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IMUNOPATOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS DE ACOMETIMENTO BUCOMAXILOFACIAL

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FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE ODONTOLOGIA
Disciplina Propedêutica Clínica Odontológica I.
Profª. Ma. Thalita Santana
Abya Stefhany Pinheiro da Silva
Aniely Lopes dos Santos
Genivaldo Júnior
Karoline Rocha da Rocha
Lídia Clara Cutrim Lima Sales
Mirihellen Vitória de Souza Oliveira
Rariane Kelly de Moura
Thalita Silva Aires
Yasmim Kesia Pereira Ferreira
Walquiria Verônica Marques Ferreira
IMUNOPATOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS DE ACOMETIMENTO BUCOMAXILOFACIAL
1 INTRODUÇÃO
O que é Imunopatologia?
É a ciência que estuda as lesões e doenças produzidas pela resposta imunitária. São elas: doença por hipersensibilidade, doenças auto-imunes, imunodeficiencias e imunossupressão.
A principal função do sistema imune é distinguir antígenos estranhos (agentes infecciosos) de componentes próprios (self), presentes nos diferentes tecidos.
Quando o organismo é atacado por micro-organismos, o sistema imune inicia uma série de medidas para eliminar esse agente e interromper a doença.
2
2. Infecção e autoimunidade
2.1 Mecanismos que impedem a autoimunidade
A tolerância imunológica é a falta de resposta a antígenos do organismo. É um processo ativo ocorrendo nos órgãos linfoides centrais, como o timo (linfócito T) e a medula óssea (linfócito B) com o objetivo de impedir que o sistema imunológico reaja contra antígenos do próprio organismo.
TIMO
Após essa indução da tolerância central, os linfócitos T e B migram para a periferia, onde passam pelo processo de tolerância periférica. 
Esses antígenos, aos quais é ativada a tolerância, são classificados como tolerogênicos ou tolerógenos, que os diferenciam dos imunógenos (antígenos), capazes de resposta imune.
Falhas no mecanismo de autotolerância podem resultar na ocorrência de doenças autoimunes, tanto por via central, como periférica.
A ilustração esquemática dos mecanismos de seleção positiva e negativa para células T no timo. Os timócitos duplo-positivos entram em contato com peptídeos próprios ligados as moléculas de MHC sobre células epiteliais no córtex tímico e sobre macrófagos e células dendríticas na medula tímica. Os timócitos, cujo TCR é incapaz de reconhecer o MHC e peptídeo próprios, morrem por apoptose (seleção positiva). Os timócitos, cujos TCRs reconhecem MHC próprio e peptídeo com elevada afinidade, são removidos por apoptose (seleção negativa).
Representação esquemática dos mecanismos de tolerância central e periférica de linfócitos B. Linfócitos imaturos que reconhecem os antígenos próprios com alta afinidade na medula óssea são eliminados por apoptose (1) ou mudam a sua especificidade antigênica (2) Linfócitos não específicos para antígenos próprios e que sofreram o mecanismo de recombinação (3) migram para periferia. As células que encontram autoantígenos na periferia e são ativadas são eliminadas por apoptose ou se tomam anérgicas. Já as que não possuem especificidade para antígenos próprios ao encontrarem antígenos exógenos são capazes de gerar uma resposta imune.
2.2 Como as infecções podem gerar eventos de autoimunidade
Existem evidências de que a ocorrência de algumas doenças autoimunes podem estar associadas à infecção bacteriana, fúngica ou viral. Essas infecções estimulam a produção de anticorpos e linfócitos T, direcionados contra os antígenos de micro-organismos parecidos com proteínas do próprio organismo, que levam a reações cruzadas com os componentes dos tecidos. 
Alguns exemplos são candidíase, diabetes tipo I, vírus Epstein-Barr e esclerose múltipla, estreptocócicas orofaringeanas (por estreptococos do grupo β) e glomérulo-nefrite aguda.
2.3 Patogênese da autoimunidade nas infecções
No timo, os linfócitos TCD4 e TCD8 tomam contato com um grande número de antígenos memorizados (self), apresentados pelas células dendríticas ou por células do epitélio do timo (timócitos). Ocorre então a expressão do gene AIRE (autoimmune regulator), expresso principalmente nas células epiteliais do timo, promovendo a expressão de vários antígenos teciduais, visando “ensinar” ao linfócito o que deve ser reconhecido como “self’ ou não “self”, na periferia do organismo.
3. Tipos de reação autoimune nas infecções
As reações de autoimunidade nas infecções seguem o padrão clássico das reações imunes. 
3.1 Reações do tipo I 
Podem acontecer nas infestações por helmintos (vermes parasitas) e também por infecções bacterianas. O mediador celular principal é o eosinófilo e, nesses casos, o hemograma vai apresentar uma eosinofilia.
São também participantes dessa reação as interleucinas (citocinas), 3 e 5, assim como os leucotrienos (lipídios, vasoconstritores musculares). Como os mediadores aqui não são IgE (reação tipo I clássica), não há a ocorrência de choque anafilático, sendo as expressões clínicas mais leves.
EOSINÓFILO
3.2 Reações do tipo II (citotóxicas) 
Podem ser desencadeadas por anticorpos que se ligam à células e à matriz extracelular, que são identificados por antígenos estranhos, relacionados com autoantígenos. 
O fenômeno citotóxico pode ocorrer por lise das células e fagocitose mediada pelo sistema complemento (por exemplo, anemia hemolítica do recém-nascido por sensibilização do sangue do feto Rh+ pelo sangue da mãe Rh-); ativação de neutrófilos e outros leucócitos, pelos quimiotáticos do sistema complemento (glomerulonefrite). Essa não é rara a partir de infecções orofaringeanas por estreptococos do grupo β e lisando as células do glomérulo renal (unidade funcional do rim).
Reações citotóxicas podem acontecer também nas infecções pelo vírus da dengue, nas parvoviroses e nas infecções por protozoários (malária), causando púrpuras trombocitopênicas importantes.
3.3 Reações do tipo III (reação de imune complexos) 
Anticorpos contra antígenos solúveis formam os denominados imune complexos, que se depositam na periferia dos vasos sanguíneos em vários tecidos, causando lesão tecidual pela ativação do sistema complemento, cujas frações serão responsáveis pela quimiotaxia de neutrófilos. Isso acontece no eritema multiforme e mesmo na síndrome de Stevens-Johnson, após infecção pelo Herpes vírus. Esse tipo de resposta também ocorre na tuberculose e na hanseníase, causando o que se conhece como eritema nodoso. Infecções por Staphylococcus aureus, a exemplo das reações tipo II, podem causar glomerulonefrite, agora por imune complexos (Reação tipo III).
3.4 Reações do tipo IV (hipersensibilidade retardada mediada por linfócitos T) 
Nesses casos, a reação não é mediada por IgE (imediata), mas sim por linfócitos T. São conhecidas essas reações pela persistência de antígenos estranhos no organismo. É o caso das reações às infecções crônicas de tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) e Hanseníase (Mycobacterium leprae). É oportuno lembrar que a tuberculose pode causar lesões orais, sendo a clássica representada pelo sinal de Trelat (úlceras indolores, na mucosa oral, de evolução crônica, permeadas por um conjunto de manchas amareladas).
4. Autoimunidade na imunodeficiência e imunossupressão 
A imunodeficiência pode ser primária (congênita) ou secundária (adquirida), quando fatores ambientais a promovem (vírus HIV1). A imunodepressão é induzida propositalmente por radiação ou drogas imunossupressoras (para transplante de medula, por exemplo, drogas para controlar a rejeição em órgãos transplantados). O HIV é capaz de infectar os linfócitos T auxiliares (T helper cells - células T auxiliares), que modulam a resposta imune, além de células dendríticas e macrófagos. Outro tipo de célula, o linfócito T (CD8+), constitui a defesa do indivíduo em consequência da infecção pelo HIV. As células T (CD8+) são células citotóxicas, responsáveis pela eliminação celular de micro-organismos ou células parasitadas por vírus.
HIV
As células com marcador (CD4+), após a invasão viral (principalmente os linfócitos T), vão expressar, na superfície, partículas da proteína viral, reconhecidas pelos linfócitos T (CD8+),acarretando a sua destruição.
Na circulação de indivíduos saudáveis, a quantidade de T CD4+ é o dobro da de T (CD8+). A partir do período assintomático, a relação entre T (CD4+) / T (CD8+) inverte-se na maior parte dos soropositivos para o HIV. O HIV penetra no citoplasma e a proteína transcriptase reversa transcreve o genoma de RNA viral em DNA pró-viral de fita dupla, que se integra no genoma humano, iniciando o processo de transcrição do HIV no genoma. Por estímulos pelos genes regulatórios, ocorre a replicação e saída do HIV para o citoplasma sob forma de proteínas virais, ocorrendo então a quebra pela protease, para posteriormente serem liberadas na circulação como vírions infectantes.
O indivíduo soropositivo para o HIV, na fase da doença, é vitimado por infecções oportunistas, dentre estas a Candidíase, causada notadamente pelas espécies albicans e dubliniensis, grande interesse estomatológico, pois funciona como um indicador biológico do grau da imunodeficiência do indivíduo infectado.
Considerações finais
Manifestações orais;
Cirurgiões dentistas devem estar atentos a essas manifestações e suas características;
Atentar as características das lesões. Podem ser confundidas com outras doenças;
Encaminhar o paciente para a realização de exames que comprovem o diagnóstico e dessa forma, sejam submetidos aos devidos tratamentos.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, H. S.; CÔRTE-REAL, S. Biologia celular e ultraestrutura. Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/capitulo_1_vol2.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2016.
CRUVINEL, W. de M. et al. Sistema Imunitário – Parte I Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Revista Brasileira de Reumatologia, UNIFESP, v. 50, n. 4, p. 434-61, 2010. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08>. Acesso em: 9 jul. 2016.
CRUVINEL, W. de M. et al. Sistema Imunitário – Parte II Fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B. Revista Brasileira de Reumatologia, UNIFESP, v. 50, n. 5, p. 552-80, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n5/ v50n5a08.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2016. 
HIPÓLITO, R. A.; MARTINS, C. R. Prevalência de alterações da mucosa bucal em adolescentes brasileiros institucionalizados em dois centros de reeducação. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15; supl. 2, p. 3233-42, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/csc/v15s2/a28v15s2.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2016.
KIGNEL, S. et al. Estomatologia: bases do diagnóstico para o clínico geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2013. 321-45 p.
MARCUCCI, G. Fundamentos de odontologia: estomatologia. 2. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 125 -160 p.
MONTASSIER, H. J. Reações de hipersensibilidade. 2015. Disponível em: <http://www. fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/aula-13--reacoesde-hipersensibilidades.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2016.
NEVILLE, B. W. Patologia oral e maxilofacial. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cap. 14 – 400-27 p.; Cap. 15 – 429-48 p
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