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2-Potenciometria-Completo

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Potenciometria
Análise Instrumenta
Engenharia Química – 4 Ano
Potenciometria
Potenciometria: 
Técnica baseada na medida da diferença de potencial estabelecida entre dois eletrodos (eletrodo indicador e de referência), em uma célula galvânica;
Mede-se o potencial da célula (ou a diferença de potencial entre dois eletrodos - indicador e o de referência), mergulhados numa solução a analisar, através da qual não passa corrente
A resposta instrumental é a diferença de potencial entre os eletrodos da célula (ou o potencial da célula), que se relaciona com a concentração da espécie de interesse
Potenciometria
Potenciometria: 
Potenciometria direta: a medida direta da diferença de potencial da célula se relaciona com a concentração do íon de interesse;
Titulação Potenciométrica: é medida a diferença de potencial da célula durante uma titulação; variação brusca desta diferença de potencial indica o ponto final da titulação
Potenciometria
Na análise potenciométrica:
Eletrodo Indicador: eletrodo sensível à espécie que se deseja determinar; desenvolve um potencial que depende da concentração do analito
Eletrodo de Referência: possui potencial constante e exatamente conhecido, independente da concentração do analito ou de outro íon presente na solução
Potenciometria
Na análise:
Valor medido: potencial da célula (Ecel ou E)
Valor conhecido: potencial do eletrodo de referência (Eref)
Valor a ser determinado: potencial do eletrodo indicador (Eind)
A partir do valor do Eind, pode – se determinar, utilizando a Equação de Nernst, a concentração da espécie de interesse
Potenciometria
Eletrodo de Referência:
Idealmente tem um potencial exatamente conhecido, constante, e completamente insensível à composição da solução do analito
Deve ser robusto, fácil de construir e manter o potencial constante mesmo com a passagem de pequenas correntes
Potenciometria
1.1. Eletrodo Padrão de Hidrogênio (EPH):
Metal condutor é um pedaço de platina recoberto com platina finamente dividida (platina platinizada);
Platina imersa em solução aquosa ácida contendo íons H+ com atividade constante e conhecida (1,0);
Solução mantida saturada de hidrogênio (H2), borbulhando – se o gás sobre o eletrodo à pressão constante (1,0 atm);
Potenciometria
A semirreação responsável pelo potencial desenvolvido neste eletrodo é:
O Potencial do EPH pode ser determinado através da Equação de Nernst:
Potenciometria
O potencial desenvolvido pelo eletrodo depende, portanto, da pressão do gás e da atividade (ou concentração) do íon H+;
Como a atividade dos íons H+ é mantida constante e igual a 1,0, e a pressão do gás é mantida constante e igual a 1,0 atm, então:
Como E°(H+/H2) = 0,0 V, então: 
Potenciometria
1.2. Eletrodo de Prata/Cloreto de Prata:
Consiste de um fio de prata, revestido com cloreto de prata;
Fio é imerso em uma solução saturada cloreto de potássio com cloreto de prata;
O eletrodo é preparado com uma solução saturada de KCl, ou com concentração igual a 3,5 mol/L
Potenciometria
O potencial do eletrodo é determinado pela semirreação:
O potencial do eletrodo de prata/cloreto de prata é calculado através da equação:
Potenciometria
O potencial do eletrodo depende, portanto, tanto da temperatura quanto da concentração de Cloreto da solução;
Quando estas variáveis são mantidas constantes, o potencial do eletrodo não varia;
	 	Potencial / V (vs EPH)	
	T /°C	Ag/AgCl (KCl 3,5 mol/L)	Ag/AgCl (KClSaturado)
	15	0,212	0,209
	20	0,208	0,204
	25	0,205	0,199
	30	0,201	0,194
	35	0,197	0,189
Potenciometria
1.3. Eletrodo de Calomelano Saturado (ECS):
Formado por Mercúrio em contato com uma solução saturada de cloreto de mercúrio I (Calomelano), e que também contém uma concentração conhecida de cloreto de potássio;
O eletrodo é preparado com uma solução saturada de KCl, em contato com KCl sólido, ou com concentração igual a 3,5 mol/L
Potenciometria
O potencial desenvolvido pelo Eletrodo de Calomelano Saturado:
O potencial do eletrodo de prata/cloreto de prata é calculado através da equação:
Potenciometria
O potencial do eletrodo também depende somente da temperatura e da concentração de Cloreto da solução, e quanto estas variáveis são mantidas constantes, o potencial do eletrodo não varia;
	 	Potencial / V (vs EPH)	
	T /°C	Calomelano (KCl 3,5 mol/L)	Calomelano (KCl Saturado)
	15	0,254	0,251
	20	0,252	0,248
	25	0,250	0,244
	30	0,248	0,241
	35	0,246	0,238
Potenciometria
Potencial de Junção Líquida:
Quando um eletrodo de referência é imerso em uma solução, é gerada uma diferença de potencial na interface entre as duas soluções (do eletrodo e a de estudo)
Esta diferença de potencial se deve à diferença na composição das soluções eletrolíticas, e é chamado de Potencial de Junção;
Este potencial de junção é o resultado de uma distribuição desigual de cátions e ânions através da vizinhança, devido às diferenças nas taxas em que estas espécies se difundem
Potenciometria
Potencial de Junção Líquida:
Considerando, por exemplo, uma solução de HCl 1,00 mol/L em contato com uma solução 0,01 mol/L deste mesmo ácido, separados por uma placa porosa:
Tanto o íon Hidrogênio quanto os íons cloreto tendem a se difundir da solução mais concentrada para a solução mais diluída;
Como os íons hidrogênio possuem maior mobilidade do que os íons cloreto, estes íons irão atravessar a placa porosa mais rapidamente do que os íons cloreto;
Como consequência, o lado mais diluído da vizinhança torna – se carregado positivamente por causa da difusão mais rápida do íon H+
Potenciometria
Potencial de Junção Líquida:
Como consequência, o lado mais diluído da vizinhança torna – se carregado positivamente por causa da difusão mais rápida do íon H+;
O lado mais diluído da vizinhança torna – se carregado positivamente, enquanto que o mais concentrado adquire carga negativa, devido ao excesso de íons cloreto
Potenciometria
Potencial de Junção Líquida:
A carga desenvolvida na interface impede que a difusão continue, de tal forma que uma condição de equilíbrio é atingida rapidamente;
A grandeza do Potencial de Junção Líquida (Ej) pode ser minimizada pela colocação de uma ponte salina entre as duas soluções;
A ponte salina é mais efetiva se as mobilidades dos íons positivos e negativos nela presentes forem aproximadamente iguais e suas concentrações elevadas;
Um sal que apresenta tais características é o KCl, e por isso uma solução saturada de KCl é utilizada para minimizar os efeitos do Potencial de Junção Líquida
Potenciometria
2) Eletrodo Indicador:
Idealmente responde de forma rápida e reprodutível a variações na concentração de um analito, ou grupo de analitos;
Idealmente deve também ser seletivos ao íon analisado
Podem ser de 2 tipos: eletrodos metálicos e eletrodos de membrana;
Os eletrodos metálicos podem ser classificados em Ativos (Eletrodo de Primeira Classe e Segunda Classe) e Inertes (eletrodos para sistemas Redox)
Potenciometria
2.1. Eletrodos Metálicos:
Desenvolvem um potencial que é determinado pela posição de equilíbrio de uma reação redox na superfície do eletrodo.
Estes eletrodos são classificados em função da sua composição, que define também sua capacidade de responder a uma determinada espécie iônica
Potenciometria
a) Eletrodos Metálicos Ativos de Primeira Classe: 
Consiste em um metal puro em equilíbrio direto com seu cátion em solução;
A única reação que está envolvida, e ocorre na superfície do eletrodo é:
O potencial do eletrodo é dado por:
 
Potenciometria
a) Eletrodos Metálicos de Primeira Classe: 
Não são amplamente utilizados em determinações potenciométricas pois:
Não são muito seletivos, uma vez que respondem ao cátion do metal e a cátions que possuem maior potencial de redução (mais facilmente reduzidos);
Alguns metais podem ser oxidados em meio ácido, e então o eletrodo só pode ser utilizado em meio neutro ou alcalino;
Alguns metais podem ser oxidados pelo oxigênio, então somente são utilizado em meios desaerados;
Podem não fornecer potenciais reprodutíveisPotenciometria
b) Eletrodos Metálicos de Segunda Classe
Um eletrodo metálico que responde à atividade de um ânion ao qual seu cátion forma um precipitado ou um complexo estável;
Estes eletrodos são usados para medir a concentração de ânions em solução. 
Estes ânions são espécies que formam precipitados com o metal do eletrodo, ou um complexo estável. 
Potenciometria
b) Eletrodos Metálicos de Segunda Classe
Um eletrodo de prata, por exemplo, pode ser utilizado para determinar a concentração de íons cloreto, na presença de AgCl (s)
Para este eletrodo, tem – se:
 
Potenciometria
b) Eletrodos Metálicos de Segunda Classe
 AgCl é um sal pouco solúvel, então:
Potenciometria
b) Eletrodos Metálicos de Segunda Classe
Como:
e:
Então:
 
Em uma solução saturada com cloreto de prata, um eletrodo de prata pode servir como um eletrodo indicador para o íon cloreto
Potenciometria
c) Eletrodos Metálicos Inertes (eletrodos para sistemas redox):
O metal não participa da reação, servindo apenas como condutor de elétrons do processo redox;
Atuam como fontes ou depósito de elétrons transferidos a partir do sistema de óxido-redução presente na solução;
Materiais como ouro, platina, paládio podem ser utilizados para monitorar sistemas redox;
Por exemplo, o eletrodo de platina pode ser utilizado em solução contendo Fe (II) e Fe (III):
Potenciometria
c) Eletrodos Metálicos Inertes (eletrodos para sistemas redox):
Por exemplo, o eletrodo de platina pode ser utilizado em solução contendo Fe (II) e Fe (III):
Para este sistema, a reação é:
O potencial do eletrodo é dado por:
 
Potenciometria
Exemplo 1:
Deseja – se determinar a concentração de íons prata em uma solução; para isso mediu – se a diferença de potencial estabelecida entre um eletrodo indicador de prata, e um eletrodo de prata/cloreto de prata como referência. Considerando que a diferença de potencial foi de 0,430V, determinar a concentração da solução.
E(AgCl/Ag) = 0,199 V		E° (Ag+/Ag) = 0,800 V
Potenciometria
Exemplo 1:
E = 0,430 V			E (ref) = 0,199 V		[Ag+] = ?
E = E(ind) – E(ref) 
0,430 V = E (ind) – 0,199 V
E(ind) = 0,629 V
Como E(ind) = prata, então:
Ag+ + 1 e Ag
Potenciometria
Exemplo 1:
Portanto:
Potenciometria
Exemplo 1:
Potenciometria
Exemplo 2:
Qual a concentração de íons X+ em uma solução, sabendo que uma célula galvânica contendo o metal X e o eletrodo de Calomelano Saturado apresenta diferença de potencial igual a + 0,350 V?
E° (X+/X) = 0,750 V		E (ECS) = 0,244 V
Potenciometria
Exemplo 3:
Eletrodos de platina e de calomelano saturado são mergulhados em solução contendo solução de Br2 (aq) a 2,7. 10 – 3 mol/L e Br– (aq) a 0,234 mol/L. Qual o potencial líquido (E) desta célula?
E° (Br2/Br –) = 1,098 V		E (ECS) = 0,244 V
E = E(ind) – E (ref)			E = E (ind) – 0,244 V
Potenciometria
Exemplo 4:
Qual a concentração de íons cloreto em uma solução saturada de AgCl, sabendo que quando um eletrodo de prata e um eletrodo de calomelano saturado são imersos na solução, a diferença de potencial estabelecida entre eles é igual a 0,082 V?
E° (Ag+/Ag) = 0,800 V 		E (ECS) = 0,244 V
Ks (AgCl) = 1,8 . 10 – 10 
Potenciometria
Exemplo 5:
A 100 mL de uma solução de NaCl 0,100 mol/L foi adicionada solução de AgNO3 0,100 mol/L, e a diferença de potencial estabelecida entre um eletrodo de prata medido e um eletrodo de calomelano saturado foi medida. Qual será a diferença de potencial quando o volume de nitrato de prata adicionado for igual a:
60 mL
120 mL
E° (Ag+/Ag) = 0,800 V 	E (ECS) = 0,244 V		Ks(AgCl) = 1,8 x 10 – 10 
Potenciometria
Atividade:
30 mL de solução de NaBr 0,05 mol / L são tratados com solução de AgNO3 a 0,100 mol / L, utilizando – se eletrodo de calomelano saturado como eletrodo de referência, e um eletrodo metálico de prata, como eletrodo indicador. Qual a diferença de potencial entre os eletrodos, após a adição dos seguintes volumes de AgNO3:
a) 10 mL		b) 20 mL
E(Ag+/Ag) = + 0,80 V		E (ECS) = 0,244V		Ks (AgSCN) = 5 x 10 – 13 
Potenciometria
Exemplo 6:
50 mL de solução de AgNO3 0,010 mol / L são tratados com solução de KSCN a 0,025 mol / L, utilizando – se eletrodo de prata/cloreto de prata como eletrodo de referência, e um eletrodo metálico de prata, como eletrodo indicador. Qual o potencial da célula após a adição dos seguintes volumes de KSCN:
a) 5 mL antes do ponto estequiométrico
b) No ponto estequiométrico
c) 5 mL após o ponto estequiométrico
E(Ag+/Ag) = + 0,80 V		E (Ag/AgCl) = 0,199 V		Ks (AgBr) = 5 x 10 – 13 
Potenciometria
Exemplo 7:
A seguinte célula foi usada para a determinação de p(CrO4): 
ECS || Ag2CrO4(sol. sat.), CrO42– (x mol/L) | Ag 	
E° (Ag2CrO4/Ag) = 0,446 V
Calcule o pCrO4 se o potencial da célula for 0,336 V, sabendo que 
Potenciometria
2.2. Eletrodo de Membrana – Eletrodo de íon seletivo (EIS):
Potencial se deve a um potencial de junção entre a membrana que separa a solução do eletrodo da solução da espécie a ser analisada. 
Baseiam-se na formação de potenciais através de membranas semipermeáveis, que devem deixar passar tão seletivamente quanto possível, a espécie iônica interessada (analito). 
O eletrodo responde seletivamente a um determinado tipo de íon; os eletrodos de íons seletivo não envolvem um processo redox
A principal característica de um eletrodo de íon seletivo ideal é a presença de uma fina membrana que, idealmente se liga apenas ao íon de interesse
Potenciometria
2.2. Eletrodo de Membrana – Eletrodo de íon seletivo (EIS):
O potencial observado é um tipo de Potencial de Junção, que se desenvolve através da membrana que separa a solução do analito de uma solução de referência
Os EIS são constituídos de dois eletrodos de referência, um interno e outro externo. 
Potenciometria
Propriedades da membrana:
Mínima solubilidade: solubilidade da membrana na solução da espécie a ser analisada deve ser praticamente zero;
Condutividade elétrica: membrana deve apresentar um mínimo de condutividade elétrica;
Reatividade seletiva com a espécie a ser determinada – a membrana deve ser capaz de ligar-se seletivamente ao íon que pretende-se determinar (troca-iônica, complexação, cristalização)
Potenciometria
Supondo que se deseja medir a [C+ ] em uma solução desconhecida, através de um EIS conforme o esquema anterior:
A membrana é constituída de um polímero impregnado com um líquido contendo um ânion hidrofóbico (R–), e um ligante L, capaz de se ligar seletivamente ao cátion C+ 
A parte interna do eletrodo encontra – se cheia de solução que contém também o íon C+ (além de B –) e a parte externa do eletrodo é mergulhada na solução do analito;
O ligante da membrana se liga seletivamente ao íon que se deseja determinar (C+) (idealmente, o ligante somente se liga ao analito);
Potenciometria
Supondo que se deseja medir a [C+ ] em uma solução desconhecida, através de um EIS conforme o esquema anterior:
C+ que se encontra que se encontra ligado ao ligante L, pode se difundir através da interface, mas a o R– (hidrofóbico) não pode sair da membrana e o ânion A– não pode penetrar na membrana
Após a difusão de uma pequena quantidade de C+, que ocorre através da membrana até a solução aquosa, haverá uma separação de cargas, criando uma diferença de potencial que se opõe a uma maior difusão de C+ para dentro da fase aquosa.
C+ se difunde para a solução interna e externa, surgindo um excesso de carga positiva na fase aquosa;
Potenciometria
Supondo que se deseja medir a [C+ ] em uma solução desconhecida, através de um EIS conforme o esquema anterior:
A separação entre as cargas cria uma diferença de potencial elétrico que se opõe a uma maior difusão de C+ para dentro da fase aquosa;
A diferença de potencial entre a solução interna e externa é E = Eext – Eint;
O potencial externo (Eext) depende somente da concentração de C+ na solução contendo o analito e na região da membrana próxima à superfície externa
O valor do potencial interno é constante, pois a concentração de C+ no interior do eletrodoé constante;
Potenciometria
Eletrodo de Vidro:
Exemplo mais comum de um EIS;
O Eletrodo Indicador é composto por uma fina membrana de vidro, sensível ao pH, selada na ponta de um tubo de vidro ou de plástico;
Um pequeno volume de HCl diluído, saturado com AgCl está contida no interior do tubo;
Um fio de prata forma um Eletrodo de Referência, conectado a um dos terminais do dispositivo de medida de potencial
Potenciometria
Eletrodo de Vidro:
Eletrodo de Referência interno de Ag/AgCl está localizado no interior da membrana, mergulhado numa solução de HCl 0,1 mol/L, saturada em AgCl;
A diferença de potencial ocorre através de uma membrana de vidro que separa a solução desconhecida de uma solução de referência, cuja [H+] é conhecida
Para a medida de diferença de potencial é necessária a utilização de um Eletrodo de Referência Externo
Potenciometria
Eletrodo de Vidro Combinado:
O eletrodo de vidro combinado possui, em um mesmo dispositivo, os eletrodos de referência interno e externo;
Ambos os Eletrodos de Referência são eletrodos de Ag/AgCl, e medem a diferença de potencial através da membrana de vidro;
O eletrodo interno de referência é parte do eletrodo, porém não é o elemento sensível ao pH
Potenciometria
Eletrodo de Vidro Combinado:
A membrana fina do bulbo de vidro na ponta do eletrodo que responde ao pH;
A concentração de íons H+ no interior da membrana é constante enquanto que na parte externa varia; 
Esta diferença de concentração produz diferença de potencial, que é medida como pH;
A membrana de Vidro é um retículo irregular de um tetraedro de SiO4 , onde os íons Na+ se movem lentamente. 
Potenciometria
Eletrodo de Vidro Combinado:
A membrana de vidro possui uma estrutura irregular e átomos negativos de oxigênio podem se ligar a íons positivos;
Íons Na+ podem se mover lentamente no retículo de silicato e os íons H+ da solução podem se mover para dentro da membrana, substituindo o íon metálico, através de uma reação de troca iônica
H+ (solução) + Na+vidro– (membrana) Na+ (solução) + H+vidro– (membrana)
Potenciometria
Para o Eletrodo de Vidro Combinado, a notação de barras é:
Potenciometria
O lado que tem maior concentração de H+ fica com uma carga positiva maior;
Para medir a diferença de potencial, deve haver fluxo de cargas;
Os íons Na+ conduzem a corrente elétrica, migrando através da membrana;
Como os eletrodos de referência interno e externo são de Ag/AgCl, a diferença de potencial depende da concentração de Cl– em cada um deles
A concentração de íons Cl– é fixa, e a de H+ constante no interior da membrana de vidro;
A única variável é o pH da solução que contém o analito, situada na parte externa da membrana de vidro.
Potenciometria
A diferença de potencial resultante existente entre as duas superfícies do vidro (parte interna e externa da membrana) é o potencial de interface (Ei), que está relacionado às atividades (e portanto às concentrações) de íons H+ em cada uma das soluções;
Esta diferença de potencial é descrita por uma equação similar à Equação de Nernst
Eext = potencial da interface do lado externo da membrana (em contato com a solução a ser medida)
Eint = potencial da interface do lado interno da membrana (em contato com a solução do eletrodo)
Potenciometria
]
Como a atividade do íon H+ na solução interna ao eletrodo é constante, então:
Potenciometria
Fazendo log (a H+) = log [H+], temos:
Mas:
Potenciometria
Exemplo 8:
Uma cela composta por um eletrodo de vidro e um eletrodo de calomelano saturado foi calibrado à 25°C com uma solução tampão padrão com pH 4,01, que resultou um potencial de 0,814 V. Qual potencial será obtido se uma solução de HAc 1,00 x 10-3 mol/L for colocada na cela? Ka (Hac) = 1,85x10-5
E1 = 0,814 V; pH1 = 4,01			E2 = ?; Hac = 0,001 mol/L
E1 = K – 0,0592 pH1 0,814 = K – 0,0592. 4,01
E2 = K – 0,0592 pH
Potenciometria
Exemplo 9:
Um eletrodo de vidro/ECS desenvolve o potencial de – 0,412 V quando mergulhado em um tampão de pH 6,00 e –0,2004 V quando mergulhado em uma solução desconhecida. Qual o pH da solução?
E1 = - 0, 412 V; pH1 = 6,0 		pH2 = ?; E2 = - 0,2004 V 
Potenciometria
Atividade – 19/02
Um eletrodo de vidro combinado foi calibrado à 25°C com uma solução tampão padrão com pH 4,0, que resultou um potencial de 0,750 V. Qual potencial será obtido se uma solução de ácido fórmico 0,01 mol/L for colocada na cela? Ka (HCOOH) = 1,8x10 – 4
Potenciometria
Titulações Potenciométricas:
A medida do sinal de um eletrodo indicador é usada para acompanhar a variação da concentração de uma espécie iônica envolvida na reação e, assim, detectar o ponto final;
Um eletrodo indicador e um eletrodo de referência são, convenientemente, associados para construir uma cela galvânica, cuja diferença de potencial é medida no curso da titulação
Na titulação potenciométrica é medido o potencial de um eletrodo indicador adequado, em função do volume de titulante;
Potenciometria
Titulações Potenciométricas:
A informação fornecida por uma titulação potenciométrica é a diferente dos dados obtidos em uma medida de Potenciometria direta;
Fornecem dados que são mais confiáveis que aqueles gerados por titulações envolvendo indicadores químicos;
São úteis com soluções coloridas e turvas, para aquelas em que não há um indicador adequado ou ainda para soluções diluídas ou em meio não aquoso;
Potenciometria
Titulações Potenciométricas:
Podem ser automatizadas (tituladores automáticos), mas quando realizadas de forma manual consomem mais tempo do que as utilizando indicadores;
Oferecem vantagens adicionais sobre a Potenciometria direta: não dependem do valor absoluto do potencial da célula utilizada na medida;
A medida se baseia no volume do titulante necessário para provocar uma alteração significativa na diferença de potencial entre os eletrodos indicador e referência; 
Potenciometria
Titulações Potenciométricas:
O instrumento potenciométrico sinaliza titulante que provoca uma variação rápida no potencial próximo do ponto estequiométrico ponto final e comporta – se de modo idêntico a um indicador químico;
O potencial do eletrodo de referência não precisa ser exatamente conhecido, nas titulações potenciométricas;
Instrumentação utilizada na Titulação Potenciométrica
Potenciometria
Titulações Potenciométricas – Detecção do Ponto Final:
	Pode – se construir um gráfico d
a) Pode – se construir um gráfico do potencial da célula em função do volume de titulante; faz – se então uma estimativa visual do ponto de inflexão da porção mais vertical da curva e este é determinado como ponto final
	 
Potenciometria
	b) Pode – se também determinar o ponto final através da variação do potencial por unidade de titulante (E/V); este método é o método da primeira derivada da curva de titulação. O gráfico (E/V) em função do volume médio produz uma curva com um máximo (ou mínimo), que corresponde ao volume no ponto final (ponto de inflexão da curva de titulação)
	
Titulação Potenciométrica – Detecção do Ponto Final:
Potenciometria
Titulações Potenciométricas – Detecção do Ponto Final:
	c) Pode – se também utilizar a segunda derivada para determinação do ponto final. O ponto no qual a segunda derivada (2E/V2) passa pelo zero é o ponto de inflexão, que é tomado como o ponto final da titulação
	
Potenciometria
Titulação Potenciométrica – Detecção do Ponto Final
Exemplo: Titulação de HCl por NaOH
	V (NaOH)/L	pH	Vmédio/L	(pH/V)	(V2 ) médio	(2pH/V2)
	85	4,25	 	 	 	 
	86	4,40				
	87	4,63				
	88	4,93				
	89	5,27				
	90	5,53				
	91	5,72				
	93	5,98				
Potenciometria
Titulação Potenciométrica – Detecção do Ponto Final
Em uma titulação potenciométrica, o potencial da célula se relaciona ao pH; então pode – se escrever:
 
Potenciometria
Titulação Potenciométrica – Detecção do Ponto Final
Exemplo: Titulação de HCl por NaOH
	V (NaOH)/L	pH	Vmédio/L	(pH/V)	(V2 ) médio	(2pH/V2)
	85	4,25	 	 	 	 
	86	4,40	85,5	0,15	 	 
	87	4,63	86,5	0,23	86,0	0,08
	88	4,93	87,5	0,3087,0	0,07
	89	5,27	88,5	0,34	88,0	0,04
	90	5,53	89,5	0,26	89,0	- 0,09
	91	5,72	90,5	0,19	90,0	- 0,07
	93	5,98	92,0	0,13	91,3	-0,04
Curva de Titulação de HCl por NaOH 
85	86	87	88	89	90	91	93	4.25	4.4000000000000004	4.63	4.93	5.27	5.53	5.72	5.98	Volume de NaOH
pH
Curva Primeira Derivada da Titulação de HCl por NaOH
85.6	86.5	87.5	88.5	89.5	90.5	92	0.15	0.23	0.3	0.34	0.26	0.19	0.13	V(médio) NaOH
(pH/V)
Curva Segunda Derivada da Titulação de HCl por NaOH
86	87	88	89	90	91.3	0.08	7.0000000000000007E-2	0.04	-0.09	-7.0000000000000007E-2	-0.04	V2(médio) NaOH
(2pH/V2)
Potenciometria
Exemplo: titulação de NaCl por AgNO3
	V (AgNO3)/mL	E/mV	Vmédio	(E/V)	(V2)	(2E/V2)
	23,0	0,138	 	 	 	 
	23,5	0,146				
	23,8	0,161				
	24,0	0,174				
	24,1	0,183				
	24,2	0,194				
	24,3	0,233				
	24,4	0,316				
	24,5	0,340				
	24,6	0,351				
	24,7	0,358				
	25,0	0,373				
	25,5	0,385				
Potenciometria
Exemplo: titulação de NaCl por AgNO3
	V (AgNO3)/mL	E/mV	Vmédio	(E/V)	(V2)	(2E/V2)
	23,0	0,138	 	 	 	 
	23,5	0,146	23,25	0,016	 	 
	23,8	0,161	23,65	0,050	23,45	0,085
	24,0	0,174	23,90	0,065	23,78	0,060
	24,1	0,183	24,05	0,090	23,98	0,167
	24,2	0,194	24,15	0,110	24,10	0,200
	24,3	0,233	24,25	0,390	24,20	2,800
	24,4	0,316	24,35	0,830	24,30	4,400
	24,5	0,340	24,45	0,240	24,40	– 5,900
	24,6	0,351	24,55	0,110	24,50	– 1,300 
	24,7	0,358	24,65	0,070	24,60	– 0,400
	25,0	0,373	24,85	0,050	24,75	– 0,100 
	25,5	0,385	25,25	0,024	25,05	– 0,065
Curva de Titulação de NaCl por AgNO3
23	23.5	23.8	24	24.1	24.2	24.3	24.4	24.5	24.6	24.7	25	25.5	0.13800000000000001	0.14599999999999999	0.161	0.17399999999999999	0.183	0.19400000000000001	0.23300000000000001	0.316	0.34	0.35099999999999998	0.35799999999999998	0.373	0.38500000000000001	V(AgNO3)
E/mV
Curva Primeira Derivada da Titulação de NaCl por AgNO3
23.25	23.65	23.9	24.05	24.15	24.25	24.35	24.45	24.55	24.65	24.85	25.25	1.6E-2	0.05	6.5000000000000002E-2	0.09	0.11	0.39	0.83	0.24	0.11	7.0000000000000007E-2	0.05	2.4E-2	Vmédio (AgNO3)
(E/V)
Curva Segunda Derivada da Titulação de NaCl por AgNO3
23.45	23.78	23.98	24.1	24.2	24.3	24.4	24.5	24.6	24.75	25.05	8.5000000000000006E-2	0.06	0.16700000000000001	0.2	2.8	4.4000000000000004	-5.9	-1.3	-0.4	-0.1	-6.5000000000000002E-2	V2 médio (AgNO3)
(2E/V2)
Potenciometria
Atividade – 26/02:
10,0 mL de solução de HCl foi titulada potenciometricamente com solução de NaOH 0,098 mol/L, conforme os dados apresentados abaixo:
	V(NaOH)/mL	pH	Vmédio (NaOH)	(E/V)	V2médio (NaOH)	(2pH/V2)
	1,0	1,71	 	 	 	 
	3,0	1,81	 	 	 	 
	5,0	1,93	 	 	 	 
	7,0	2,10	 	 	 	 
	9,0	2,40	 	 	 	 
	10,0	2,66	 	 	 	 
	10,5	2,82	 	 	 	 
	11,0	3,41	 	 	 	 
	11,2	4,39	 	 	 	 
	11,4	9,05	 	 	 	 
	11,6	9,97	 	 	 	 
	11,8	10,36	 	 	 	 
	12,0	10,59	 	 	 	 
	13,0	10,85	 	 	 	 
Complete a tabela, construa os gráficos da titulação e das derivadas primeira e segunda, e determine a concentração do ácido, em mol/L e g/L. 
Referências
BARBOZA, J.C.S, SERRA. A. A., Eletrodos e Potenciometria. Disponível em: http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840768/LOQ4001/Final%203a%20Aula%20(Parte%20II)%202S%202019%20(Potenciometria)%202S%202019%20-%20Aarao.pdf
Introdução à Eletroanalítica. Disponível em:
 https://www.ufjf.br/nupis/files/2012/03/Potenciometria3.pdf
Potenciometria – Análise Potenciométrica. Disponível em:
 https://analiticaqmc20132.paginas.ufsc.br/files/2013/11/potenciometria-rev.pdf
Referências
Eletrodos Indicadores. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/frankimica/Quimica%20Analitica%20Aplicada%20II/Potenciometria%20-%20parte%202.pdf
Introdução à Eletroanalítica. Disponível em: https://www.ufjf.br/nupis/files/2016/08/Potenciometria.pdf
Titulação Potenciométrica. Disponível em: https://www.ufjf.br/baccan/files/2010/10/Aula-4-Eletroanalitica_1o-Sem-2016-parte-2.pdf

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