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Prova de História da África e da Cultura Afro

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Prova de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Avaliação Objetiva - Tentativa 1 de 2
Questão 1 de 10
Texto 1
“Durante muito tempo se acreditou que os indígenas do Nordeste brasileiro haviam sido ‘extintos’ ou absorvidos pela população regional, sem que tivessem mantido características identitárias e culturais distintivas em relação à sociedade não indígena. Importantes estudos realizados ao longo das décadas de 1980 e 1990 (OLIVEIRA, 2004) demonstraram não apenas a falácia da extinção das populações indígenas naquela região do país, como também o vigor de suas lutas pelo reconhecimento étnico e respeito por direitos históricos, secularmente negados.”
(SILVA, Giovani José da; COSTA, Anna Maria Ribeiro F. M. da. Histórias e culturas indígenas na Educação Básica. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018, p. 31).
Texto 2
“A região Nordeste, atualmente, possui grande diversidade de povos indígenas. Cerca de 232.739 indivíduos se consideram índios, o que corresponde a 25,9% da população indígena do Brasil, segundo Censo do IBGE de 2010. Essa situação se explica, principalmente, devido ao aumento do número de indivíduos que se reconhecem como indígenas e que assim são identificados pelo grupo no qual estão inseridos. Esse crescimento demográfico em pleno século XXI contrasta com o discurso sobre o desaparecimento da população indígena no Nordeste, construído em fins do século XIX. Políticos, autoridades e intelectuais reafirmavam a ideia de que os indígenas desapareciam diluídos na sociedade não indígena, passando a atuar como trabalhadores rurais e deixando para sempre de viver nas terras das aldeias. Com esse discurso, as aldeias foram sendo extintas ao longo do século XIX, já que os índios ‘puros’ não existiriam mais, restando apenas seus remanescentes ou ‘caboclos’.”
(DANTAS, Mariana Albuquerque. Identidades indígenas no Nordeste. In: WITTMANN, Luisa Tombini (org.). Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015. Edição Kindle, posição 1141-1149)
Considerando o Texto 1 e o Texto 2, que abordam a presença indígena na região Nordeste do Brasil, avalie as afirmativas a seguir:
I. A negação da identidade étnica dos indivíduos e grupos indígenas – ou de outros segmentos – pode incidir em uma paralela negação de direitos civis, sociais e políticos.
II. A concepção de “assimilação” foi utilizada por agentes sociais não indígenas (autoridades, colonos, etc.) para negar a identidade étnica dos povos indígenas que habitavam o Nordeste brasileiro.
III. No Nordeste não existe grupos indígenas, pois as políticas de assimilação e integração dos povos nativos à sociedade colonial e, posteriormente, à sociedade nacional foram bastante sucedidas.
IV. O crescimento do número de indígenas na região Nordeste está diretamente relacionado com as políticas de afirmação social, de valorização da diversidade cultural e do fortalecimento dos movimentos indígenas.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas corretas:
A - I e II, apenas.
B - I e III, apenas.
C - I, II e IV, apenas.check_circleResposta correta
D - II e III, apenas.
E - II, III e IV, apenas.
Questão 2 de 10
“Queremos que os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas promovam a conscientização dos índios e o resgate de nossa identidade a partir dos esportes. Não é uma competição entre etnias, tampouco uma busca por medalhas”.
(Marcos Terena, articulador internacional do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena – ITC. Disponível em: http://www.ebc.com.br/esportes/2015/10/jogos-mundiais-indigenas-nao-sao-olimpiadas-dos-povos-tradicionais-conheca )
A partir do fragmento acima, avalie as seguintes afirmativas:
I. É um evento que contribui para o fortalecimento das tradições e vínculos entre os diferentes povos indígenas e, portanto, na luta por direitos.
II. Trata-se de um evento que envolve os atletas indígenas, os quais estão interessados em demonstrar a supremacia esportiva de seus respectivos grupos étnicos.
III. Consiste em um evento esportivo que busca afirmar as diferenças entre os povos indígenas, tendo como finalidade enaltecer apenas os povos que vencem as disputas.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I e III, apenas.
C - I, apenas.check_circleResposta correta
D - I, II e III.
E - II, apenas.
Questão 3 de 10
Assinale a alternativa que explica corretamente a diferença entre os conceitos de “movimento indígena” e “movimento indigenista”.
A - No movimento indígena os protagonistas são os próprios indígenas, já o movimento indigenista é formado por não-indígenas que apoiam a causa dos direitos dos índios.check_circleResposta correta
B - O movimento indígena defende a superioridade dos índios sobre toda a população e o movimento indigenista defende o respeito às diferenças.
C - O movimento indígena defende a via pacífica na conquista de direitos, enquanto o movimento indigenista apoia o uso de meios mais radicais e violentos.
D - O movimento indígena é contra os direitos dos índios e o movimento indigenista é aquele em que os próprios índios lutam pelos seus direitos.
E - O movimento indígena é formado por não-indígenas que apoiam a causa dos índios e o movimento indigenista é formado por grupos que se opõem aos índios.
Questão 4 de 10
“A expressão ‘política indigenista’ foi utilizada por muito tempo como sinônimo de toda e qualquer ação política governamental que tivesse as populações indígenas como objeto. As diversas mudanças assistidas no campo do indigenismo nos últimos anos, no entanto, exigem que estabeleçamos uma definição mais precisa e menos ambígua do que seja a política indigenista. Para dar conta dessa tarefa, é importante distinguir os diversos agentes que interagem diretamente com os povos indígenas situados no território brasileiro.”
(Adaptado. O que é política indigenista. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/O_que_%C3%A9_pol%C3%ADtica_indigenista  Acesso em 17/11/2018.)
O texto acima aborda o conceito de “política indigenista”. Sobre esse termo, avalie as sentenças a seguir:
I. As políticas indigenistas são realizadas exclusivamente pelos povos indígenas.
II. As políticas indigenistas durante o período colonial e imperial da história brasileira tiveram um caráter “civilizatório”.
III. As políticas indigenistas são realizadas somente pelas às organizações religiosas, protestantes ou católicas.
IV. As políticas indigenistas, no contexto atual, podem ser atribuídas ao Estado, às organizações não governamentais (ONG’s), e, ainda, podem contar com certa participação indígena.
Assinale a opção que apresenta apenas as sentenças corretas:
A - I e III, apenas.
B - I, apenas.
C - I, III e IV, apenas.
D - II e IV, apenas.check_circleResposta correta
E - III e IV, apenas.
Questão 5 de 10
O português falado no Brasil é um misto de diversas influências. A base do idioma é o português, porém, há outras influências, como o tupi e outros idiomas ameríndios. Há a influência de outros idiomas europeus, a influência árabe e, por fim, a influência africana. Uma das influências é a língua banto. Assinale, abaixo, a alternativa que reflete palavras de origem banto:
A - Alambique, alforria, cenoura, xadrez, xerife.
B - Avenida, chalé, garçom, maquete, pivô.
C - Basquete, esqui, folclore, piquenique e vagão.
D - Bengala, camundongo, fubá, minhoca, quitanda.check_circleResposta correta
E - Cipó, gambá, paçoca, sabiá e tucano.
Questão 6 de 10
“Quando Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire em 1483 e contactou pela primeira vez o mani Nsoyo, chefe da localidade na qual aportara, o Congo era um reino forte e estruturado, cuja chefia máxima cabia ao Mani Congo. Formado por grupos de etnia banto, especialmente os bakongo, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e se compunha de diversas províncias. Algumas delas, como as de Nsoyo, Mbata, Wandu e Nkusu, eram administradas por membros de uma nobreza local que assumiam os cargos de chefia há gerações, sendo o controle político mantido por uma mesma linhagem, enraizada no local. Outras províncias eram administradas por chefesescolhidos pelo rei dentre a nobreza que o cercava na capital. A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo Mani Congo, cercado por linhagens nobres que teciam alianças principalmente por meio do casamento, mas era também fortalecida pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões. O centro de poder localizava-se na capital, mbanza Kongo, de onde o rei administrava a confederação juntamente com um grupo de nobres que formavam o conselho real, composto provavelmente por 12 membros, divididos em grupos com diferentes atribuições: secretários reais, coletores de impostos, oficiais militares, juízes e empregados pessoais. A centralização político-administrativa, ao mesmo tempo que conferia estabilidade ao sistema, ensejava intensas e frequentes disputas pelo poder”.
(VAINFAS, Ronaldo; SOUZA, Marina de M. e. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroado ao movimento antoniano, século XV-XVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118, p. 96)
Sobre o trecho acima e o Reino do Congo, é correto afirmar:
A - A escravidão era ausente no Reino do Congo. A principal forma de trabalho era algo semelhante ao sistema de vassalagem e suserania da Europa Medieval.
B - A nobreza do Reino do Congo era essencialmente formada por parentes do rei, os quais viviam, na maioria, nas cidades, praticando a agricultura.check_circleResposta correta
C - O casamento no Reino do Congo era monogâmico, pois, como as terras estavam em constante disputa, casar com mais de uma mulher seria dividir o poder.
D - O Reino do Congo consistia basicamente na capital, Mbanza Kongo, e algumas vilas satélites, que eram totalmente dependentes da capital.
E - O Reino do Congo é formado por berberes que saíram do norte da África, atravessaram o deserto do Saara e chegaram na região do atual Congo.
Questão 7 de 10
O trecho a seguir é do discurso de recepção de Alberto da Costa e Silva à Academia Brasileira de Letras, feito por Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça, em 17 de Novembro de 2000.
“O autor de A Enxada e a Lança bem mereceu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Ifé, na Nigéria. Ninguém pode pretender conhecer de África sem o conhecimento dessa obra fundamental, construída com inteligência crítica, obstinação de pesquisa, graça literária na redação e a impressionante abonação de quase mil obras. É o mais importante estudo, no gênero, que se conhece”. (http://www.academia.org.br/academicos/alberto-da-costa-e-silva/discurso-de-recepcao). 
A partir do trecho e sobre a produção da História da África no Brasil, é correto afirmar:
A - A História da África nunca foi alvo de interesse no Brasil, pois não existiu relações entre África e Brasil ao longo da História dos dois países.
B - Alberto da Costa e Silva é um autor angolano radicado no Brasil e os estudos da História da África no Brasil foi feito somente por autores nascidos na África e que viviam no Brasil, formando um grupo chamado de “Afro-brasileiros”.
C - Alberto da Costa e Silva marca os princípios de estudo de História da África, ainda nas décadas de 40 e 50, feitos de forma individual. A História da África só ganhou destaque como uma área própria a partir dos anos 2000.check_circleResposta correta
D - Desde o surgimento das primeiras universidades e dos cursos de História no Brasil, nos anos 1930, a História da África já se institucionalizou e se tornou uma das principais áreas de estudo.
E - Houve um reconhecimento e uma produção de História da África no Brasil desde a descoberta do Brasil, por autores portugueses, inicialmente, e, depois, por autores brasileiros, como é o caso de Costa e Silva.
Questão 8 de 10
“A identificação dos diferentes grupos étnicos que responderam ao contato com os europeus de formas distintas desmonta esquemas simplistas que apresentavam os combatentes em blocos monolíticos e cristalizados nos papéis de aliados ou de inimigos. No Rio de Janeiro, ao invés de franceses e tamoios de um lado e portugueses e temiminós de outro, percebemos uma complicada rede de interações na qual circulavam os diferentes subgrupos tupis, em um vaivém de acordos e disputas entre si e com os europeus. Mudavam de lado frequentemente, conforme as circunstâncias e seus interesse.”
(ALMEIDA, Maria Regina Celestino. A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 37, nº 75, 2017, p. 21.)
No texto apresentado, Martia Regina Celestino Almeida aborda o processo de conquista, pelos portugueses, da região que hoje corresponde ao Rio de Janeiro.
A respeito dos estudos históricos sobre os indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta:
A - A abordagem histórica apresentada no texto demonstra que os grupos indígenas envolvidos no conflito apresentaram posicionamentos semelhantes e invariáveis.
B - A abordagem realizada no texto indica os indígenas como sujeitos históricos ativos no estabelecimento e rompimento de alianças conforme seus próprios interesses.check_circleResposta correta
C - A exposição efetuada no texto indica que os indígenas foram coadjuvantes no processo de conquista do Rio de Janeiro, agindo conforme os interesses dos colonizadores.
D - A interpretação histórica fornecida por Almeida salienta que a participação dos indígenas no processo de conquista do Rio de Janeiro foi insignificante.
E - A perspectiva histórica oferecida no texto demonstra que os indígenas não realizaram negociações e não empreenderam estratégias de que lhes fosse conveniente.
Questão 9 de 10
Observe o quadro abaixo que realiza uma comparação a respeito da relação entre memória e história nas sociedades indígenas e nas sociedades não-indígenas. 
	Sociedades indígenas 
	Sociedades não-indígenas
	Memória se confunde com história;
Importância da oralidade na transmissão dos saberes.
A memória e a história são importantes para a constituição da identidade.
	Memória diferente de história;
Importância dos registros escritos para a preservação da memória;
A memória e a história são importantes para a constituição da identidade.
 
Fonte: Produzida pela elaboradora da questão
Assinale a alternativa que interpreta corretamente a relação entre memória e história nas sociedades indígenas de acordo com as informações contida no quadro acima.
A - Ao contrário das sociedades indígenas, nas sociedades não-indígenas a transmissão da memória acontece, sobretudo, por meio da oralidade e dos mitos.
B - Nas sociedades indígenas o registro da memória acontece, principalmente, por meio de registros escritos.
C - No caso das sociedades indígenas a historiografia acadêmica ocupa o lugar de destaque que nas sociedades não indígenas é desempenhado pela memória.
D - Tanto para as sociedades indígenas como para as sociedades não indígenas a memória e a história são a mesma coisa sem nenhuma diferença clara entre elas.
E - Tanto para as sociedades indígenas quanto para as sociedades não-indígenas a memória e a história são fundamentais para a constituição da identidade.check_circleResposta correta
Questão 10 de 10
Analise a seguinte tabela, extraída dos dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2010.
IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: . Acesso em 12 nov. 2018.
Os dados presentes no censo refletem o crescimento da população brasileira que se afirma como indígena, comparando-se com os dados demográficos de anos anteriores. Várias são as razões que explicam esse crescimento. Assinale a afirmativa abaixo que apresenta, corretamente, uma destas razões.
A - A ampliação das restrições legais à inserção indígena no mercado de trabalho.
B - A redução das reservas indígenas e a migração indígena para as cidades.
C - A redução dos movimentos sociais encabeçados por representantes indígenas.
D - As conquistas legais obtidas pelos representantes indígenas no Congresso Nacional.
E - Os movimentos pró-indígenas de fortalecimento de identidade indígena.check_circleRespostacorreta

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