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Exames Complementares - PROP 1

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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
⚪Exames Complementares⚪
Exames hematológicos
Hemograma
● Eritrograma (série vermelha)
● Série plaquetária
● Leucograma (série branca)
Exames bioquímicos do sangue
● Glicemia
● Função renal (uréia e creatinina)
● Função hepática (AST e ALT)
Exames sorológicos
HEMOGRAMA
Compreende a contagem global e relativa de glóbulos vermelhos, brancos,
dosagem de hemoglobina, determinação do valor globular e contagem
específica dos leucócitos e dos trombócitos. Avalia os elementos celulares do
sangue quantitativamente e qualitativamente.
É um exame complementar por não ser concludente ou excludente, ou seja,
ele complementa uma hipótese diagnóstica (não tem valor diagnóstico
isoladamente). Há necessidade então de um exame clínico com a presença
do paciente e das informações obtidas através da anamnese.
1
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
→ O hemograma é importante para o diagnóstico final, planejamento e para
elaboração de medidas preventivas, alternativas terapêuticas e prognóstico
do paciente.
Exemplo: É importante pedir o hemograma do paciente, visto que ao dar seguimento a um
tratamento periodontal com sangramento persistente sem solicitar antes um exame de
dosagem de glicose no sangue (glicemia), é possível estar diante de um paciente diabético
descompensado sem saber. Dessa forma, esse tratamento periodontal não será bem
sucedido sem a cooperação do médico, que diagnosticou o distúrbio e providenciará o
acompanhamento do paciente, simultaneamente com o tratamento periodontal.
Obs: Não cabe ao estomatologista (cirurgião-dentista) estabelecer
diagnósticos hematológicos nem hipóteses diagnósticas concernentes. Esta é
uma atribuição do médico clínico geral e, frequentemente, de outros
especialistas médicos, mas o cirurgião-dentista pode prescrever e administrar
qualquer fármaco relacionado com a prevenção de hemorragias ou episódios
hemorrágicos previsíveis ou imprevisíveis, no âmbito da Estomatologia.
Indicações:
- Avaliações pré-operatórias
- Suspeitas de discrasias sanguíneas (anemia ou policitemia)
- Presença de doenças crônicas como: nefropatias, hepatopatias, lúpus
eritematoso, AIDS, neoplásicas
- Doenças hemorrágicas
- Radioterapia ou quimioterapia recentes
- Uso de anticoagulantes
- Presença de infecção
● Eritrograma
É a parte do hemograma que avalia a massa eritróide (hemácias) circulante.
Sua principal função é transportar oxigênio e nutrientes para os tecidos.
🔸 capacidade do sangue em transportar O2 e CO2
🔸 Avaliação quantitativa e qualitativa
→ Glóbulos vermelhos
Quantitativa:
- Contagem de eritrócitos
- Dosagem de hemoglobina
- Hematócrito
- índices hematimétricos
- Volume corpuscular médio (VCM)
- Hemoglobina corpuscular média (HCM)
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
● Quantitativa
Contagem de eritrócitos: Contagem no valor absoluto de eritrócitos por mm³
Dosagem de hemoglobina (Hgb): Indicação relativa do conteúdo da
hemoglobina e seu número nos eritrócitos.
Hematócrito (Hct): Porcentagem de eritrócitos totais no sangue.
⬆ Eritrocitose - Valores altos: Policitemia (pode indicar falha na medula
óssea) (doenças mieloproliferativas)
⬇ Eritrocitopenia - Valores baixos: Anemia
Entende-se por anemia a diminuição ou má qualidade de hemoglobina circulante no sangue.
A hemoglobina (Hb), o hematócrito (Ht) e a contagem de eritrócitos são os pontos de partida para a elaboração
de um diagnóstico confiável dos vários tipos de anemias, levando-se em conta, além dos exames clínicos
objetivo e subjetivo do paciente, idade, gênero, peso corporal, altitude em que o paciente vive, estilo de vida,
medicação atual que o indivíduo está tomando e outras variantes que devem ser consideradas na interpretação
de um hemograma
Obs: Volemia (volume sanguíneo)
Hemoconcentração⟶ falsa poliglobulia (ex: uso de diuréticos, queimaduras,
sudorese excessiva, diarréia).
Hemodiluição⟶ falsa anemia (ex: gestantes - volume de sangue das
mulheres grávidas é maior, infusão excessiva de líquidos).
→ Não é necessário o solicitante decorar porcentagens ou cifras: o laboratório envia os valores de
referência de acordo com os métodos empregados.
→ O coagulograma é solicitado quando o paciente tem história clínica de hemorragias
● Avaliação qualitativa
Volume corpuscular médio - VCM: Avalia o tamanho dos eritrócitos
- É a relação que existe entre o volume globular obtido pelo hematócrito
(de todas as hemácias juntas) e o número de eritrócitos, obtido pela
hematimetria (ou contagem de glóbulos vermelhos).
🔸 Macrocíticas: anemias por carência do ácido fólico, vitamina B12,
hepatopatias crônicas e alcoolismo.
🔸 Microcíticas: anemias por deficiência de ferro.
🔸 Normocíticas:normal.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
Hemoglobina corpuscular média (HCM): Peso da hemoglobina dentro das
hemácias.
Concentração hemoglobina corpuscular média: Concentração da
hemoglobina dentro da hemácia.
🔸 Hipocrômica: pouca hemoglobina.
🔸 Hipercrômica: muita hemoglobina.
🔸 Normocrômica: normal.
● Red Cell Distribution Width (RDW)
Índice que revela Anisocitose (presença de hemácias de tamanhos variados).
Representa o cálculo da distribuição do diâmetro dos eritrócitos. É como se o
diâmetro de cada eritrócito fosse medido um a um e dividido pelo número de
células. Os valores normais vão de 11,5% a 14,5%.
→ O sangue de paciente com anemia por deficiência de Fe (anemia ferropriva) Nota-se uma
distribuição bastante irregular do diâmetro da maior parte dos eritrócitos (ou RDW), resultando em
uma variação da coloração das hemácias anormais.
- Considerado alto quando o percentual for maior do que 15%.
- Indica hemácias com problemas de morfologia ou na carência de ferro.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
● Leucograma
Estudos sobre a capacidade do sistema imunológico do paciente.
É a parte do hemograma onde são avaliados os leucócitos.
🔸 Qualitativamente
🔸 Quantitativamente
Denomina-se valor absoluto, na contagem leucocitária, o número de glóbulos brancos
considerados separadamente, por mm3 de sangue periférico, coletado por picada na polpa
digital, lóbulo da orelha ou venopunção. Denomina-se valor relativo o número percentual
dos elementos do sangue: trata-se do valor de cada elemento do sangue em 100 células.
Assim, quando falamos em 60% de neutrófilos, estamos nos referindo a um valor relativo,
isto é, em cada 100 células brancas ou leucócitos, 60 são neutrófilos.
Tipos de exame:
- Contagem de leucócitos.
- Contagem diferencial de leucócitos.
Predomínio de neutrófilos (metade a ⅔ do total).
Alguns eosinófilos e monócitos.
Restante de linfócitos.
Basófilos são raros, plasmócitos só ocasionalmente vistos.
Não é necessário o solicitante decorar porcentagens ou cifras: o laboratório
envia os valores de referência de acordo com os métodos empregados.
Valores de referência:
% /u
Leucócitos 3600 - 11000
Neutrófilos 40 - 70 1500 - 7000
Linfócitos 20 - 50 1000 - 4000
Monócitos 2 - 10 100 - 1000
Eosinófilos
Basófilos
1 - 7
0 - 3
50 - 500
0 - 200
● Neutrófilo
Leucócito em maior número na corrente sanguínea, representando 45% a
75% dos leucocitos circulantes. São responsáveis pelo combate às bactérias
5
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
e seu aumento no número da corrente sanguínea é indicativo de um quadro
infeccioso bacteriano.
⬆ Neutrofilia - quadro infeccioso bacteriano
⬇ Neutropenia - apresenta, em especial, pacientes debilitados e com baixa
resistência.
● Linfócitos
Segundo tipo mais comum de glóbulos brancos, representam de 15% a 45%
dos leucócitos no sangue. É a principal linha de defesa contra infecções virais
e bacterianas e contra osurgimento de tumores, uma vez que são
responsáveis pela produção de anticorpos.
⬆ Linfocitose - infecção viral, infecções bacterianas crônicas, leucemia.
⬇ Linfopenia - HIV, imunodeficiência, lúpus eritematoso, radio ou
quimioterapia.
● Monócitos
- Representam de 3% a 10%.
- São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos.
- Macrófago: capaz de fagocitar microorganismos invasores.
⬆ Monocitose - é o aumento dos monócitos acima de 1000/µl
= Doenças infecciosas que se acompanham de monocitose: endocardite,
TBC, brucelose.
● Eosinófilos
Leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da
alergia.
= 1% a 5% dos leucócitos circulantes.
⬆ Eosinofilia - ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de
infecção intestinal por parasitas.
⬇ Eosinopenia - redução do número de eosinófilos.
corticóides, estresse.
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● Basófilos
São o tipo menos comum de leucócitos no sangue, representando de 0% a
2% dos glóbulos brancos.
- Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados
de inflamação crônica.
- É constante na LMC, nas etapas tardias pode chegar a > 4000.
Obs: Basopenia - é impossível de interpretar, pois o limite de referência inferior é
zero.
SÉRIE PLAQUETÁRIA
- Contagem de plaquetas
= A contagem normal de plaquetas varia de 150.000 a 450.000/mm³
⬆ Trombocitose - caracterizada pelo valor entre 600.000 e 1 milhão de
células/mm³, ou mais (podem favorecer a trombose).
⬇ Trombocitopenia - número de plaquetas inferior a 140.000
(possibilidade de hemorragia perioperatória e pós operatória.
EXAMES COMPLEMENTARES RELACIONADOS COM A HEMOSTASIA
Sinais e Sintomas:
Coagulopatias X Anticoagulação
- História hemorrágica nos antecedentes pessoais ou familiares, atuais
ou remotos.
- Local, a duração e a gravidade da perda de sangue, a causa aparente
da hemorragia.
- Surgimento de hematomas, petéquias e equimoses.
- Vestígios de hemorragias espontâneas nas mucosas nasais e das
gengivas.
- Perda de sangue pelas gengivas ao escovar os dentes, além de
hemorragias por avulsões dentárias.
→ O coagulograma deve ser solicitado à parte pelo clínico ou estomatologista quando está diante de
uma história de coagulopatia evidente, omitida ou mal explicada, ou mesmo como pré-operatório,
sobretudo nas cirurgias gengivais e nos implantes osteointegrados.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
🔸 Contagem de plaquetas
🔸 Tempo de sangramento (TS)
🔸 Tempo de coagulação (TC)
🔸 Tempo de atividade de protrombina (PT)
🔸 Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA)
🔸 Retração de coágulo
🔸 Tempo de trombina (TT)
TEMPO DE SANGRAMENTO (TS)
Mede o tempo de sangramento de uma lesão. A faixa normal é de 3 a 7
minutos.
- Geralmente mantém-se normal, mesmo quando as plaquetas se
encontram diminuídas, no limite de 100.000/mm³.
- O TS é prolongado nos pacientes com anormalidades nas plaquetas.
- Avalia alterações plaquetárias e vasculares.
- O frio e o uso crônico de AAS (antitérmicos, analgésicos e
antinflamatórios com ácido acetilsalicílico em sua fórmula) - aspirina,
podem prolongar o tempo de sangramento.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
➡ O tempo de sangramento é o espaço de tempo que vai desde a punção (picada)
de um grupo de capilares até a parada ou estancamento da hemorragia capilar.
Levando em conta que a cessação do sangramento depende antes de tudo da
formação do agregado plaquetário, o tempo de sangramento se estenderá
principalmente nos casos de plaquetopenia, de disfunção plaquetária (plaquetas
hipofuncionantes) e na doença de von Willebrand, como resultado de uma proteína
plasmática específica.
→ A perda de quantidades maiores que 500 mL em curto espaço de tempo (alguns segundos) pode
levar o paciente ao choque hemorrágico e à morte. Perdas maiores de sangue (por exemplo, 1 litro),
mas durante alguns dias, podem configurar-se em anemia
- Prova de fragilidade capilar ou prova do laço ou de Rumpel-Leede (Indica fragilidade
dos vasos. Normalmente é negativa e não tem relação com o tempo de
sangramento). Quando existe plaquetopenia, também pode haver a prova do laço
positivo.
Retração do coágulo: Este tempo diminui nas plaquetopenias, nas
poliglobulias e hiperfibrinemias e aumenta nas anemias fibrinogeniopênicas e
trombocitoses.
A retração do coágulo é de grande importância no diagnóstico das moléstias
e síndromes hemorrágicas e vários fatores costumam estar relacionados com
esta alteração hematológica, podendo-se citar entre elas:
1. Número de plaquetas - quanto menor é o número destes elementos,
menor é a retração do coágulo.
2. Quantidade de trombina - Quanto maior é a quantidade deste fator de
coagulação, maior é a retração do coágulo.
3. Número de eritrócitos - Quanto maior é o número destes elementos
figurados, menor é a retração do coágulo.
4. Quantidade de fibrinogênio - O aumento de fibrinogênio diminui a
retração do coágulo
TEMPO DE COAGULAÇÃO (TC)
É um teste de baixa sensibilidade e de reprodutibilidade muito variável.
Substituído pelo tempo de tromboplastina parcial ativado, que fornece um
resultado fidedigno das alterações de via intrínseca.
- TC normal é de 3 a 9 minutos.
- Avaliação global dos fatores de coagulação.
- Mensura a capacidade da fibrina do coágulo inicial.
- As plaquetas no sangue periférico, junto ao endotélio vascular,
precisam entrar em contato com o colágeno (que fica externamente ao
redor dos vasos) para que se inicie a hemostasia fisiológica e a
coagulação, por meio da formação do tampão hemostático.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
Três ordens de fatores intervêm, comprovadamente, nos eventos que culminam na
hemostasia fisiológica:
1. Fatores extravasculares - mesmo com o sangue coagulando normalmente,
estes fatores são importantes para uma hemostasia satisfatória. A
elasticidade, o tônus e a consistência dos tecidos ajudam a se processar uma
hemostasia satisfatória
2. Fatores intravasculares - dizem respeito aos fatores sanguíneos que
intervêm na coagulação. Quando ocorre lesão de capilares, as plaquetas
aderem ao endotélio vascular lesado, formando um tampão que impede a
perda de sangue
3. Fatores vasculares - a integridade dos tecidos dos próprios vasos, a idade
do paciente, o estado de nutrição, a deficiência de prováveis fatores,
sobretudo das plaquetas (5-hidroxitriptamina) são todos fatores que intervêm
na hemostasia.
Estas ponderações são válidas, na hemostasia fisiológica, somente para os pequenos vasos e para
os capilares. A hemostasia dos vasos de calibre médio e dos grandes vasos faz-se somente por
qualquer tipo de compressão: seja por compressão digital, seja por garroteamento, por sutura ou
outros meios mecânicos similares.
Processos dinâmicos e instantâneos da coagulação: Processo de inflamação
e/ou infecção. Quando ocorre ferimento ou lesão e o sangue extravasa dos
pequenos vasos e capilares, é desencadeada uma cascata de enzimas proteolíticas
(que sempre estiveram presentes no sangue, mas inativas), que ativam
primeiramente a trombina (um dos mais importantes fatores de coagulação). A
trombina catalisa a proteólise, que transforma o fibrinogênio (outro fator de
coagulação, mas inativo), promovendo interligação das cadeias, formando a fibrina,
retraindo-se e transmutando-se em um tampão retrátil que aprisiona nas suas
malhas os elementos figurados do sangue.
TEMPO DE PROTROMBINA (TP) ou TEMPO DE ATIVIDADE DA
PROTROMBINA (TAP)
É realizado para medir o tempo que o plasma leva para formar o coágulo,
normalmente leva de 11 a 15 segundos.
- Investigação da via extrínseca da coagulação.
- Avaliação da função hepática.
- Monitoramento da terapêutica anticoagulante.
- Tempo de Protrombina dos tecidos: Mede o tempo de recalcificação
do plasma ao nível dos tecidos
- Detecta o tempo de coagulação mediantea conversão da protrombina
em trombina, por ativação do mecanismo intrínseco da coagulação.
- Serve para ativar os sistemas intrínsecos e comuns.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA)
Avalia a eficiência da via intrínseca na mediação da formação do coágulo de
fibrina. Seu tempo normal é de 25 a 40 segundos.
- Um prolongamento de 5 a 40 segundos acima do limite normal pode
estar associado a anormalidades hemorrágicas leves. O prolongamento
maior pode estar associado a um sangramento significativo.
- Útil para monitorar terapia anticoagulante com heparina.
- Avaliar defeitos de inibição de coagulação.
- Este teste permite a triagem dos pacientes que apresentam alterações
patológicas ligadas à coagulação extrínseca do sangue.
ÍNDICE DE NORMALIZAÇÃO INTERNACIONAL (INR ou NRI)
O INR nada mais é que o TP corrigido a padrões mundiais.
- O uso de anticoagulantes orais é avaliado somente pelo INR.
- INR < 2,0 = baixo risco
- INR 2,0 e 3,0 = médio risco
- INR > 3,0 ou 3,5 = alto risco
- INR 09 a 1,0 = normal.
EXAMES BIOQUÍMICOS DO SANGUE
Os exames bioquímicos visam avaliar os componentes químicos do sangue:
- Glicemia.
- Ureia e creatinina.
- enzimas hepáticas (AST e ALT).
● Glicemia
É a concentração de glicose no sangue ou mais precisamente no plasma.
- Em jejum.
- Pós prandial.
- Hemoglobina glicada.
- Curva glicêmica (TTG).
- Curva insulínica.
🔸 Exame de glicose em jejum
Deve ser feito depois de um jejum de pelo menos 8h.
- Normal: menor do que 110 mg/dl.
- Risco de diabetes: 110 a 126 mg/dl.
- Diabetes: maior do que 126 mg/dl.
- VN: 70 - 100 mg/dl.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
⬆ Hiperglicemia - diabete/ estresse; trauma.
⬇ Hipoglicemia - má nutrição alcoolismo/ hepatopatias esforço físico
extremo.
🔸 Teste da hemoglobina glicada
É feito a partir do exame de sangue normal,
e os seus resultados são:
Hemoglobina glicada:
- Menor que 5,7% = Normal
- Maior que 6,5 % = Diabetes
🔸 Teste de tolerância à glicose
Deve-se tomar um líquido que contém glicose e após 2 horas uma amostra
de sangue é recolhida para fazer a medição. Os
resultados deste teste podem ser:
- Normal: menor do que 140 mg/dl;
- Risco de diabetes: entre 141 a 199 mg/dl;
- Diabetes: maior do que 200 mg/dl.
🔸 Teste de glicemia capilar
É o teste da picada no dedo, feito através da
máquina de medição rápida de glicose.
- Se o resultado for maior que 200 mg/dl,
deve ser confirmado por um exame de
sangue.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
● Anamnese
- Níveis recentes de glicemia em jejum e de hemoglobina glicada.
- Tipo e posologia dos medicamentos em uso.
- Comorbidades presentes.
- Aferir a glicemia capilar (considerar hora e dose do medicamento
ingerido e a hora da última refeição).
- Aferir pressão arterial
Abaixo de 70mg/dl
- Ingerir alimentos açucarados (15 a 20g de carboidratos - 120ml de
sucos ou refrigerantes).
- Reavaliar a glicemia após 15 minutos.
- Encaminhar para avaliação médica.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
Acima de 250mg/dl
Com sintomas (cetoacidose diabética): encaminhar para avaliação médica.
Sem sintomas:
- Avaliar a urgência do tratamento odontológico.
- Procedimentos cirúrgicos após profilaxia antibiótica.
- Avaliação médica.
FUNÇÃO RENAL
● Uréia
É uma substância resultante do metabolismo das proteínas, produzida no
fígado, a partir da amônia.
- É indicado fazer o exame em casos de suspeita de insuficiência renal e
hemorragia intestinal.
- A uréia aumentada pode indicar problemas renais.
- Valores normais - 10 a 40mg/dl
- Degradação pela urina e suor
⬆ Insuficiência renal
● Creatinina
Produto da degradação da fosfocreatina nos músculos.
- É indicado o exame em casos de suspeita de insuficiência renal.
- Usado como marcador de insuficiência renal, quanto maior o seu valor,
pior está o funcionamento dos rins.
- Homens: 0,7 a 1,3mg/dl
- Mulheres: 0,6 a 1,1mg/dl
⬆ Insuficiência renal
FUNÇÃO HEPÁTICA
● Aspartato transaminase (AST)
- Fígado, coração, cérebro, músc. esq., pâncreas.
VN:
Homens - 10 a 34 U/L
Mulheres - 10 a 30 U/L
⬆ Infarto do miocárdio; cirrose hepática profunda
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
● Alanina transaminase (ALT)
- Enzima intracelular dos hepatócitos (específica)
VN:
Homens - 10 a 44 U/L
Mulheres - 10 a 36 U/L
- Acima de 150 U/L sugerem fortemente doença do fígado.
- Valores acima de 1000 U/L são causados geralmente por hepatites
virais, hepatites por drogas (mais comum é intoxicação por
paracetamol) ou hepatite isquêmica.
⬆ Hepatopatias (hepatites virais ou uso de paracetamol
Obs: AST 2x maior que o ALT é hepatite por abuso de álcool, no caso da
cirrose AST=ALT.
EXAMES SOROLÓGICOS
Os testes sorológicos ou imunoensaios são técnicas para detecção e a
quantificação de antígenos e anticorpos, ou outras substâncias que
desempenham o papel de antígeno no ensaio, tais como drogas, hormônios,
ácidos nucléicos, citocinas, receptores de células, etc.
- Reagente: significa que este paciente teve ou tem contato com o
agente causal (antígenos).
- Não Reagente: significa que o paciente não teve contato ou que a
quantidade de antígeno não foi suficiente para desenvolver a patologia.
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