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Infeccoes Fungicas

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Hellen Martins 
Propedêutica Clinica II 
Infeccao Fungica e 
Bacteriana 
CANDIDOSE 
• Cândida albicans 
• Infecção fúngica mais comum em humanos 
- Levedura; 
- Hifas – infectante 
• Várias formas clinicas – associadas ou não 
• Candidose pseudomembranosa 
• Candidose eritematosa 
• Candidose hiperplástica 
A infecção pelo Cândida albicans, um microrganismo 
fúngico semelhante à levedura, é denominada 
candidíase ou, como candidose. A Cândida albicans 
pode apresentar duas formas, particularidade 
conhecida como dimorfismo. Acredita-se que a forma 
de levedura dos microrganismos seja relativamente 
inócua, porém, a forma de hifas usualmente está 
associada com invasão dos tecidos do hospedeiro. 
A candidose é a infecção fúngica bucal mais comum no 
home, e por apresentar diversas manifestações clinicas 
muitas vezes é difícil fazer o seu diagnóstico. De fato, a 
Cândida albicans pode ser um componente normal da 
microbiota bucal, e 30 a 50% das pessoas 
simplesmente possuem o microrganismo em suas 
bocas, sem evidencia clínica de infecção. Tal incidência 
aumenta com a idade, e a descoberta intraoral da 
Cândida albicans pode estar próximo de 60% nos 
pacientes com dentes e idade acima de 60 anos que 
não apresentam sinal de lesões na mucosa oral. No 
mínimo três fatores gerais podem determinar se existe 
evidencia clínica de infecção: 
1. O estado imunológico do hospedeiro 
2. O meio ambiente da mucosa bucal 
3. A resistência da Cândida albicans. 
A candidose bucal pode ocorrer em pessoas saudáveis. 
Como resultado desta interação complexa entre 
hospedeiro e microrganismo, a infecção por Cândida 
albicans pode variar desde o leve envolvimento da 
superfície mucosa, observada na maioria dos 
pacientes, a doença fatal quando disseminada em 
pacientes gravemente imunodeprimidos. 
CANDIDOSE PSEUDOMEMBRANOSA 
• Conhecida como “sapinho”; 
• Crianças com hiperdesenvolvimento do 
sistema imune; 
• Antibióticos de amplo espectro; 
• Stress; 
• Placas brancas que se destacam facilmente; 
• Ardência, mal hálito; 
• Mucosa jugal, palato, língua. 
É caracterizada pela presença de placas brancas 
aderentes na mucosa bucal, que lembram leite 
talhado. As placas brancas são compostas por uma 
massa de hifas emaranhadas, leveduras, células 
epiteliais descamadas e fragmentos de tecido 
necrótico. Estas placas podem ser removidas pela 
raspagem com um abaixador de língua ou pela 
fricção com uma compressa de gaze seca. Se 
houver sangramento, provavelmente a mucosa 
terá sido afeada também por um outro processo, 
como o líquen plano ou pelo efeito de um 
quimioterápico para o tratamento do câncer. A 
candidose pseudomembranosa pode ser iniciada 
pela exposição do paciente a antibióticos de amplo 
espectro (eliminando bactérias competidoras) ou 
por estar debilitado o sistema imunológico do 
paciente. Os recém-nascidos também podem ser 
afetados, aparentemente por causa do sistema 
imune ainda pouco desenvolvido. Os sintomas, se 
estiverem todos presentes, usualmente são 
relativamente leves, e consistem em sensação de 
queimação da mucosa bucal ou um gosto amargo 
ou salgado. Algumas vezes os pacientes queixam-
se de “bolhas”, porem na realidade, o que sentem 
são placas elevadas, e não vesículas verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hellen Martins 
 
Candidíase Pseudomembranosa. Várias placas brancas sobrejacentes 
à alteração mucosa eritematosa no palato mole. 
 
Candidíase Pseudomembranosa. A, várias placas brancas sobre uma 
base eritematosa, característica da candidíase pseudomembranosa. B, A 
remoção de várias placas pseudomembranosas revela uma superfície 
mucosa levemente eritematosa, mas nenhuma evidência de 
sangramento. 
CANDIDOSE ERITEMATOSA 
• Candidose atrófica aguda; 
• Glossite rombóide mediana; 
• Queilite angular; 
• Estomatite por prótese/dentadura. 
 
 
 Candidíase Eritematosa. O eritema difuso com uma aparência trófica li 
 
Candidíase Eritematosa. O eritema difuso com uma aparência trófica lisa 
do dorso da língua representa candidíase eritematosa. 
Candidíase Eritematosa. A, Apresentação grave da atrofia papilar 
central. Nesse paciente, a lesão era assintomática. B, A regeneração 
acentuada das papilas do dorso da língua ocorreu duas semanas após a 
terapia antifúngica com fluconazol. 
Os pacientes com candidose eritematosa não 
apresentam manchas brancas e nenhum componente 
branco como aspecto relevante. 
• Candidose atrófica aguda ou “boca ferida pelo 
antibiótico”. Os pacientes queixam-se que 
sentem sensação de queimação. É 
acompanhada pela perda difusa das papilas 
filiformes da superfície dorsal da língua, 
resultando em uma língua avermelhada e 
“careca”. 
• Atrofia papilar central da língua ou glossite 
romboidal mediana. Apresenta-se como uma 
área eritematosa bem demarcada, localizada 
posteriormente na linha media da superfície 
dorsal da língua, frequentemente 
Hellen Martins 
assintomática. Em parte, o eritema deve-se à 
perda das papilas filiformes nesta área. A 
lesão costuma ser simétrica, de superfície 
variando de plana a lobulada. 
Frequentemente, as alterações da mucosa 
regridem com tratamento com antifúngico, 
embora, ocasionalmente, obtenha-se 
somente resolução parcial da lesão. 
Alguns pacientes com atrofia papilar central também 
podem exibir sinais de infecção da mucosa oral 
por Candida em outros sítios. Essa apresentação da 
candidíase eritematosa foi denominada candidíase 
multifocal crônica. Além do dorso da língua, os sítios que 
exibem envolvimento incluem o limite palato duro/mole 
e a comissura bucal. A lesão no palato aparece como uma 
área eritematosa que, quando a língua está em repouso, 
entra em contato com a lesão do dorso da língua, 
resultando no que se chama lesão “kissing” devido à 
grande proximidade das áreas envolvidas 
 
Candidíase. A, Candidíase oral multifocal caracterizada por atrofia 
papilar central da língua e outras áreas de envolvimento B, mesmo 
paciente exibindo uma lesão kissing de candidíase oral no palato duro. 
O envolvimento da comissura bucal (queilite angular, 
perlèche) é caracterizado por eritema, fissuras e 
descamação. Às vezes essa condição é vista como um 
componente da candidíase multifocal crônica, mas 
frequentemente ocorre isolada, em geral no indivíduo 
idoso com perda da dimensão vertical e pregas 
acentuadas na comissura bucal. A saliva tende a se 
acumular nessas áreas, mantendo-as úmidas, 
favorecendo uma infecção pela levedura. 
 
Queilite Angular. Lesões características aparecem como alterações 
eritematosas fissuradas na pele dos cantos da boca. 
 
Queilocandidíase. A, Infecção por Cândida da pele perioral ocasionada 
pelo uso de um produto à base de vaselina. A condição começou como 
queilite angular, mas o paciente aplicou continuamente pomada de 
vaselina nas comissuras e na pele perioral, vedando a umidade dentro da 
camada de queratina da epiderme, permitindo com isso que 
a Cândida prosperasse. B, Duas semanas após interromper a pomada de 
vaselina e usar iodoquinol tópico com triancinolona. 
A candidíase por dentadura é uma condição que é 
caracterizada por graus variados de eritema, às vezes 
acompanhado por hemorragia petequial, localizada 
nas áreas portadoras de próteses totais ou parciais 
removíveis. Embora a aparência clínica possa ser 
impressionante, o processo raramente é sintomático. 
Geralmente o paciente admite o uso contínuo da 
prótese, só a removendo periodicamente para 
higienização. O clínico também deve excluir a 
possibilidade de esta reação ser ocasionada pelo 
desenho inadequado da prótese (que poderia causar 
pressão incomum na mucosa), alergia aos 
componentes da dentadura ou cura inadequada da 
resina acrílica. 
FATORES PRÉ-DISPONENTES 
• Etiologia MULTIFATORIAL 
• Higiene oral e das próteses deficiente 
• Redução do fluxo salivar 
• Rugosidade e microporos na resina 
• Trauma• Alterações de pH na placa presente nas 
próteses 
• Diabetes 
Hellen Martins 
• Imunossupressão 
- Uso prolongado de esteroides. 
 
 Estomatite por Dentadura. A, Dentadura máxima com abóbada palatina 
incompleta associada à hiperplasia tecidual na linha média. B, A mucosite 
corresponde ao contorno da prótese. C, Resolução da mucosite após a 
terapia antifúngica e limpeza adequada da dentadura. 
 
CANDIDOSE HIPERPLÁSICA CRÔNICA 
(LEUCOPLASIA POR CANDIDA) 
Alguns pacientes com candidíase oral podem haver 
uma mancha branca que não pode ser removida por 
raspagem. Essa forma de candidíase é a menos comum 
e também controversa. Normalmente essas lesões 
estão situadas na mucosa vestibular anterior e não 
podem ser diferenciadas clinicamente de uma 
leucoplasia. Muitas vezes, a leucoplasia associada à 
infecção por Candida tem uma mescla de áreas 
vermelhas e brancas, resultando em uma leucoplasia 
manchada. 
 
Candidíase Hiperplásica. Essa lesão da mucosa vestibular anterior se 
parece clinicamente com leucoplasia, pois é uma placa branca que não 
pode ser removida por esfregação. Com a terapia antifúngica, esse tipo 
de lesão deve se resolver completamente. 
 
Candidíase Hiperplásica. A, essas placas brancas difusas se parecem 
clinicamente com leucoplasia, mas na verdade representam uma 
candidíase hiperplásica incomum. B, O tratamento com pastilhas de 
clotrimazol oral exibe resolução completa das lesões brancas dentro de 
duas semanas, confirmando basicamente o diagnóstico de candidíase 
hiperplásica. Se qualquer alteração mucosa branca tivesse persistido, 
uma biopsia dessa área teria sido obrigatória. 
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO 
• Sinais clínicos 
• Antifúngicos 
- Nistatina 
- Miconazol 
- Fluconazol 
• Orientações para os pacientes portadores de 
próteses totais ou parciais. 
INFECÇÕES BACTERIANAS 
SIFILIS 
• Treponema pallidum 
• Transmissão: relação sexual e mãe para o feto 
• Menor risco: transfusão sanguínea 
• Único hospedeiro: ser humano 
• Sífilis primaria, secundaria e terciaria 
• Sífilis congênita: notificação compulsória 
• Atualmente: aumento de casos. 
A sífilis é uma infecção crônica mundial causada 
pelo Treponema pallidum. O organismo é muito 
Hellen Martins 
vulnerável ao meio seco; portanto, as principais vias de 
transmissão são o contato sexual e da mãe para o feto. 
Em pacientes com sífilis, a infecção sofre uma evolução 
característica que se desenvolve classicamente em três 
estágios. Um paciente acometido pela sífilis é 
altamente infeccioso apenas durante os dois primeiros 
estágios, porém as gestantes também podem 
transmitir a infecção para o feto durante o estágio de 
latência. A transmissão materna durante as duas 
primeiras fases da infecção quase sempre resulta em 
aborto, natimorto ou criança com malformações 
congênitas. 
A infecção do feto pode ocorrer em qualquer momento 
da gestação, mas os estigmas não começam a se 
desenvolver até o quarto mês de gestação. 
CARACTERISTICAS CLINICAS 
SIFILIS PRIMARIA 
• Adultos jovens 
• Cancro sifilítico: área inoculada 
- Visível de 3 a 90 dias após a infecção 
- Boca: 40 a 70% dos casos em local 
extragenital 
- Língua, lábio, palato ou gengival 
• Linfadenopatia regional bilateral 
• 7 a 10 dias após a inoculação 
• Cicatrização dentro de 3 a 8 semanas. 
 É caracterizada pelo cancro, que se desenvolve na 
área de inoculação, tornando-se clinicamente 
evidente de 3 a 90 dias após a exposição inicial. Os 
cancros habitualmente são solitários e iniciam como 
lesões papulares com uma ulceração central. 
Aproximadamente 85% se desenvolvem em áreas 
genitais, enquanto 10% são anais, 4% são orais e o 1% 
restante é descoberto em outras localizações 
extragenitais. As lesões orais são vistas mais nos lábios, 
mas outras áreas incluem a língua, palato, gengiva e 
amígdalas. O lábio superior é mais acometido em 
homens, enquanto o envolvimento do lábio inferior é 
predominante nas mulheres. A lesão oral apresenta-se 
como uma úlcera de base clara e indolor ou, 
raramente, como uma proliferação vascular 
semelhante a um granuloma piogênico. A 
linfadenopatia regional, que pode ser bilateral, é vista 
na maior parte dos pacientes. o microrganismo se 
dissemina sistemicamente através dos vasos linfáticos, 
preparando o palco para a futura progressão. Caso não 
seja tratada, a lesão inicial cicatriza dentro de três a 
oito semanas. 
 
Cancro da Sífilis Primária. Massa eritematosa e ulcerada na mucosa 
jugal anterior direita. 
SIFILIS SECUNDÁRIA 
• 4 a 10 semanas após a infecção inicial 
• Febre, sintomas semelhantes ao de resfriado, 
lesões mucocutâneas e a linfadenopatia 
indolor 
• Exantema maculopapular cutâneo 
• Lesões bucais: 
- Lesões ulceradas amplas recobertas por um 
exsudato mucoso (placas mucosas) 
- Lesões verrucosas (condiloma plano) 
• Resolução espontânea: 3 a 12 semanas e o 
paciente não tratado entra em outro período 
de latência 
• Alguns pacientes tem recidiva dessa fase. 
É conhecida como sífilis secundária (disseminada), 
sendo identificada clinicamente de quatro a dez 
semanas após a infecção inicial. As lesões da sífilis 
secundária podem surgir antes da resolução completa 
da lesão primária. Durante a sífilis secundária, os 
sintomas sistêmicos em geral surgem. Os mais comuns 
são linfadenopatia indolor, dor de garganta, mal-estar, 
cefaleia, perda de peso, febre e dor 
musculoesquelética. Um sinal consistente é uma 
erupção cutânea maculopapular difusa e indolor, 
disseminada por todo o corpo e que pode acometer 
inclusive a região palmo-plantar. Essa erupção também 
pode envolver a cavidade oral, apresentando-se como 
áreas maculopapulares vermelhas. Além disso, cerca 
de 30% dos pacientes apresentam áreas focais de 
exocitose e espongiose intensa da mucosa oral, 
levando à formação de zonas de mucosa sensível e 
esbranquiçada, conhecidas como placas mucosas. 
várias placas adjacentes podem se fusionar e formar 
um padrão sinuoso ou semelhante ao caminho de 
caracol. Após sua formação, a necrose epitelial 
superficial pode ocorrer, levando à descamação do 
tecido e exposição do tecido conjuntivo cruento 
Hellen Martins 
subjacente. Estas lesões podem acometer qualquer 
superfície mucosa, mas são encontradas com maior 
frequência na língua, nos lábios, na mucosa jugal e no 
palato. Placas mucosas elevadas também podem estar 
centradas sobre a dobra da comissura labial e foram 
chamadas de pápulas fendidas. Ocasionalmente, 
lesões papilares que podem lembrar papilomas virais 
surgem durante esse momento e são chamadas 
de condiloma lata. Embora essas lesões ocorram 
classicamente na região genital ou anal, casos raros 
podem ocorrer na boca. 
 
Placa Mucosa da Sífilis Secundária. Placa branca circunscrita na 
mucosa labial inferior. 
 
Placa Mucosa da Sífilis Secundária. Placa branca espessa e irregular 
do lado direito do palato mole. 
 
Condiloma Lata. Múltiplos nódulos endurecidos e levemente papilares no 
dorso da língua. 
SIFILIS TERCIARIA 
• Lesões granulomatosas 
• Neurosifilis 
• Sífilis cardiovascular 
• Goma sifilítica 
• Boca, palato, língua, tonsilas, ossos, pele, 
fígado. 
os pacientes entram em uma fase livre de lesões e 
sintomas, conhecida como sífilis latente. Este período 
de latência pode durar de um a trinta anos; então o 
estágio terciário, conhecida como sífilis terciária, se 
desenvolve em cerca de 30% dos pacientes. A fase 
terciária da sífilis inclui as complicações mais sérias da 
doença. s de inflamação granulomatosa, que podem 
afetar a pele, mucosa, tecidos moles, ossos e órgãos 
internos. Esse sítio ativo de inflamação granulomatosa, 
conhecido como goma, apresenta-se como uma lesão 
endurecida, nodular ou ulcerada, que pode causar 
extensa destruição tecidual. Lesões intraorais 
geralmente acometem o palato ou a língua. Quando o 
palato é envolvido, a ulceração com frequênciao 
perfura em direção à cavidade nasal. A língua pode ser 
difusamente envolvida pelas gomas e apresenta-se 
aumentada, lobulada e com formato irregular. Esse 
padrão lobular é chamado de glossite intersticial e se 
Hellen Martins 
acredita que seja resultado da contratura da 
musculatura lingual após a cicatrização das gomas. A 
atrofia difusa e a perda das papilas do dorso lingual 
produzem uma condição chamada de glossite luética. 
 
 Sífilis Terciária. Perfuração do palato duro. 
SIFILIS CONGÊNITA 
• Tríade de Hutchinson 
- Dentes de Hutchinson: incisivos em forma de 
chave de fenda e molares em amora. Entalhe 
central hipoplásico. 
• Ceratite ocular intersticial 
• Surdez 
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO 
• Fase primaria: microscopia em campo escuro 
• Fase secundária: exames sorológicos 
- Inespecíficos: VDRL e RPR – reagia rápida do 
sangue 
- Reagente 1 a 4 semanas após o primeiro 
contato com o treponema 
- Específicos: FTA-ABS – absorção de Ac 
treponemicos fluorescentes. 
• Antibióticos: penicilina benzatina. 
 
Incisivos de Hutchinson da Sífilis Congênita. Dentes exibindo coroas 
sofrendo estreitamento em direção à margem incisal. 
 
 
 
 
Molar em Amora da Sífilis Congênita. Molar superior exibindo superfície 
oclusal com numerosas projeções globulares.

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