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03 Teoria Geral dos Recursos em Espécie - Parte 02

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Teoria Geral dos Recursos
Parte 02
Profª. Mª. Rayza Ribeiro
Disciplina: Processo Civil III
Centro Universitário Estácio de Sergipe
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
1.Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Significa ter direito a um duplo juízo a
respeito de determinada questão
submetida ao Poder Judiciário por um
órgão de hierarquia superior ao que
proferiu a decisão.
Obs.: O legislador infraconstitucional não está obrigado a 
observar essa regra em todos os casos. 
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
1.Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Vantagens
a) Dá conforto psicológico à parte 
inconformada com a sucumbência;
b) Trata-se de mecanismo de revisão de 
decisões equivocadas ou arbitrárias;
c) Forma de controle dos atos jurisdicionais 
pelas instâncias superioras.
Desvantagens
a) Prejudica a ideia da unidade da 
jurisdição;
b) Flexibiliza o princípio da celeridade 
processual;
c) Desprestigia a primeira instância.
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
ATENÇÃO! Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório
ou Reexame Necessário/Remessa Necessária (art. 496, II, CPC)
Trata-se de uma condição impeditiva do trânsito em julgado da
sentença.
Aplica-se a
Sentença contrária à Fazenda Pública
Sentença que julgar procedente os Embargos à Execução Fiscal
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
ATENÇÃO! Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório
ou Reexame Necessário/Remessa Necessária (art. 496, II, CPC)
Ausência de 
voluntariedade
Ausência de 
dialeticidade
Não há fixação 
de prazo
Depende de 
previsão 
expressa em lei
Não existem 
razões e nem 
contrarrazões
Não há previsão em 
lei federal dentre as 
modalidades de 
recurso
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
2. Princípio da Taxatividade (numerus clausus)
Por força do art. 22, I, da CF só o legislador federal pode prever
recursos, porque se trata de matéria processual.
➢ Previsão no art. 994 do CPC
➢ Além desses, existem os Embargos Infringentes (art. 34 da Lei 6.830/80), o Recurso 
Inominado (arts. 41 a 43 da Lei 9.099/95) e o Agravo Inominado (art. 4º da Lei 8.437/92).
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
3. Princípio da Unirrecorribilidade/Singularidade/Unicidade
Somente cabe uma espécie recursal para impugnar cada
decisão judicial.
➢ Exceções:
Embargos de Declaração: em caso de haver omissão na decisão, por ser recurso
opcional, admite-se a Apelação para atacar esse defeito ou Agravo de Instrumento.
Recurso Especial (Resp) e Recurso Extraordinário (RE): esses dois recursos podem ser
interpostos ao mesmo tempo. Isso porque cada um deles visa atingir um objetivo
específico, um ataca a legislação federal e o outro ataca a norma constitucional.
Teoria Geral dos Recursos
4. Princípio da Fungibilidade
Em regra, a utilização do recurso equivocado
gera a inadmissibilidade dele. Porém, havendo
dúvidas sérias, haverá maleabilidade do(a)
magistrado(a) em aceitar um recurso no lugar de
outro.
Assim, a regra de fungibilidade presta-se
exatamente a não prejudicar a parte que, diante
de dúvidas sérias, derivadas da existência de
discussões jurisprudenciais e doutrinárias a respeito
do cabimento de determinado recurso, interpõe
recurso que pode não ser cabível.
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
4. Princípio da Fungibilidade
➢ Requisitos de aplicação:
a) Presença de dúvida séria
a) Inexistência de erro grosseiro
Dúvida séria, como caracterizá-la?
1. Quando a lei processual induz a parte 
ao erro (denomina sentença de 
decisão interlocutória e vice-versa);
2. Quando há discussão doutrinária ou 
jurisprudencial a respeito da natureza 
jurídica do ato processual;
3. Quando há proferimento de um ato 
judicial no lugar de outro, dando-se 
forma de sentença a uma decisão 
interlocutória.
Obs.: Diante da unificação dos prazos, no novo
CPC, perdeu-se o sentido da fungibilidade, pois
todos os prazos possuem prazo igual,
excetuando-se os E.D.
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
4. Princípio da Fungibilidade
Agravo de 
Instrumento?
Apelação?
Decisão interlocutória 
ou Sentença?
Agravo de 
Instrumento?
Como houve dúvida em relação a 
qual recurso seria o cabível, aplica-se 
a fungibilidade e o(a) magistrado(a) 
pede que a parte adeque a petição 
ao recurso efetivamente cabível, 
privilegiando o princípio da 
colaboração judicial.
Assim, o juízo receberá o Agravo de 
Instrumento em vez da Apelação, mas 
oportunizará um prazo para que a 
parte realize as adequações.
O mesmo aconteceria se fosse o 
inverso.
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
5. Princípio da Proibição de Reformatio in Pejus
Trata-se da inadmissibilidade que a situação do recorrente seja
agravada, ou seja, tornada pior, em decorrência do julgamento
de seu próprio recurso.
➢ Exceções (não se aplica a ideia de reforma prejudicial):
a) Quando há recurso interposto por ambos os polos do processo;
b) Quando o Tribunal entender por alterar a fundamentação da decisão recorrida,
mantendo-se a conclusão;
c) Quando houver matérias que competem ao juízo conhecer de ofício (Ex.: art. 337 do
CPC).
Teoria Geral dos Recursos
6. Princípio da Dialeticidade
Exige do recorrente a exposição da fundamentação recursal (causa
de pedir: error in judicando e error in procedendo) e do pedido (que
poderá ser de anulação, reforma, esclarecimento ou integração).
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
7. Princípio da Voluntariedade
A existência do recurso está condicionada à vontade da parte
de recorrer.
8. Princípio da Complementaridade
Estabelece que o recurso deve ser interposto no prazo legal
juntamente com as razões de inconformismo.
No entanto, o recorrente poderá complementar a fundamentação
do recurso já interposto, caso a decisão impugnada venha a ser
alterada ou integrada em razão de acolhimento dos embargos de
declaração apresentados (art. 1.024, §4º, CPC).
Teoria Geral dos Recursos
PRINCÍPIOS RECURSAIS
9. Princípio da Consumação
Trata-se da inadmissibilidade de interposição de um recurso
para substituir um outro já interposto.
Preclusão consumativa 
no ato de interposição 
do recurso
Inexistência jurídica do 
recurso posterior
Teoria Geral dos Recursos
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pode levar ao conhecimento ou 
não conhecimento, à admissão 
ou à inadmissão do recurso.
Para, após, no mérito, provê-lo ou 
desprovê-lo (dar razão ou não ao 
recorrente).
O novo Código de Processo Civil
aboliu o juízo de admissibilidade
do recurso pelo órgão prolator
da decisão impugnada,
cabendo ao juízo ad quem sua
apreciação, ressalvados o
recurso extraordinário e o recurso
especial, em que o juízo a quo
possui competência para
proceder ao primeiro juízo de
admissibilidade provisório.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Os requisitos ou pressupostos de admissibilidade se dividem em duas
categorias, segundo a lição de Barbosa Moreira (2003): os intrínsecos
ou subjetivos e os extrínsecos ou objetivos, nos quais os primeiros são
inerentes à existência do direito de recorrer e os segundos são
relativos ao exercício do direito de recorrer.
Preenchidos tais pressupostos, o recurso será conhecido ou admitido
pelo juízo de admissibilidade estando apto para a análise do mérito,
podendo este ser provido, parcialmente provido ou não provido.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de recorrer):
A)Cabimento
B) Interesse recursal
C)Legitimidade recursal
D)Inexistência de ato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de recorrer):
A) Cabimento / Adequação – observância do recurso adequado 
para ainterposição correta (unirrecorribilidade);
B) Legitimidade – art. 996, CPC – parte vencida, MP (como parte ou 
fiscal) e o terceiro prejudicado;
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de recorrer):
C) Interesse recursal – somente pode recorrer a parte que está
inconformada com a decisão;
D) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo – impõe-se a
inexistência de fato superveniente que leve à extinção do direito de
recorrer, ou que impeça o Tribunal de reconhecer o recurso.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Fatos extintivos
▪ Reconhecimento do pedido pelo réu;
▪ Renúncia ao direito que funda a ação.
Fato impeditivo
▪ Desistência do recurso ou da ação;
A ocorrência dos fatos extintivos são
anteriores a interposição do recurso, sendo
a renúncia uma manifestação unilateral da
vontade que independe da anuência da
parte contrária, tendo como características
a irrevogabilidade, unilateralidade e por
ser prévia, antes da interposição.
Já a aquiescência ou concordância é a
manifestação expressa ou tácita do titular
do direito de recorrer de que não irá
interpor o recurso, seja por comunicação
ao juízo de que concorda com a decisão
prolatada ou cumprindo a determinação
da sentença.
O fato impeditivo tratado no artigo 998 do CPC
refere-se à desistência do recurso, situação ocorrida
em fase posterior á sua interposição, desde que seja
apresentada de forma expressa ou tácita, antes do
seu julgamento, não havendo possibilidade de
retratação.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos extrínsecos (concernentes ao exercício do direito de recorrer):
A) Tempestividade;
B) Preparo;
C)Regularidade formal.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos extrínsecos (concernentes ao exercício do direito de recorrer):
A) Tempestividade – o recurso adequado e cabível ao caso em análise
deve ser interposto dentro do prazo processualmente legal.
➢ Não cumprimento – preclusão temporal e formação da coisa julgada
➢ Recursos em geral: 15 dias (art. 1.003, CPC)
➢ Embargos de declaração: 05 dias
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos extrínsecos (concernentes ao exercício do direito de recorrer):
B) Preparo – é uma exigência legal para que o recorrente comprove o
recolhimento dos encargos financeiros recursais no momento da sua
interposição, caso haja sua exigência (art. 1.007, CPC).
➢ Atenção! MP, União, DF, Estados e Municípios e respectivas autarquias
têm isenção legal, não precisam comprovar preparo.
Teoria Geral dos Recursos
Juízo de Admissibilidade
Pressupostos extrínsecos (concernentes ao exercício do direito de recorrer):
C) Regularidade formal – trata-se das exigências específicas previstas no
CPC para a interposição de cada recurso.
Ex.: juntada de cópias de documentos no Agravo de Instrumento, folha de
interposição na Apelação, etc.
E-mail: rayza.oliveira@estacio.br
Instagram: @profa.rayzaribeiro
Obrigada!
Agora, vá até a aba de arquivos aqui do Teams,
abra o arquivo “Exercício de fixação do conteúdo
01” e realize as atividades solicitadas durante o
próximo horário. Na próxima aula, retomaremos
esse exercício com a explicação dele.

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