Ascaridíase: Doença Parasitária

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Rose Anne 
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Ascaridíase 
Descrição 
• Doença parasitária do homem causada por 
um helminto 
• Sua frequência na população varia em 
função das condições climáticas, ambientais 
e do grau de desenvolvimento econômico 
• Geo-helminto 
• Alta prevalência em países em 
desenvolvimento 
• Relacionada às condições sanitárias nas 
quais o individuo se encontra 
Taxonomia 
Espécie: Ascaris lumbricoides (lombriga) 
Classe: Nematoda 
Dimorfismo sexual (macho < fêmea) 
 
Morfologia 
Verme adulto: 
• Vermes longos 
• Cilíndricos 
• Extremidades afiladas 
• Boca 
→ Centrada na extremidade posterior 
→ Cercada de 3 lábios grandes 
• Cutícula lisa, brilhante e permeável ao 
ambiente 
• Cor: branco-marfim a rosada 
 
Agente etiológico 
Vermes adultos: larva – áscaris lumbricoides 
Branco-rosado: quando recém emitidos do 
organismo 
Branco-perola: quando fixados com formol 
Ovo – Ascaris lumbricoides 
Casca do ovo é formada por 3 camadas: 
• Interna: mais delgada e impermeável 
• Mediana: bastante espessa composta de 
proteína e quitina 
• Externa: mais grossa e mamilonada 
(semelhante a um mamilo), composta de 
mucopolissacarídeo secretado pela 
parede uterina 
Ovo Infértil: 
• Alongado, membrana mamilonada 
• Citoplasma granuloso e opaco 
• Camada externa mais irregular 
• Se apresentam com material interno 
indefinido 
Ovo fértil: 
• Mais comuns 
• Redondos ou ovais 
• Casca espessa recoberta por uma 
grossa camada mamilonada 
• Observa-se uma pequena larva pré-
formada no interior 
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• Célula interna em diversos estágios de 
clivagem 
Ciclo biológico 
• Monoxênico 
• Ovos chegam ao ambiente por meio das 
fezes contaminadas 
• Geo-helmintos: precisam passar um 
tempo no ambiente para o 
desenvolvimento da larva 
• Duração do ovo no ambiente: até 1 ano 
• Ciclo de Looss (característico da 
ascaridíase) 
→ Determina os estágios larvais em 
diferentes órgãos. 
 
5 estágios larvários (L1 - L5) 
L3: larva infectante 
→ Responsável pela infecção e pelos 
sintomas que o indivíduo apresenta 
1. O verme adulto vive na luz do intestino 
delgado (L5 – maturidade sexual para se 
reproduzir) 
2. Os ovos são excretados nas fezes (os 
ovos não fertilizados podem ser 
ingeridos, mas não são infecciosos) 
3. No meio ambiente, em condições ideais, 
os ovos fertilizados se tornam 
embrionários e infecciosos 
4. Ovos infecciosos são deglutidos 
5. No intestino delgado, os ovos eclodem 
em larvas 
6. As larvas penetram a parede do 
intestino delgado e migram via sistema 
porta-hepatico ate o fígado, seguindo via 
circulação sistêmica até os pulmões 
7. As larvas penetram as paredes 
alveolares, ascendem a arvore brônquica 
ate a garganta e são deglutidas, 
retornando ao intestino delgado, onde se 
transformam em vermes adultos. 
Sequência 
Ingestão de ovo com L1 – rabditoide eclosão e 
penetração da larva na mucosa intestinal (L3 – 
filariode – infectante circulação fígado coração 
pulmões muda (L4) alvéolos pulmonares muda 
(L5) brônquios traqueia faringe esôfago 
intestino muda (adultos) 
 
 
Modo de transmissão 
Ingestão de ovos infectantes do parasita 
procedentes do solo, água ou alimentos 
contaminados com fezes humanas. 
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Período de incubação 
Dos ovos férteis ate o desenvolvimento da larva 
infectante (L3) no meio exterior em condições 
ideais é de 20 dias 
O período prepotente da infecção (de ovos 
embrionados até ovos nas fezes do hospedeiro) 
é de 60 a 75 dias 
Complicações clinicas 
• Habitualmente não causa sintomatologia 
• Pode manifestar dor abdominal, diarreia 
(pastosa), náuseas e anorexia 
• Quando há um grande numero de 
parasitas pode haver obstrução intestinal 
• Pode gerar uma resposta inflamatória – 
Síndrome de Loefler (pneumonia 
eosinófila) 
• Devido ao ciclo do parasita, pode haver 
broncoespasmo, hemoptise (tosse seguida 
de sangue) e pneumonia 
• Coleciste, colelitíase, pancreatite aguda e 
abcesso hepático 
Fígado 
→ Focos hemorrágicos 
→ Necrose 
→ Reação inflamatória 
→ Aumento do volume hepático 
(hepatomegalia) – hiperplasia 
compensatória do fígado 
Sinais e sintomas 
• Dor abdominal 
• Eosinofilia 
• Irritabilidade 
• Alternância entre diarreia e constipação 
• Reação alérgica 
• Síndrome de loefler 
• Febre, tosse 
• Anemia e emagrecimento 
• Visualização dos parasitos nas fezes ou ate 
eliminados pela boca ou nariz 
Vermes adultos na luz intestinal 
Ação tóxica 
Antígenos liberados pelo parasita levam a 
inflamações e irritação local 
Ação espoliadora 
Consumo de proteínas, carboidratos, lipídios e 
vitaminas 
Subnutrição e diminuição do desenvolvimento 
físico/mental 
Ação mecânica 
Dependendo da localização, pode haver 
irritação e obstrução intestinal 
Tratamento 
Albendazol: ovocida, larvicida e vermicida 
Mebendazol 
Levamizol 
Para obstrução intestinal: 
Piperazina 
Medidas de controle: 
Gerais 
Medidas de educação em saúde e de 
saneamento 
Específicas 
Evitar as possíveis fontes de infecção, ingerir 
vegetais cozidos e lavados corretamente 
Higiene pessoal 
Manipulação de alimentos 
 
 
 
 
 
 Rose Anne 
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