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AEE E EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
MARIA ARCANJA DA CRUZ ARAUJO MOTA.
CAUSAS DA EVASÃO ESCOLAR NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CENTRO DE ENSINO COELHO NETO.
Coelho Neto - MA
2020.
CAUSAS DA EVASÃO ESCOLAR NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CENTRO DE ENSINO COELHO NETO.
1MOTA, Maria Arcanja da Cruz Araújo. 
(Faculdade Venda Nova do Imigrante –FAVENI. Curso: AEE e Educação Inclusiva – 24/06/2020). 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. 
RESUMO 
Este artigo apresenta uma análise das causas da evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos no Centro de Ensino Coelho Neto – MA. O tema deste artigo originou-se a partir das inquietações e angustias na experiência em docência da supracitada escola, por perceber que os objetivos não estão sendo alcançados a contento, por causa da evasão escolar. O problema da nossa pesquisa configura-se da seguinte forma: Quais os reais motivos que levam um grande número de educandos a desistirem da escola? Considera-se esta pesquisa de grande relevância para os envolvidos no processo ensino aprendizagem, na medida em que descreve as causas da evasão escolar, possibilitando um melhor entendimento sobre o assunto em questão, e também por fornecer sugestões coletadas no decorrer da mesma, para que possa reduzir a evasão nesta instituição de ensino e certamente contribuir para melhoria na qualidade da aprendizagem dos educando que é o nosso foco principal. O objetivo geral deste trabalho é analisar as causas que contribuem para a evasão escolar na referida instituição. Para atingir o objetivo geral, criou-se os seguintes objetivos específicos: Identificar qual o período do ano em que ocorrer o maior número de evasão na escola; Discutir sobre as principais causas que contribuem para evasão escolar; Diagnosticar quais as turmas com maior número de evadidos; Coletar sugestões que possibilite reduzir a evasão nessa instituição de ensino e melhoria na qualidade da aprendizagem. A metodologia utilizada foi uma pesquisa teórica e de campo, utilizou-se pressupostos da abordagem qualitativa e quantitativa, amparando-se no método dialético. Portanto, a pesquisa bibliográfica, documental e de campo compõem o conjunto de procedimentos investigativos. Para fundamentar este trabalho, buscou-se o estudo de alguns teóricos, entre eles: Azevedo (2011), Campos (2003), Gadotti (1994) e Oliveira (2012). Por meio de levantamento bibliográfico, este trabalho mostra que os alunos da EJA tem apresentado situações de abandono escolar. Constata-se, que é necessário que os educadores estejam aptos para aplicar práticas pedagógicas motivadoras e significativas. Para associar a teoria e prática do tema em questão, fez-se também uma pesquisa de campo com professores e alunos da I e II Etapa da EJA na supracitada escola. Em seguida, foram analisados os resultados representados através de gráficos e das respostas adquiridas por meio de questionários, notamos que os mesmos foram satisfatórios porque conseguimos constatar as causas da evasão escolar. 
Palavras-chave: Análises. Causas. Evasão Escolar. EJA. 4
1 INTRODUÇÃO 
A modalidade de educação de jovens e adultos - EJA tem como finalidade oferecer aos jovens, adultos, idosos, pessoas que se encontram fora da faixa etária da escolaridade regular a conclusão e continuidade de estudos. A mesma também almeja proporcionar a todos esses supracitados, oportunidades de escolarização para que concluam a educação básica em nível médio com competências e habilidades e possam prosseguirem em estudos posteriores e ainda consigam inserirem-se no mundo do trabalho e também estarem aptos para agirem como verdadeiros cidadãos conscientes de seus direitos e deveres perante a sociedade. 
A educação de jovens e adultos e idosos- EJA no decorrer do processo história da mesma tem apresentado situações de abandono escolar. As classes da EJA são salas recebem pessoas com nível cultural e educacional individualizado, e essas características diferenciadas torna o espaço da sala de aula um lugar rico e distinto pela diversidade. E neste sentido é imprescindível que os educadores estejam aptos para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que sejam significativas fazendo com que esta clientela sinta-se motivada para continuarem a frequentar a escola e estudando com prazer e possam aprender cada vez mais e melhor. Desempenhar práticas motivadoras é essencial porque os alunos de EJA, têm, muitas vezes, uma baixa autoestima; assim precisam ser motivados, e neste sentido, os educadores precisará buscar diversas maneiras de possibilitar e despertar o interesse e o entusiasmo mostrando a esses alunos que é possível aprender. 
O tema deste artigo originou-se a partir das inquietações e angustias surgida na experiência em docência da supracitada escola, por perceber que os objetivos não estão sendo alcançados a contento, por causa da evasão escolar. 
Considera-se esta pesquisa de grande relevância para os envolvidos no processo ensino aprendizagem, na medida em que descreve as causas da evasão escolar, possibilitando um melhor entendimento sobre o assunto em questão, e também por fornecer sugestões coletadas no decorrer da mesma, para que possa reduzir a evasão nesta instituição de ensino e certamente contribuir para melhoria na qualidade da aprendizagem dos educando que é o nosso foco principal. 
O problema da nossa pesquisa configura-se da seguinte forma: Quais os reais motivos que levam um grande número de educandos a desistirem da escola? 
As hipóteses desta pesquisa são: Os alunos que desistem da escola, é por falta de aulas desenvolvidas com recursos didáticos pedagógicos adequados com metodologias apropriadas para a modalidade de educação de jovens e adultos? Este artigo apresenta, no primeiro momento, um estudo sobre: As causas da evasão escolar na modalidade de educação de jovens, adultos e idosos – EJA no Centro de Ensino Coelho Neto - Coelho Neto – MA. Com o objetivo de diagnóstica os fatores que contribuem para a evasão escolar na referida modalidade de ensino e escola. E em seguida, analisa os dados da pesquisa de campo desenvolvida com o objetivo geral de: Analisar as causas que contribuem para a evasão escolar na modalidade de educação de jovens, adultos e idosos – EJA no Centro de Ensino Coelho Neto - Coelho Neto – MA. 
E para atingir o objetivo geral, elaborou-se os seguintes objetivos específicos: Entender qual período do ano em que ocorrer o maior número de evasão escolar; Identificar as principais causas que contribuem para evasão nessa escolar; Diagnosticar quais as turmas com maior número de evadidos; Coletar sugestões que possibilite reduzir a evasão nesta instituição de ensino e melhoria na qualidade da aprendizagem. 
Considera-se esta pesquisa relevante para os envolvidos no processo ensino aprendizagem, na medida em que descreve as causas da evasão escolar, possibilitando um melhor entendimento a respeito do assunto, e também por fornecer sugestões coletadas no decorrer da mesma, para que possa reduzir a evasão nesta instituição de ensino e certamente contribuir para melhoria na qualidade da aprendizagem dos educando que é o nosso foco principal. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 As causas da evasão escolar na modalidade de educação de jovens e adultos 
A evasão escolar é um problema que afeta principalmente os alunos da EJAI, no decorrer do processo de escolarização, fazendo com que a grande maioria destes continuemcomo pouco ou quase nada de conhecimentos, segundo Libâneo, (apud GADOTTI, 1994) A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem função de preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Para tanto, é necessário que os educandos aprendam a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, por meio do desenvolvimento da cultura individual. É perceptível que no aspecto cultural é oculta a realidade das diferenças de classes, porque, apesar da difusão da ideia de igualdade de oportunidades, não são consideradas as desigualdades de condições e nem existe a implementação de um projeto político que seja capaz de trabalhar no sentido de amenizar as desigualdades existentes. 
Conforme Azevedo (2011), o problema da evasão e da repetência escolar no Brasil apresenta-se como um dos maiores desafios vivenciado pelas escolas públicas, pois as causas e consequências estão ligadas a diversos fatores como social, cultural, político e econômico, e também existem muitos educadores que têm contribuído no seu dia a dia de sala de aula para o agravamento, pode ser que isto esteja ligada ao desenvolvimento de uma pratica pedagógica ultrapassada ou ainda por conta de que não são dadas as condições necessárias para que os educadores desenvolva a sua função de modo significativo, sabemos da necessidade da existência recursos didáticos pedagógicos e de formação continuada para o que possam desempenharem as suas atividades pedagógicas a contento. 
De acordo com Oliveira (2012, apud CAMPOS,2003), as causas para a evasão escolar podem estar relacionadas por motivos diversos, um dos principais motivos é quando o aluno precisa deixa de frequentar a escola para trabalhar, ou no caso das alunas que tem filhos pequenos e não tem com quem deixar para estudar e ou quando as condições de acesso e segurança são precárias; os horários são incompatíveis com as responsabilidades que se viram obrigados a assumir; evadem por motivo da falta de material didático; e ainda abandonam a escola por considerarem que a formação que recebem não se dá de forma significativa para eles, não conseguem compreender que é necessário estudar para ter um melhor emprego ou querem porque necessitam resultados dos estudos imediato. 
Campos (2003), explica que a evasão escolar na EJA pode ocorrer por tempo determinado ou não. Por diferentes motivos de ordem social e, especialmente, econômica corroboram para a evasão escolar na supracitada modalidade de ensino. 
2.1.1 A importância das metodologias no processo ensino aprendizagem da EJA 
Portanto, para que a Educação de Jovens e Adultos seja desempenhada com qualidade e de maneira significativa faz-se necessários que todos os envolvidos no processo busquem fazer adaptação dos conteúdos para essa clientela que é bastante diversificada e também que utilize metodologias que desperte o estimulo dos educandos para que sejam sujeitos de sua aprendizagem. E neste sentido, Freire (1996) adverte sobre a necessidade existente de os educadores instituírem as possibilidades concretas para que a produção do conhecimento aconteça de forma prazerosa e satisfatória. Neste sentido, lembramos que somos seres inacabados, que somos sujeitos e não objeto da nossa própria aprendizagem. É também necessário que os educadores levem em consideração as orientações a seguir: 
[...] própria realidade dos educandos, o educador conseguirá promover a motivação necessária à aprendizagem, despertando neles interesses e entusiasmos, abrindo-lhes um maior campo para os que estão aprendendo e, ao mesmo tempo, precisam ser estimulados para resgatar sua autoestima, pois a sua ignorância lhes trará ansiedade, angustia e complexo de inferioridade. Esses jovens e adultos são tão capazes como uma criança, exigindo somente mais técnica e metodologia eficientes para esse tipo de modalidade, (GADOTTI, 1996 p.83). 
A motivação dos educandos depende da postura do educador, pois ele precisa conhecer e ter habilidades que sejam capazes de incentivar os alunos e serem peoas que conseguem no decorrer do processo educativo participar de forma ativa, refletindo e colocando seus pontos de vista, isto é, despertar a autoconfiança dos seus para que o processo ocorra de modo eficiente. 
Paulo Freire foi um dos educadores que mais contribuiu no final da década de 50 e início da década de 60 e atualmente as suas contribuições continuam sendo significativas, foi ele que projetou e colocou em prática uma pedagogia voltada para atender as reais e necessidades e interesses das camadas populares, desempenhada com sua efetiva participação e partindo da sua de sua história, e da história de vida dos seus alunos, isto é, partindo realidade onde estão inseridos e discutindo assuntos de interesses dos mesmos. É neste ponto de vista, é fundamentada que a educação de jovens e adultos seja iniciada a partir de princípios da educação Popular. Ele sempre lutou em prol da alfabetização de Jovens e Adultos e tinha como finalidade uma educação democrática e libertadora, assim ele partia sempre da realidade e da vivencia dos educandos: 
O método Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no processo, quando o homem descobre que sua prática sobrepõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, de certa forma. Percebendo-se como sujeito da história, toma palavra daqueles que até então detêm seu monopólio. Alfabetizar é em última instância ensinar o uso da palavra. (FREIRE, apud ARANHA, 1996, p. 209). 
Neste sentido, para que educando ao ser alfabetizado seja também letrado sabendo além de ler e escreve fazer uso da palavra, assim, o educador da Educação de Jovens e Adultos, deve ter uma metodologia diferenciada das outras modalidades de ensino, e também uma relação afetiva entre professor/aluno. 
Outro educador que muito tem contribuído no sentido de orientar os educadores tem sido Libâneo (1992), para ele o a função do professor é de organiza o desenvolvimento do seu trabalho, porque esta é sua primeira obrigação com a sua clientela. Sua responsabilidade é ensinar os alunos para se tornarem cidadãos competentes e capazes de participar na família, no trabalho, nas associações de classe, na vida cultural e política e na sociedade como conhecedores de seus direitos e deveres, é preciso ensiná-los a serem participantes conscientes. 
Freire (1996), afirma que o docente deve estar atento ao desenvolvimento da sua prática educativa, é preciso que exista no desempenho das práticas pedagógicas e dos métodos e técnicas de ensino destaque no ambiente educativo para o diálogo, exposição de ideias, pontos de vistas, enfim, garantir que o aluno desenvolva o processo de democratização e cidadania de educação para EJA. Assim ele adverte que:
O fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam epistemologicamente curiosos. Neste sentido, o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma “cantiga de ninar”. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas, (FREIRE,1996, p. 96). 
Diante desta orientação do autor supracitado, fica entendido a necessidade existente de que para ser um bom professor, é preciso que ele saiba estimular a curiosidade do aluno e seus pensamentos, fornecendo meios para a formação de um ser pensante que reflete a respeito do mundo e das coisas que estão a sua volta, para ensinar é preciso partir do que o educando já sabe, para depois o educador introduzir novos conhecimentos. 
Podemos observar que são muitos os autores que defendem a mesma ideia ou semelhante em relação as metodologias de ensino, a exemplo de Aranha (1996), Freire (1996), Gadotti (1996), Libâneo (1992), Soares (2001) defendema ideia de que para ensinar é preciso utilizar metodologias que partam do diálogo, da conversar, da reflexão juntamente com os seus educandos, principalmente quando se pretende ensinar a jovens e adultos é de fundamental importância que ao iniciar o processo educativo o professor tenha habilidades de estabelecer uma relação dialógica com os seus educandos. 
Para eles é importante que o educador esteja atento para que o ensino não seja relegado apenas a aprendizagem de conteúdos, mas, que ao aprender o aluno saiba o que fazer e como fazer com o que aprendeu, que a aprendizagem sirva para que ele mude de postura, até quando fala quem aprende muda de postura ao falar, fala de forma diferente, sabe se inserir na sociedade e participar da mesma de modo competente. 
E corroborando com os autores já citados nesta revisão literária ainda encontramos Vasconcellos (2002), ressalta que o professor precisa saber problematizar e despertar o aluno para participar dos diálogos, para ele o professor tem papel fundamental de buscar conhecer a realidade dos educandos por meio de um diagnóstico e a partir de uma análise conseguir envolver os educando levando em considerações os seus conhecimentos prévios para que consigam uma aprendizagem expressiva e que eles possam aprender com prazer e com propriedade dialogando no decorrer do processo ensino aprendizagem. 
[...] o professor parte do que o aluno tem de quadro de significação e vai introduzindo, pela problematização, novos elementos para análise. O conhecimento anterior do aluno, como foi apontado, não pode ser desprezado, pois o novo vai ser construído a partir do existente, a não ser que entendamos que o conhecimento vai ser transmitido e depositado na cabeça do aluno de acordo com aquilo que falamos. É necessário conhecer a representação dos alunos para poder “lutar” contra elas; caso contrário, ficam conhecimentos justapostos, e o científico, dado pela escola, tende ao esquecimento, já que não foi assimilado (VASCONCELLOS, 2002, p. 89). 
3 METODOLOGIA
 A metodologia utilizada foi uma pesquisa teórica e de campo, utilizou-se pressupostos da abordagem qualitativa e quantitativa, amparando-se no método dialético. Portanto, a pesquisa bibliográfica, documental e de campo compõem o conjunto de procedimentos investigativos. Para fundamentar este trabalho, buscou-se o estudo de alguns teóricos, entre eles: Azevedo (2011), Campos (2003), Gadotti (1994) e Oliveira (2012). Por meio de levantamento bibliográfico, este trabalho mostra que os alunos da EJA têm apresentado situações de abandono escolar. Constata-se, que é necessário que os educadores estejam aptos para aplicar práticas pedagógicas motivadoras e significativas. Para associar a teoria e prática do tema em questão, fez-se também uma pesquisa de campo com professores e alunos da I e II Etapa da EJA na supracitada escola. Em seguida, foram analisados os resultados representados através de gráficos e das respostas adquiridas por meio de questionários, notamos que os mesmos foram satisfatórios porque conseguimos constatar as causas da evasão escolar. 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA PESQUISA
 Para manter a confidencialidade, os professores foram identificados como PE (professor entrevistado) e os alunos foram identificados como AE (aluno entrevistado). 
A seguir a concepção dos professores e dos alunos acerca das causas da evasão escolar na modalidade de educação de jovens e adultos, tendo como primeira pergunta: “Qual o período do ano em que ocorre o maior número de evasão nessa escola?”. Diante do questionamento, obteve-se os seguintes depoimentos: 
(AE e PE) - 60% Responderam no decorrer de todo o ano letivo. 
(AE e PE) - 40% Responderam a partir do mês de junho (período da moagem) quando muitos saem para trabalhar no corte de cana de acúcar. 
Pelos depoimentos dos professores e alunos percebe-se convergências e divergências. As concordâncias estão no fato de 60% tanto AE quanto PE relatarem que a evasão acontece no decorrer de todo ano letivo. As discordâncias estão na disposição de 60% tanto AE quanto PE discorrem que as desistências ocorrem a partir do mês de junho, período da moagem. Os profissionais da EJA precisam constantemente trabalhar a autoestima de seus alunos, pois muitos se encontram sem motivação continuarem seus estudos e para busca do conhecimento (SANTOS; GOMES, 2008).
A segunda pergunta foi “Quais as principais causas que contribuem para evasão nessa escolar?”, os professores e alunos responderam da seguinte forma: 
(EA) - 30% Porque precisam trabalhar. 
(EA) - 10% Acham as aulas sem motivação fora da sua realidade. 
(EA) - 60% Não gostam da forma como os professores ministram as aula, acham os diálogos fora do seu contexto. Não gostam dos matérias, acham a maior parte dos livros ruim fora da sua realidade 
(PE) – 70% Achamos que é falta de interesse. 
(PE) – 30% Porque precisam trabalhar. 
As respostas desse questionamento, nos reporta a observar que são muitos os autores que defendem a mesma ideia ou semelhante em relação as metodologias de ensino, a exemplo de Aranha (1996), Freire (1996), Gadotti (1996), Libâneo (1992), Soares (2001) defendem a ideia de que para ensinar é preciso utilizar metodologias que partam do diálogo, da conversar, da reflexão juntamente com os seus educandos, principalmente quando se pretende ensinar a jovens e adultos é de fundamental importância que ao iniciar o processo educativo o professor tenha habilidades de estabelecer uma relação dialógica com os seus educandos, dentro do contexto em que estes estão inseridos, isto é, partir sempre da sua realidade e bom seria também se os livros fossem realmente dentro da realidade dos educando, o mais aproximado possível da sua realidade para que possam sentirem-se motivados e encorajados a continuarem estudando. 
O terceiro questionamento deu-se da seguinte forma: “Quais as turmas com maior número de evadidos nessa instituição?”. Obtendo-se os seguintes resultados: 
(EA) - 100% Achamos que são as turmas de I etapa, porque se sentem desmotivados por diversos motivos. 
(PE) – 100% As turmas de I etapa. 
Observa-se neste questionamento que tanto AE, quanto PE concordam que são os alunos da I etapa que mais desistem de estudar. E quanto aos motivos reporta-se a Motta (2007), afirma que são diversas as razões pelas quais muitos os jovens e adultos evadem-se da escola, as principais são: cansaço por causa do trabalho, dificuldade financeira, gravidez e/ou filhos pequenos, ciúmes dos maridos que não permitem que suas esposas continuem estudando. 
A quarta questão aberto direcionado aos professores e alunos foi “Escreva algumas sugestões que possibilite reduzir a evasão nessa instituição de ensino e que possa melhorar a qualidade da aprendizagem dos alunos.” Obtendo esse questionamento as seguintes respostas. 
(EA) - 30% Gostaríamos de não precisar trabalhar, e que as aulas e materiais tivessem haver com nossa realidade. 
(EA) - 70% Gostaríamos que no decorrer das aulas os professores utilizassem conversassem mais sobre a nossa realidade e que os livros tivessem haver com as a nossa realidade. 
(PE) – 70% Gostaríamos de ter mais materiais adequados a realidade da EJA. 
(PE) – 30% Gostaríamos que os alunos fossem mais interessados. 
Observa-se que 100% dos AE sugerem que as metodologias deveriam ser mais adequadas a sua realidade, assim como os livros também deveriam ser mais apropriados, isto é, com conteúdo dentro do contexto dos mesmos, e a maioria dos PE também estão em acordo com os AE em relação aos materiais serem direcionados para a realidade dos alunos. E corroborando com os AE, Vasconcellos (2002), ressalta que o professor precisa saber problematizar e despertar o aluno para participar dos diálogos, para ele o professor tem papel fundamental de buscar conhecer a realidade dos educandos por meio de um diagnóstico e a partir de uma análise conseguir envolver os educando levando em considerações os seus conhecimentos prévios, iniciem o processo ensino aprendizagem a partir do que o aluno já sabe e considerem também o seuscontexto, para que consigam uma aprendizagem expressiva e que eles possam aprender com prazer e com propriedade dialogando no decorrer do processo ensino aprendizagem.
CONCLUSÃO 
Com base nas informações adquiridas por meio da pesquisa bibliográfica e de campo, e na análise das mesmas, constatamos que para o desenvolvimento do ensino significativo, de qualidade e maior permanência do aluno da EJA na escola, somente acontecerá a contento, quando as metodologias a serem utilizadas pelos professores forem inovadoras e construtivistas, e estas devem acontecer através da relação dialógica dentro da sala de aula entre os educadores e os seus alunos, e estes devem ser considerados como o centro do processo de ensino e aprendizagem, e deve haver uma troca de conhecimentos na qual os educandos se tornem sujeitos cada vez mais críticos, reflexivos e participantes do processo por meio do diálogo estabelecido pelos seus professores, para que consigam construírem os seus conhecimentos a partir das suas experiências de vida, de seus conhecimentos prévios, é também de fundamental importância a valorização e respeito no decorrer do processo. 
Desta forma, as metodologias e os materiais, utilizados pelos educadores certamente irá influenciar os Jovens e Adultos para que alcance uma educação expressiva e de qualidade que é o nosso foco principal. Além disso, é de indispensável que o desenvolvimento das aulas ocorra, com recursos didáticos pedagógicos adequados com metodologias apropriadas para a modalidade de educação de jovens e adultos, porque muitos dos entrevistados nos relataram que muitas vezes as aulas não são interessantes e os materiais não são adequados e nem suficientes, e como eles já chegam cansados na escola, sem muita motivação, e se depara com aula desempenhadas sem muita ou quase nenhuma atração, motivação eles acabam desistindo. No entanto, os alunos também precisam se conscientizarem que mesmo trabalhando no decorrer do dia eles precisam frequentar as aulas. Acredita-se que para tanto, o diálogo com os mesmos, e técnicas de motivação os ajudará a continuarem na escola. 
Compreende-se que existem alunos que não conseguem aprender o que se quer que eles aprendam. Por essa razão, existe um elevado número de evasão nas escolas. Assim, o problema da evasão escolar deve ser analisado por meio de muitos debates para que sejam identificadas diversas causas e possíveis soluções em diferentes vertentes.
REFEÊNCIAS 
ARANHA, M. L. de A.. História da educação e da pedagogia: geral e Brasil. 3 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2006. 
AZEVEDO, F. V. M. de. Causas e consequências da evasão escolar no ensino de jovens e adultos na escola municipal “Expedito Alves” - 2011. Disponível em: http://webserver.falnatal.com.br/revista_nova/a4_v2: acesso em 04/06/2018. 
CAMPOS, E, L, F.; Oliveira D. A. Infrequência dos alunos trabalhadores - em processo de alfabetização na Universidade Federal de Minas Gerais 2003. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico brasileiro. LÈVY, Pierre. A emergência do cyber space e as mutações culturais. 5ª. Ed. São Paulo: Ática, p. 173. 1994. 
________, Moacir (Org.). Educação de jovens e adultos: as experiências do MOVASP. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 1996. 
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 1992. 
MOTTA, S. F. Educação de jovens e adultos: evasão, regresso e perspectivas futuras. Ribeirão Preto, SP: CUML, 2007. 85 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro Universitário Moura Lacerda, 2007. 
OLIVEIRA, P. C. S. de. “Evasão” escolar de alunos trabalhadores na EJA. 2012, p.05. Disponível em: http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos.pdf: acesso em 04/06/2018. 
SANTOS, L. V.; GOMES, S. F. L. A dificuldade de aprendizagem na EJA no ensino médio. Ciência & Consciência. Revista de Iniciação Científica do CEULJI/ULBRA. vol. I, 2008. 
SOARES, M.. Letramento: um tema em três gêneros. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico – elementos metodológicos para a elaboração e realização. 10.ed. Cadernos Pedagógicos do Libetad. São Paulo, 2002.
 1(Graduada em Pedagogia – Pela Faculdade do Vale do Itapecuru- FAI - Polo - Caxias - MA) - arcanjacruz@gmail.com

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