem o uso correto em cada relação sexual 
para que se tenha máxima eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Feminino: 
São feitos de filme plástico fino, transparente e macio, 
como forma de bainha, que se inserem, de modo frouxo, 
dentro da vagina da mulher. 
o Te ̂m anéis flexíveis em ambas as pontas. 
o Um anel na extremidade fechada ajuda na colocação do 
preservativo. 
o O anel na extremidade aberta retém parte do 
preservativo fora da vagina. 
 
 
 
 
 
Funcionam formando uma barreira que impede os 
espermatozóides de entrar na vagina, prevenindo a 
gravidez. Também evita que infecções existentes no sêmen, 
no pênis ou na vagina sejam contraídas pelo parceiro. 
Esse método contraceptivo, bem como o masculino, pode 
proteger tanto contra a gravidez quanto das doenc ̧as 
sexualmente transmissíveis. Requer o uso correto em toda 
relac ̧ão sexual para se obter máxima eficácia.