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Semiologia Cardiovascular Pediátrica

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Semiologia Cardiovascular Pediátrica 
Vitoria Araujo T7 
 
Semiologia 
-História clínica: 
-História pré-natal: 
® Uso de medicamentos 
® Doenças maternas 
-História perinatal 
-Trissomias do 21,13 e 18 
® Síndrome de Noonan 
® Sindrome Turner 
® Síndrome de Williams 
-História familiar 
-Sinais e Sintomas: 
® Cianose 
® Taquidispnéia Intolerância ao Exercício 
® Síncope 
® Palpitação 
® Dor Torácica 
® Assimetria de Pulsos/ PA 
-Sopros: 
® Neonatos 
® Lactentes e pré-escolares 
® Escolares 
® Sopro novo de insuficiência mitral ou aórtica: 
× Febre reumática? 
® Classificação dos sopros 
o Quanto à posição durante o ciclo cardíaco, o sopro pode ser classificado em: 
× Sistólico: ocorre entre a primeira e a segunda bulhas; 
× Diastólico: ocorre entre a segunda e a primeira bulhas; 
× Contínuo: ocorre entre as bulhas, sem interrupção. 
o Quanto às suas características, o sopro sistólico é classificado como: 
× Em ejeção: é mesossistólico, conhecido como “crescendo e decrescendo”. A primeira e a segunda bulhas não são encobertas 
pelo sopro. Quando patológico, pode ser encontrado em lesões obstrutivas ao fluxo de saída do ventrículo esquerdo (estenose 
aórtica) ou direito (estenose pulmonar); 
× Em regurgitação: é holossistólico. Começa concomitantemente à primeira bulha, chegando à segunda. Pode ocorrer em 
defeitos do septo ventricular (comunicação interventricular – CIV) ou na 5 insuficiência de válvulas tricúspide ou mitral . 
o O sopro diastólico pode ser classificado, segundo suas características, como: 
× Em regurgitação: tem início imediatamente após a segunda bulha, com redução de intensidade até o meio ou final da 
diástole. Ocorre em regurgitações de válvulas aórtica ou pulmonar; 
× Em ruflar: é de baixa intensidade e acontece ao fim da diástole, na estenose de válvulas tricúspide ou mitral; 
× Sopro de enchimento ventricular: é um sopro de curta duração, começando no início da diástole, em condições em que um 
grande volume de sangue passa pelas válvulas tricúspide ou mitral, com estenose relativa destas válvulas. 
o O sopro também pode ser classificado segundo sua intensidade: 
× Graus I e II: intensidade fraca. Lembrando que o sopro só é identificado em auscultas realizadas com muita cautela; 
× Graus III e IV: intensidade moderada. No grau IV, ocorre frêmito; 
× Graus V e VI: intensidade grave, com frêmitos. 
*A presença de frêmito é sempre sugestiva de cardiopatia,3 principalmente se estiver associado ao sopro. 
-Cianose: coloração azulada da pele e mucosas resultante do aumento de concentração da desoxi-hemoglobina, com valores entre 3-
5g/dl. Decorrente de hipoxemia arterial sistêmica ou aumento da extração de O2 pelos tecidos periféricos. 
® Cianose periférica ou acrocianose (frio, choque cardiogênico, sepse) 
® Cianose central: língua, mucosas, leito ungueal 
® Cianose diferencial: diferença de coloração entre os mmss e os mmii (coarctação de aorta grave) 
® Principais causas de cianose: 
o Hipoventilação alveolar 
o Difusão prejudicada 
o Shunt direito- esquerdo 
o Alteração da relação ventilação perfusão 
o Transporte inadequado oxigênio pela hemoglobina 
o Hipoxemia crônica: unhas em vidro de relógio e dedos em baquetas de tambor 
 
Consequências 
-Intolerância ao exercício; 
-Neonatos: 
® Amamentação prejudicada pela dificuldade na sucção; 
-Lactentes: 
® Baixa capacidade física 
-Crianças pré-escolares e escolares: 
® Atraso no desenvolvimento; 
 
Sinais e sintomas 
-Dispneia: 
® Desconforto respiratório; 
® Observar: 
o Início 
o Fatores desencadeantes modo de instalação fatores de alívio frequência 
o Intensidade 
o Duração 
o Fatores associados 
-Síncope: 
® Queixa frequente na população pediátrica / Fisiopatologia? 
o Mais comum na adolescência 
o Diaforese 
o Náuseas 
o Visão turva 
 
-Palpitação: 
® Taquicardia 
® Ansiedade 
® Atividade Física 
® Tontura ou Síncope 
*Valores normais da FC: 
-Dor torácica: 
® Cardíaca para musculoesquelético; 
® Idiopática; 
 
Exame físico 
-Completo e geral; 
-Cianose; 
-Desnutrição; 
-Sinais vitais: 
® FC, FR e Temperatura; 
-Pulsos: 
® Frequência, ritmo, amplitude e simetria; 
-Pressão arterial; 
-Inspeção do precórdio: 
® Proeminência do tórax; 
® Assimetria; 
® Ictus visível; 
® Estase jugular; 
-Ausculta cardíaca: 
 
-Ausculta pulmonar: 
® Sibilos, creptos... 
-Palpação abdominal: 
® Visceromegalias, circulação colateral; 
-Extremidade: 
® Edema, baquete amento digital; 
-Pressão arterial: 
® Deve-se medir rotineiramente a PA das crianças a partir dos 3 anos de idade; 
 
HAS na infância 
-Considera-se HAS na infância e adolescência, valores de 
pressão arterial sistólica e/ou diastólica iguais ou superiores ao 
Percentil 95 para sexo, idade e percentil da altura 
-Todas as crianças > de 3 anos devem ter a sua pressão arterial 
medida pelo menos uma vez por ano 
 
 
 
-Quadro clínico e classificação: 
® Assintomático 
® Os sinais e sintomas podem sugerir envolvimento de algum órgão ou sistema específico 
® Classificação: 
o Primária 
o Secundária 
 
 
 
-Etiologia: 
® RN 
o Trombose da artéria renal, estenose de artéria renal, malformações congênitas renais, coarctação de aorta, displasia 
broncopulmonar 
® Lactentes a 6 anos: 
o Doenças do parênquima renal, coarctação da aorta, estenose de artéria renal 
® 6 a 10 anos: 
o Estenose de artéria renal, doenças do parênquima renal, hipertensão primária 
® Adolescentes 
o Hipertensão primária, doenças do parênquima renal 
Cardiopatia congênitas 
-As cardiopatias congênitas (CC) representam uma das mais frequentes e a de maior morbimortalidade das malformações, representando 
cerca de 40% dos casos. 
-Segundo a OMS, a incidência de cardiopatias congênitas varia entre 0,8% nos países com alta renda e 1,2% nos países com baixa renda. 
-Classificação: 
® Os RN e lactentes são encaminhados por quatro alterações clínicas: cianose, IC, sopro e arritmia 
® As cardiopatias congênitas podem ser classificadas funcionalmente em: 
o Cardiopatia de hipofluxo pulmonar 
o Cardiopatia de hiperfluxo pulmonar 
o Cardiopatia de normofluxo pulmonar 
-Cardiopatias congênitas que se manifestam com cianose (cianogênicas): 
® Transposição de grandes artérias 
® Tetralogia de Fallot 
® Dupla via de saída do ventrículo direito 
® Ventrículo único 
® Tronco arterioso 
® Atresia tricúspide 
® Atresia pulmonar com septo interventricular íntegro 
® Drenagem anômala total das veias pulmonares 
® Anomalia de Ebstein 
-Cardiopatias congênitas acianogênicas: 
® As cardiopatias congênitas acianogênicas podem ser subdivididas em 2 grandes grupos: 
o Lesões com obstrução ao fluxo sanguíneo 
× Do lado direito: 
1. Estenose pulmonar e tricúspide; 
× Do lado esquerdo: 
1. Estenoses aórtica e mitral 
2. Coarctação de aorta. 
o Lesões que estabelecem desvio de sangue da circulação sistêmica para a pulmonar 
× CIA; CIV; defeito total do septo AV; persistência do canal arterial. 
-Cardiopatias congênitas que se manifestam com IC: 
® CIV 
® Estenose aórtica 
® Transposição de grandes vasos da base 
® PCA 
® Defeito do septo atrioventricular 
® Síndrome da hipoplasia de VE 
® Dupla via de saída do VD 
® Ventrículo único 
® Tronco arterioso 
® Drenagem anômala total de veias pulmonares 
® Doença de Ebstein 
® Interrupção do arco aórtico 
® Origem anômala da coronária esquerda 
-Cardiopatias congênitas que se manifestam com sopro cardíaco: 
® Todas as cardiopatias congênitas com shunt esquerdo- direito 
o CIA 
o Estenose Pulmonar (EP) 
o CIV 
o Persistência canal arterial 
o Estenose Aórtica (EO)

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