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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA (LICENCIATURA) NÍVEA DE CARVALHO MOURA VELLOSO RA 8113246 PORTFÓLIO Atividade do 3º ciclo de aprendizagem BATATAIS 2020 NÍVEA DE CARVALHO MOURA VELLOSO RA 8113246 PORTFÓLIO Atividade do 3º ciclo de aprendizagem Trabalho apresentado como requisito da disciplina Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica para obtenção do título de licenciada em Pedagogia pelo Claretiano – Rede de Educação Orientadora: Profª. Mª. Alessandra Correa Farago Batatais 2020 PROPOSTA DA ATIVIDADE Primeira Etapa: Leitura do texto As autoras Jane Margareth Castro e Marilza Regattieri (orgs) na obra intitulada Interação Escola Família: subsídios para práticas escolares, apontam amplas questões que incidem sobre a relação escola e a família. Este tema faz parte de alguns "jargões" verbalizados pelos professores, como por exemplo, quando afirmam que as famílias têm pouco interesse pelas escolas e pela vida escolar dos seus filhos. Esta atividade tem como objetivo buscar respostas para algumas questões que permeiam este enunciado e dessa forma, indicamos a leitura das páginas 7 a 62. Segunda Etapa: Elaboração de um texto dissertativo-argumentativo: Após a realização leitura do texto indicado, elabore um texto dissertativo-argumentativo, que contemple as respostas das seguintes questões: 1) Do ponto de vista histórico, o que é possível dizer sobre a relação família-escola? 2) Quais ações são necessárias para que ocorra uma maior relação de proximidade entre a família e a escola? 3) A boa relação em entre a escola e a família contribuem para o bom exercício da prática docente e a qualidade do ensino da escola? REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE A história da escola no Brasil começa em 1889, após a Constituição de 88. Nesta época a relação família-escola ainda não era muito clara. A escola era baseada na diferença entre ricos e pobres. Os ricos iam a escola para aprender, ter cultura, progresso; mas os pobres iam para a escola apenas para aprender o básico, uma preparação para o trabalho. É em 1906 que a escola muda de figura e as famílias não mais usam da educação doméstica. Passam a mandar os filhos para escola pois os familiares também precisavam ser educados. E é aí que se inicia essa relação família-escola. Na Era Vargas vemos evolução e passa-se a utilizar o aluno como intermediário dessa relação. Nessa época o cenário não é de apoio à família educadora, mas a relação existe na intenção do Estado ter poder e influenciar a educação da família através da criança. O processo de educação se transforma de forma que a escola comanda o processo da educação e a família passa a ocupar o lugar de auxiliar apenas. A relação é de sobreposição à família. A partir dos anos 50 a importância dada à educação cresce, e portanto vemos a aproximação escola-família. Ao perceberem o objetivo em comum de buscar cada vez mais qualidade do ensino, abre-se espaço para uma colaboração maior nessa relação. Hoje, que sabemos os benefícios dessa relação próxima, vemos que essa relação é mais intensa do que nunca: os pais participam de eventos e atividades cotidianas e a escola se relaciona de forma mais individual em favor do bem-estar emocional de cada aluno. Porém é importante lembrar que nem sempre essa relação é bem-sucedida. Quando avaliamos a relação escola-família de um aluno indisciplinado ou com baixo rendimento, vemos que na maioria das vezes há um afastamento dessa relação. Ao invés de colaborarem para encontrar as soluções, há uma distribuição de culpa e falta escutar um ao outro. Por isso, nesse cenário, a escuta bem trabalhada, a empatia seriam de grande ajudam para melhorar essas relações. Outras ações que podemos citar que poderiam deixar a relação escola-família mais próxima são: a participação em conselho escolar, organização de eventos temáticos para ensinar às famílias como lidar com seus filhos, eventos na escola, uso da escola para atividades de interesse da comunidade, a escola buscar conhecer melhor a vida de cada família através de formulários e visitas domiciliares, envolvimento das família para arrecadar recursos para serem aplicados em alguma melhoria na escola. A estratégia escolhida pela instituição para que aproximar e melhorar essa relação escola-família não é o importante. O essencial é que ela aconteça e seja feita de forma a garantir que a escola conheça melhor a vida do aluno, tanto na questão apoio educacional em casa, como no incentivo que existe para que ele estude, e a dinâmica familiar de forma geral. Essa boa relação certamente tem influencia direta na qualidade ensino e no bom exercício da prática do docente pois a partir desse conhecimento o docente é capaz de compreender melhor as atitudes e dificuldades do aluno. Ao conhecer as condições individuais de cada estudante, a escola consegue entender melhor o seu papel e planejar a forma ideal de oferecer apoio às famílias que necessitem de acordo com o que necessitam. Esse conhecimento sobre a vida do aluno – venha ele de visita domiciliar, atividades da escola ou mesmo via respostas de questionários escolares – também se mostra essencial quando olhamos pelo outro lado, o lado do aluno. Um aluno que se sente compreendido pelo seu professor, que sente que seus problemas e situações de vida importam, se sente também mais seguro para demonstrar suas inseguranças, fazer perguntas e pedir ajudas. Parece incompatível, mas uma vez exposta a sua vida àqueles que podem lhe ajudar, o aluno se sente mais protegido e confiante. Por fim, ainda acho importante comentar que ao compreender o aluno, o professor se torna mais empático e pode entender o motivo de um comportamento inadequado e consequentemente pensar em formas de resolver a causa ou minimizar a ocorrência. Com todo o exposto vale ressaltar mais uma vez o impacto da boa relação escola-aluno na qualidade do processo ensino-aprendizagem. E por isso a importância de que os conhecimentos sobre a realidade individual seja acurada de forma verídica e não baseado em suposições. REFERÊNCIAS CASTRO, J. M.; REGATTIERI, M. (Org). Interação escola-família: subsídios para práticas escolares. Brasília/DF: UNESCO e MEC, 2010. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=4807-escola-familia-final&Itemid=30192 > - Acesso em: 04 de novembro de 2020 MARTINS, João Wagner. Interação escola-família: subsídios para práticas escolares - MEC/UNESCO. 2020. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=v8LujZGHapE > - Acesso em: 04 de novembro de 2020
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