Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O SUPINO RETO PROF. DR. JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA @prof_ze_du • O Supino Reto perfaz um exercício que representa o mais importante movimento , quando se intenciona o trabalho dos peitorais maiores, dada a sua magnitude, complexidade e eficiência. Em bases gerais, o termo - supino - além de ser alusivo à posição do punho, quando com as palmas das mãos voltadas à posição anatômica; também significa “aquele que está em supinação”, ou seja, aquilo que se realiza sobre o próprio ventre, estando este voltado para cima ou em decúbito dorsal. Portanto, “supinar” significa elevar uma carga sobre o próprio corpo. O termo também se refere ao sentido de ser “elevado, superior, demasiado, em alto grau, exagerado”, em face da grande dificuldade que o movimento agrega, da importância que o mesmo tem para o desenvolvimento dos peitorais e do grande grupamento muscular envolvido. O exercício também faz parte do Levantamento de Peso Básico ou levantamento de potência, ou Powerlifting, em inglês, é um esporte de força, consistente em três modalidades: o agachamento, o supino e o levantamento terra. No Supino - o levantador, deitado em um banco, retira a barra de um suporte, com ou sem ajuda de um auxiliar central, desce-a até bem próximo aos músculos do peitoral, e, em seguida, a levanta novamente até a extensão dos cotovelos; retornando-a ao suporte Os atletas podem fazer até três tentativas em cada prova, na intenção de levantar a maior carga possível, sendo que aquele que tiver a maior somatória no total é declarado vencedor. Ressalta-se que também há campeonatos específicos para o supino, onde em caso de empate, a vitória cabe ao atleta mais leve. Se mesmo assim o empate persistir, ganha aquele que tiver realizado o levantamento primeiro. RYAN SHAWN KENNELLY Nascido a Moses Lake, Washington, 10/12/1975 é um levantador de peso básico dos EUA, especialista sem supino, que em 8 de novembro de 2008, conquistou o recorde mundial no supino fazendo 1 075 libras ou 487,5 kg. CINESIOLOGICAMENTE trata-se de um movimento poliarticular de ombros que aduzem/abduzem-se no plano horizontal e no eixo longitudinal de movimento, e de cotovelos que estendem/flexionam-se e escápulas em protrusão e retração, também, no mesmo plano e eixo CINESIOLOGICAMENTE O músculo motor primário é o Peitoral Maior CINESIOLOGICAMENTE Secundariamente, atua o tríceps braquial e o Ancôneo que realizam a extensão dos cotovelos Ainda auxiliam o movimento os feixes anteriores ou claviculares do deltoide que amparam a abdução horizontal dos ombros, assim como, o serrátil anterior , que atua no movimento escapular ANATOMICAMENTE O músculo Peitoral Maior, do Latim “Pectoralis Major”, se configura como PENIFORME MULTIPENADO , onde seus feixes formam a prega axilar anterior e a parede anterior da fossa axilar. ANATOMICAMENTE Nele, podem-se distinguir três origens diferentes, sendo, uma porção, aquela que deriva da face anterior do esterno e das cartilagens das primeiras 6 ou 7 costelas, denominada de “porção esternocostal”; Outra, que tem origem na face anterior do terço medial da clávícula, denominada de “porção clavicular”; Outra, que evagina do terço superior da lâmina anterior da bainha do músculo Reto do Abdome, denominada de “porção média”, sendo que todas as três porções convergem em sentido lateral, inserindo- se na crista do tubérculo maior e no sulco intertubercular do Úmero, logo após o cruzamento das fibras, de modo que as fibras provenientes da parte abdominal inserem-se mais superiormente e as oriundas da parte clavicular ocupam a posição mais inferior no Úmero. ANATOMICAMENTE A sua inervação se dá pelos Nervos Peitorais Lateral e Medial, oriundos dos fascículos do Plexo Braquial. Sua vascularização se dá pelas artérias tóraco-acromial, que é considerada a principal, e por outras secundárias, dentre elas a artéria axilar e a mamária interna, onde esta última dá origem a cinco outras perfurantes, a exemplo da torácica interna, da mamária externa, da torácica lateral, da escapular inferior e das intercostais. BIOMECANICAMENTE Em termos biomecânicos, o sistema de alavancas envolvidas é o de terceira classe ou a interpotente (Eixo – Braço de Força – Braço de Resistência) BIOMECANICAMENTE A posição inicial do movimento se dá quando os ombros estão abduzidos no plano horizontal, os cotovelos fletidos e as escápulas em retração; e a posição final quando ombros estão aduzidos horizontalmente, cotovelos estendidos, e as escápulas em protruzão. Por fim, se faz importante pontuar que o exercício deve obedecer a um plano de movimento retilíneo, que permita que a barra tenha seu curso de movimenTo no plano horizontal, tendo como referência a linha dos mamilos do peito. A pegada, do tipo pronada, deve obedecer uma largura maior que a dos ombros do executanTe. CADEIA CINÉTICA DE MOVIMENTO A DO TIPO MISTA. VARIAÇÕES VARIAÇÕES VARIAÇÕES VARIAÇÕES VARIAÇÕES Noutro ponto relevante, cita-se a possibilidade de se realizar o exercício com uma melhor acomodação da curvatura da coluna vertebral, especificamente da região lombar, sobretudo para iniciantes, praticantes de pouca estatura, mulheres, idosos ou portadores de algum tipo de patologia da coluna, diminuindo-se o arco de curvatura da referida região, e, assim, viabilizando maior conforto ao executante, mesmo que aviltando parte do equilíbrio durante a execução. Vide círculo VERMELHO, na figura. Para tanto, faz-se necessário um maior ângulo de flexão dos quadris, durante o curso de movimento, como por exemplo, alocando-se os pés sobre o banco de execução, e, por consequência, acomodando-se a região lombar da coluna vertebral. JUSTIFICATIVA • 1 – Trabalha SIM feixes inferiores ou superiores, enquanto prioritários qualitativamente no movimento! • 2 – Provoca uma DESVANTAGEM MECÂNICA diferente do movimento do Supino Reto, o que exige, portanto, o acionamento de fibras motoras adicionais que trabalhariam normalmente! Bibliografia AMADIO, A. C.; DUARTE, M. (1996). Fundamentos biomecânicos para a análise do movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica/EEFUSP. ENOKA, R. M. (2001). Bases Neuromecânicas da cinesiologia. São Paulo: Manole. HALL, S. (2000). Biomecânica básica. 3a ed. São Paulo: Guanabara-Koogan. MENDES, R. G; OLIVEIRA, J. E. C. (2015). O tríceps corda. Lecturas: Educación Física y Deportes. Revista Digital. Buenos Aires. RASCHE e BURKE. (1987). Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 5a ed. Rio de Janeiro. OBRIGADO! @prof_ze_du
Compartilhar