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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
 
 
 
 
JAQUELINE da Rocha schinofre, 160102735
MAILA martins danielce ,160109742
 
 
 
 
 
Torres, 2019 
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado IV, do curso de Licenciatura em Letras da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL. Orientador: Prof. Monica Cristiane David e Vinicius José Henrique da costa Leonardi.
 
JAQUELINE da Rocha schinofre, 160102735
MAILA martins danielce ,160109742
 
Torres, 2019
SUMÁRIO 
 
1	INTRODUÇÃO	15
2	DESENVOLVIMENTO	16
2.1	CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES	17
2.2	INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA	18
2.3	OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA	19
2.4	DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA	23
2.6 DESCRIÇÃO DA APLICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO	29
3	CONSIDERAÇÕES FINAIS	33
REFERÊNCIAS	35
ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo	36
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho refere-se ao relatório de Estágio Supervisionado IV realizado na instituição foi Escola Estadual de ensino Fundamental Justino Alberto Tietboehl e visa relatar as experiências de estágio vivenciadas na turma de Educação para Jovens e Adultos -EJA- TOT III., bem como a vivência em gestão escolar na mesma escola. 
Na unidade de ensino foi possível atingir o objetivo geral do trabalho, aliar a prática aos conhecimentos adquiridos em sala de aula, fortalecendo conhecimentos e a compreensão de diferentes teorias que regem o exercício profissional pois essa escola, exerce funções múltiplas de formação de valores e conduta de futuros cidadãos.
A escola trabalha na busca de atingir objetivos planejados, visando sempre uma educação de melhor qualidade. A gestão escolar objetiva integrar todos para alcançar essas metas. Conhece a escola, sua dinâmica, enfim suas peculiaridades e trabalha na intenção de aplicar os recursos disponíveis na busca de alcançar a escola com educação desejada.
Para responder às exigências de qualidade e produtividade da escola pública, a gestão da educação deverá realizar-se plenamente em seu caráter mediador. Ao mesmo tempo, consentânea com as características dialógicas da relação pedagógica, deverá assumir a forma democrática para atender tanto ao direito da população ao controle democrático do estado quanto à necessidade que a própria escola tem da participação dos usuários para bem desempenhar suas funções. (SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, p.308, 1998)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz:
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (BRASIL, 1996)
A educação de Jovens e Adultos antes da lei 9394/96, artigo 37º, era oferecida em instituições particulares, em especial o ensino médio. Hoje é grande o número de jovens que não conseguindo concluir seus estudos em idade regular que busca nessa modalidade de ensino essa oportunidade. Alguns aspectos são considerados como a idade de 15 anos para a conclusão do ensino fundamental e de 18 anos para o ensino médio. Também é respeitado e aproveitado o conhecimento adquirido pelo aluno de forma informal, o mesmo é aferido por provas regulamentadas.
Este estágio foi baseado na importância de trabalhar a produção textual em sala de aula. Em tempos onde a linguagem escrita ganhou outra forma de comunicação com “emotions”, frases curtas, abreviaturas e símbolos, deveras importante foi a noção passada aos alunos de que a produção textual, tem atrativos tão significantes quanto a rapidez da informação trocada hoje em redes sociais. Satisfazendo assim a necessidade de comunicação e buscando tornar a pratica educativa mais atrativa, visto que haver um grande desinteresse e desistência dos jovens nessa escola. Esse fato foi apresentado pelo grupo docente e trabalhado no plano de ação de gestão educacional.
Este trabalho foi escrito seguindo uma ordem, primeiramente é possível ler o sumário para melhor localização e uma breve introdução do conteúdo apresentado. No desenvolvimento será encontrado a caracterização da instituição, um breve relato de como a instituição de ensino trabalha com a inclusão. Dando continuidade passará a ser relatado como ocorreu a observação participante das aulas seguido da descrição da docência, todos os tópicos embasados por um referencial teórico, será apresentado a seguir as atividades desenvolvidas no estágio e a descrição da aplicação do plano de ação. As considerações finais darão fechamento a este relatório. As referências bibliográficas e documentos em anexo comprovam as fontes de pesquisa e a realização do estágio.
DESENVOLVIMENTO 
 
 Neste Item do relatório serão apresentados os relatos de todas as etapas cumpridas no Estágio Supervisionado, bem como a descrição das observações e das ações realizadas embasadas no referencial teórico pertinente a s situações informadas. 
CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
O Estágio Supervisionado IV foi realizado na Escola Estadual de ensino Fundamental Justino Alberto Tietboehl, em uma turma de Educação para Jovens e Adultos -EJA- TOT III., bem como a vivência em gestão escolar no mesmo local. A turma formada de 15 alunos, teve como professora regente Maura Maia, a mesma ministra a disciplina de português. A escola está localizada na Travessa Armando Torres, n°12 no bairro centro na cidade de Torres no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Contempla a escola conta com 62 professores, 13 funcionários e aproximadamente 1.200 alunos distribuídos do 1º ano a 9ª série do ensino fundamental, classes especiais para surdos e EJA_ Educação de Jovens e Adultos.
Suas acomodações são significativamente amplas com diversas salas. Tem funcionamento em três turnos. Também conta com um refeitório, cozinha, biblioteca, um laboratório de química e um laboratório de informática, um auditório e ainda, sala dos professores e secretaria
Atualmente a equipe diretiva da escola tem como diretora a Professora Shirlene da Luz Pilone que conta com a colaboração da vice-diretora Catieli Vargas. A escola conta com alguns projetos, conforme o Projeto Político Pedagógico informa. Através dos projetos a escola mantém contato direto com a comunidade de pais de seus alunos. 
Um dos projetos existentes chama-se roda literária, realizada do 1º ao 9º ano.  A atividade consiste na retirada de um livro da Biblioteca da Escola e na sua leitura em casa. Após realizar essa análise da obra, o aluno confecciona, com a ajuda de sua família, uma forma criativa de apresentar aos colegas e à professora.
Um grande projeto formativo e cidadão é o Brechó Solidário – que objetiva a formação crítica para uma ação sustentável em relação ao ambiente e ação humanitária, onde doações de objetos e roupas são feitas pela comunidade escolar e em um dia específico é feita a venda por preços acessíveis, visando reaproveitar aquilo que para alguns não tem mais utilidade. 
Os lucros são revertidos em benefícios dos alunos mais carentes. Toda escola tem se envolvido nas ações propostas, desde as mais simples às mais complexas evidenciando uma prática pedagógica interdisciplinar e diretamente relacionada ao meio em que vivemos.
Com relação a participação dos pais na vida escolar, pode-se dizer que durante os conselhos de classe 80% dos pais comparecem e tem participação ativa. Porém sempre que necessário, os pais são chamados na escola, mas menos da metade comparece. 
INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA 
 
Ao falar sobre inclusão escolar, podemos abrir um grande leque sobre o assunto. segundo a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Porém, quando falamos em inclusão social logo pensamos em pessoas diferentes, como cor da pele, raça, problemas físicos, mentaisentre outros. A sociedade nos impõe um padrão de normalidade onde todos os cidadãos precisam ser iguais, no entanto ser diferente também é normal. 
A inclusão social é de suma importância na vida de cada pessoa no trabalho, na escola, na família, no grupo de amigos etc. É dever da escola e dos nossos governantes garantir a inclusão do indivíduo independente de suas condições sociais ou biológicas para que todos tenham as mesmas chances não só no mercado de trabalho, mas como um todo na sociedade.
Segundo Gadotti, 1999, p, 44 “O homem, na sua essência, é um ser inacabado, num processo continuo de vir a ser, mediador pelo acesso às interações sociais.”
Nossa cultura ainda é preconceituosa em relação à inclusão social, infelizmente mudar essa situação exige muita luta e dedicação de todos os cidadãos. Temos que mudar a maneira de ver o mundo e as pessoas que nele existem, pois Ferreira, 2005, p, 99 diz o seguinte “o desenvolvimento de qualquer sujeito está articulado com sua constituição orgânica, mas é fundado, constituído na vida coletiva”.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a escola possui acessibilidade para alunos com algumas deficiências. Uma das mais encontradas é a TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Existem 08 (oito) casos de alunos com laudo de algum tipo de deficiência na escola e 48 (quarenta e oito) em inclusão. 
Ao notar que o aluno possui algum tipo de dificuldade, o professor leva a coordenação da escola e busca conversar com os pais. O estado não oferece segundo professor e bem pouco apoio aos professores regulares. A escola busca auxiliar e incluir a todos, porém frente as dificuldades apresentadas e total falta de recursos conta apenas com o auxilio dos pais, quando possível estes pagam um auxiliar para acompanhar seus filhos.
O PPP da escola trás as diretrizes para inclusão bem especificadas, no entanto a deficiência de pessoal, as condições materiais, não permitem colocar em prática aquilo que foi planejado e documentado. 
 
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA 
 
 
 Durante os dias seis (06) de abril e quinze (15) de abril de 2019, as professoras-estagiárias, tiveram a oportunidade de observar e auxiliar as aulas da disciplina de Língua Portuguesa da turma de Educação para Jovens e Adultos -EJA- TOT III.
As aulas observadas nessa turma ocorreram no turno noturno, entre os horários de 19h e 21h, por oito (08) dias consecutivos, no dia vinte e seis, (26) de março foi feita a apresentação às turmas. Durante esse período, buscou-se compreender a dinâmica das aulas. Se observou uma turma de adultos de idades variadas, desde adolescentes até pessoas com mais de 50 anos reunidos em uma sela ventilada e com iluminação desejável, com disposição tradicional das carteiras e uma turma relativamente pequena, (15) quinze alunos quando se conta com a presença de todos.
É considerado prática comum os alunos alinharem as carteiras duas a duas ou ainda trocar a disposição das mesmas com o intuito de se aproximarem uns aos outros. Prática está aprovada e incentivada pelos professores, facilitando assim a explicação, a interação entre os discentes, a recuperação de dúvidas, etc. Visto que a correção dos exercícios é feita sempre de forma oral, com a participação de todos na leitura dos mesmos. Nesses momentos se percebe que a maioria das dúvidas surgem e sempre são todas resolvidas.
 Dessa forma as aulas seguem sempre uma determinada rotina, o professor ao chegar busca a atenção dos alunos em geral dispersa, perguntas sobre a aula anterior, sobre as dificuldades na resolução de exercícios costumam fazer parte da conversa informal de abertura. 
 Quanto ao planejamento das aulas foi possível observar que é feito a partir das exigências da secretaria de educação estadual e apresentadas pela docente, conforme o Plano Global recebido. De acordo com as necessidades, respeitando o ritmo e interesses dos alunos, a professora busca trazer textos que estejam de acordo com a realidade da turma. Facilitando o processo ensino/aprendizagem. 
 As notas são atribuídas através de provas escritas, por atividades desenvolvidas, e participação em sala de aula. Com avaliações escritas mensais de fechamento trimestral foi possível observar que a nota é vista, ainda, como uma forma tradicional de incentivo. 
Observação no dia 26/03.
 Em primeiro momento, a professora apresentou as estagiárias aos discentes e deu início a aula. Nesse dia percebeu-se uma turma agitada e bastante curiosa. A professora iniciou a aula falando sobre os diferentes tipos de linguagens. 
Os alunos leram um texto e logo após realizaram exercícios do livro didático. As professoras estagiárias auxiliaram os alunos buscando esclarecer dúvidas, pois devido à falta de professores na escola, a professora regente precisava dar aula em mais de uma turma ao mesmo tempo.
Observação no dia 06/04
Na segunda aula assistida, todos já estavam mais calmos, a professora levou um vídeo do you tube, om um poema sendo recitado por um ator conhecido logo após, comentou com os alunos e fez algumas anotações, a partir dessas foi proposta a produção de um poema com entrega para posterior correção a ser feita pela professora. 
Os alunos mostraram resistência na construção dos poemas, foi preciso pedir de diferentes formas, para conseguir sucesso. Percebeu-se que a professora busca motivar os jovens, mas o desinteresse é notório. Alguns conversam paralelamente, outros perguntam qual motivo do exercício, outros deixam claro que querem apenas a nota.
Observação 07/04
A professora iniciou a aula, realizando a leitura dos poemas elaborados na aula anterior. Grande resistência novamente foi apresentada, porém com o auxílio das estagiárias a tarefa foi executada. Exercícios de interpretação do poema que foi ouvido, agora entregue escrito foram realizados juntamente com a professora, e logo após iniciaram novo conteúdo. Os alunos estavam calmos, porém muitos faltaram a aula. Ao interpretar o poema alguns falaram sobre si. 
A professora relatou que na prática de educação de jovens e adultos muitas vezes é preciso parar a aula e fazer uma roda de conversa. Percebeu-se que essa prática leva os alunos a por um momento apresentarem interesse na educação.
Observação 08/04
Neste dia os alunos realizaram uma confraternização de leitura, onde a professora realizou uma dinâmica: os alunos sentados em círculo, divididos em duas equipes, deveriam responder perguntas referentes a leituras que estavam fazendo ou que teriam feito anteriormente. 
A equipe que respondesse ao maior número de questões de forma assertiva, aquela que mais leu, receberia como prêmio bombons, a outra equipe receberia pirulitos. Após essa atividade foi proposto a produção de um texto com o título: Se eu escrevesse um livro.... Os alunos deveriam descrever sobre um tema que gostariam que o mundo conhecesse. Muitos risos e piadas foram ouvidos. Porém a prática foi motivadora.
Observação no dia 09/04
A leitura das redações foi feita pela turma, uma redação foi escolhida pela turma para ser fixada no mural da Roda Literária, foram distribuídas fichas de leitura e explicado a sua utilização. Os alunos apresentarão posteriormente, quinzenalmente uma ficha de leitura de um livro da biblioteca que quiserem ler. 
As fichas de leitura farão parte da nota, pareceu ser está a maior motivação oferecida. Os alunos continuam com grande desinteresse e falam em desistir continuamente. Exercícios gramaticais e de interpretação foram propostos.
Observação no dia 10/04
Nesse dia foi feita a correção dos exercícios da aula passada. Nenhum aluno havia feito os exercícios em casa. Então foram resolvidos junto com a professora em aula. Logo após foi preenchida a ficha com o nome dos livros escolhidos para leitura.
Observação no dia 13/04
A primeira parte da ficha de leitura foi preenchida, muitas perguntas e comentários sobre os livros lidos. Uma minoria de alunos não iniciou suas leituras. A desmotivação, o desinteresse e a resistência são uma constante na atividadediária.
Observação no dia 14/04
A professora iniciou a aula entregando um texto impresso para os alunos e atividades de interpretação e gramaticais referentes ao mesmo.
As estagiárias auxiliaram na execução da tarefa. Aquilo que não foi possível fazer em aula ficou para casa. A atividade transcorreu sem maiores alterações. Em ritmo adequado e com relativa atenção.
Observação no dia 15/04
A professora pediu para que a leitura oral do texto da aula passada fosse feita, logo após foi executada a correção dos exercícios gramaticais e de interpretação. Não houveram maiores dúvidas, pois s mesmos haviam sido executados com auxílio na aula anterior.
Os alunos apresentaram a preocupação com a continuidade da disciplina, já que existe uma falta de professor na escola e a professora regente está entrando em licença maternidade. Devido a ser uma questão de todos foi feita uma roda de conversa.
DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA 
 
Descrevam aqui a aplicação dos planos de aula. Precisam descrever todos os planos de aula contando o tema, objetivo e procedimentos da aula, ou seja, como foi a aplicação de cada um desses planos, como foi o início, o desenvolvimento e o término da aula que ministraram. Coloquem os objetivos que pretendiam e se eles foram alcançados. Apontem se os conteúdos e a metodologia foram bem aceitos. 
 No dia de 16 de maio, aplicou-se o plano de aula abordando o conteúdo gênero textual, crônica, que diz respeito à disciplina de Língua Portuguesa, cujo objetivo no geral foi conhecer a importância do gênero textual, crônica, na prática cotidiana. Para alcançar esse objetivo se determinou especificamente demonstrar conhecimentos adquiridos através de exercícios propostos e identificar a utilização da crónica no cotidiano. Para sensibilização da aula através de conversa dirigida com os alunos foi mostrado três questões em fichas: -O que é crônica? -Você conhece uma crônica? -Por que você precisa saber o que é crônica?
Trechos de crônicas foram disponibilizados para leitura voluntária visando relembrar conhecimentos prévios e apresentação do tema. Os alunos se mostraram bastante curiosos e interessados na atividade
 A crónica escolhida para ser trabalhada foi “Eu sei, mas não devia”, após leitura e discussão de formas de aplicação desse tipo de texto, alguns alunos comentaram seus sentimentos em relação ao texto. Esse fato serviu como motivação para a tarefa da próxima aula. Logo após a exploração do texto foram realizados exercícios, visando a compreensão e fixação do conteúdo a correção e avaliação foi feita de forma oral.
A aula foi aplicada em quatro momentos, sendo o primeiro momento, a apresentação ocorreu em 8 (oito) min segundo momento, exposição do conteúdo um terceiro momento para desempenhar as tarefas ultrapassou os 30 (trinta) min planejados restando apenas 5 (cinco) min para a avaliação da aula. Os alunos se mostraram muito animados e interessados pelo assunto. Foi pedido que identificassem algumas crônicas em material que estivesse ao seu dispor no dia a dia. Como forma de tarefa para casa.
Ler, interpretar e aprender:
A criação de textos, a hora da poesia, o cordel literário, a formação de bibliotecas comunitárias na escola, a exposição destes textos, leva o sujeito ao seu empoderamento social, transforma o cidadão em um autor de seu destino e não mero espectador. Mais ainda para Freire (2002) a educação, o ensino se dão pelo exemplo, e o papel do professor é de forma definitivamente significante na vida do educando.
Aprendemos que ao educar somos educados a aprender, nesta simbiose é possível ressignificar um gesto do professor que poderá construir ou destruir um sujeito em formação. Este comprometimento com a educação e com a leitura do ser além dos livros e dos dogmas educacionais está impregnado na prática diária da educação.
Este saber, o da importância desses gestos que se multiplicam diariamente nas tramas do espaço escolar, é algo sobre que teríamos de refletir seriamente. É uma pena que o caráter socializante da escola, o que há de informal na experiência que se vive nela, de formação ou deformação, seja negligenciado. Fala-se quase exclusivamente do ensino dos conteúdos, ensino lamentavelmente quase sempre entendido como transferência do saber. Creio que uma das razões que explicam este descaso em torno do que ocorre no espaço-tempo da escola, que não seja a atividade ensinante, vem sendo uma compreensão estreita do que é educação e do que é aprender. No fundo, passa despercebido a nós que foi aprendendo socialmente que mulheres e homens, historicamente, descobriram que é possível ensinar. Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios. (FREIRE, 2002, p19)
Para Freire (2002) somos sujeitos inacabados, e o processo ensino aprendizagem nos constrói e nos destrói diariamente, pois verdades antes tidas como certas são desconstruídas na interação diária e somente podemos ensinar com verdades quando não tivermos certeza se a nossa verdade está inacabada.
Desta forma e neste intento a literatura auxilia deverás na formação educacional, pois ela leva o sujeito a pensar, a imaginar e atribuir significados as obras, poesias, poemas... Compreender as diferentes formas de produção de discurso e se apropriar de diferentes culturas expressas e impressas nas páginas escritas.
 Dentro ainda do momento bastante rico de minha experiência como professor de língua portuguesa, me lembro, tão vivamente quanto se ela fosse de agora e não de um ontem bem remoto, das vezes em que demorava na análise de textos de Gilberto Freyre, de Lins do Rego, de Graciliano Ramos, de Jorge Amado. Textos que eu levava de casa e que ia lendo com os estudantes, sublinhando aspectos de sua sintaxe estreitamente ligados ao bom gosto de sua linguagem. Àquelas análises juntava comentários em torno de necessárias diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil. (FREIRE, 1981, p 12)
 Sendo assim através da prática se pretende ir além dos exercícios pautados em frases soltas. Com a utilização das figuras de linguagem e períodos históricos da Literatura busca-se incentivar os educandos a interpretação, aguçando sua criatividade e forma de interpretação na intenção de torna-los sujeitos críticos de uma sociedade. 
Visando alcançar os objetivos propostos este estágio pretendeu aulas bastante discutidas tornando os alunos mais participativos e cientes de que devam unir a língua escrita a falada, desta forma a construção do conhecimento foi algo prazeroso, visto que a participação efetiva da pessoa na sociedade acontece, também, pela “voz”, pela “comunicação”, pela “atuação e interação verbal”, enfim, pela linguagem. 
No dia de 17 de maio de 2019, aplicou-se o plano de aula abordando o conteúdo gênero textual, crônica, que diz respeito à disciplina de Língua Portuguesa, cujo objetivo no geral foi. compreender o processo de produção textual, incentivando a criação e imaginação do educando para alcançar esse objetivo se determinou especificamente demonstrar conhecimentos adquiridos através da atividade proposta e realizar a atividade demonstrando interesse, motivação e criatividade 
Como forma de sensibilização foi feita a leitura oral e continuada da crônica “Eu sei, mas não devia” sendo que os alunos já estavam bastante interessados nesse texto então tornou-se fácil a revisão da aula anterior através dessa atividade dirigida. 
A produção textual individual visando relembrar e fixar conhecimentos, foi algo natural ao processo, ocorreu sequentemente a leitura e já estava planejada por eles. Voluntariamente os alunos leram seus textos demonstrando de o conhecimento adquirido e o interesse pela produção desse tipo de texto.
 A aula foi aplicada em quatro momentos, sendo correção de exercícios: mais ou menos 15 (quinze) min. Para a produção textual foi reservado 30(trinta) min. Os 10 (dez) min deixados para avaliaçãose estenderam um pouco mais, pois eles comentaram suas produções. O encerramento ficou com tempo restante até o sinal e despedida das estagiárias. No primeiro momento foi feita a correção com revisão oral dos exercícios da aula anterior. Num segundo momento foram produzidas crônicas tendo como exemplo o trabalho discutido na aula anterior, a crónica “Eu sei, mas não devia”. No terceiro momento foi realizada uma pequena avaliação oral. Encerrando foi feita a leitura oral do material elaborado e um lanche compartilhado. 
Gêneros discursivos e prática escolar de linguagem 
Para Silva et. al. (2009) considerar a perspectiva dos gêneros do discurso para estudar a língua pode ser uma forma de reflexão sobre as ações humanas ligadas ao uso desta. Pois os gêneros podem ser adaptados, criados de maneira a dar conta das demandas de ensino/aprendizagem. Tem-se buscado uma interdisciplinaridade no ensino na tentativa de desfragmentar o saber, e o discurso vem neste auxilio. A Linguagem discursiva busca produzir sentido. Inovador a cada pronunciamento, pois participantes, intenções e contextos serão sempre distintos.
Segundo Silva et al. (2009) a criatividade do sujeito e a capacidade de interagir permitem constituir os sentidos e a linguagem, a partir da subjetividade deste sujeito e de sua existência social. O discurso ser ou não literário se perde na atividade verbal interior e exterior. Ele é o princípio para um trabalho escolar junto à linguagem comprometido com a prática da atividade verbal. O educando precisa interagir com o texto a partir de sua realidade, de sua subjetividade, buscando viver suas experiências e saberes através do texto e manifestar-se enquanto sujeito, participante de um contexto sócio histórico amplo de maneiras de pensar e agir.
O aluno precisa encontrar espaços para dialogar e interagir com os textos, reconstruir sentidos a partir das suas experiências e dos seus saberes, confrontar suas ideias e percepções de mundo com as que são apresentadas ou representadas nos textos que materializam discursos, entendidos aqui num sentido amplo de construção sócio histórica de maneiras de pensar e agir. Nesse sentido, convivemos com uma pluralidade discursiva que se reproduz e se reconstrói nos processos de interação social. (SILVA et al., 2009. p.139)
Para Silva et al. (2009) na interação social o discurso se modifica, tornando-se único linguisticamente dando aspectos ideológicos para a língua a ele vinculada. Neste processo submisso, o sujeito recebe a palavra impregnada de sentido. Embora, por mais restrito que seja sempre terá um espaço para o que é subjetivo. Na produção textual escrita a forma de recorte e organização de ideias, na leitura resta à forma de dar sentido aos fragmentos textuais.
Silva et al. (2009) a escola deveria ser o principal ponto das práticas sociais de produção de linguagem oral e escrita, propiciando ao sujeito uma forma de manifestar-se de diferentes formas através da expressão e interação verbal. “são as habilidades de interagir pela linguagem compreendendo, interpretando, analisando, avaliando, argumentando e produzindo textos que dão conta de funções diversas − que devem ser estabelecidas como metas a atingir com o trabalho escolar [...].” (SILVA et al., 2009. p.141). Neste cenário representativo das relações sociais ocorre a produção de formas textuais típicas deste núcleo social, entre elas, paráfrases, resumos, resenhas, toda a espécie de produção textual representando os gêneros sociais no qual o educando e as escolas estão inseridos e, portanto, fazem parte do letramento deste sujeito. 
Silva et al. (2009) destaca que em se tratando da leitura o leitor não é passivo, a compreensão faz parte do processo de leitura, o reconhecimento do gênero leva o leitor a tomar uma posição de forma ativa a respeito do que lê e compreende. O leitor percebe o texto lido a partir de sua vivencia, atribuindo possíveis sentidos as representações textuais. 
Na sociedade urbana contemporânea através dos gêneros discursivos o sujeito apodera-se de mecanismos utilizados pela leitura, e não apenas da habilidade de ler. Sendo assim a leitura é uma resposta. É através dos gêneros discursivos que o sujeito se envolve nas práticas letradas cotidiano. 
A linguagem faz parte da capacidade humana formada por combinações e signos linguísticos, dados através de uma mensagem. Porém há diversas formas de manifestar a linguagem, uma delas é a escrita. Para Saussure (2002) é preciso compreender a língua de uma forma geral para compreender o aspecto conceitual, onde o significado dá valor ao significante e um não existe sem o surgimento de outro. “Visto ser a língua ser um sistema em que todos os termos são solidários e o valor de um resulta tão-somente da presença simultânea de outros [,]” (SAUSSURE, 2002, p. 133). Sendo assim o significado de um signo dependerá da presença de outro signo para ser atribuído ao significante. Um signo recebe significado quando atribui significado ao signo seguinte tornando- se seu significante e assim sucessivamente.
No aspecto material o foco está na diferença entre um termo e outro, está diferença, permite distinguir um termo de outro, o valor se encontra na oposição dos fonemas.
2.5 OBSERVAÇÃO DO GESTOR:
A observação de gestão foi feita junto a vice-diretora. A mesma exerce a função há 1 ano, no entanto trabalha na escola há 4 anos. Sua rotina consiste em receber os alunos no início das aulas. Logo após se dirige para sua sala dela onde busca administrar questões diárias da gestão, entre elas, pode ser destacado reuniões com pais e reuniões pedagógicas. 
Quando procurada pelos alunos para relatar alguma situação/ problema, a mesma através de diálogo busca a melhor solução e ou encaminhamento. A escola tem reuniões bimestrais com o círculo de pais e mestres, nestas soluções para questões vividas na instituição e sugestões de uma escola que responda as exigências da comunidade são discutidas. 
Quinzenalmente são efetuadas reuniões com a equipe docente, nestas em conjunto são relatadas e discutidas problemáticas vividas em sala de aula, na intenção de encontrar a melhor solução para as mesmas. Na escola tem vários projetos, a vice-diretora é responsável pelo projeto de literatura, o qual consiste em trabalhar com os alunos a leitura, disponibilizando aos mesmos locais adequados e livros para que possam ser incentivados a ler.
Gerir uma escola não é tarefa simples, a vice-diretora relata que uma das principais dificuldades no momento é a situação financeira e falta de docentes, uma realidade da educação estadual, que reflete diretamente na educação.
2.6 DESCRIÇÃO DA APLICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
No mês de maio de 2019 foi aplicado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Justino Alberto Tietboehl um plano de ação para os professores do nono ano. O tema abordado foi a motivação para os alunos desse período. O grupo docente desses alunos e o grupo gestor da escola constataram que a desistência e falta de motivação por conta desses discentes é muito acentuada. Sendo assim em reunião pedagógica as estagiárias conseguiram fazer um levantamento da demanda.
Junto a direção da escola foi possível obter uma visão mais detalhada do contexto apresentado e o estágio docente enriqueceu em muito os dados necessários para o planejamento de um plano de ação. 
 O ato de planejar é uma produção que leva a refletir na realidade da escola. Através do planejamento é possível pensar nas peculiaridades necessárias para alcançar diferentes objetivos. “O Planejamento é um instrumento que deve refletir a realidade institucional e sobre esta realidade, agir de forma a transformar.” (SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, p.300, 1998) Esse planejar deve englobar todos os usuários do sistema educacional, visando transformar uma realidade. 
É preciso pensar a escola no contexto social, histórico, no qual se encontra inserido, considerando sua realidade econômica e cultural. Dessa forma sem desejar algo inalcançável para essa conjuntura será possível sair darealidade atual através de um planejamento, será obtido opções para a prática de uma ação alcançando, assim uma realidade desejada.
Visto que a gestão escolar visa conhecer as peculiaridades da escola, o planejar uma ação possibilita ler a realidade e interpretar qual a melhor forma de agir dentro da instituição visando alcançar o maior número de seus integrantes, 
O plano é consequência concreta da ação de planejar, é o documento resultante da ação mental intencional e propositiva de uma pessoa ou grupo de pessoas que se reúnem com a intenção de fazer essas leituras e reflexões e se propõem à mudança de foco, de ação pessoal e coletiva, de relacionamentos, enfim, a correção da rota pensada, idealizada e transposta para um registro consistente e que servirá de norte para as futuras ações..”(SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, p.302, 1998)
 Após a demanda ser acolhida deu início ao processo de planejamento. Para tal, como objetivo geral foi almejado desenvolver junto aos professores formas de alcançar uma prática desejável de ensino/aprendizagem. A realidade apresentada não está de acordo com o que a comunidade espera, seria este um dos motivos da desistência. 
Outras hipóteses foram levantadas para a desmotivação dos alunos e para responder a elas objetivos definidos e possíveis de serem alcançados a curto prazo foram traçados então, especificamente foi objetivado apresentar através de diálogo as dificuldades encontradas em sala de aula, participar de forma sincera e dinâmica das atividades propostas e assim construir um ideal de prática ensino/aprendizagem alcançável.
 Para alcançar os objetivos foi planejado um conjunto de ações, sendo que algumas já vinham sendo feias e faziam parte do diagnóstico do problema encontrado. Como exemplo o diagnóstico através de reunião com os professores para ouvir as demandas. Visto que o plano de ação seria aplicado no corpo docente e a demanda era discente, se percebeu a necessidade de ouvir diretamente dos professores as suas visões do problema apresentado pelo núcleo gestor.
Em um segundo momento uma nova reunião foi organizada onde atividades foram executadas. Uma grande árvore de papel pardo foi colocada em local visível. Cada professor recebeu uma pequena árvore traçada em uma folha de oficio A4. As partes dessas árvores foram separadas. 
Na Raiz foi pedido para escreve a principal dificuldade encontrada. Nas folhas da mesma árvore foi colocado o ideal de solução do problema. No tronco da árvore cada um escreveu o que está sendo feito perto da parte inferior (raiz), o que pode ser feito de concreto para atingir o ideal desejado, foi escrito na parte superior do tronco. O mesmo foi dividido em duas partes
Cada etapa da atividade foi amplamente discutida depois de ser executada. Porém, ninguém poderia mudar ou falar para o colega o que tinha realmente escrito. Um a um os professores colaram na árvore maior os pedaços de seus desejos e ideais. Estava montado um grande plano de ação desejado e pensado por todos. Alguns pontos se repetiram, estes foram pintados da mesma cor. 
A árvore foi colocada no espaço destinado aos professores, a partir da visão panorâmica da questão foi possível observar a união e os desejos se repetindo para estudar as estratégias e identificar o ideal a ser alcançado. Os docentes constataram que muito pode ser feito e que não estão sozinhos nesse pensar, são todos “uma grande árvore que pode, se fortalecer e frutificar”
Gestão escolar e Plano de ação
O ato de planejar é uma produção que leva a refletir na realidade da escola. Através do planejamento é possível pensar nas peculiaridades necessárias para alcançar diferentes objetivos. “O Planejamento é um instrumento que deve refletir a realidade institucional e sobre esta realidade, agir de forma a transformar.” (SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, p.300, 1998) Esse planejar deve englobar todos os usuários do sistema educacional, visando transformar uma realidade. 
É preciso pensar a escola no contexto social, histórico, no qual se encontra inserido, considerando sua realidade econômica e cultural. Dessa forma sem desejar algo inalcançável para essa conjuntura será possível sair da realidade atual através de um planejamento, será obtido opções para a prática de uma ação alcançando, assim uma realidade desejada.
Visto que a gestão escolar visa conhecer as peculiaridades da escola, o planejar uma ação possibilita ler a realidade e interpretar qual a melhor forma de agir dentro da instituição visando alcançar o maior número de seus integrantes, 
O plano é consequência concreta da ação de planejar, é o documento resultante da ação mental intencional e propositiva de uma pessoa ou grupo de pessoas que se reúnem com a intenção de fazer essas leituras e reflexões e se propõem à mudança de foco, de ação pessoal e coletiva, de relacionamentos, enfim, a correção da rota pensada, idealizada e transposta para um registro consistente e que servirá de norte para as futuras ações..”(SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, p.302, 1998)
Quando se trata de gerir, para alguns autores, a escola deve ser vista como uma empresa, onde é necessário administrar como utilizar fundos, funcionários, etc. Ela tem como seu principal gerente o diretor. “O diretor é considerado por todos como o elemento mais importante na administração escolar.” (LUCENA; SILVA JUNIOR, p21, 2010), cabe a ele saber movimentar toda a máquina para oferecer o melhor produto a seus clientes, dessa forma, foi criada a gestão escolar, visado tornar mais eficaz esse processo.
No senso comum, as aparências levam a crer que apenas as empresas, ou as organizações, são passiveis de ser administradas ou são objetos de administração. Entretanto, o que se pode claramente constatar, toda a ação humana orientada a um fim0- ou seja, todo o “trabalho” humano- é passível de uma mediação racional, e carrega, portanto, um componente administrativo. (LUCENA; SILVA JUNIOR, p. 21, 2012)
Com o intuito de buscar um diferencial da administração escolar, a gestão escolar foi criada para que houvesse um aumento na eficácia nos processos institucionais, uma melhora na qualidade do produto oferecido, o ensino, bem como inserir no contexto educacional elementos e conceitos entendidos como fundamentais para a prática efetiva do processo educativo.
É necessário que o gestor garanta a participação das comunidades interna e externa, a fim de que assumam o papel de co-responsáveis na construção de um projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para a atual clientela da escola pública e para que isso aconteça é preciso preparar um novo diretor, libertando-o de suas marcas de autoritarismo redefinindo seu perfil, desenvolvendo características de coordenador, colaborador e de educador, para que consigamos implementar um processo de planejamento participativo de representantes dos segmentos da comunidade interna (diretor, vice-diretor, especialistas, professores, alunos e funcionários) e externa (pais, órgãos/instituições, sociedade civil organizada, etc.), com um conselho não só consultivo, como também deliberativo (que não se vê há tempos). (CORALES; PACIFICO; ESTRELA, p, 152, 2009)
A gestão escolar se diferencia da administração no que consiste aos recursos materiais e financeiros enquanto a gestão busca a melhor forma de utilização dos mesmos no processo de educação, a administração garante que os mesmos não faltem. É a gestão escolar que gere, administra a escola como um todo, dessa forma o gestor escolar tem a função de estar atento as necessidades de cada setor, como uma grande empresa que precisa crescer e oferecer seu melhor. Quando as particularidades são detectadas o gestor busca uma melhor relação e desenvolvimento das atividades desde o plano pedagógico até as questões financeiras, gerindo a instituição como um todo. 
Para concretizar a ação educativa, torna-se fundamental a conscientização e a ação reflexiva de seus gestores. O Planejamento é um instrumento que deve refletir a realidadeinstitucional e sobre esta realidade, agir de forma a transformar. Lembremos que desta realidade fazemos parte nós, digamos, os usuários do sistema. (CORALES; PACIFICO; ESTRELA, p, 184, 2009)
O objetivo da gestão escolar é buscar a motivação da equipe, orientar, fortalecer as lideranças, enfatizar a qualidade do currículo por competência além de buscar a interação dos pais no processo educacional. Gestão administrativa, gestão financeira, gestão de eficiência e gestão pedagógica, são gestões que estão envolvidas com o processo da gestão escolar. Elas precisam estar em constante sintonia para o bom funcionamento da instituição. Logo, o gestor precisa integralizar os diferentes setores em prol do desempenho escolar.
O que a escola espera da família é uma participação efetiva na vida escolar dos filhos e o apoio às ações da escola, manifestados através de críticas e sugestões para a melhoria do nosso trabalho, da atenção às necessidades do filho que muitas vezes não está na simples ajuda nas atividades, mas no diálogo aberto e nas manifestações afetivas.(CORALES; PACIFICO; ESTRELA, 2009)
Tendo isso em vista, cada instituição de ensino deve planejar e executar sua proposta pedagógica, administrar os recursos materiais da instituição, zelar pelo ensino-aprendizagem do discente e promover a integração entre a instituição e a comunidade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após a conclusão do estágio, foi possível perceber que estagiar é o meio pelo qual o professor adquire conhecimento e experiência em sala de aula, possibilitando assim, analisar suas ações como docentes. 
Também é a forma de colocar em prática, tudo aquilo que aprendeu na jornada acadêmica, auxiliando assim na formação de indivíduos ativos e despertando neles o desejo do saber e de evoluir enquanto cidadão psicossocial, fazendo com que se tornem sujeitos ativos na sociedade, críticos e transformadores da mesma.
 Concluiu-se com esta experiência, que a busca do saber é uma constante no processo da docência. Aperfeiçoar-se, buscar a cada dia o aprimoramento de seus conhecimentos é prática necessária para que se formação um bom professor. O ganho de conhecimento foi significativo, pois mais que a média obtida, a carga horária obrigatória necessária, ou o conceito atribuído ao trabalho o que realmente importa é a experiência que vivenciamos.
 Estar em um ambiente escolar e ver como funciona toda a administração de uma escola e sala de aula no dia a dia torna a experiência de estágio um misto de ensinar e aprender, tornando valida toda a prática pedagógica, possibilitando ao estagiário obter a certeza de que realmente quer e pode fazer para melhorar sua prática e assim auxiliar jovens e crianças a construir um futuro melhor. 
Este curto período de estágio permitiu um crescimento muito grande de conhecimento com relação ao funcionamento de uma Escola de ensino médio, com todas as suas prerrogativas. Além de um crescimento pessoal que será levado para a vida, sobre relação interpessoal, respeito mútuo, autoridade, autoritarismo e tratamento humano com dignidade.
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
:
BRASIL. Constituição (1996). Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Ementa constitucional, nº11 1996. Ementa constitucional nº14 1996. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Educação de Jovens e Adultos. Brasilia, 20 dez. 1996. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br>. Acesso em: 20 jun. 2019.
BOLZAN, D. P. V. Formação de professores: compartilhando e construindo conhecimentos. Porto Alegre: Mediação, 2002.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 1996. Editora Roco. Disponível em: <https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/05/cronica-eu-sei-mas-nao-devia-marina.html>. Acesso em: 19 abr. 2019.
CORALES, Marilia Lilia Imbiriba Souza; PACIFICO, Juracy Machado; ESTRELA, George Queiroga. Gestão Escolar: enfrentando os Desafios Cotidianos na Escola Pública. Curitiba: Crv, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/>. Acesso em: 18 jun. 2019.
FERREIRA, Maria Cecília Carareto. Ressignificando as práticas pedagógicas da escola comum na perspectiva da educação inclusiva. In: Anais do IX Seminário Capixaba de educação Inclusiva- Ressignificando conceitos e práticas: a contribuição da produção científica. Vitória: UFES, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; Saberes Necessários à Prática Educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra Sa, 2002. 54 p. Disponível em: <forumeja.org.b>. Acesso em: 20 maio 2017.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José Eustáquio. (Org.). Autonomia da escola: princípios e propostas. 4. ed. São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 1999, 166p. (Guia da Escola Cidadã, v. 1). 
LUCENA, Carlos; SILVA JUNIOR, João dos Reis. Trabalho e Educação no século XXI: Experiências internacionais. São Paulo: Xamã, 2012. 231 p. Disponível em: <http://www.vitorparo.com.br>. Acesso em: 18 jun. 2019.
MENDONÇA, M. C. Língua e ensino: política de fechamento. In: MUSSALIM, F. E BENTES, A. C. (org.). Introdução à Linguística. Domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2000.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Organização de Charles Bally e Albert Sechehaye com a colaboração de Albert Riedlinger. Trad. de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 24ª ed. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2002.
SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR, 05., 1998, Porto Alegre Rs. A escola cidadã no contexto da globalização. São Paulo: Vozes, 1998. 7 p. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2019.
SILVA, Carmem Luci da Costa et al. Teorias do Discurso e Ensino. Porto Alegre: Edipucrs, 2009. 263 p. ISBN 978-85-7430-936-1. Disponível em: <http://www.pucrs.br/orgaos/edipucrs>. Acesso em: 15 mai. 2019.
VILARINHO, Sabrina.	"Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/redação/cronica.htm>. Acesso em 19 de abril de 2019.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO A
 ANEXO B-
 
 
15 
 
15 
 
44 
 
 	
	PLANO DE AULA I
	DATA DE APLICAÇÃO: 16 maio 2019
	ESCOLA: ESC Est Ens. Fon. Prof. Justino Alberto Tietboehl
	INTEGRANTES DA EQUIPE: Maila Martins Danielce e Jaqueline da Rocha Schinofre
	DISCIPLINA: Estágio IV
	TURMA EM QUE O PLANO SERÁ APLICADO: TOT III
	DURAÇÃO: 1 AULA
	OBJETIVOS
	CONTEÚDO
	METODOLOGIA
	CRONOGRAMA
	AVALIAÇÃO
	RECURSOS
	REFERÊNCIAS
	Objetivo Geral: --
 Conhecer a importância do gênero textual, crônica, na prática cotidiana.
.
 Objetivos específicos: Demonstrar conhecimentos adquiridos através de exercícios propostos.
 -Identificar a utilização da crónica no cotidiano.
 
	GÊNERO TEXTUAL
CRÔNICA
	Sensibilizaçâo:Através de conversa dirigida com os alunos serão mostradas três questões: O que é crônica?
Você conhece uma crônica?
Por que você precisa saber o que é crônica?
Trechos de crônicas serão disponibilizados para leitura voluntária visando relembrar conhecimentos prévios e apresentação do tema.
Desenvolvimento: Através de aula expositiva será apresentado um texto em forma de crônica para ser trabalhado. Serão feitos exercícios visando a compreensão e fixação do conteúdo.
	Apresentação do conteúdo, conversa informal com os alunos para ver o que entendem sobre CRÔNICAS e exposição do conteúdo com recursos didáticos. Exercícios de Fixação.
A aula será aplicada em quatro momentos, sendo o primeiro momento, a apresentação da aula não ultrapassará 10 (dez) min segundo momento, exposição do conteúdo um terceiro momento para desempenhar as tarefas com até 30 (trinta) min e uma pequena avaliação da aula no final com 10 (dez) min Introdução: Através de conversa dirigida será questionado o que entendem e o que sabem sobre crónica. Apresentação do conteúdo: Será entregue a crónica “Eu sei, mas não devia”, para leitura e discussão. Logo após a exploração do texto serão realizados exercícios, correção e avaliação oral da aula.
	Resolução de exercícios propostos. 
Motivação na participação das atividadespropostas.
	Material: Folha impressa com o conteúdo proposto. Vídeo da crônica:
“EU SEI, MAS NÃO DEVIA”. Marina Colasante. Quadro Branco. Computador, Humano Professores e alunos
	VILARINHO, Sabrina.	"Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/redação/cronica.htm>. Acesso em 19 de abril de 2019.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 1996. Editora Roco. Disponível em: <https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/05/cronica-eu-sei-mas-nao-devia-marina.html>. Acesso em: 19 abr. 2019.
 
 1PLANO DE AULA 
	
fACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL
JAQUELINE da Rocha schinofre, 160102735
MAILA martins danielce, 160209742
ESC Est Ens Fun Prof Justino Alberto Tietboehl
	TURMA
	TOT III
	TURNO:
	Noite
	DATA:
	16 maio 2019
Plano de Aula nº 1
Assunto: 
Gênero Textual
Conteúdo:
Crónica.
Objetivos:
 Objetivo Geral: --
 Conhecer a importância do gênero textual, crônica, na prática cotidiana.
 Objetivos específicos:
 -Demonstrar conhecimentos adquiridos através de exercícios propostos.
 -Identificar a utilização da crónica no cotidiano.
Procedimentos:
 Sensibilizaçâo:Através de conversa dirigida com os alunos serão mostradas três questões 
 em fichas: 
-O que é crônica?
-Você conhece uma crônica?
-Por que você precisa saber o que é crônica?
Trechos de crônicas serão disponibilizados para leitura voluntária visando, relembrar conhecimentos prévios e apresentação do tema.
Desenvolvimento: 
Apresentação do conteúdo: Será entregue a crónica “Eu sei, mas não devia”, para leitura e discussão de formas de aplicação.
 Logo após a exploração do texto serão realizados exercícios, visando a compreensão e fixação do conteúdo e correção e avaliação oral da aula.
A aula será aplicada em quatro momentos, sendo o primeiro momento, a apresentação da aula e não ultrapassará 10 (dez) min, segundo momento, exposição do conteúdo um terceiro momento para desempenhar as tarefas com até 30 (trinta) min e uma pequena avaliação da aula no final com10 (dez) min. 
 
	 
 CRÔNICA
 A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
 Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
 O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
 Como exposto acima, há vários motivos que levam os escritores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:
	• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado
. Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos
	 CRÔNICA: EU SEI, MAS NÃO DEVIA –
 MARINA COLASANTI 
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. 
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. 
E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. 
E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. 
E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
 A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. 
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. 
A comer sanduíche porque não dá para almoçar. 
A sair do trabalho porque já é noite. 
A cochilar no ônibus porque está cansado. 
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
   A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. 
E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. 
E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. 
E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. 
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
 A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. 
E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. 
E a pagar mais do que as coisas valem. 
E a saber que cada vez pagar mais. 
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
 A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. 
A abrir as revistas e ver anúncios.
 A ligar a televisão e assistir a comerciais. 
A ir ao cinema e engolir publicidade. 
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. 
À luz artificial de ligeiro tremor. 
Ao choque que os olhos levam na luz natural. 
Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. 
À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. 
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. 
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. 
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
 E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
 A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. 
A gente se acostuma para poupar a vida. 
Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
                   Extraído do livro "Eu sei, mas não devia",
                               Editora Rocco – Rio de Janeiro, 1996, pág. 09
	 EXERCICIOS
	 
De acordo com os conhecimentos adquiridos responda as questões a baixo:
01 – A crônica apresenta uma questão relacionada ao cotidiano do homem urbano na atualidade.
a)   Qual é essa questão?
 b)   Que situações, acontecimentos e atitudes apontados no texto, entender, a maioria das pessoas se habitua a ver sem refletir sobre elas?
c)   Na sua opinião, por que a maioria das pessoas se acostuma a agir assim?
02 – No texto, a cronista não se limita a descrever imparcialmente o cotidiano do homem urbano; ela narra expondo suas ideias e sua emoção a respeito dele.
Que frase evidencia a consciência da cronista sobre o assunto?
b)Como ela se mostra diante das situações relatadas na crônica?
03 – Nesse texto, a cronista apresenta seu ponto de vista sobre o fator de o ser humano acostumar-se a morar em apartamentos com janelas que têm vista para muros e paredes.
a) Qual a consequência dessa situação?
b) Na sua opinião, que outras situações do cotidiano podem essa mesma consequência para as pessoas?
04 – No terceiro parágrafo, refere-se a comportamentos que fazem parte da rotina das pessoas.
a) Que fatores justificam esses comportamentos, segunda ela?
b) Que frase neste parágrafo resume (sintetiza) a vida de quem age assim?
 05 – No sexto parágrafo, a cronista revela o que pensa sobre a publicidade.
 a)    Qual é a tese (idéia) dela?
 b)   Você concorda ou discorda do ponto de vista apresentado? Por quê?
06 – O sétimo parágrafo é dedicado a poluição.
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 b)   Das situações apresentadas qual mais o(a) sensibilizou? Por quê?
Bibliografia:
 VILARINHO, Sabrina.	"Crônica"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/redação/cronica.htm>. Acesso em 19 de abril de 2019.
 COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 1996. Editora Roco. Disponível em: <https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/05/cronica-eu-sei-mas-nao-devia-marina.html>. Acesso em: 19 abr. 2019.
‘
PLANO DE AULA II
	DATA DE APLICAÇÃO: 17 MAIO 2019
	ESCOLA: ESC Est Ens. fund. Prof. Justino Alberto Tietboehl
	INTEGRANTES DA EQUIPE: Maila Martins Danielce e Jaqueline da Rocha Schinofre
	DISCIPLINA: Estágio IV
	TURMA EM QUE O PLANO SERÁ APLICADO: TOT III
	DURAÇÃO: 1 AULA
	OBJETIVOS
	CONTEÚDO
	METODOLOGIA
	CRONO
GRAMA
	AVALIAÇÃO
	RECURSOS
	REFERÊNCIAS
	 Objetivo Geral: -- Compreender o processo de produção textual, incentivando a criação e imaginação do educando. 
 Objetivos específicos
 Demonstrar conhecimentos adquiridos através da atividade proposta.
 -Realizar a atividade demonstrando interesse, motivação e criatividade.
	Gênero textual
Crônica
	Sensibilização: A leitura oral e continuada da crônica “Eu sei, mas não devia” será utilizada como forma de sensibilizar os alunos para a aula proposta.
Proporcionando uma revisão da aula anterior através dessa atividade dirigida.
Desenvolvimento: Produção textual individual visando relembrar e fixar conhecimentos. 
Leitura voluntária de produções textuais visando fortalecer, fixar, o conhecimento e o interesse pela produção desse tipo de texto.
	A aula será aplicada em quatro momentos, sendo Correção de exercícios: 20 (vinte) min. Produção textual 30(trinta) min. Avaliação: 10 (dez) min, Encerramento: 30(trinta) min. No primeiro momento será feita a correção com revisão oral dos exercícios da aula anterior. Segundo momento serão produzidas crônicas tendo como exemplo o trabalho discutido na aula anterior, a crónica “Eu sei, mas não devia”. Num terceiro momento será realizada uma pequena avaliação oral. Encerrando será feita a leitura oral do material elaborado e um lanche compartilhado. 
	Resolução de exercícios propostos. 
Motivação na participação das atividades propostas.
	Material: Folha impressa com o conteúdo proposto.
Quadro Branco. Computador.
Humano Professores e alunos
	VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/redação/cronica.htm>. Acesso em 19 de abril de 2019.
 PLANO DE AULA II
 
	
fACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL
JAQUELINE da Rocha schinofre, 160102735
MAILA martins danielce, 160209742
ESC Est Ens Fun Prof Justino Alberto TietboehL
	TURMA
	TOT III
	TURNO:
	Noite
	DATA:
	17 maio de 2019
Plano de Aula nº 2
Assunto: 
 Gênero Textual
Conteúdo:
 Crónica.
Objetivos:
 Objetivo Geral: 
 --Compreender o processo de produção textual, incentivando a criação e imaginação do educando. 
 Objetivos específicos:
-Demonstrar conhecimentos adquiridos através da atividade proposta.
 -Realizar a atividade demonstrando interesse, motivação e criatividade.
Procedimentos:
Sensibilização: A leitura oral e continuada da crônica “Eu sei, mas não devia” será utilizada como forma de sensibilizar os alunos para a aula proposta. Proporcionando uma revisão da aula anterior através dessa atividade dirigida.
Desenvolvimento: Produção textual individual visando relembrar e fixar conhecimentos.
Leitura voluntária de produções textuais visando fortalecer o conhecimento e o interesse pela produção desse tipo de texto.
A aula será aplicada em quatro momentos, sendo 
Correção de exercícios: 20 (vinte) min.
Produção textual 30(trinta) min. Avaliação: 10 (dez) min, Encerramento: 30(trinta) min.
No primeiro momento será feita a correção com revisão oral dos exercícios da aula anterior.
Segundo momento serão produzidas crônicas tendo como exemplo o trabalho discutido na aula anterior, a crónica “Eu sei, mas não devia”. Num terceiro momento será realizada uma pequena avaliação oral. Encerrando será feita a leitura oral do material elaborado e um lanche compartilhado. 
	 EXERCICIOS
	 De acordo com os conhecimentos adquiridos os alunos deverão elaborar uma crônica para apresentar aos colegas.
Bibliografía:
 VILARINHO, Sabrina.	"Crônica"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/redação/cronica.htm>. Acesso em 19 de abril de 2019.
.
	FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL
JAQUELINE DA ROCHA SCHINOFRE, 160102735 
MAILA MARTINS DANIELCE, 160209742
DATA DE APLICAÇÃO: maio 2019 DISCIPLINA: Estágio IV DURAÇÃO: 1 intervenção PLANO DE AÇÃO
ESCOLA: Escola Estadual de Ensino. Fundamental Professor Justino Alberto Tietboehl 
 PÚBLICO EM QUE O PLANO De AÇÃO SERÁ APLICADO: Docentes do nono ano
 
	Problema 
	Objetivo Geral
	Objetivo
Especifico
	Ações
	Responsáveis
	Avaliação
	Falta de motivação dos alunos do nono ano.
	Desenvolver junto aos professores formas de alcançar uma prática desejável de ensino/aprendizagem. 
	Apresentar através de diálogo as dificuldades encontradas em sala de aula.
Participar de forma sincera e dinâmica das atividades propostas. 
Construir um ideal de prática ensino/aprendizagem alcançável.
	Diagnóstico através de reunião com os professores para ouvir as demandas
-Num segundo momento colocar na raiz da figura de uma árvore a principal dificuldade encontrada.
-Nas folhas da mesma árvore colocar o ideal de solução do problema.
No tronco da Árvore colocar o que está sendo feito e o que pode ser feito de concreto para atingir o ideal.
Em um grande papel pardo com uma frondosa arvore desenhada os professores colocarão as partes recortadas de suas arvores nos seus respectivos locais.
Com a visão panorâmica da questão observar a união e os desejos se repetindo. 
Estudar as estratégias e identificar o ideal a ser alcançado.
	Maila Martins Danielce
Jaqueline da Rocha Schinofre
	Ao Efetuar a última tarefa sejam capazes de visualizar uma prática conjunta.

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