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PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

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PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A via de administração de uma droga é o local e a forma de entrada de um dado medicamento em um organismo. A via utilizada depende primariamente das propriedades do fármaco (hidro ou lipossolubilidade, ionização, etc.) e do objetivo terapêutico (necessidade de início rápido de ação, tratamento crônico ou restrição de acesso a um local específico). Além disso, existem alguns fatores que devem ser levados em conta na decisão da via de administração escolhida:
Principais vias administração farmacologica 
Fonte: Farmacologia ilustrada, 6a Ed.
Fluxograma das vias de administração
ENTERAL (ORAL E SUBLINGUAL)
Oral: Constitui a modalidade mais conveniente, segura, comum e econômica de administração de drogas. As drogas administradas por essa via podem exercer efeito
local no trato gastrointestinal (TGI) ou serem absorvidas pela mucosa do TGI e exercerem efeitos sistêmicos. As principais vantagens dessa via de administração giram em torno do fato de os medicamentos serem facilmente administrados, bem como, a toxicidade e dosagem excessiva poderem ser neutralizados com antídotos
simples (como carvão ativado). A principal desvantagem é o baixo pH do estômago, que inativa algumas drogas.
As drogas administradas por essa via podem ser absorvidas na própria boca, no intestino delgado, no reto e, em menor extensão, no estômago e intestino grosso. Isso depende basicamente do tipo de droga que está sendo utilizada. 
- Preparações revestidas (entéricas): o revestimento entérico é um envoltório químico que protege o fármaco do ácido gástrico e se dissolve apenas no intestino, fazendo com que seu conteúdo seja liberado em um local que possui pH menos ácido. Esse tipo de preparação é útil para ser utilizada em fármacos que são instáveis em meio ácido ou naqueles que são muito irritantes ao estômago.
- Preparações de liberação prolongada: esses fármacos possuem revestimentos ou ingredientes especiais que controlam a liberação do fármaco, permitindo assim, uma absorção mais lenta e uma duração de ação mais longa. Essas preparações podem ser administradas com menor frequência, o que aumenta a adesão dos pacientes a certos tratamentos. Além disso, elas podem manter as concentrações do medicamento em faixas terapêuticas por um longo período, ao contrário das preparações normais que geram picos de concentração do medicamento no plasma. Esse tipo de preparação é vantajoso para medicamentos com meia-vida curta, que precisariam ser administrados muitas vezes ao dia.
- Preparações de ação repetida: a liberação da droga é feita em intervalos intermitentes após a administração.
- Preparações de liberação aumentada: ocorre o aumento da velocidade de liberação pela redução, por exemplo, do tamanho das partículas.
Existem alguns tipos de veículos que podem ser administrados por essa via:
	- Pílula: forma farmacêutica sólida, ovóide ou esférica na qual os ingredientes ativos se distribuem uniformemente por todo o veículo.
	- Cápsula: forma cilíndrica, usualmente de gelatina, que armazena a droga na forma sólida ou líquida.
	- Drágea: comprimido recoberto por substâncias que resistem à ação da secreção gástrica, sendo dissolvido apenas no intestino.
	- Solução e suspensão: formas líquidas de administração.
Sublingual: A colocação do fármaco sob a língua permite que ele se difunda na rede capilar e, assim, entre diretamente na circulação sistêmica, sem sofrer o efeito de primeira passagem no fígado. As principais vantagem dessa via são a facilidade de administração, absorção rápida, ultrapassagem do ambiente do TGI hostil e capacidade de evitar biotransformação hepática. Normalmente, as drogas usadas por essa via são as de baixa biodisponibilidade, que sofrem elevado metabolismo hepático ou que precisam agir de forma muito rápida.
PARENTERAL: Essa via introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica. É usada para fármacos que são pouco absorvidos no TGI ou que são muito instáveis nesse meio, para tratamento de pacientes impossibilitados de tomar medicação oral e quando é necessário um início rápido da ação de certa droga. As drogas administradas por essa via não estão sujeitas à biotransformação de primeira passagem e podem assegurar o melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo. Em geral, os efeitos adversos mais comuns após injeção intravenosa são: dor no local da injeção; extravasamento; infiltração e flebite. Já no caso de injeção intramuscular realizada com técnica inadequada, as reações mais recorrentes são sangramento ou lesão de nervo periférico.
As principais vias de administração parenteral são:
- Intravenosa (IV): É a via parenteral mais comum. Permite um efeito rápido e um grau de controle máximo sobre a quantidade de fármaco administrada. Quando injetada em bólus, toda a dose de fármaco é administrada na circulação sistêmica quase imediatamente. Porém, se a droga for administrada como infusão IV o fármaco é infundido em um período maior, resultando em pico de concentração plasmática mais baixo e aumento da duração do nível do fármaco circulante. Esse tipo de administração é vantajoso para fármacos que podem causar irritação quando administrados por outras vias, porque o fármaco se dilui no sangue rapidamente. Vale ressaltar que, o antídoto para a intoxicação por essa via é de mais difícil atuação e a administração do fármaco pode causar infecção por contaminação no local da injeção. Além disso, essa via está associada a efeitos adversos como hemólise e trombose.
- Intramuscular (IM): os fármacos administrados por essa via podem estar em solução aquosa, que são absorvidas rapidamente, ou em preparações especializadas de depósito, que são absorvidas lentamente. Essas preparações especializadas, geralmente, são uma suspensão do fármaco que se precipita no local da injeção. O fármaco, então, se dissolve lentamente, fornecendo uma concentração sustentada durante um período prolongado.
- Subcutânea (SC): oferece absorção por difusão simples e é mais lenta do que a IV. A injeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV e pode proporcionar efeitos lentos, constantes e prolongados.
TÓPICA: É mais utilizada quando se deseja um efeito local do fármaco. As drogas utilizadas por essa via devem penetrar a camada apropriada da pele para produzir efeitos terapêuticos desejados. A barreira principal à absorção de drogas através da pele é o extrato córneo, que é uma camada externa densa e queratinizada, portanto, os fármacos utilizados por essa via devem ser capazes de ultrapassá-la para chegar às regiões mais vascularizadas onde vão exercer seus efeitos. As principais vantagens dessa via de administração são: evitam os inconvenientes dos riscos intravenosos; as drogas que possuem índice terapêutico estreito ou meias-vidas curtas podem ser administradas com mais segurança; os efeitos colaterais são reduzidos e o efeito da droga pode ser facilmente reduzido simplesmente com a remoção mecânica do medicamento utilizado.
TRANSDÉRMICA: É usada exclusivamente para a produção de efeitos sistêmicos. A velocidade de absorção pode variar de modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. É usada com mais frequência para a oferta prolongada de fármacos. Os sistemas de
Administração transdérmicos - são de quatro tipos:
1- Sistema modulado por membrana: consiste em quatro camadas, sendo a droga dispersa ou suspensa em um compartimento sólido ou líquido. Uma membrana polimérica que controla a taxa de permeabilidade definida à droga é recoberta por um polímero para manter o contato com a pele.
2- Sistema controlado pela difusão e adesão: formado por um dispositivo simplificado de três camadas, no qual a droga é absorvida e dissolvida em uma base polimérica, insolúvel em água, que funciona como reservatório e elemento de controle da liberação da droga.
3- Sistema de matriz de difusão: contém a droga homogeneamente dispersa em uma matriz de superfície e espessura controladas.
4- Sistemade microrreservatório: utiliza uma combinação de abordagens de reservatório e de dispersão em matriz.
INTRAOCULAR: As drogas são aplicadas no olho, em geral diretamente, sob a forma de gotas (colírios) ou pomadas. Usam-se injeções oculares quando a droga é ineficaz para atingir o sítio intraocular desejado após administração local; ou quando não é possível obter-se concentração terapêutica de droga na parte posterior do olho após aplicação direta. Pode-se empregar um sistema de liberação controlada no olho com um dispositivo flexível que é colocado sob a pálpebra inferior e fornece a droga intermitentemente.
INTRARRESPIRATÓRIA: Essa via envolve a administração de fármacos diretamente dentro do nariz. Incluem-se os descongestionantes nasais, corticosteroides e anti-inflamatórios. As drogas utilizadas por essa via têm o objetivo principal de efeitos locais. Entretanto, algumas drogas têm sido utilizadas para provocar efeitos sistêmicos, como a desmopressina para o tratamento do diabetes insípido. A cavidade nasal é muito vascularizada, o que ajuda na absorção dos fármacos. Geralmente, a aplicação é feita através de gotas ou spray.
RETAL: Com o uso dessa via, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é muito reduzida, já que 50% da drenagem dessa região não passa pelo fígado. É útil para fármacos que provocam êmese quando administrados por via oral ou se o paciente já se encontra vomitando ou inconsciente. Com frequência, a absorção retal é incompleta, e vários fármacos acabam irritando essa via. É usada para administração de drogas de ação local ou sistêmica e pode ser uma via alternativa para crianças, pessoas com distúrbios mentais e comatosos. As drogas destinadas à administração retal são formuladas principalmente na forma de supositórios sólidos, que, após a inserção, dissolvem-se ou se fundem nas secreções retais, liberando a droga para ação local ou absorção. Existe ainda a possibilidade de administração de enemas – soluções ou suspensões que são mais utilizados para estimular a evacuação do intestino ou aplicar agentes de contraste radiológico.
INTRAVAGINAL: O epitélio da vagina é permeável a muitos derivados orgânicos e inorgânicos. De modo geral, as drogas administradas por essa via visam efeito local. Essa via não é adequada para administração de drogas que objetivam efeito sistêmico devido à influência do ciclo menstrual sobre o tecido vaginal e a composição e volume das secreções vaginais. As formas farmacêuticas mais utilizadas por via vaginal são óvulos semissólidos, comprimidos vaginais, pomadas, géis, cremes líquidos e comprimidos espumantes. Usualmente, é necessário o uso de aplicadores vaginais para a inserção das drogas. Após a inserção, as preparações amolecem, fundem-se ou dissolvem-se, o que as espalham sobre a superfície vaginal permitindo sua ação. Pode ocorrer absorção sistêmica de drogas após esse tipo de administração.

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