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Atividade Metodologia das Artes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – METODOLOGIA DO ENSINO DAS ARTES
VISUAIS EDCJ026
PROFESSORA: SAMIRA DA COSTA STEN
ALUNO: CATARINA PINHEIRO DA SILVA SOUZA
Repositório 2020
Figura 2 "V-J Day in Times Square". Fotografia de Alfred Eisenstaedt (1945).
	Alfred Eisenstaedt (1898-1995) foi um fotógrafo e fotojornalista norte-americano que fotografou uma das imagens mais famosas de todos os tempos denomidado de “V-J Day in Times Square” e mundialmente conhecida como “O Beijo”. A história por trás da foto se passa em 14 de agosto de 1945, em meio ao anúncio do término da guerra dos Estados Unidos contra o Japão, no qual o marinheiro George Mendonsa foi registrado beijando uma jovem enfermeira, depois reconhecida como Edith Shein enquanto ela passava pelo local. 
A abordagem a ser usada para a construção de uma discussão entre os alunos seria a abordagem histórica, no qual os estudantes apresentariam elementos históricos da época, como o fim da Segunda Guerra Mundial e os seus impactos no período, para interpretar a imagem. A discussão se baseará inicialmente na ausência do contexto em que a imagem foi tirada para que os alunos tentem capturar os sentimentos retratados. A verdade é que o marinheiro, após ter recebido a notícia dentro de um bar, saiu às ruas e agarrou a enfermeira contra a sua vontade e apesar disso, a imagem ainda é reproduzida como sendo símbolo de amor por diversos apaixonados. Essa contextualização levará a outra exposição de elementos históricos como o machismo exacerbado da época e questões como assédio e dominação masculina, visto que a enfermeira foi agarrada contra a sua vontade. A abordagem histórica levará ao aluno um avanço na leitura, explorando diversos aspectos na fotografia que o fará estabelecer associações com o coletivo, retirando um pouco de si na interpretação da imagem e trazendo-a para um âmbito social.
Figura 1 "Homem morando onde não lhe cabe mais". CORREIA, Susano (2019)
	Susano Correia é um artista contemporâneo que aborda diversos temas subjetivos e formenta no leitor uma auto-reflexão em cada uma das suas obras. Usa do personagem “homem” para trazer temáticas pessoais e metafóricas em suas obras. Nessa, em especial “homem morando onde não lhe cabe mais” usa do “morar” no sentido literal (o homem morando em uma casa pequena) para retratar a permanência do indivíduo em “lugares” onde não lhe cabe mais, podendo esses lugares serem pessoas, ambientes, relacionamentos ou o que melhor se encaixa na realidade pessoal do leitor. Creio que a abordagem a ser utilizada para os alunos de Ensino Médio ao ler a obra seja a abordagem iconológica (técnico-filosófica), em que se analisa uso das cores, sombreamentos e elementos da imagem relacionando-os com o conceito subjetivo em que a obra deseja passar, remetendo ao estudante uma associação com a sua realidade levando-o primeiramente a se questionar: “Em qual lugar eu tenho morado que não me cabe mais?”. Dessa forma, seria desenvolvido um debate para provocar diferentes perspectiva sobre o tema proposto na imagem. 
Essa abordagem aplicada à leitura dessa obra pode capabilizar, baseado nas classificações de Maria Helena Wagner Rossi em “A Compreensão do desenvolvimento Estético”, o avanço do primeiro estágio de leitura (accountive) em que o leitor “[...] lida com a obra como se ela fosse algo vivo.[...]” e usa como questão básica “o que?”, sendo uma leitura mais egocêntrica, para o segundo estágio de leitura (constructive) no qual o aluno “[...] relaciona partes da imagem com a sua totalidade. [...]”, tendo como questão básica “como?”, nesse estágio há um interesse maior pelas propriedades formais da obra. Ademais, em alguns casos de alunos mais engajados artisticamente essa abordagem ainda pode facilitar o avanço para o terceiro estágio (classifying) em que o leitor usa de um olhar mais analítico e diagnóstico e procura aplicar influências históricas e hipotetitzar intenções do artista tendo como questões básicas “quem?” e “por quê?”. Assim, é responsabilidade da escola e do professor de Artes desenvolver um estímulo a sensibilidade emocional no aluno. Esse estímulo previamente construído no decorrer das aulas agregado às possibilidades de um sigificado intríseco na arte do Susano faz com que a obra cumpra o seu papel e traz a quem está lendo-a uma multi-interpretação pessoal e única.

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