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R E V I S Ã O D E T E O R I A C O G N I T I V O C O M P O R T A M E N T A I S P R O F E S S O R A L I A N A X I M E N E S R E V I S Ã O •Behaviorismo é área da psicologia que estuda o comportamento, o qual é tomado como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. •O behaviorismo busca controlar e moldar o comportamento humano. B E H A V I O R I S M O O U C O M P O R T A M E N T A L I S M O B E H AV I O R C O M P O R TA M E N T O •O behaviorismo (behavior = comportamento), que também pode ser traduzido como comportamentalismo, tem como objeto de estudo a compreensão e análise científica do comportamento humano e animal. B E H AV I O R I S M O • Surgiu no começo do século XX como uma proposta para a Psicologia para tornar como objeto de seu estudo o comportamento. • Surgiu como reação às posições, então dominantes, de que a psicologia deveria estudar a mente ou a consciência dos homens. • Desta forma, surgiu em oposição ao mentalismo e ao introspecionismo. (Matos, 1998) P O D E S E R D I V I D I D O E M D O I S M O M E N T O S : Behaviorismo Metodológico ou Clássico – estudo do condicionamento clássico Behaviorismo Radical – estudo do condicionamento operante B E H AV I O R I S M O M E T O D O L Ó G I C O O U C L Á S S I C O • Ciência do comportamento humano, onde apenas os comportamentos observáveis são passíveis de serem analisados. • Importância do método científico. • Ênfase no treino rigoroso de procedimento de registro e análise. • Ênfase nos métodos de observação e nos procedimentos de medida do comportamento na sua relação com o ambiente. B E H AV I O R I S M O M E T O D O L Ó G I C O • Ficou conhecido com Psicologia do S-R. • Principal objeto de estudo – condicionamento clássico • É importante registrar aqui que o behaviorismo metodológico não nega a existência da mente, mas sim a sua cientificidade, afirmando, dessa forma, não ser possível o estudo dos eventos mentais. B E H AV I O R I S M O R A D I C A L → S K I N N E R • O behaviorismo radical foi como o próprio Skinner denominou sua abordagem teórica, para diferenciá-la das outras teorias behavioristas existentes na época. • Suas principais características são negar radicalmente a existência da mente e aceitar radicalmente todos os fenômenos comportamentais. • Dessas características derivam o termo “radical”, atribuído à teoria behaviorista desenvolvida por este importante pesquisador. B E H AV I O R I S M O R A D I C A L - S K I N N E R • Foi desenvolvido não como uma área de pesquisa experimental, mas como uma proposta de reflexão sobre o comportamento humano. • A realização de pesquisas empíricas constitui o campo da análise experimental do comportamento, enquanto a implementação prática faz parte da análise aplicada do comportamento. • Análise do comportamento • Análise experimental do comportamento • Análise aplicada do comportamento • Behaviorismo radical P R I M E I R A FA S E D O B E H AV I O R I S M O M A R C O H I S T Ó R I C O D O B E H AV I O R I S M O • Em 1913, Watson publica o artigo “A Psicologia como um behaviorista a vê” (2008), no qual expõe os principais posicionamentos científicos da nascente Psicologia Comportamental. • Watson propõe defini-la como uma ciência do comportamento, já que este é fisicamente observável: pode-se ver as pessoas andarem, comerem, conversarem, mas é difícil observar seus pensamentos e sentimentos. W AT S O N E A C R Í T I C A À I N T R O S P E C Ç Ã O • Uma das primeiras maneiras de estudar o ser humano, utilizada nesta época, foi o uso da introspecção, tal como era sistematizado por Wundt. • Pessoas eram treinadas para observarem, sistematicamente, seus processos mentais, buscando descrevê-los do modo mais fiel possível. • Assim, um observador treinado poderia descrever tudo o que se passava em sua mente antes, durante e depois do comportamento de apanhar um objeto, para verificar se outros observadores descreveriam a mesma coisa. • Entretanto, percebeu-se que o resultado da observação depende muito do indivíduo que observa, sendo assim pouco confiável. O S F U N DA M E N T O S D O C O N D I C I O N A M E N T O C L Á S S I C O • Ivan Pavlov, um fisiologista russo, nunca pretendeu fazer pesquisa psicológica. Em 1904, ele ganhou o Prêmio Nobel por seu trabalho sobre digestão, testemunho de sua contribuição para aquele campo. • Contudo, Pavlov é lembrado não por sua pesquisa em fisiologia, mas por suas experiências sobre os processos básicos de aprendizagem – trabalho que iniciou de forma acidental. O S F U N DA M E N T O S D O C O N D I C I O N A M E N T O C L Á S S I C O • Pavlov vinha estudando a secreção dos ácidos estomacais e a salivação em cães em resposta à ingestão de diversas quantidades e tipos de alimento. • Enquanto fazia isso, ele observou um fenômeno curioso: às vezes, as secreções estomacais e a salivação iniciavam-se nos animais quando eles ainda não tinham comido. • A simples visão do experimentador que normalmente trazia o alimento ou até o som dos passos dele eram suficientes para produzir salivação nos cães. (1849-1936) Ele percebeu que os cães estavam respondendo não apenas com base em uma necessidade biológica (fome), mas também como resultado de aprendizagem – ou, como ela passou a ser chamada: condicionamento clássico. C O N D I C I O N A M E N T O C L Á S S I C O • Condicionamento clássico é um tipo de aprendizagem no qual um estímulo neutro (tal como os passos do experimentador) passa a produzir uma resposta depois de ser emparelhado com um estímulo (tal como a comida) que naturalmente produz aquela resposta. • A aprendizagem resulta de associações entre estímulos e respostas. E X P E R I M E N T O C O M C Ã E S D E PAV L O V • Pavlov (1927) afixou um tubo à glândula salivar de um cão, o que lhe permitia medir precisamente a salivação. • Ele, então, soava uma sineta e, apenas alguns segundos depois, dava carne para o cachorro. Esse emparelhamento ocorria repetidamente e foi planejado de modo cuidadoso para que sempre transcorresse a mesma quantidade de tempo entre a apresentação do sinal e da carne. • De início, o cão salivava somente quando a carne era apresentada, mas, em breve, ele começou a salivar ao som da sineta. • Na verdade, mesmo quando Pavlov parou de apresentar a carne, o cão salivava depois de ouvir o som. O cão havia sido classicamente condicionado a salivar à sineta. P E Q U E N O A L B E R T • Em um estudo de caso hoje considerado não ético, o psicólogo John B. Watson e sua colega Rosalie Rayner (1920) demonstraram que o condicionamento clássico estava na raiz desses medos condicionando um bebê de 11 meses, chamado Albert, a sentir medo de ratos. • O “pequeno Albert”, como a maioria dos bebês, inicialmente tinha medo de barulhos altos, mas não de ratos. E X P E R I M E N T O D O P E Q U E N O A L B E R T • No estudo, os experimentadores faziam soar um barulho alto sempre que o pequeno Albert tocava um rato branco. • O barulho (estímulo incondicionado) produzia medo (resposta incondicionada). • Depois de apenas alguns emparelhamentos do barulho e do rato, Alberto começou a demonstrar medo do rato em si, explodindo em lágrimas quando o via. • O rato, então, havia se tornado um Estímulo Condicionado que produzia a Resposta Condicionada, o medo. • Além disso, os efeitos do condicionamento perduraram: cinco dias depois, Alberto reagiu com algum grau de medo não apenas quando via o rato, mas quando via objetos com aparência semelhante ao rato de pelúcia branco, incluindo um coelho branco, um casaco de pele de foca branco e até uma máscara de Papai Noel P O P U L A R I Z A Ç Ã O D O B E H AV I O R I S M O • Watson começou a se comunicar com o público em geral desde o início de sua carreira acadêmica, publicando artigos em revistaspopulares. • Essa atividade aumentou muito na década de 20, com a publicação de mais artigos em revistas, transmissões de rádio e dois livros. • Psicologia de Watson e a ideia que era possível moldar o comportamento de uma pessoa era compatível com o ideal norte-americano de que todos podiam alcançar seus objetivos. O R E F L E X O A P R E N D I D O ( C O N D I C I O N A M E N T O R E S P O N D E N T E ) • De acordo com a teoria evolutiva, é muito importante aos seres vivos não só terem reflexos inatos, pois estes só os auxiliam em situações específicas do ambiente. • É necessário, também, que ele aprenda novos reflexos, para poderem lidar com situações que se modificaram, que estão fora do previsto biologicamente por seu organismo. Estímulo incondicionado (ou inato) – estímulo que naturalmente elicia (provoca) uma resposta incondicionada (ou inata). Resposta incondicionada – resposta involuntária (automática) eliciada (provocada) pelo estímulo incondicionado. Estímulo neutro – estímulo que não mantém relação com o reflexo inato em questão (o reflexo inato é a relação estabelecida entre o estímulo incondicionado e a resposta incondicionada). Estímulo condicionado – nova denominação do estímulo neutro após seu pareamento com o estímulo incondicionado. Em função deste pareamento, o estímulo neutro assume as propriedades do estímulo incondicionado, passando a eliciar a mesma resposta. Resposta condicionada – resposta eliciada pelo estímulo condicionado. A relação estabelecida entre o estímulo condicionado e a resposta condicionada caracteriza o reflexo aprendido. Si Ri Sn Sc Rc C O N D I C I O N A M E N T O C L Á S S I C O • Consiste em emparelhar um estímulo (Si) que sabidamente produz uma determinada resposta (no caso, a salivação) e a um estímulo neutro(Sn), como um ruído ou um metrônomo. • O ponto de partida é o reflexo já existente (salivação pela comida). Esse seria o reflexo incondicionado (Ri) para Pavlov → salivação quando a comida (Estímulo incondicionado ou Si) é apresentado ao animal. • O condicionamento envolve a apresentação de um estímulo neutro seguido da apresentação do estímulo incondicionado (Si). C O N D I C I O N A M E N T O C L Á S S I C O ( C O N T I N U A Ç A O ) • O estímulo que antes era neutro passa a eliciar a mesma resposta que o estímulo incondicionado (Si). • Dessa forma, o estímulo neutro passa a ser um estímulo condicionado(Sc). • Verifica-se a generalização quando ocorre uma resposta condicionada a estímulos semelhantes ao estímulo condicionado. • Estímulos parecidos fisicamente com o estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada. • O processo de generalização que permite a aparição de resposta similar à condicionada, a um estimulo semelhante ao que se usou no condicionamento original. A magnitude da resposta eliciada depende do grau de semelhança dos estímulos em questão. G E N E R A L I Z A Ç Ã O R E S P O N D E N T E E X T I N Ç Ã O R E S P O N D E N T E • Enfraquecimento do reflexo a um estímulo condicionado, repetido um numero de vezes sem o estímulo incondicionado. • Quando um estímulo condicionado é apresentado várias vezes, sem o estímulo incondicionado ao qual foi emparelhado, seu efeito eliciador se extingue gradualmente, ou seja, o estímulo eliciador começa a perder a função de eliciar a resposta até não mais eliciar tal reposta. E X T I N Ç Ã O • Outra propriedade importante do reflexo condicionado diz respeito à sua permanência ou ausência quando não há mais emparelhamento dos estímulos. • Quando o Sc é apresentado várias vezes sem estar emparelhado com o Si, o que ocorre é uma gradual perda do seu poder de eliciação: aos poucos, a resposta cessa de ser eliciada. • A campainha não causa mais a salivação do cão, se depois de sucessivas apresentações não houver alimento. • Esse fenômeno é chamado de extinção respondente. C O N T R A - C O N D I C I O N A M E N T O • Contra-condicionamento – emparelhamento de estímulos que produzem respostas contrárias. • Ex: • rato → ansiedade • Canção de ninar → relaxamento • rato → canção de ninar → relaxamento • Rato → relaxamento D E S S E N S I B I L I Z A Ç Ã O S I S T E M Á T I C A • Técnica de exposição gradativa a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o estímulo condicional original. • Consiste em dividir o processo de extinção em pequenos passos. • Ex. • Pensar em cães • Ver fotos de cães • Observar cães ( diferentes daqueles que atacarão)de longe • Observar de perto esses cães • Entrar num canil C O M P O R TA M E N T O O P E R A N T E • Comportamento Operante – aquele comportamento que produz consequências (modificações no ambiente) e é afetado por elas. • Se a consequência for recompensadora ou agradável, aumenta a probabilidade do comportamento se repetir em ocasiões futuras. D I F E R E N Ç A S E N T R E C O M P O R T A M E N T O R E S P O N D E N T E E C O M P O R T A M E N T O O P E R A N T E • Comportamento reflexo ou respondente → que tem como característica ser involuntário. • Comportamento operante → caracteriza-se por ser um comportamento voluntário. • Ele não é produto de um estímulo que o antecede, mas é seguido de consequências. • Exemplos: andar, correr, pular, escrever, etc. D I F E R E N Ç A S E N T R E C O M P O R T A M E N T O R E S P O N D E N T E E C O M P O R T A M E N T O O P E R A N T E • O comportamento reflexo é determinado pelos estímulos anteriores, que atuam como disparadores do comportamento. Diz-se então, que o estímulo eliciou a resposta. Entretanto, a maioria dos comportamentos é emitida, não sendo disparados por estímulos antecedentes. O que se percebe, na verdade, é que a frequência do comportamento varia conforme as consequências que ele produz. Comportamento Respondente S → R (Uma alteração no ambiente elicia uma resposta no organismo) Comportamento Operante R → C (uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente) R E F O R Ç O • Reforço - reforço é um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer. • Existem dois tipos de reforço: o positivo e o negativo. O reforço aumenta a probabilidade do comportamento reforçado voltar a ocorrer. R E F O R Ç O P O S I T I V O • Reforço positivo - consiste na apresentação de um estímulo agradável ou recompensador após a ocorrência da resposta. Exemplo: se o rato pressiona a barra, então ele recebe a água (se o comportamento X ocorrer, então a consequencia Y ocorre). R E F O R Ç O N E G AT I VO • Reforço negativo - consiste em retirar um estímulo aversivo ou desagradável após a ocorrência da resposta. • Ex: quando a pessoa está numa situação desagradável, como ter uma pedra no sapato. O comportamento de retirar a pedra elimina o estímulo aversivo, e esse comportamento tenderá a se repetir sempre que esse incômodo se apresentar. • Caixa de Skinner - terá um choque no assoalho, que poderá ser removido pela pressão da barra. • Após tentativas de evitar o choque, o ratinho chega à barra e a pressiona, por acaso. • O choque desaparece. Aos poucos, o bater na barra está associado com o desaparecimento do choque. Este condicionamento dá-se por reforçamento negativo. • É condicionamento porque é aprendizagem, é reforçamento porque um comportamento é emitido e aumentado em sua frequência por obter um efeito desejado. • O reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo; o negativo permite a retirada de algo indesejável. Exemplo de reforço negativo R E F O R Ç O N E G AT I V O • Dois tipos de comportamento operante são mantidos por contingencias de reforço negativo: comportamento de fuga e comportamento de esquiva. E S Q U I VA E F U G A • Esquiva -indivíduo adota um comportamento para prevenir a ocorrência ou reduzira magnitude do estímulo aversivo. • Prevenção. • Ex: quando escutamos o chiado que precede ao estouro de rojões, tapamos os ouvidos para evitar ou reduzir o barulho do estouro dos mesmos; • Fuga – Indivíduo foge do estímulo aversivo depois de iniciado. • Remediação • Ex: Os fogos de artifício começam a estourar e o indivíduo apresenta comportamento para evitar o barulho que incomoda, fechando a porta, indo embora ou tapando os ouvidos. P U N I Ç Ã O • A punição consiste na apresentação de um estímulo aversivo após a ocorrência de um comportamento que se quer eliminar. • Os eventos punidores tendem a suprimir o comportamento que os produz. • Ex1: ultrapassar o sinal vermelho, ser multado e não infringir mais essa regra; • Ex2:"dizer palavrão", "receber uma bronca" e diminuir bastante a frequência dessa atitude. T I P O S D E P U N I Ç Ã O • Punição positiva – diminui o comportamento com a apresentação de um estímulo aversivo. • Ex: Um rato pressiona a barra e recebe um choque, diminui comportamento de pressionar a barra. • Punição negativa – diminui o comportamento com a retirada de um estímulo reforçador. • Ex: Fazer traquinagens, perder a "mesada" e diminuir bastante a frequência com que se faz traquinagens; cometer um assalto, ser preso (perder a liberdade) e não cometer mais crimes. E X T I N Ç Ã O O P E R A N T E • Ao se estabelecer uma relação de reforço, a frequência de um comportamento aumenta. Entretanto, se o efeito reforçador é eliminado, o que se observa é que, aos poucos, o nível do comportamento reforçado retorna a seus níveis anteriores. • Esse processo é chamado de extinção operante. • Se o ratinho, reforçado a pressionar a barra para obter comida deixa de obtê-la, a frequência de pressionar a barra diminui para o mesmo nível que tinha antes do reforçamento. http://www.youtube.com/watch?v=--VoFnc7z- Y&hl=pt-BR http://www.youtube.com/watch?v=--VoFnc7z-Y&hl=pt-BR • A partir do reforçamento e da extinção, dois tipos de consequências do responder, é possível compreender o processo de aprendizagem de um novo comportamento, conhecido como modelagem. • A “modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento”. Moreira e Medeiros (2007, p. 60) R E F O R Ç O D I F E R E N C I A L • Reforçar alguns tipos de respostas, normalmente aquelas repostas que serão úteis para estabelecer o comportamento-alvo e extinguir outras, que não se relacionam ao comportamento-alvo é um processo chamado de reforçamento diferencial. • É obtido através do constante reforçamento de um membro de uma classe de respostas, com a exclusão de todos os outros membros da mesma classe • Ex: os pais condicionam seu filho a dizerem “au-au!” apenas na presença de um cão e não de um outro objeto. • Ex2: Somente movimentos do rato em direção à barra eram reforçados. R E F O R Ç A M E N T O D I F E R E N C I A L • Esse treino discriminativo chama-se de reforçamento diferencial. • O tempo todo estamos passando pelo treino discriminativo ou reforçamento diferencial. • Todas as palavras que você sabe ler e falar corretamente, o nome das pessoas, dos objetos, das cores depende do treino discriminativo. C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E : O C O N T R O L E AV E R S I V O D O R E S P O N D E R • O condicionamento operante é controlado pelas consequências. Pode-se então dizer que as consequências são, de certa forma, estímulos que surgem em relação a determinados comportamentos e que controlam a frequência destes. • Há estímulos que modificam o comportamento não pela sua apresentação, mas por sua retirada. • Quando a luz do sol está forte, geralmente você coloca uns óculos de sol, um chapéu ou mesmo procura ficar sob uma sombra. Tais comportamentos eliminam o estímulo (luz do sol). • Por outro lado, quando uma criança faz algo que a mãe considera errado, ela pode lhe dar um tapa. Tal consequência faz com que a criança tenda a não mais repetir o comportamento considerado inadequado. A apresentação do estímulo (tapa) leva, então, a uma diminuição da frequência do comportamento. C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E : O C O N T R O L E AV E R S I V O D O R E S P O N D E R • No controle aversivo do comportamento, o organismo se comporta a fim de eliminar o estímulo. • Ou seja, é na relação com o comportamento que se pode definir o quanto algum estímulo é aversivo, e não por suas características intrínsecas. Cuidado para não classificar eventos bons como reforços e eventos e eventos ruins como punições; essa seria uma classificação baseada no senso comum e não na teoria behaviorista. C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E : O C O N T R O L E AV E R S I V O D O R E S P O N D E R • O controle aversivo inclui três casos de controle do comportamento: 1. o aumento da frequência pela retirada do estímulo aversivo; 2. a diminuição do comportamento pela apresentação de um estímulo aversivo; 3. a diminuição do comportamento pela retirada de um estímulo reforçador. • No primeiro caso, fala-se em reforço negativo (em contraposição ao reforço positivo); no segundo em punição positiva; e por último em punição negativa. C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E : O C O N T R O L E AV E R S I V O D O R E S P O N D E R • Quanto ao efeito da consequência no comportamento: • Reforço: a probabilidade do comportamento tende a aumentar devido à relação com a consequência; • Punição: a probabilidade do comportamento tende a diminuir devido à relação com a consequência; • • Quanto à ação do comportamento sobre o estímulo (consequência): • Positivo: o comportamento leva a apresentação do estímulo; • Negativo: o comportamento leva a eliminação ou não-apresentação do estímulo. C O N D I C I O N A M E N T O O P E R A N T E : O C O N T R O L E AV E R S I V O D O R E S P O N D E R Reforço Punição Positivo Reforço positivo: O comportamento leva à apresentação do estímulo reforçador. Punição positiva: O comportamento leva à apresentação do estímulo aversivo. Negativo Reforço negativo: O comportamento leva à retirada do estímulo aversivo. Punição negativa: O comportamento leva à retirada do estímulo reforçador. R E F O R Ç O N E G A T I V O , F U G A E E S Q U I VA • O reforço negativo se dá quando o comportamento é controlado pela eliminação de um estímulo aversivo. • Tal como o reforço positivo, há um aumento na frequência do comportamento, mas em vez da apresentação de um estímulo reforçador, há a retirada de um estímulo aversivo. • O reforço negativo mantém dois tipos de comportamento. • O primeiro deles é a fuga: Um estímulo aversivo é apresentado ao sujeito, e esse exibe um comportamento com a finalidade de suprimi-lo. Retirar a farpa, pressionar a barra para desligar o choque são alguns exemplos. • O segundo é a esquiva: é um comportamento que evita ou atrasa o contato com um determinado estímulo aversivo, que, portanto, ainda não está presente no ambiente. • Assim, quando uma pessoa magra faz dieta para evitar engordar, ou quando uma pessoa anda dentro do limite de velocidade para evitar uma multa, ele está se esquivando de estímulos que ainda não lhes foi apresentado. P U N I Ç Ã O • No cotidiano das pessoas, o termo punição é geralmente utilizado com conotação moral, no sentido de castigo, repreensão ou mesmo lição aplicada a alguém que fez algo errado. No behaviorismo, ela é definida como o contrário do reforço: enquanto este último aumenta a frequência do comportamento, a punição leva a uma diminuição do comportamento. P U N I Ç Ã O • Geralmente, a punição é utilizada como uma estratégia para a eliminação de • • comportamentos inadequados, ameaçadores ou, por outro lado, indesejáveis de um dado repertório • (MOREIRA; MEDEIROS, p. 69). • Entretanto, deve-se ponderar que os efeitosda punição sobre o comportamento não são permanentes. • Assim que as contingências de punição são retiradas, a probabilidade de o comportamento ser emitido retorna aos níveis anteriores. • A punição positiva refere-se à apresentação de um estímulo aversivo. • A punição negativa diz respeito à retirada de um estímulo reforçador. • Tanto a apresentação quanto a retirada de estímulos devem ser colocadas como consequências do comportamento emitido, para resultar na diminuição de sua frequência. C O N T R O L E A V E R S I V O : E F E I T O S C O L A T E R A I S • Eliciação de respostas emocionais: Muitos estímulos aversivos e mesmo a retirada de estímulos reforçadores podem gerar uma série de respondentes, como choro, palpitações, tremores, sudorese. Esse fenômeno pode gerar algumas consequências. Uma delas é a eliciação de respostas emocionais também na pessoa que aplica a contingência punitiva, como comportamentos relacionados a culpa ou pena, e que são marcados pela liberação de estímulos reforçadores. C O N T R O L E A V E R S I V O : E F E I T O S C O L A T E R A I S • Emissão de respostas incompatíveis com o comportamento punido: Nota-se que após a punição de um determinado comportamento, o organismo emite uma série de respostas que dificultam a repetição do comportamento punido, chamada de resposta incompatível ou controladora. Tal resposta termina sendo negativamente reforçada, pois ela é uma forma de fuga do estímulo aversivo. C O N T R O L E A V E R S I V O : E F E I T O S C O L A T E R A I S • Contracontrole: este talvez seja o efeito mais indesejado do controle aversivo. Ela indica que o organismo sob controle da contingência aversiva, em vez de emitir o comportamento adequado esperado pelo agente controlador, emite outro que impede a manutenção desse controle sobre si. • Controle: se o controle aversivo do comportamento for excessivo, pode gerar o contracontrole. • Contracontrole: Exemplo: empresa com muitas punições, o empregado procura outro emprego. • Exemplo 2: namorado controlador que pune seus comportamentos e /ou lhe priva de estímulos reforçadores, pode ficar sem a namorada.
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