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EXAME FÍSICO - Tórax

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1 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
Resumo das técnicas usadas no exame físico: 
- INSPEÇÃO: é o processo de observação do paciente, pode ser dinâmica 
(quando o paciente tem que se movimentar – mímica) ou estática 
(observação da anatomia). 
-PALPAÇÃO: inspeção por meio do tato e pressão. 
-PERCUSSÃO: pequenos “golpes” que emitem vibrações específicas. 
-AUSCULTA: ouvir sons emitidos pelo corpo. 
 
 EXAME DAS MAMAS 
É composto pela inspeção estática, dinâmica, palpação das mamas e das 
cadeias ganglionares axilares e supraclaviculares. 
✿ Inspeção estática: a paciente deve estar sentada com os 
braços rente ao tronco. 
➺ Observa-se a simetria, volume, forma, contorno, 
pigmentação da aréola, presença de abaulamentos ou 
retrações, poros dilatados (aspecto de casca de laranja) e se existe algum sinal 
flogístico (edema, rubor). 
 
✿ Inspeção dinâmica: a paciente deve levantar os braços e 
abaixar lentamente, realizando a contração do peitoral. 
Depois deve colocar as mãos na cintura, fazendo uma leve 
flexão para frente. 
➺ Estes movimentos tornam mais evidentes as retrações e 
assimetrias, além de avaliar o comprometimento muscular, em 
casos de carcinoma. Com a contração do peitoral é possível avaliar 
a mobilidade das mamas. 
 
✿ Palpação: a paciente deve estar deitada, com as mãos atrás 
da cabeça e os braços bem abertos. Deve iniciar a palpação da 
região subareolar até a região paraesternal, infraclaviculares e 
exilares. Todas as áreas de tecido mamário e linfonodos devem 
ser examinadas. 
➺ Observa-se possíveis alterações na temperatura da pele e se existem 
nódulos. 
Características dos nódulos: 
● Limites: se são bem delimitados (benignidade), ou limites imprecisos e 
irregulares devido a infiltração em tecidos vizinhos (malignidade). 
● Consistência: firmes ou elásticos (benignos) ou duros (malignos). 
● Mobilidade: móveis (benigna) ou fixados a pele ou estruturas profundas 
(malignos). 
● Fixação a estruturas: quando existe a fixação a planos profundos é 
perceptível na inspeção dinâmica, com a contração dos peitorais. 
● Diâmetro 
2 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 
 
 
 
➺ Expressão papilar: se houver secreção, deve observar se 
ela provém de um único ducto ou de vários, se é unilateral 
ou bilateral e o aspecto da secreção (sanguíneo, seroso, 
claro, purulento, pastoso, esverdeado). 
 
 
 
➺ Para a palpação de linfonodos, a paciente deve ficar 
sentada de frente para o examinador. Com a mão 
espalmada (a mão do examinador, sempre será oposta a 
axila do paciente), deve ser avaliado o oco axilar e as 
regiões próximas com as pontas dos dedos. 
Se encontrar linfonodos, deve analisar: localização, número, diâmetro, 
consistência, fixação a estruturas vizinhas 
SONDAGEM VESICAL 
✿ Sonda vesical de alívio: Introdução de uma sonda na bexiga através do 
trato urinário para a retirada imediata de urina. Após a drenagem o cateter é 
retirado. 
• Indicações: 
- Retenção urinária ou bexiga neurogênica. 
- Tratamento prolongado de pacientes com incompetência vesical. 
- Coleta de amostra estéril de urina, para pacientes incapazes de urinar 
espontaneamente. 
- Verificação de presença de urina residual após micção 
- Infusão de medicamentos. 
 
• Contraindicação: 
Suspeita de lesão uretral e fratura de uretra posterior 
 
✿ Sonda Vesical de Demora: É a introdução de um cateter através do meato 
uretral até a bexiga, para drenagem constante da urina, utilizando um sistema 
fechado. 
• Indicações: 
- Antes de cirurgias longas ou que necessitem de esvaziamento vesical 
- Controle rigoroso de urina em pacientes críticos ou não cooperativos 
 - Pacientes com obstrução do trato urinário 
 - Pacientes com bexiga neurogênica e retenção urinária 
- Cirurgias urológicas ou outras cirurgias de estruturas contíguas ao sistema 
urinário 
- Para possibilitar a irrigação contínua em hematúria 
3 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 - Conforto em pacientes terminais 
- Incontinência urinária que possa 
colocar em risco a integridade da 
pele ou sítio cirúrgico 
 
• Contraindicação: 
- Suspeita de lesão uretral e fratura 
de uretra posterior (sangramento pelo meato uretral) 
 
 
EXAME DA GENITÁLIA 
✿ Genitália externa: 
A genitália externa ou vulva, inclui o 
monte de venus, os grandes lábios, 
os pequenos lábios, o vestíbulo 
(meato uretral, introito vaginal, 
hímen, glândulas parauretrias ou 
vestibulares menores ou de Skene e 
glândulas vestibulares maiores ou de 
Bartholin) e o clitóris. 
➺ A paciente deve estar na posição 
ginecológica, o examinador deve 
avaliar a vulva, o períneo e o anus. 
 
 ➀ Exame estático: na vulva observa-se a implantação dos pelos, fenda vulvar, 
umidade, secreção, ulcerações, malformações. No períneo investiga a 
integridade e se existe ruptura, cicatrizes. Posteriormente o examinador 
entreabre os grandes lábios e observa o clitóris, o óstio uretral, o hímen e o 
introito vaginal. 
➁ Após a inspeção, o examinador deve pedir que a paciente faça um esforço 
semelhante ao de urinar, ou um espirro/tosse; observa se não há protusão 
das paredes vaginais ou do colo. 
 
✿ Genitália interna: 
➂ Exame especular: 
Materiais necessários: espéculo, luvas, escova cervical, espátula de Ayres, 
fixador, laminas (identificadas), fixador e foco. 
Recomendações: não praticar relações sexuais 48 horas antes, 
anticoncepcionais locais, duchas vaginais, espermicidas, nem realizar no 
período menstrual. 
➺ Técnica: com as mãos higienizadas, deve ser introduzido o espéculo, na 
posição vertical, levemente inclinado; após a introdução, realizar rotação para 
que a abertura do espéculo fique na posição horizontal. 
Após abrir o espéculo lentamente, com a espátula de Ayres deve ser coletado 
o material da ectocérvice; depois com a escova, colete o material da 
endocérvice. Colocar o material coletado sobre a lamina, realizar a fixação, e 
guardar a lamina no envelope para avaliação. ➃ Depois do exame especular, 
deve ser realizado o toque 
vaginal. 
 
 
 
 
4 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
➺ Toque digital: analisa o colo do útero e os fundos de saco vaginais, 
observando a forma, volume, mobilidade. 
➺ Toque combinado: enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio e as fossas 
ilíacas, a outra realiza o toque vaginal. Avalia a posição, forma, mobilidade, 
consistência e sensibilidade do corpo do útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA PULMONAR 
 
✦ Inspeção estática: 
Examina a forma do tórax, se existem anomalias congênitas ou adquiridas. 
Obs: tórax de RN: cilíndrico, costelas horizontalizadas, ângulo epigástrico 
obtuso. /Tórax de escolar: elíptico, costelas oblíquoas, ângulo epigástrico 
agudo. 
➺ Tipos de tórax: 
• Tórax chato ou plano: a parede anterior não é convexa, havendo redução no 
diâmetro anteroposterior. Os espaços intercostais são menores e o ângulo de 
Louis é mais nítido. As clavículas são mais salientes. 
• Tórax em tonel ou globoso: aumento do diâmetro anteroposterior, 
abaulamento da coluna dorsal, tórax mais curto. 
• Tórax infundibuliforme (pectus excavatum): depressão na parte inferior do 
externo e região epigástrica. Geralmente é congênita. 
• Tórax carniforme (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas 
horizontalizadas, resultando em um tórax semelhante ao das aves (tórax de 
pombo). 
• Tórax cônico ou em sino: parte inferior muito largada, lembrando um cone 
ou sino. 
5 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
• Tórax cifótico: curvatura da coluna dorsal, tem origem congênita ou postura 
defeituosa. 
• Tórax cifoesfoliótico: além da cifose, apresenta um desvio da coluna para o 
lado (escoliose). 
 
 
 
 
 
 
✦ Inspeção dinâmica: 
Avalia os movimentos respiratórios, suas características e alterações. 
➺ Tipo respiratório: deve-seobservar a movimentação do tórax e do 
abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são 
mais amplos. 
Em pessoas sadias na posição em pé ou sentada, predomina a respiração 
torácica ou costal, com movimentação predominante da caixa torácica. Em 
decúbito dorsal, a respiração é predominantemente diafragmática, 
prevalecendo a movimentação da metade inferior do tórax e da parte 
superior do abdome. 
➺ Ritmo respiratório: geralmente a inspiração dura quase o mesmo tempo 
que a expiração. 
 
Ritmos respiratórios anormais: 
6 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 
• Respiração de Cheyne-Stokes: fase de apneia seguida de incursões 
respiratórias cada vez mais profundas, até atingir um ponto máximo e depois 
decair, até uma nova pausa. O excesso de O2 durante a apneia obriga os 
centros respiratórios bulbares a enviarem estímulos mais intensos, que 
resultam em aumento da amplitude dos movimentos respiratórios. É mais 
percebida pelo som do que pela análise dos movimentos respiratórios. 
Causas: insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana, acidentes 
vasculares cerebrais e traumatismos 
cranioencefálicos. 
 
 
• Respiração de Biot: a respiração tem duas fases. A primeira de apneia, 
seguida de movimentos 
respiratórios anárquicos, em 
ritmo e amplitude. 
Causas: comprometimento 
cerebral. 
 
 
• Respiração Kussmaul: composta por quatro fases: 1. Respiração ruídos e 
cada vez mais ampla, alternadas com respiração rápida e de pequena 
amplitude. 2. Apnéia em inspiração. 3. Expirações ruidosas, cada vez mais 
profundas alternadas com 
inspirações rápidas e de 
pequena amplitude. 4. 
Apneia de expiração. 
Causas: acidose diabética. 
 
• Respiração suspirosa: o paciente executa uma série de movimentos 
inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida, 
com alguns suspiros isolados. 
Causas: tensão emocional e 
ansiedade. 
 
 
 
➺ Tiragem intercostal: na inspiração os espaços intercostais se deprimem 
ligeiramente. As áreas onde a tiragem é visível (supraclavicular, 
infraclavicular, intercostal ou epigástrica) são regiões em que o pulmão não 
acompanha p movimento expansivo da caixa torácica. 
☛ Inspeção normal: tórax atípico, eupneico, sem esforço respiratório, com 
expansibilidade preservada bilateralmente. 
 
 
7 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
✦ Palpação: 
Avalia a sensibilidade superficial e profunda, se existe dor, alterações na 
temperatura da pele (comprometimento pleuropulmonar), sudorese torácica 
unilateral (Sínd. Claude Bernard-Horner), edema (obstrução veia cava 
superior), enfisema (pneumotórax); além dos grupos ganglionares. 
➺ Expansibilidade: é pesquisada nos ápices, com as mãos espalmadas, os 
polegares apoiados na coluna vertebral e os outros dedos nas fossas 
supreclaviculares. Nas bases, os polegares devem estar apoiados nas linhas 
paravertebrais e os últimos dedos devem estar nos últimos arcos intercostais. 
 
➺ Frêmito toracovocal: (FTV) vibrações das cordas vocais transmitidas a 
parede torácica. Deve pedir que o paciente pronuncie a palavra “trinta e três”, 
após colocar a mão espalmada no tórax comparando a 
intensidade das vibrações nas regiões homólogas. 
É mais acentuado á direita e nas bases. 
- Redução ou sem FTV: derrame pleural (afastam o 
pulmão da parede). 
- FTV nítido: condensações (facilita a transmissão da voz). 
- FTV diminuído: atelectasia (o som não se propaga). 
 
 
✦ Percussão: deve iniciar da face posterior de cima para baixo, percutindo 
separadamente cada hemitórax, depois deve percutir comparando regiões 
simétricas. 
 
São percebidas 4 tonalidades de sons: som claro pulmonar, som timpânico, 
som submaciço e maciço. 
Causas de macicez pulmonar: neoplasias, infarto pulmonar volumos, 
pneumonis lobar. 
Causas de timpanismo e hipersonoridade: enfisema, crise de asma, 
hiperinsuflação, cisto aéreos. 
☛ Palpação normal: expansibilidade preservada bilateralmente, FTV 
uniformemente palpável, sem atritos, frêmitos, crepitações, abaulamentos 
ou flutuações. 
 
✦ Ausculta: 
 
8 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
O examinador deve ficar atrás do paciente, que deve estar com o tórax 
despido e respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem 
fazer ruído. Deve-se auscultar regiões de maneira simétrica, pedir ao paciente 
que faça respirações profundas e tussa várias vezes. 
Sons respiratórios normais: 
 
➺ Som traqueal e brônquico: é possível reconhecer o componente 
expiratório e inspiratório. 
• Som traqueal: audível na traqueia, pescoço e região esternal. O componente 
inspiratório é constituído por um ruído soproso, mais ou menos rude. O 
expiratório é um pouco mais forte e prolongado. 
• Som brônquico: som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de 
maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. 
 
➺ Murmúrio vesicular: os ruídos respiratórios ouvidos no tórax são 
produzidos pelo ar que acaba se chocando com as bifurcações brônquicas e 
passa por cavidades de diferentes tamanhos. O componente inspiratório é 
mais intenso, mais duradouro e mais alto; se comparado ao expiratório. 
 
A diminuição do murmúrio vesicular pode ser por: presença de ar 
(pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido sólido (espessamento pleural), 
na cavidade; além de enfisema pulmonar, dor torácica que impeça a 
movimentação do tórax, obstrução das vias respiratórias superiores, oclusão 
parcial ou total dos brônquios ou bronquíolos. 
O prolongamento do murmúrio vesicular ocorre na asma brônquica, no 
enfisema e na bronquite espastiforme. 
 
➺ Som broncovesicular: união do som brônquico com o murmúrio vesicular. 
É auscultado na região esternal superior, na interescapulovertebral direita e 
no nível da 3º e 4º vértebras dorsais. 
Se auscultado em outras regiões indica condensação, atelectasia. 
 
Sons ou ruídos anormais descontínuos: 
 
➺ Estertores: ruídos audíveis na inspiração ou expiração. 
• Estertores finos ou crepitantes: ocorrem no final da inspiração, são agudos 
e de duração curta, não se modificam com a tosse. Semelhante ao atrito de 
um punhado de cabelos próximo ao ouvido. Ovidos nas bases pulmonares. 
Causas: pneumonia, congestão pulmonar, doenças intersticiais pulmonares. 
 
• Estertores grossos ou bolhosos: frequência menor e maior duração que os 
finos. Sofrem alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todo o tórax. 
Tem origem na abertura e fechamento das vias respiratórias com secreção 
viscosa e espessa. Comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. 
 
Sons ou ruídos anormais contínuos: 
➺ Roncos e sibilos: 
• Os roncos são constituídos de sons graves, comuns na inspiração e 
expiração, são vibrações das paredes dos brônquios e do gás, por edema da 
parede ou secreções. 
• Os sibilos são constituídos por sons agudos, originam-se das vibrações da 
parede brônquica e do conteúdo gasoso, quando os vasos estão estreitados. 
Aparecem na inspiração e expiração (mais predominantes). Múltiplos e 
disseminados: doenças que comprometem a árvore brônquica toda (asma, 
bronquite, bronquiolite). Localizados: obstrução por neoplasia, embolia 
pulmonar, corpo estranho. 
 
➺ Estridor: 
Som produzido pela semiobstrução da laringe ou da traquéia, provocado por 
difteria, laringites agudas, câncer de laringe e estenose da traqueia. Durante 
a inspiração. 
 
➺ Sopros: perceptíveis na 7ª vértebra cervical no dorso, trquéia, região 
interescapular; é brando, mais longo na expiração que na inspiração. 
9 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 
➺ Atrito pleural: em condições normais os folhetos visceral e parietal da 
pleura deslizam um sobre o outro, sem produzir ruído. 
Nos casos de pleurite, devido ao exudato, produzem um ruído irregular, 
descontínuo, mais intenso na inspiração semelhante ao couro atritado. Som 
de duraçãomaior e frequência baixa. Mais comuns nas regiões axilares 
inferiores. 
 
Ausculta da voz 
Ausculta a voz pronunciada e cochichada. O paciente deve pronunciar as 
palavras trinta e três, enquanto o examinador percorre o tórax com o 
estetoscópio, comparando as regiões homólogas assim como no exame de 
frêmito toracovocal usando a mão. 
O som produzido pela voz é chamado de ressonância vocal, tanto a voz falada 
quanto a voz cochichada são sons imcompreensíveis, pois o parênquima 
pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros, mas quando está 
consolidado (pneumonia, infarto pulomonar), a transmissão é facilitada. 
 
• Ressonância vocal aumentada: 
Broncofonia: voz sem nitidez.. aumento: pneumonia, infarto pulmonar/ 
diminuição: atelectasia, espessamento pleural e nos derrames. 
Pectorilóquia fônica: voz falada nítida 
Pequitorilóquia afônica: voz cochichada nítida. 
Egofonia: boncofonia nasalada e metálica. 
☛ Ausculta normal: Murmúrio vesicular universalmente audível, sem ruídos 
adventícios. 
 
SÍNDROMES PULMONARES: 
 
✦ Derrame pleural: 
Acúmulo excessivo de líquido no espaço entre a pleura visceral e a pleura 
parietal. Ocorrem nas pleurites, pneumonias, neoplasias, colegenoses, 
síndrome nefrótica e insuficiência cardíaca. Os sintomas incluem: dispneia, 
dor torácica, tosse. 
 
 
 
✦ Pneumotórax: 
Acúmulo de ar no espaço entre as pleuras, devido a lesões traumáticas, 
ruptura de bolha subpleural, tuberculose, pneumoconiose, neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✦ Condensação: 
Também chamada de consolidação, consiste na ocupação dos espaços 
alveolares por células e exsudato. Ex: pneumonias, infarto pulmonar e a 
tuberculose. 
Os sintomas são: dispneia e tosse seca e/ou produtiva. Quando há 
expectoração pode haver sangue e muco. 
10 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 
 
✦ Atelectasia: 
Desaparecimento do ar dos alvéolos, sem que este espaço esteja ocupado 
por células ou exsudato. 
Causas mais comuns são as neoplasias e corpos estranhos, que obstruem os 
brônquios. 
Ex: se a atelectasia for no brônquio principal, todo o pulmão sofrerá 
atelectasia. 
Quanto maior a área comprometida, mais intensas as manifestações clínicas, 
que consistem em dispneia, sensação de desconforto e tosse seca. 
 
 
 
 
✦ Enfisema pulmonar: 
Hiperaeração, devido ao aumento anormal dos espaços do bronquíolo distal, 
com alterações na parede alveolar (diminuição da elasticidade pulmonar). 
Sintomas: dispneia, manifestações de insuficiência respiratória. 
 
 
 
✦ Asma brônquica: 
Estreitamento dos bronquíolos devido a inflamação das vias aéreas, 
dificultando a passagem do ar. 
 
 
 
 
 
11 
HABILIDADES MÉDICAS IV – SEMIOLOGIA DO TÓRAX 
 
 
✦ Edema agudo: 
 
 
 
 
✦ Bronquite crônica da DPOC: excessiva secreção de muco na árvore 
brônquica. Os sintomas incluem: tosse com expectoração mucopurulenta de 
pequeno volume, persiste por meses (alterna períodos de melhora e piora). 
- Achados: estertores grossos disseminados no tórax; roncos e sibilos são 
comuns., a expansibilidade estará reduzida, hipersonoridade.

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