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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CÂMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DE COMPUTAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ELISANDRA RIQUETTI INGRID PERONDI COSTA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTO CERÂMICOS DE FACHADAS ERECHIM 2020 RESUMO A construção civil se encontra em constante evolução, com o desenvolvimento de novos processos construtivos, materiais e técnicas. Neste contexto, o uso de revestimento cerâmico em fachadas de edifícios brasileiros está cada vez mais comum, pois valoriza esteticamente a edificação, auxiliando na estanqueidade à água, durabilidade e isolamento acústico, se bem executado. Levando em consideração que o material é utilizado em ambientes externos, há uma grande exposição à agentes químicos e climáticos, que podem vir a degradar a estrutura, além de falta de projeto, planejamento e qualificação de funcionários para a execução, responsáveis pelo surgimento de manifestações patológicas, como destacamento, eflorescência, trincas, fissuras e gretamento, que além de reduzir a vida útil, acabam por gerarem custos de manutenção e reparos para a empresa, insatisfação dos usuários, problemas estéticos, funcionais e fator de risco para pedestres e carros que circulam próximos ao edifício. Esse estudo, busca apresentar os principais defeitos em fachadas de revestimento cerâmico, a partir de revisão bibliográfica de livros, periódicos, artigos científicos, banco de monografias, dissertações e teses de portais universitários, ressaltando os pontos abordados pelos autores pertinentes ao assunto em questão. Palavras-chave: revestimento cerâmico, manifestação patológica, destacamento, eflorescência, trincas, fissuras,gretamento. 1. INTRODUÇÃO O uso de revestimento cerâmico em fachadas de edifícios brasileiros está cada vez mais comum, pois acaba valorizando esteticamente a edificação. Mas a exposição a agentes químicos e climáticos é determinante para o surgimento de manifestações patológicas nestes revestimentos. Os revestimentos cerâmicos podem ser submetidos ao surgimento de patologias prejudiciais na aparência da placa cerâmica quanto ao seu uso e funcionamento (MACHADO, 2018). De acordo Antunes (2010) as manifestações patológicas em revestimentos de fachadas não são causadas por apenas um fator, podem ser uma junção de efeitos até que se manifeste um dano maior. Segundo estudos de Delazeri (2018), como mostra a figura 01, o descolamento, fissuração, manchamento, desplacamento e eflorescência são as manifestações patológicas presentes em fachadas cerâmicas. Figura 01: Ocorrência de patologias em edifícios na cidade de Porto Alegre/RS: Ocorrência de patologias em edifícios na cidade de Porto Alegre/RS Fonte: Delazeri (2018) A figura 01 apresenta o descolamento como principal manifestação patológica presente em fachadas cerâmicas, com um percentual de acontecimentos em 39% dos casos, seguida de fissuração, manchamento, desplacamento e eflorescência, podendo ser causadas por designação errônea de produtos, falhas de execução, falta de manutenção, agentes deterioradores e intempéries. O aparecimento de patologias, além de reduzir a vida útil, exige manutenções que geram custos para a empresa, insatisfação do usuário, problemas estéticos, funcionais e fator de risco para pedestres e carros que circulam próximos ao edifício. Por isso este estudo apresentará uma breve revisão sobre as principais manifestações patológicas encontradas em revestimentos cerâmicos, para que seja possível elencar os motivos de danos na obra, prevenindo o aparecimento e quando necessário, realizar os tratamentos de forma eficiente para evitar retrabalho. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Destacamento de Placas O destacamento é a falha ou ruptura que ocorre na interface dos materiais cerâmicos com a camada de fixação, ou seja, perda de aderência das placas cerâmicas, substrato ou argamassa colante quando expostas a altas tensões que ultrapassem a capacidade de aderência entre as ligações (ROSCOE, 2008). Para Reis (2013), as principais causas de descolamento cerâmico nas fachadas são a ausência de garras de fixação (tardoz liso), variações climáticas, movimentos de acomodação do edifício, erros da mão de obra na preparação da argamassa e más escolhas de equipamentos, materiais e técnicas. Pacheco et al., (2017) destacam ainda que o sistema falha com maior facilidade em placas de cor escura do que nas de coloração clara, pois quanto mais intensa a cor, maior será o coeficiente de absorção térmica, ocasionando aumento na concentração de calor, além de causar mais fadiga na estrutura em decorrência da dilatação térmica. De acordo com Anjos (2016) o destacamento não é necessariamente a queda das placas cerâmicas, mas o desprendimento, observado pelo estufamento da camada de acabamento. Os vestígios perceptíveis desse defeito é o som cavo (oco) quando a placa é percutida (forçada) ou afastamento da camada de acabamento. De acordo com Pavon (2017), a termografia infravermelha identifica essa patologia através do ar presente na peça, que gera uma temperatura diferente no local que tem defeito, fazendo com que o aparelho registre diferentes cores entre as regiões apresentam ou não anomalias. Medeiros e Sabbatini (1999 apud SOUZA, 2019) destacam a necessidade de realizar testes de resistência de aderência nas placas, pois o destacamento de placas é uma patologia crítica pela probabilidade de provocar acidentes, principalmente com a queda de placas cerâmicas de grandes alturas, além do alto custo de recuperação. Pacheco et al., (2017) completam que as inspeções que quantifiquem e qualifiquem as fachadas devem ser realizadas periodicamente, com a elaboração de um relatório que servirá como guia para as avaliações posteriores, mesmo que ainda não exista normativas que orientem os profissionais nas vistorias. A Figura 02 apresenta a fachada de um edifício que apresenta destacamento. Figura 02: Destacamento de placas cerâmicas em fachadas Fonte: Santos (2018) A figura 02 mostra um prédio com vários pontos onde ocorreram o descolamento das placas cerâmicas, que trouxeram prejuízos estéticos, estruturais e insegurança aos usuários, podendo ser causadas por incidência solar direta, dilatação térmica, erros de execução ou de dosagem. Mansur et al., (2012) analisaram manifestações patológicas em edifícios entre os anos de 1998 e 2005, apontando quais as principais causas de defeitos funcionais de som cavo, estufamento e destacamento cerâmico. A Tabela 01 mostra um resumo dos principais fatores associados ao destacamento cerâmico nas obras avaliadas, relacionados às propriedades da cerâmica, falhas de assentamento, falhas de projeto, erros de escolha e dosagem argamassa e problemas nas camadas de base. Tabela 01: Principais fatores associados à presença de som cavo, estufamento e destacamento de placas cerâmicas nos edifícios avaliados. Fatores Associados de patologias Nº de Ocorrências Fatores Associados de patologias Nº de Ocorrências Fatores Associados de patologias Nºde Ocorrências C e r â m ic a Expansão por umidade acima do limite de 0,6mm/m 18 edifícios e 25 cerâmicas (em 69 avaliadas) Engole 18 edifícios e 32 tipos de cerâmica avaliados (de 72 cerâmicas) Curvatura 1 edifício F a lh a d e A ss e n ta m e n to Ausência de esmagamento completo dos cordões de argamassa colante 42 edifícios Ausência de preenchimento das reentrâncias no tardoz 6 edifícios (em 6 edifícios) Tempo em aberto excedido 42 edifícios F a lh a d e P r o je to Ausência de juntas de movimentação 43 edifícios Ausência dejuntas de dessolidarização em transição entre diferentes materiais 44 edifícios Ausência de juntas de dessolidação em quinas 44 edifícios Ausência de estudos das regiões de concentração de tensão 44 edifícios A r g a m a ss a Falta de especificação adequada do produto 40 edifícios Formulação inadequada 1 edifício P r o b le m a s n a s c a m a d a s d e b a se Presença de película superficial não coesa e fissuras na argamassa de emboço de base 8 edifícios Fonte: Adaptado de Mansur et al. (2012) Observa-se na tabela 01 que maioria das obras apresentaram ausência de esmagamento completo dos cordões de argamassa colante, tempo em aberto excedido, ausência de juntas e de estudos prévios das regiões de concentradores de tensões e falta de especificação da argamassa utilizada. Groff (2011) e Delazeri (2018) realizaram estudos individuais, em tempos distintos, sobre as patologias cerâmicas em fachadas de edifícios em Porto Alegre/RS e obtiveram resultados muitos similares quanto aos tipos de danos presentes na edificação, como mostra a tabela 02 e a figura 03. Tabela 02: Estudo de Groff- ocorrência de patologias em edifícios na cidade de Porto Alegre/RS. Nome da Patologia Nº de Ocorrências Frequência (%) Deslocamento 107 52,70 Fissuras no rejunte 42 20,70 Falta de material de rejuntamento 34 16,70 Infiltração pelo rejunte 8 3,94 Quebra de Placa Cerâmica 7 3,45 Eflorescência através das juntas 2 0,99 Gretamento 2 0,99 Manchamento de placas cerâmicas 1 0,49 Total 203 100,00 Fonte: Adaptado de Groff (2011) Figura 03: Estudo de Delazeri- ocorrência de patologias em edifícios na cidade de Porto Alegre/RS. Fonte: Delazeri (2018) Analisando os dados apresentados na tabela 02 e figura 03, nota-se que ambos autores consideram o descolamento como principal patologia em fachadas cerâmicas, seguida de fissuração, no qual Groff (2011) quantifica um percentual de 52,70% de destacamento nas obras e Delazeri (2018) aponta o mesmo dano em 39% dos edifícios. Além disso, Delazeri (2018), analisou que os danos ocorreram principalmente nos pavimentos superiores, considerando os três últimos pavimentos da edificação (figura 04). Figura 4: Distribuição de ocorrências de manifestações patológicas por altura Fonte: Delazeri (2018) Observa-se na figura 04 que superiores tem o maior índice de danos (43%), seguido dos pavimentos intermediários que apresentam 36% de defeitos, sendo o segundo mais atingido e os inferiores, são os menos danificados (20%). Por meio de análises aos estudos citados, constata-se, portanto, que a principal manifestação patológica presente nas edificações com fachadas cerâmicas é o descolamento. A fissuração, é o segundo maior defeito presente, seguida de manchamento, desplacamento e eflorescência, ocorrendo principalmente nos pavimentos superiores, podendo ser causado por tempo em aberto excedido, ausência de juntas, falta de estudos prévios e falta de especificação da argamassa utilizada. 2.2 Eflorescência As eflorescências ocorrem pela presença de depósitos salinos na superfície dos revestimentos, alvenarias, concretos ou argamassas, sendo resultante da exposição à infiltrações ou intempéries. (RIBEIRO et al., 2018). Este tipo de patologia se origina no assentamento das placas cerâmicas sobre argamassas produzidas sem condições técnicas adequadas, podendo ser pela escolha de material de baixa qualidade. O uso de rejuntes incapazes de impedir a percolação de água carregada de produtos salinos é outro fator que provoca este tipo de manifestação (VIEIRA, 2019). Para Uemoto (1988 apud Santos, 2018) a eflorescência é um fenômeno cujos danos são notadamente de ordem estética, é causada por três fatores, sendo eles o teor de sais solúveis presentes nos materiais ou componentes, a presença de água e a diferença de pressão para propiciar a migração da solução para a superfície. Todas estas três condições devem existir e se uma delas for eliminada não irá ocorrer o fenômeno. A eflorescência pode ocasionar consequências apenas estéticas, alterando a aparência do elemento tornando-o esbranquiçado onde os sais se depositam ou também consequências agressivas, quando os sais constituintes chegam a causar a degradação profunda do material, como observado na figura 05 (SOUZA, 2008 apud Santos, 2018). Figura 05: Eflorescência de placas cerâmicas em fachadas Fonte: Delazeri (2018) Na figura 05, observa-se a ocorrência de eflorescência na edificação, no qual ela está alterando as características estéticas da fachada, devendo ser corrigida rapidamente, de maneira eficiente, para prevenir que ocorra a degradação. Algumas precauções podem ser tomadas a fim de evitar este dano, como por exemplo, a redução do consumo de cimento Portland na argamassa de emboço ou fazer o uso de cimento com baixo teor de álcalis; empregar o uso de placas cerâmicas de boa qualidade que sejam queimadas em altas temperaturas eliminando assim os sais solúveis de sua composição e sua umidade residual; Garantir o tempo necessário para que todas as camadas anteriores à execução do revestimento estejam secas (CAMPANTE e BAÍA, 2003). Moreira (2016) analisou edifícios com mais de 5 pavimentos contendo revestimento cerâmico. Para analisar as patologias presentes foram separados o prédio em 5 regiões (platibanda/ topo; ressaltos e saliências; paredes contínuas; cantos e extremidades; sacadas); também foi feita a classificação da cor do revestimento de acordo com os coeficientes de absorção de radiação solar. A figura 06 apresenta em qual região tem maior predominância de eflorescência. Figura 06: Porcentagem de ocorrência de eflorescência por região de fachada. Fonte: Moreira (2016) Analisando a figura 06, conclui-se que 52,48% dos edifícios estudados possuem eflorescência no topo e na platibanda. A eflorescência também está presente nas paredes continuas, sacadas, ressaltos e saliências, cantos e extremidades, porém com menor recorrência. Lopes et al., (2018) realizaram um estudo de caso em edifícios residenciais de Recife- PE, analisando o aparecimento de manifestações patológicas em suas fachadas relacionados à trincas e fissuras, presença de umidade, corrosão e revestimento de pintura (tabela 03). Tabela 03: Distribuição das manifestações patológicas devido à presença de umidade Manifestação Patológica % Nenhuma 6 Água visível 0 Manchas de Umidade 18 Eflorescência 84 Fungos 24 Estufamento 4 Fonte: Adaptado de Lopes (2018) De acordo com a tabela 03, a eflorescência foi a manifestação mais recorrente encontrada nestes edifícios devido a presença de umidade, por estarem localizados em zona litorânea são afetados pelas condições climáticas da área analisada. Ribeiro et al., (2018) analisaram edifícios com presença de eflorescência a fim de determinar quais os tipos de sais presentes nessas edificações. Amostras de sais solúveis foram coletadas nas alvenarias de residências de diferentes alturas onde havia presença da manifestação patológica, após a coleta foram levadas para analise laboratorial. Como resultado obtiveram que os maiores teores de sais presentes nas amostras foram o de sódio e cloretos. Mediante analise dos estudos de casos citados identifica-se que a eflorescência tem ocorrência maior em áreas litorâneas, devido a umidade e o sódio presente nessas regiões. A principal região onde ocorre o surgimento desta manifestação patológica é na platibanda ou no topo da edificação. 2.2 Trincas, Fissuras e Gretamento As trincas, fissuras e gretamento são patologias presentes nas fachadas cerâmicas que podem ocorrer por perda da integridade da superfície da placa, provocando defeitos estéticos ou destacamento. Segundo Thomaz (1989 apud Figueiredo Jr, 2017), as trincas e fissurasdevem ser analisadas com atenção quando presentes em uma estrutura, pois comprometem a estanqueidade à água, durabilidade e isolamento acústico, além de indicar problemas estruturais e gerar constrangimento psicológico aos usuários da edificação. De acordo com Luz (2004) e a NBR 9575 (2010) as trincas são aberturas com espessura maiores que 0,5 mm e menores que 1 mm na placa cerâmica. Já as fissuras, são rachaduras com espessura menor que 0,5 mm e maiores que 0,05 mm (figura 07). Os autores Barros e Sabbatini (2001) definem o gretamento como aberturas inferiores a 1mm, presentes na superfície esmaltada da cerâmica (figura 08). Figura 07: Fissuras e Trincas Fonte: Luz (2004) e Delazeri (2018) Figura 08: Gretamento Fonte: Mansur et al. (2012) Observando as figuras 07 e 08 é possível notar a diferença entre cada tipo de fenda citado, em questões de espessura e profundidade, no qual as fissuras, apresentam aberturas menores que as trincas e ambas causam a quebra da cerâmica, já o gretamento ocasionou fendas apenas camada esmaltada. Campante e Baia (2003) afirmam que as principais causas da ocorrência dessas manifestações patológicas estão relacionadas com a dilatação térmica e retração das placas cerâmicas, deformações estruturais excessivas na alvenaria, ausência de detalhes construtivos, como vergas, contravergas, pingadeiras e junta de movimentação e utilização de argamassa de fixação dosada em obra ao invés de argamassa colante, que geram tensões internas que ultrapassam o limite da placa, causando fendas ou acarretar uma diferença entre os coeficientes de expansão térmica do esmalte e do corpo da placa, causando gretamento na camada de esmalte. Segundo estudos de Delazeri (2018), as fendas são predominantes no topo, nas aberturas e extremidades dos edifícios, em decorrência das tensões concentradas nos vértices das esquadrias, ocasionado pela ausência dos elementos construtivos, como vergas e contravergas, tensões concentradas, umedecimento durante chuvas e por movimentações diferenciais, ocasionadas pelo efeito da temperatura, como mostra as figuras 09, 10 e 11. Figura 09: Gráficos de Incidência de manifestações no topo Fonte: Delazeri (2018) No topo da edificação, conforme mostra a figura 09, ocorrem manifestações patológicas pelo defeito das diferentes temperaturas, fazendo com que as fachadas apresentem manchamento (31,4%), fissuras (30,8%), seguidos de desplacamentos (22,7%) e descolamentos (12,4%). Figura 10: Gráfico de Incidência de manifestações nas aberturas Fonte: Delazeri (2018) Na região das aberturas, conforme exibido na figura 10, destaca-se a ocorrência de fissuração (55,90%), em função da ausência de vergas, contravergas, peitoris e lacrimais, gerando tensões concentradas nas esquadrias e facilitando as infiltrações de água. Figura 11: Gráfico de Incidência de manifestações nas extremidades Fonte: Delazeri (2018) Os cantos e extremidades são as regiões mais afetadas pela fissuração (30,4%) e descolamentos (23,1%), devido aos cantos e extremidade de fachadas, os quais geram concentrando elevadas tensões, além de serem muito umedecidas durante as chuvas, como pode ser observado na figura 11. Observa-se nos estudos realizados que as fendas são mais evidentes no topo, extremidades e aberturas, em virtude dos concentradores de tensões, ausência de elementos construtivos, escolha errada de argamassa ou erros de dosagem e grandes dilatações térmicas. Ao fim da revisão bibliográfica, será apresentado a metodologia utilizada na realização deste estudo. 3. METODOLOGIA A revisão bibliográfica foi feita mediante leitura sistemática a partir de livros e periódicos presentes na biblioteca da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI - Erechim) e por artigos científicos encontrados nas bases de dados online do Google Acadêmico, Periódicos da Capes, banco de monografias, dissertações e teses de portais universitários, com fichamento de cada obra, ressaltando os pontos abordados pelos autores pertinentes ao assunto em questão. Tanto os artigos como os estudos relevantes, apresentaram os seguintes descritores de busca: patologia em fachadas cerâmicas, patologia em fachadas, manifestações patológicas cerâmicas em fachadas e eflorescência em revestimentos cerâmicos. A busca realizada nas bases de dados ocorreu no período de agosto de 2020 a novembro de 2020 e incluiu preferencialmente artigos publicados de 2015 a 2020. Pode-se classificar esse estudo, do ponto de vista de sua natureza como estudo básico, uma vez que tem como objetivo gerar conhecimentos novos e de interesse universal. 4. CONCLUSÃO De acordo com o observado na revisão bibliográfica, as principais patologias presentes em fachadas cerâmicas é o descolamento, fissuras, trincas, gretamento e eflorescência, sendo causadas por fatores ambientais, escolha inadequada de materiais, sem analise prévia, erros de dosagem e execução, ausência de juntas e elementos construtivos. Desta forma, conclui-se que para minimizar as manifestações patológicas é necessário avaliar o clima da região, realizar projetos detalhados, com especificação dos produtos e forma de execução correta, além da realização de inspeções e manutenções preventivas conforme condições da edificação, fazendo o correto diagnóstico, para evitar custos indesejáveis em reparos. 5. REFERÊNCIAS ANJOS, L. O. 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Trabalho de Conclusão de Curso- Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre-RS, 2018. FIGUEIREDO Jr, G. J. Patologias em Revestimentos de Fachadas – Diagnóstico, Prevenção e Causas. 92f. Dissertação de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Universidade Federal de Minas Gerais. Minas Gerais, 2017. GROFF, C. Revestimentos em Fachadas: Análise das Manifestações Patológicas nos Empreendimentos de Construtora em Porto Alegre. 75f. Trabalho de Diplomação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre-RS. 2011. LOPES, M. A. M. et al. Análise de Manifestações Patológicas em Fachadas de Edifícios Residenciais da Avenida Boa Viagem, em Recife-PE. 5f. Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia. Universidade de Pernambuco. 2018. LUZ, M. A. Manifestações Patológicas em Revestimentos Cerâmicos de Fachada em Três Estudos de Caso na Cidade de Balneário Camboriú. 172f. Dissertação de Pós- Graduação-Curso de Arquitetura e Urbanismo. 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