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Sialolitíase: Causas, Sintomas e Tratamento

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HELLEN MARTINS 
PROPEDEUTICA II 
Sialotiase 
 
São estruturas calcificadas que se desenvolvem no 
interior do sistema ducal salivar. Acredita-se que 
originem da deposição de sais de cálcio ao redor de um 
acúmulo de restos orgânicos no lúmen do ducto. Estes 
restos orgânicos podem ser constituídos de muco 
condensado, bactérias, células epiteliais do ducto ou 
corpos estranhos. A causa dos sialotitos é 
desconhecida, mas sua formação parcial. O seu 
desenvolvimento não está relacionado a qualquer 
desordem sistêmica no metabolismo de cálcio e 
fósforo. 
CARACTERISTICAS CLINICAS E RADIOGRAFICAS 
Desenvolvem-se mais frequentemente no interior do 
sistema ductal da glândula submandibular; a formação 
de pedras no interior da glândula parótida é 
claramente menos frequente. O trajeto longo, tortuoso 
e ascendente do ducto submandibular (de Wharton) e 
a secreção mucoide mais espessa dessa glândula 
podem ser os responsáveis por sua maior tendencia 
para a formação de cálculo salivar. Os sialolitos 
também podem formar-se dentro das glândulas 
salivares menores e, com maior frequência, nas 
glândulas do lábio superior ou da mucosa jugal. As 
pedras salivares podem ocorrer em qualquer faixa 
etária, porem são mais comuns em jovens e adultos de 
meia-idade. 
Os sialolitos das glândulas salivares maiores 
apresentam-se com dor ou tumefação episódicas da 
glândula afetada, especialmente no momento das 
refeições. A intensidade dos sintomas varia de acordo 
com o grau de obstrução e a quantidade de pressão 
produzida no interior da glândula. Se o calculo estiver 
localizado na porção terminal do ducto, poder-se-á 
palpar a massa dura abaixo da mucosa. 
 
No exame radiográfico, a sialolitíase se apresenta 
como uma massa radiopaca. Entretanto, nem todos os 
sialólitos são visíveis em radiografias convencionais 
(provavelmente devido ao grau de calcificação de 
algumas lesões). Tais lesões podem ser descobertas em 
qualquer localização ao longo do ducto ou dentro da 
própria glândula. Os cálculos da porção terminal do 
ducto submandibular são mais bem demonstrados nas 
radiografias oclusais. Em radiografias panorâmicas ou 
periapicais, a calcificação pode aparecer superposta à 
mandíbula, e muito cuidado deve ser tomado para não 
que não sejam confundidas com lesões intraósseas 
Múltiplos cálculos protídeos podem simular 
radiograficamente linfonodos protídeos calcificados, 
como os observados na tuberculose. A sialografia, a 
ultrassonografia e a tomografia computadorizada 
podem ser úteis no estudo imaginológico da 
sialolitíase. A sialoendoscopia diagnóstica também 
pode ser uma ferramenta valiosa na avaliação e no 
diagnóstico de obstruções ductais. Nessa técnica, um 
endoscópio em miniatura é inserido dentro do orifício 
ductal, permitindo a visualização de quaisquer 
cálculos, estenoses ou adesões no sistema ductal. 
 
 Sialolitíase. Massa radiopaca localizada no ângulo esquerdo da 
mandíbula 
CÁLCULO SALIVAR; PEDRAS SALIVARES) 
HELLEN MARTINS 
 
Sialolitíase. A, Radiografia periapical mostrando uma discreta 
radiopacidade (seta) superposta ao corpo da mandíbula. Deve-se ter 
muito cuidado para não confundir tais lesões com patologias 
intraósseas. B, Radiografia oclusal do mesmo paciente mostrando o 
cálculo radiopaco no ducto de Wharton. 
A sialolitíase das glândulas salivares menores 
geralmente é assintomática, mas pode produzir 
aumento de volume local ou dor na glândula afetada. 
Geralmente, uma pequena radiopacidade pode ser 
visualizada em uma radiografia com contraste para 
tecido mole. 
 
 Sialolitíase. A, Sialolito em glândula salivar menor se apresentando 
como um nódulo endurecido no lábio superior. B, A radiografia do tecido 
mole da mesma lesão revelou uma massa calcificada concêntrica. 
CARACTERISTICAS HISTOPATOLOGICAS 
Os sialolitos aparecem como massas duras, que podem 
ser redondas, ovais ou cilíndricas. Caracteristicamente, 
são amarelos, embora possam ter uma coloração 
branca ou amarelo-acastanhada. Os cálculos 
submandibulares tendem a ser maiores do que aqueles 
da glândula parótida ou glândulas menores. São 
solitários, embora, ocasionalmente, possam ser 
descobertas duas ou mais pedras no momento da 
cirurgia. Microscopicamente, as massas calcificadas 
exibem laminações concêntricas que podem circundar 
um ninho amorfo de debris, caso o ducto associado 
também seja removido, geralmente ele irá exibir 
metaplasia escamosa, oncocítica ou mucosa. Também 
é evidente a inflamação periductal. Frequentemente, a 
obstrução ductal está ligada a uma sialoadenite aguda 
ou crônica da glândula associada. 
HELLEN MARTINS 
 
 Sialolitíase. Massa calcificada intraductal exibindo laminações 
concêntricas. O ducto exibe metaplasia escamosa. 
TRATAMENTO E PROGNOSTICO 
Pequenos sialólitos das glândulas salivares maiores 
podem, algumas vezes, ser tratados de forma 
conservadora, com massagens suaves, na tentativa de 
ordenhar o cálculo em direção ao orifício de saída do 
ducto. Os sialogogos (drogas que estimulam o fluxo 
salivar), a aplicação local de calor e o aumento da 
ingestão de líquidos podem também promover a saída 
do cálculo. Os grandes sialólitos usualmente 
necessitam de remoção cirúrgica. Caso ocorra um 
importante dano inflamatório dentro da glândula 
acometida, está também deverá ser removida. O 
melhor tratamento para os sialólitos das glândulas 
salivares menores é a excisão cirúrgica, incluindo a 
excisão das glândulas associadas. 
A litotripsia de ondas de choque extracorpórea e 
a sialoendoscopia intervencional com o uso de cestas 
de recuperação são novas técnicas que podem ser 
efetivas na remoção de sialólitos das glândulas 
salivares maiores. Estas técnicas são minimamente 
invasivas, têm uma baixa morbidade e podem excluir a 
necessidade de remoção da glândula salivar.

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