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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ARQ0801M – CONSERVAÇÃO E RESTAURO John Ruskin Por Ana Beatriz Gama - 18102744 Lívia Mesquita - 18101576 Thaís Fernandes - 18104686 Professor da Disciplina Conservação e Restauro: Fernando Rabello Rio de Janeiro 2020.2 SUMÁRIO 1. Apresentação 2. Vida 3. Restauro 4. Obras 5. Conceito 6. Bibliografia 1. Apresentação Este trabalho tem como objetivo apresentar os princípios e conceitos relacionados ao escritor, poeta, professor, sociólogo e crítico – representante da teoria romântica, ou da restauração romântica, John Ruskin. Ruskin foi o principal teórico da preservação na Inglaterra do século XIX, foi um dos maiores e mais perspicazes críticos das profundas transformações por que passava então o país. 2. Vida John Ruskin, foi um escritor, pintor, poeta, crítico artístico, sociólogo e pensador inglês, nascido em 8 de fevereiro de 1819, em Londres. Desde cedo viajou por variadas partes do mundo, desenvolvendo um aparente interesse pela arte e pela arquitetura. Considerado um dos maiores escritores da época vitoriana, é conhecido pelas suas diversas facetas de artista, cientista, poeta, ambientalista, filósofo, crítico de arte e ativista social, tendo mesmo chegado a provocar e levar por diante as importantes reformas sociais, tais como as pensões de velhice, a nacionalização da educação e a organização do trabalho. O teórico foi licenciado na Universidade de Oxford, tendo também concluído na mesma o seu mestrado em 1843, iniciando mais à frente a sua carreira de professor de Belas Artes nessa mesma universidade em 1869. Logo após a sua formatura, escreveu um livro Modern Painters. Depois realizou viagens, e elas resultaram na publicação dos seus dois livros mais importantes, As Sete Lâmpadas da Arquitetura e As Pedras de Veneza. A sua passagem pela Universidade de Oxford foi de forma tão notável que ainda hoje existe na universidade a Ruskin School of Drawing and Fine Art. Também em Sheffiels, uma outra localidade onde o trabalho dele está amplamente reconhecido, existe atualmente o Ruskin Museum, onde estão permanentes expostos alguns dos seus desenhos. Ele propunha uma reconciliação entre a arte e a vida, trabalho e prazer. A arquitetura era vista por ele como expressão da vida humana, de seu intelecto, alma e poder corporal, e por isso deve ser preservada como a memória de uma época. Além de crítico e teórico da arte, reaparece posteriormente como patrono de outras causas, reformistas, cooperativas, trabalhistas ou humanitárias. Grande crítico da industrialização e do capitalismo, o teórico criticava fortemente a miséria e a desigualdade causadas pelo capitalismo, e recriminava fortemente a destruição que a industrialização trazia para o patrimônio. A passagem de Ruskin por diversas instituições demonstram bem a capacidade de focalização, desenvolvimento de conhecimentos e inegável tendência para captar a atenção de públicos que este polivalente do século vitoriano revela possuir. A importância dele na sociedade inglesa do XIX não se limitou a arte e a crítica artístico-literária, passou também pelo vincado posicionamento de revolta e oposição em relação às forças de industrialização, que o levou aquela que seria considerada a sua segunda grande preocupação, a reforma social. As suas denúncias, reivindicações e vitórias sociais, operaram, na época, reformas e mudanças que são hoje plenamente aceitas, mas que no século XIX estavam ainda longe de ser realidade. Em 1879, começou apresentar problemas de saúde mental, fazendo abandonar sua carreira. Em 1883, Ruskin voltou a lecionar, mas ficou apenas um ano, abandonando a carreira novamente por motivos de saúde, as crises de depressão e esquizofrenia. John Ruskin veio a falecer em 20 de janeiro de 1900. 3. Restauro “Podemos viver sem a arquitetura de uma época, mas não podemos recordá-la sem a sua presença. Podemos saber da Grécia e de sua cultura pelos destroços do que pela poesia e pela história”. Acreditava que a conservação da arquitetura do passado, sendo expressa como arte e cultura, nos possibilitaria entender a relação técnicas e estilos arquitetônicos de uma cultura em específico e ainda utilizar a história dessas construções como meio de desenvolvimento cultural. “Quando construirmos, pensamos que estamos construindo para sempre. E não façamos para a nossa satisfação de hoje (...). Que nossa obra seja tal que os nossos descendentes nos agradeçam (...)” Para Ruskin se os arquitetos construíssem as edificações como obras de valor histórico, seus herdeiros (população do lugar onde a mesma estaria inserida) teriam admiração ao ponto de se tornar uma referência cultural. Ruskin entendia a arquitetura como uma expressão forte e duradoura capaz de se eternizar carregando em si uma carga enorme de valor histórico e cultural. Ele sugeria a manutenção do periódica dos prédios históricos como forma de evitar os danos causados por intervenções de maior amplitude preservando a ação do tempo e do testemunho histórico. Considerava impossível restabelecer um monumento que foi grandioso e carregado de beleza, pois sua alma jamais poderia ser restaurada. Ainda nas suas ideias e princípios, ele dizia que a restauração era uma barbaridade ao edifício, alegava que era impossível restituir algo ao ponto original, ao ponto o seu criador, pois a alma teria sido dada por ele e ao invés da restauração, deveria ser feita uma manutenção periódica dos prédios considerados históricos, assim sendo uma forma de prevenção de danos por intervenções de grande amplitude. Por fim, sua contribuição foi de ordem teórica, defendendo a conservação como método de preservação. 4. Obras “Os monumentos de hoje, conforme Ruskin, devem possuir um valor histórico e os de épocas passadas devem ser conservados como nossa maior herança.” Figura 1 – Palazzo Agostini, Pisa Fonte: https://fitzwilliamprints.com/products/pod444083 John Ruskin aborda a Arquitetura Doméstica que segundo ele “dá origem a todas as outras. Figura 2 – Arcada Gótica Fonte: https://www.arquiscopio.com/pensamiento/ideas-sobre-rehabilitacion-arquitectonica/ https://fitzwilliamprints.com/products/pod444083 https://www.arquiscopio.com/pensamiento/ideas-sobre-rehabilitacion-arquitectonica/ Já nos prédios públicos, deveriam sempre haver um propósito histórico em sua construção. Para Ruskin, essas edificações deveriam “expressar de modo simbólico ou literal, tudo quanto é digno de ser conhecido sobre os sentimentos e realizações de uma nação”. Figura 3 – Aparência de Palácio Ducal, Veneza Fonte:https://www.glistatigenerali.com/costumi-sociali_musica/cartoline-acustiche-da-venezia-2/ “Quando construirmos, pensemos que estamos construindo para sempre. E não façamos para a nossa satisfação de hoje (...) que nossa obra seja tal que os nossos descendentes nos agradeçam (...)”, e que em algum momento, aquela edificação se tornará sagrada. Figura 4 – Fondaco dei Turchi Fonte: https://www.repro-tableaux.com/a/ruskin-john.html https://www.repro-tableaux.com/a/ruskin-john.html 5. Conceito John Ruskin faz pesadas críticas às restaurações e pregava absoluto respeito pela matéria original, que levava em conta as transformações feitas em uma obra no decorrer do tempo, sendo a atitude a tomas a de simples trabalhos de conservação, para evitar degradações, ou, até mesmo a de pura contemplação. 6. Bibliografia https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/07.074/3087 http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17497/material/aul a%2004%20John%20Ruskin.pdf https://www.ebad.info/ruskin-john https://www.pensador.com/autor/john_ruskin/ https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/07.074/3087http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17497/material/aula%2004%20John%20Ruskin.pdf http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17497/material/aula%2004%20John%20Ruskin.pdf https://www.ebad.info/ruskin-john
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