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INDICADORES DE MORBIDADE

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[EPIDEMIOLOGIA - NICOLE MANCEN FREIRE]
	21 de agosto de 2018
AULA 1
INDICADORES DE SAÚDE - MORBIDADE
Temos principalmente dois tipos de indicadores de saúde: indicador de mortalidade, referente ao número de óbitos, sendo notificado por meio do atestado de óbito (SIM) e o indicador de morbidade, referente ao número de pessoas acometidas pela doença ou agravo em questão, sendo notificado por meio da ficha de notificação da doença ou agravo (SINAN).
Os indicadores de morbidade (número de casos) mostram como está a saúde da população, ou seja, demonstram a frequência (periodicidade), distribuição e nível de saúde da população. Quando expressamos os indicadores de morbidade, eles podem aparecer de maneira absoluta ou relativa. A representação de maneira absoluta é quando é usado um número fixo (ex: 100 casos de malária). A representação de maneira relativa é quando é usado um número baseado na população em questão (ex: 100 casos de malária para cada 1.000 habitantes). A maneira mais eficaz é expressar o indicador de morbidade de maneira relativa, variando de acordo com o tamanho da população
Freqüência relativa = n° de Casos 
 Amostra pop. 
Podemos classificar o indicador de morbidade em três tipos/medidas de freqüência: Incidência, prevalência e latalidade.
Incidência: referente ao número de casos novos da doença ou agravo; 
 OBS: Quando se trata de uma doença/agravo erradicada, dizemos que a incidência é nula ou zero, porque não houve casos novos.
Prevalência: referente ao número de casos antigos associados aos números de casos novos da doença/agravo (A+N).
Para conseguir compreender melhor a diferença entre incidência e prevalência, imagine uma banheira. A água que já tinha na banheira representa a prevalência, a água nova que chega representa a incidência, e o ralo representa morte, cura ou migração, ou seja, representa a saída de casos da pesquisa, casos de deixaram de ser prevalentes. Logo, podemos concluir que os fatores que afetam a prevalência são: morte, cura, migração e incidência.
OBS: Mas lembre-se que nem todos os casos que deixam a pesquisa são oriundos da prevalência. Em casos de evolução muito rápida os casos que saíram da pesquisa podem se originar da incidência, pois não dá tempo de notificar a prevalência.
- Incidência -
Referente ao número de casos novos. É a medida direta de avaliação do risco, ou seja, por meio dela podemos avaliar a maior ou menor probabilidade da população adoecer. Trata-se de uma medida dinâmica, pois se houver mudança nos costumes da população os riscos de novos casos diminuem. Atente-se para questões escritas “foram identificados / notificados X casos”, está se referindo à incidência. 
A incidência pode ser expressa como: 
1) Incidência acumulada, onde a diferença de tempo do adoecimento entre as pessoas (pessoa x tempo) não é levada em consideração.
IA = n° de Casos Novos X N 
 População 
2) Taxa de incidência, onde a diferença de tempo do adoecimento entre as pessoas (pessoa x tempo) é levada em consideração. Isso significa que será usada em estudos onde os casos da doença não ocorreram na mesma época, sendo a expressão mais indicada.
TI = n° Casos Novos X N População X tempo (ano)
(N é uma constante usada para dar a resposta em porcentagem e tirar as vírgulas da conta. Pode ser usado qualquer valor ou será dado na questão).
Lembre-se: em casos de taxa de incidência, para calcular o denominador da fórmula é preciso analisar a relação pessoa x tempo para cada participante do estudo, depois somar todos os participantes para lançar o valor encontrado na fórmula.
OBSERVE: geralmente onde há variação pessoa x tempo, há maior variação do valor, havendo maior chance de risco.
OBS: Sobrevida refere-se a quanto tempo de vida o paciente apresenta a partir do risco, podendo ser calculada como: Sobrevida = 1 - Incidência Acumulada
- Prevalência -
Referente ao número de casos já existentes. É importante lembrar que doenças com alta incidência e alta letalidade, podem apresentar baixa prevalência. Ao contrario, doenças com baixa incidência, mas com longa duração, apresentam alta prevalência. Na maioria das vezes, os fatores que aumentam a sobrevida do paciente contribuem para um aumento da prevalência. 
Prevalência = Casos Existentes (N+A) X N 
 População
OBS: Lembre-se que se a questão pedir a prevalência para cada ano, você deve avaliar o número de casos e a população referente somente àquele ano !
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	FISIOPATOLOGIA - NICOLE MANCEN FREIRE

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