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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
MARIA NILDA DO CARMO PINTO
A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Subtítulo do trabalho - se houver
Seabra
2014
MARIA NILDA DO CARMO PINTO
A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do 
Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Okçana Battini
Seabra
2014
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de ........
Orientador: Prof. 
PINTO, Maria Nilda do Carmo. A Importância das atividades Lúdicas na Educação Infantil. 2014. 27 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Seabra, 2014.
RESUMO
O ato de brincar na educação infantil é de suma importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, pois é através do lúdico que ela ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o seu mundo, ou seja, a brincadeira dá à ela a oportunidade de partilhar com seus iguais suas emoções, seus limites e lhe propõe novos desafios. No entanto, muitos educadores ainda demonstram desconhecimento a respeito do assunto, não reconhecendo a relevância deste recurso para a construção do conhecimento infantil. Pensando nisso, o Projeto de Pesquisa aqui apresentado “A Importância das atividades Lúdicas na Educação Infantil”, tem por objetivo oportunizar ao educador uma reflexão a respeito da necessidade de se trabalhar com a ludicidade dentro da sala de aula, bem como apresentar alguns recursos didáticos que poderão auxiliá-lo na sua prática pedagógica. Lembrando que, para a execução deste estudo, utilizou-se uma pesquisa de natureza bibliográfica que nos trará ideias sobre o significado do brincar, do papel do educador nesse processo e quais os benefícios que essas atividades proporcionam no âmbito escolar.
Palavras-chave: Brincar. Lúdico. Educação Infantil. Aprendizagem. Educador.
SUMÁRIO
1 Introdução.......................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica .....................................................................................07
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.....................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa............................................................................17
3.2 Justificativa..................................................................................................17
3.3 Problematização..........................................................................................18
3.4 Objetivos......................................................................................................18
3.5 Conteúdos...................................................................................................19
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................20
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................23
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................23
3.9 Avaliação....................................................................................................24
4 Considerações Finais....................................................................................25
5 Referências...................................................................................................26
1 INTRODUÇÃO5
Muitas pesquisas realizadas, principalmente a partir da década de 1970, dão conta da importância da brincadeira no desenvolvimento da criança. Essas pesquisas mostram que o lúdico na educação infantil tem sido um dos instrumentos que fomentam um aprendizado de qualidade para a criança, a partir das técnicas que promovem o desenvolvimento das habilidades fundamentais nesse processo. 
Dessa forma, compreende-se que a incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na pratica pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos para crianças, ou seja, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade e, ao mesmo tempo, desenvolve a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros.
Porém, entende-se que, apesar das brincadeiras apresentar uma grande importância para o desenvolvimento da criança (de 0 a 6 anos) nem sempre ela está presente no cotidiano das instituições escolares que atende esta faixa etária, pois, são poucos os profissionais qualificados para essa área e, poucos também os interessados em “fazer-se criança”, isto é, brincar ou propiciar brincadeiras às crianças para que obtenham mais gosto pelo aprendizado.
Sendo assim, este projeto de pesquisa realizado em docência na Educação Infantil, tem o objetivo de oportunizar ao educador uma reflexão a respeito da necessidade de se trabalhar com a ludicidade dentro da sala de aula, bem como apresentar alguns recursos didáticos que poderão auxiliá-los na sua prática pedagógica. 
Aqui serão apresentadas propostas didáticas nas mais diversas áreas do conhecimento, com conteúdos que valorizem a utilização expressiva intencional do movimento, a percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio de brincadeiras que integrem músicas, canções e movimentos corporais, bem como a participação em jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos. 
Portanto, para um melhor entendimento da temática em questão, realizou-se uma pesquisa de natureza bibliográfica, baseada em autores como Almeida (1987, 1995, 2003); Abramovicz; wasjkop (1995); Bacelar (2009); Brasil (1996,1998); Brougére (2001); Carneiro e Dodge (2007); Fortuna (2000); Góes (2008); Huizinga (1996); Machado (2003); Negrine (1994); Oliveira (2000, 2006); Santos (2002); Silva (2009); Schwartz (2002); Vygotsky (1998) e etc,que nos trouxeram ideias sobre o significado do brincar, do papel do educador nesse processo e quais os benefícios que essas atividades proporcionam no âmbito escolar. Após este estudo, realizou-se uma discussão a respeito do tema e linha de pesquisa do projeto, dando assim início a construção e elaboração do mesmo. Ao final, será apresentada as considerações finais, onde serão abordados os principais pontos e as aprendizagens adquiridas ao longo deste estudo.6
2 Revisão Bibliográfica7
2.1 O Conceito e a História do Brincar
Falar do brincar parece uma coisa fácil, no entanto, não é bem assim. Muitos autores, filósofos, psicólogos, entre outros, há muito tempo e de formas bem diferentes, vêm explicando com muita sabedoria, que brincar têm significado ao longo da história do homem. Segundo o dicionário Aurélio (2003), brincar é: "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser. Dalla Valle, (2010) relata que:
“independente do tempo histórico; o ato de brincar possibilita uma ordenação da realidade, uma oportunidade de lidar com regras e manifestações culturais, além de lidar com outro, seus anseios, experimentando sensações de perda e vitória”. (DALLA VALLE, 2010 p.22).
Porém, Oliveira (2000), ressalta que o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. De acordo com que Machado (2003) diz, a mãe também brinca com seu bebê mesmoantes de ele nascer, pois fica imaginando como será ser mãe, e associa as lembranças de quando brincava com sua boneca. Assim, quando o bebê nasce, já há uma relação criada da mãe para com o bebê e do bebê para com a mãe, pois esse já reconhece sua voz. 
No princípio, a relação acontece como se o bebê fosse o brinquedo de sua mãe e ao interagir com ele diariamente, a criança vai aprendendo a linguagem do brincar e se apropriando dela. Nessa perspectiva, o ato de brincar é parte integrante da vida do ser humano, e tem sua história marcada desde a vida intra-uterina. O primeiro brinquedo da criança é o cordão umbilical da mãe, onde, a partir da 17ª semana, através de toques, apertos, puxões, o bebê começa a criar uma relação dessa ordem. Sobre isto Brougère afirma: 
Brincar é visto como um mecanismo psicológico que garante ao sujeito manter certa distância em relação ao real, fiel na concepção de Freud, que vê no brincar o modelo do princípio de prazer oposto ao princípio da realidade. Brincar torna-se o arquétipo de toda atividade cultural que, como a arte, não se limita a uma relação simples como o real. (BROUGÉRE, 2002, p.19).8
Já na sociedade primitiva, aproximadamente até o século VI, as crianças aprendiam por meio da imitação nas atividades cotidianas. A educação das crianças era importante, pois transmitiam a experiência adquirida por gerações passadas, sendo que a aprendizagem acontecia a partir do contato com a prática. Por exemplo: para aprender a nadar a criança nadava e para utilizar o arco, caçava. Almeida (2003) retrata que nesse contexto, a cultura era educativa, caracterizada pelos jogos, que representava a sobrevivência. Sendo assim, o ato de brincar oferecia a inserção dos papéis sociais, possibilitando o aprendizado das regras na vida diária. 
As brincadeiras são universais, pois estão na história da humanidade ao longo dos tempos, fazem parte da cultura de um país, de um povo. Achados arqueológicos do século IV a.C., na Grécia, descobriram bonecos em túmulos de crianças. Há referências a brincadeiras e jogos em obras tão diferentes como a Odisséia de Ulisses e o quadro jogos infantis de Pieter Brughel, pintor do século XVI. Nessa tela, de 1560, são apresentadas cerca de 84 brincadeiras que ainda hoje estão presentes em diversas sociedades (SILVA, et al 2009).
Com o passar do tempo, o brincar ganhou também outros significados, como por exemplo, a evolução semântica da palavra "lúdico". Que tem sua origem na palavra latina "ludus", que quer dizer "jogo". Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. Entretanto, não parou apenas nas suas origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade, onde ele passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano e a sua definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. Sobre isso, Santos (2002), rela que o lúdico é:
“(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento.” (SANTOS, 2002, p.12)
No entanto, Bacelar (2009), também traz a ampliação da compreensão da ludicidade reconhecendo sua validade como possibilidade de uma vivência mais plena em todos os âmbitos da convivência humana, seja na família, no trabalho, nos círculos de amizade ou na escola. E ressalta, em seus escritos, que a vivência lúdica como uma experiência plena pode colocar o indivíduo em um estado de consciência ampliada e, consequentemente, em contato com conteúdos inconscientes de experiências passadas, restaurando-as e, em contato com o presente, anunciando possibilidades para o futuro. 9
Há, portanto, estruturas preexistentes que definem a atividade lúdica em geral, e cada brincadeira em particular, e a criança as aprende antes de utiliza-la em novos contextos, sozinha, ou em brincadeiras solitárias, ou então com outras crianças. (BROUGÉRE 2002, p.22).
Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. Assim como o jogo também é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:
(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante. (CARVALHO, 1992, p.14)
Dessa forma, a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. Assim, o lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, por meio dele vai se socializando com as demais crianças.
2.2 O Papel do Educador ao Trabalhar Com o Lúdico em Sala de Aula10
A Educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam à sua causa. Pensar em Educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu ambiente, nas suas preferências. Negrine (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica".
 A infância é, conseqüentemente, um momento de apropriação de imagens e de representações diversas que transitam por diferentes canais. As suas fontes são muitas. O brinquedo é, com suas especificidades, uma dessas fontes. Se ele traz para a criança um suporte de ação, de manipulação, de conduta lúdica, traz-lhe, também, formas e imagens, símbolos para serem manipulados (BROUGÉRE, 2001 p. 40 e 41).
Pensando nisso, algumas escolas vêm criando espaços específicos, no seu cotidiano, com brinquedos e aventuras lúdicas, conhecimentos como ludoteca ou brinquedoteca, para investirem nos fundamentos dos jogos e brinquedos como elementos centrais. São pequenos espaços onde a animação lúdica é vista como facilitadora da aprendizagem, tornando-se o processo de ensino-aprendizagem significativo e prazeroso. Nesse processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento. 
O educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada, propiciando às crianças a possibilidade de escolher os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. Dessa maneira, poderão elaborar de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais (RCNEI, 1998, p. 29).
Assim, o educador precisa estar sempre informado e atualizado sobre quais as vantagens do lúdico, e saber qual a melhor maneira de abordar e desenvolver as atividades lúdicas dentro da sala de aula. Contudo, são poucas as pessoas que sabem a importância do lúdico no desenvolvimento das crianças, e que através dele elas irão adquirir experiências e desenvolverão o conceito próprio sobre o contexto em que estãoinseridas. Por isso, cabe ao professor refletir sobre a forma com que o brincar interfere no desenvolvimento pleno da criança. Desse modo, o brincar, na perspectiva dos professores, segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1988):11
“Refere-se ao papel do professor de estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças, disponibilizando objetos, fantasias, brinquedos ou jogos e possibilitando espaço e tempo para brincar. No entanto, para que o uso do lúdico seja, de fato, uma estratégia didática que auxilie na construção do conhecimento e no desenvolvimento global da criança, é preciso planejar as situações, visando a uma aprendizagem, a um conhecimento, a uma atitude. Estas situações devem ter uma intencionalidade educativa; portanto, devem ser planejadas pelo professor a fim de alcançar objetivos predeterminados”. (RCNEI, BRASIL, 1988).
Nesse sentido Negrine (1994) alerta, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica, pois é por meio de investigações que o educador consegue conhecer a realidade e o conhecimento prévio que cada criança traz consigo. Com isso, Teixeira (1995) menciona que cabe ao educador oferecer inúmeras oportunidades para que se torne prazerosa a aprendizagem por meio dos jogos e brincadeiras. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, p. 23, v.01)
Portanto, de acordo com Fortuna (2000), “o que permite a superação desses dilemas e viabiliza a atividade lúdica na educação é a redefinição do papel que o adulto, o professor, a escola, a criança e a cultura desempenham”. Concomitante com isso está a formação do professor.
Como formar educadores capazes de cultivar o brincar em suas aulas? A formação do educador capaz de jogar passa pela vivência de situações lúdicas, pela observação do brincar, pelo entendimento do significado e dos efeitos da brincadeira no estudante, por conhecimentos teóricos sobre desenvolvimento da aprendizagem nos seres humanos. Uma boa formação do professor e boas condições de atuação são os facilitadores para que se resgate o espaço de brincar da criança no dia a dia da escola. Isso não é tão fácil como muitos imaginam, pois para conseguir entrar e participar do mundo lúdico da criança é necessário que o educador tenha conhecimentos, prática e vontade de ser parceiro da criança nesse processo. (FORTUNA, 2000, p. 8)
12
Por fim, vale ressaltar que o professor precisa priorizar o lúdico em sua prática pedagógica, valorizando a liberdade de aprender pelo mecanismo mais simples e mais eficiente: a brincadeira. Para atingir esse objetivo, ele deve conscientizar-se de que necessita realizar estudos e pesquisas sobre temas relativos à aprendizagem, buscar e testar novas estratégias de ensino que atendam adequadamente à necessidade de formação do aluno.
"A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor". (ALMEIDA,1987,p.195).
Finalizando Gonzaga (2009, p. 39), aponta:
(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica. (GONZAGA, 2009, p. 39)
Assim, diante da relevância do papel do professor no desenvolvimento da criança da educação infantil, percebe-se a importância dos professores de educação infantil se perceberem, e perceberem também os seus alunos como seres humanos inteiros, para assim poderem compreender e vivenciar, na prática de sala de aula, uma proposta pedagógica mais lúdica. Isto possibilitará o sentir, o pensar e o agir de todos os atores envolvidos no cotidiano da sala de aula, tanto em relação ao aluno como à professor, pois educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. 
2.3 Os Benefícios que as Atividades Lúdicas Proporcionam na Educação Infantil13
A compreensão da inserção do lúdico no contexto da educação infantil implica conhecer a sua trajetória no Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Abramovicz; Wasjkop (1995, p.33) destacam que “essas instituições passaram por grandes modificações a partir da década de 1970, pois a sociedade civil organizada passou a exigir das autoridades uma melhor qualificação no processo de educação infantil”. Oliveira (2006) contribui para melhor entendimento deste processo: 
A história da educação infantil em nosso país tem, de certa forma, acompanhado a história dessa área no mundo, havendo, é claro, características que lhe são próprias. Até meados do século XIX, o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituições. (OLIVEIRA, 2006, p. 91).
Assim, só a partir da Constituição de 1998, que incluiu a creche na área de competência da educação infantil ao lado da pré-escola, substituindo a concepção de atendimento à criança - a visão assistencialista - por uma visão de desenvolvimento integral que ainda se encontram, nos dias atuais. Posteriormente, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), promulgada em dezembro de 1996 foi onde realmente se reafirmou mudanças e estabeleceu de forma incisiva o atendimento às crianças de 0 a 6 anos, inserindo a educação infantil na primeira etapa da Educação Básica. Essa inserção curricular significou um avanço para a educação brasileira, pois passaram de meras instituições assistentes e higienistas, para escolas propriamente ditas, com a preocupação da formação integral do indivíduo. 
No que se refere a aprendizagem infantil, Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo, e social. Segundo Schwartz (2002), a criança é auto motivada para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades. 
Huizinga (1996), diz que numa atividade lúdica, existe algo “em jogo” que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação. Sendo assim, os primeiros anos são decisivos na formação do indivíduo, pois se trata de um período em que a criança está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, sócio afetiva e intelectual. É, sobretudo, nesta fase que se deve adotar várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências. 14
Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A essas ideias associamos nossas convicções sobre o brincar como prática pedagógica, sendo um recurso que pode contribuir não só para o desenvolvimento infantil, como também para o cultural. Almeida (1995) ressalta:
A educaçãolúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. (ALMEIDA, 1995, p.41).
Mas de acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998) a partir da importância da ludicidade que o professor deverá contemplar jogos, brinquedos e brincadeiras, como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando à criança uma aprendizagem prazerosa. Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto. Assim, Goés (2008), afirma ainda que:
(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo. (GÓES, 2008, p.37).
Porém, para Kishimoto (2002) o brinquedo é diferente do jogo. Brinquedo é uma ligação intima com a criança, na ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. No entanto, segundo o dicionário Ferreira (2003) brinquedo é “objeto destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira”. Sendo assim ele estimula a representação e a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. 15
Nesse contexto, Vygotsky (1998) relata sobre o papel do brinquedo, como sendo um suporte da brincadeira e ainda o brinquedo tendo uma grande influência no desenvolvimento da criança, pois o brinquedo promove uma situação de transição entre a ação da criança com objeto concreto e suas ações com significados. Porém, segundo Carneiro e Dodge (2007), 
Para que a prática da brincadeira se torne uma realidade na escola, é preciso mudar a visão dos estabelecimentos a respeito dessa ação e a maneira como entendem o currículo. Isso demanda uma transformação que necessita de um corpo docente capacitado e adequadamente instruído para refletir e alterar suas práticas. Envolve, para tanto, uma mudança de postura e disposição para muito trabalho. (CARNEIRO E DODGE, 2007, p.91).
Sendo assim, Vygotsky (1998) acredita que o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto, já que a brincadeira vai desde a prática livre, espontânea, até como uma atividade dirigida, com normas e regras estabelecidas que têm objetivo de chegar a uma finalidade. 
Nessa perspectiva, Teixeira (1995) afirma que, vários são os motivo que induz os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona, pois segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil 
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano (BRASIL, 1998, p. 30).
Assim, o processo de ensino e aprendizagem na escola da Educação Infantil, deve ser construído tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial, pois 16
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, p. 23).
Mas para que isso aconteça, é preciso que as instituições infantis sejam acolhedoras, atraentes, estimuladoras, acessíveis ás crianças e ainda oferecer condições de atendimento ás famílias, possibilitando a realização de ações sócio educativas. As atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita tentar uma situação de interação. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como é dirigida e como é vivenciada, e o porquê de estar sendo realizada.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino17
3.1 Tema e linha de pesquisa
O Projeto de Ensino “A Importância das Atividades Lúdicas na Educação Infantil”, terá como proposta inserir as atividades lúdicas nas aulas de linguagem corporal, pois brincando, jogando ou dançando a criança terá a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis, como desenvolver a coordenação motora, desenvolver livremente a expressão corporal, adquirindo práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer. Este projeto está relacionado com as temáticas abordadas no curso e contribui significativamente para o nosso crescimento profissional, já que o mesmo nos traz propostas que poderão nos auxiliar na nossa prática docente. 
3.2 Justificativa
Nos últimos anos a educação infantil passou a transmitir a ideia da importância de educar uma criança no primeiro período da vida, fazendo com que nessa etapa da educação, a criança tenha o direito de brincar, criar e aprender com saúde. Nessa primeira etapa da vida infantil, a brincadeira faz-se “instrumento” fundamental para o seu desenvolvimento pisico-motor. Devido a isto, cabe aos pais e aos profissionais da educação infantil tomarem consciência da importância para que seja desenvolvida para uma educação de qualidade, para que no futuro essas crianças sejam pessoas confiantes e bem sucedidas.
Portanto, A importância do projeto é revelar que a brincadeira, os brinquedos e os jogos são ferramentas e parceiros que desafiam a criança possibilitando as descobertas, portanto, é real afirmar que o jogo, as brincadeiras e o brinquedo são importantes, não só porque a criança fica alegre, mas quando estamos vivendo-o, direta e reflexivamente, estamos indo além da sua representação simbólica de vida. 
3.3 Problematização18
Durante a minha infância era muito comum ver crianças brincando nas ruas, na maior alegria, pulando, correndo, gritando, aprendendo umas com as outras através da interação nas brincadeiras. E hoje é muito difícil ver isso acontecer, pois os pais têm medo de deixar os filhos soltos na rua, por causa da criminalidade que vem assustando e fazendo vítimas inocentes. Por conta disso, as crianças ficam sem se exercitar, tornando-se sedentárias dentro de casa, em frente à televisão, o computador e games, perdendo assim, a liberdade de se expressar, usar a imaginação e aprender interagindo com as demais crianças. Além disso, vimos também que a tecnologia tem avançado a cada dia, deixando a população mundial cada vez mais dependente destes avanços. Assim, a criança deixa de brincar, jogar, desenvolver atividades lúdicas, próprias da idade. 
Portanto, a não realização dessas atividades lúdicasno cotidiano da criança, através da motricidade encontrado nas (simples), brincadeiras poderá acarretar vários problemas em seu desenvolvimento, trazendo problemas na sua aprendizagem futura. Dessa forma, a escolha do tema “A Importância das Atividades na Educação Infantil” vem esclarecer a importância do brincar para o desenvolvimento da criança durante a infância, estimulando a escola a resgatar brincadeiras que possam desenvolver a coordenação motora, o raciocínio, a criatividade e imaginação dos alunos.
3.4 Objetivos
3.4.1 Objetivo Geral
· O Projeto de pesquisa aqui apresentado tem o intuito de promover de uma educação diferenciada, capaz de encarar a ludicidade como um fator motivante como uma ligação facilitadora da aprendizagem, estimulando a aprendizagem cognitiva, efetiva e psicomotora dos educandos, interagindo todo o tempo com o social.
3.4.2 Objetivos Específicos19
· Estimular através de jogos recreativos a curiosidade da criança para que ela aprenda brincando;
· Desenvolver atividades interativas (músicas, danças de roda) que desenvolvam afetividade e socialização;
· Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e companheirismo.
3.5 Conteúdos
Durante a realização do Projeto de Pesquisa para docência na Educação Infantil, serão trabalhados os seguintes conteúdos:
Movimento:
· Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras; Percepção de estruturas rítmicas para expressar–se corporalmente por meio de brincadeiras.
Natureza e Sociedade: 
· Participação em brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos.
Música:
· Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
Artes: 
· Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de seus projetos artísticos; Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para construção.
3.6 Processo de desenvolvimento20
ATIVIDADE 1
Quebra-cabeça com figuras. 
Objetivo: Estimular a atenção, concentração e a capacidade de análise e síntese visual. Procedimentos: selecionar figuras, que as crianças achem interessantes na revista, recortá-las, colá-las em uma cartolina ou papel cartão. Em seguida, determinar as formas como serões divididos e recortados os pedaços. A proposta é brincar de montar novamente as figuras encaixando as peças no lugar certo.
ATIVIDADE 2
Dominó dos números e quantidades. 
Objetivos: Familiarizar as crianças com os números e suas respectivas quantidades, promovendo a discriminação e a comparação das diferenças. Procedimentos: o jogo foi confeccionado com papel cartolina, no total foram 15 peças por jogo de dominó. As peças foram compostas de números e quantidades. No momento do jogo as crianças observaram e encaixaram cada número próximo a sua quantidade. Todas as peças devem ser jogadas até que o dominó esteja exposto por completo para ser visualizado no chão. 
ATIVIDADE 3
Jogo da memória com frutas. 
Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico, atenção, concentração, a memorização e principalmente a capacidade de observação. Procedimento: recortar quadrados no tamanho 15 cm X 15 cm, onde devem ser desenhadas algumas frutas, escolhias pelas crianças. As figuras devem ser confeccionadas em pares. Além de desenhas e pintar o material é muito divertido de brincar. 
ATIVIDADE 4
Boliche de garrafas pet 
Objetivo: 
Desenvolver noções de quantidade e sequência numérica. Procedimento: confeccionar um boliche com 10 garrafas pet, contendo a sequência numérica de 1 a 5. Ao apresentar o jogo, os alunos irão se familiarizar com os numerais e em seguida, ao jogar, devem ser incentivados a contagem do número de garrafas que foram derrubadas. 21
ATIVIDADE 5
Amarelinha Divertida
Objetivos: Expressar-se corporalmente através da brincadeira, interagir com os colegas, respeitar as regras do jogo e explorar a criatividade. Procedimentos: Montamos a amarelinha, que é composta por várias casas de diferentes formas e cada casa representa uma história. Contamos as histórias presentes na amarelinha para as crianças e explicamos que ao pular nas casinhas das amarelinhas elas deveriam representar a história que está desenhada na casinha. Então, as crianças brincaram na amarelinha. Depois, juntamente com a sala, montamos mais uma história para ser representada na amarelinha. A história montada pelas crianças seguiu a seguinte seqüência: está chovendo, corra da chuva, chega em casa e abre a porta, assiste televisão e lê um livro, toma sol, passa pelo redemoinho, toma banho, rega as plantas , janta, escova os dentes, dorme, acorda, entra no carro e vai para a escola.
ATIVIDADE 6:
Dedoche
Objetivos: Desenvolver a coordenação motora e explorar a criatividade. Procedimentos: Realizamos uma oficina de dedoches. Entregamos os materiais pré-preparados para que cada criança confeccione o seu dedoche, os ajudamos na confecção. Depois entregamos materiais para que enfeitassem seus personagens e deixamos que brincassem com o brinquedo confeccionado. Para essa atividade usamos os personagens folclóricos, tais como: a Kuka, o Lobisomem e o Saci Perere.
ATIVIDADE 7:
História da Serpente
Objetivos: Expressar-se corporalmente através da brincadeira, interagir com os colegas e explorar a criatividade. Procedimentos: Iniciamos a atividade contando para a sala a história de uma serpente que foi visitar sua tia e perdeu parte do seu rabo no morro. Depois, os sentamos em roda e ao som da música História da Serpente, dançamos e convidamos uma criança por vez, que deveria passar por baixo das pernas de quem estava dançando e juntar-se ao grupo, formando o rabo da serpente. Ao término pedimos para que os alunos do pré registrassem através de desenhos a história.22
ATIVIDADE 8: 
Cantigas de Roda
Objetivos: Conhecer cantigas populares, desenvolver a coordenação motora, recrear-se através da música e desenvolver a oralidade e a atenção. Procedimentos: Foi feita uma pesquisa com os pais sobre cantigas de roda e brincadeiras de roda. Com o retorno da pesquisa, aplicamos estas canções e brincadeiras no cotidiano do maternal, assim como canções pesquisadas pelo grupo.
ATIVIDADE 9: 
Encerramento: Contador de histórias 
Objetivos: Desenvolver a criatividade e a ludicidade. Procedimentos: Apresentamos para ambas as turmas a história “O menino e o pinto do menino” em teatro de fantoches.
3.7 Tempo para a realização do projeto23
	Atividades
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Pesquisa do tema
	X
	
	
	
	
	Definição do tema
	
	x
	
	
	
	Momentos de leituras
	
	x
	X
	X
	
	Pesquisa bibliográfica
	
	x
	X
	X
	
	Elaboração do projeto
	
	x
	X
	X
	
	Execução das Atividades
	
	
	X
	X
	
	Entrega do projeto
	
	
	
	
	X
3.8 Recursos humanos e materiais
Serão realizados diversos tipos de brinquedos pedagógicos e afetivos contidos no ambiente escolar, como por exemplo: fantoches, livros, experiências, leitura de imagens, jogos de quebra-cabeça com figuras, dominó das imagens, jogo da memória com alimentos, boliche de garrafas pet, produção de massinha, exercícios e jogos teatrais e jogos coletivos de variados temas, sempre voltando para a realidade de cada aluno. Para isso serão utilizados os seguintes Materiais: CDs com músicas infantis, livros de historinhas, micro system, livro almanaque de brincadeiras. Participarão também do projeto, professores, coordenadores, alunos e os demais funcionários da escola, bem como a utilização dos espaços físicos da escola, como: Sala de aula e pátio da escola.
3.9 Avaliação24
A avaliação dos resultados deste projeto é bastante positiva, pois o lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprendizagem na educação infantil, implicam para a criança mais que o simples ato de brincar, é através dos jogos que ela se expressa e consequentemente se comunica com o mundo; ao jogar a criança aprende e investiga o mundo que a cerca, toda e qualquer atividade lúdica deve ser respeitada. 
Nosso papel, enquanto educadores, durante o processo didático-pedagógicofoi o de provocar a participação coletiva e desafiar cada aluno a buscar soluções. Através do jogo pode-se despertar na criança um espírito de companheirismo, cooperação e autonomia. A criança precisa interagir de forma coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista, discordar, apresentar suas soluções. É necessário também criar ambiente propício e incentivar as crianças aterem pensamento crítico e participativo, fazendo parte as decisões do grupo. 
4 Considerações finais25
Diante de todas as informações contidas nesse estudo, vimos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações inter-pessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.
A partir da pesquisa bibliográfica vemos que a criança aprende enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.  Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, pois é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
Assim, compreende-se que os jogos e as brincadeiras na sala de aula, podem ser considerados como sendo atividades sociais privilegiada de interação específica e fundamental que garante a interação e construção do conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito-criança como sujeito produtor da história. 
Com isso, os educadores, enquanto mediadores do conhecimento, devem oportunizar o crescimento da criança de acordo com seu nível de desenvolvimento, oferecendo um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais, um ambiente enriquecedor de imaginação, onde a criança possa atuar de forma autônoma e ativa, fazendo com que venha a construir o seu próprio processo de aprendizagem.
Portanto, cabe ao professor desenvolver atividades lúdicas na sala de aula não como meras brincadeiras, mas como uma possibilidade de promoção do ensino aprendizagem, também como uma atividade de entretenimento, sem relação obrigatória com a aprendizagem significativa para o aluno. Essa inclusão visa, portanto, a flexibilização e dinamização das atividades realizadas ao longo de toda a prática docente, oportunizando a eficácia e significação da aprendizagem.
5 REFERÊNCIAS26
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_________, Paulo Nunes de. Educação lúdica. Técnicas e jogos pedagógicos. 11ª edição. São Paulo: Loyola, 2003. 
BACELAR, Vera Lúcia da Encarnação. Ludicidade e educação infantil. Salvador: EDUFBA, 2009.
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96
de 20 de dezembro de 1996.
__________Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
BROUGÉRE, G. Brinquedo e Cultura. Adaptação: Gisela Wajskop. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
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CARNEIRO, Maria Ângela Barbato e DODGE, Janine J. A descoberta do brincar. São Paulo: Melhoramentos, 2007.
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura:viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
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GOÉS, M. Brincadeira e deficiência mental: um estudo em instituição especial para deficientes mentais. 5º Congresso de Pós Graduação, 2008.
GONZAGA, Rúbia Renata das Neves. A importância da formação lúdica para professores de educação infantil. Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009. (p. 36-39).
HUIZINGA, Homo ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Editora Perspectiva. 1996.
27
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata e a criança - A importância Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 – 2014 22 do brincar, atividades e materiais. 5ª edição. São Paulo, SP: Loyola, 2003.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Conteúdo: v. 1. Simbolismo e jogo. Porto Alegre: Prodil, 1994. 
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
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SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed.  Vozes, Petrópolis, 2002.
SCHWARTZ, G. M. Emoção, aventura e risco - a dinâmica metafórica dos novos estilos. In: BURGOS, M. S.; PINTO, L. M. S. M. (Org.) Lazer e estilo de vida. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2002, p. 139-168. 
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TEIXEIRA, Carlos E. J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995. 
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WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995.

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