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Roteiro Exame Físico Neurológico

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Prévia do material em texto

Larissa Antunes de Souza 
Avaliação dos nervos cranianos 
 
 
 
NC I: nervo olfatório 
NC II: nervo óptico 
NC III: nervo óculomotor 
NC IV: nervo troclear 
NC V: nervo trigêmeo 
NC VI: nervo abducente 
NC VII: nervo facial 
NC VIII: nervo vestibulococlear 
NC IX: nervo glossofaríngeo 
NC X: nervo vago 
NC XI: nervo acessório 
NC XII: nervo hipoglosso 
 
 
 NC I: Nervo olfatório 
Inerva a mucosa das fossas nasais e é completamente sensitivo. 
 
Distúrbios 
De condução: existe algum fator que interfere as moléculas odoríferas chegarem até o os 
nervos olfatórios 
Exemplo: edema, pólipo nasal, secreção, tabagismo (aumenta secreção). Geralmente são 
reversíveis 
 
Neurosensoriais: o problema está nas sinapses, pode ser perda das células nervosas, 
evento traumático (atinge lâmina crivosa – rompe neurônios), tabagismo (“queima” as células 
nervosas), parkinsonismo. 
 
 Exame físico: venda os olhos do paciente e oferece substancias comuns com cheiros 
característicos (ex: canela, álcool) e observa se o paciente consegue identificar o odor. 
- Testar uma narina por vez 
- Vedar a narina que não está sendo testada 
- Não usar substâncias irritativas. 
 
Larissa Antunes de Souza 
 NC II: Nervo óptico 
 
 Exame físico 
 
Miose: contração da pupila (feita pelo parassimpático) 
Midríase: dilatação da pupila (feita pelo simpático) 
 
Reflexo pupilar: o ambiente deve estar um pouco mais escuro. Peço ao paciente que olhe 
para frente e jogo um feixe de luz direcionada, separadamente, nas pupilas e observo se 
houve miose. 
*Posso colocar a mão em cima do nariz do paciente para fazer uma barreira e impedir a 
passagem da luz. 
 
Reflexo consensual: avalio se o olho não estimulado também contrai, o normal é ter miose 
nas duas pupilas. 
Olho estimulado -> avaliação da via aferente (nervo óptico) 
Olho não estimulado: avaliação da via eferente (nervo oculomotor) 
 
Descrição: descrever quantos milímetros a pupila tinha antes do estímulo luminoso (o normal 
é cerca de 2/3 milímetros), se reagir à luz coloco sinal de +, se não reage sinal de - 
 
Avaliação do fundo de olho: é realizado com oftalmoscópio, para o clínico será mais 
avaliação do disco óptico. 
Pesquisa de papiledema, atrofia do disco óptico 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAPILEDEMA ATROFIA NORMAL 
Larissa Antunes de Souza 
Acuidade visual: utilizo a tabela de Snellen 
Texto um olho de cada vez -> peço para o paciente me dizer o que ele vê. 
Se o paciente utiliza óculos ele tem que fazer o exame com os óculos. 
 
Campimetria: avaliação do campo visual 
Posiciono o paciente de frente para mim e me coloco na altura dele. Peço para ele ocluir um 
olho e olhar para a ponta do meu nariz (eu fecho o olho de frente ao dele)  posiciono a 
mão em pontos, fazendo um H e peço pra ele me dizer se está fechada ou aberta, se 
movimentado ou não, quantos dedos posicionei... 
*Depende do entendimento do paciente 
*Só posso posicionar minha mão dentro do meu campo de visão (assim também estará no 
campo de visão do paciente) 
 
 
 
 NC III, IV E VI 
Avaliação da motricidade ocular extrínseca 
 
M. oblíquo superior: faz mirada para baixo e para dentro 
M. reto superior: mirada para cima 
M. reto medial: mirada para dentro 
M. reto inferior: mirada para baixo 
M. oblíquo inferior: mirada para cima e para dentro 
M. reto lateral: faz a abdução do olho, mirada para fora 
Larissa Antunes de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame: Peço paciente para acompanhar meu dedo com os olhos (sem movimentar a 
cabeça), faço o H. 
*Os movimentos dos olhos são conjugados 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da acomodação (NC III): coloco meu dedo ou um objeto distante do paciente e 
peço para ele focar o olhar no dedo/objeto. Aproximo o dedo dele e observo. 
Normal: miose ao convergir o olhar. 
 
 NC V: Nervo trigêmeo 
Inervação sensitiva da face (exceto ângulo da mandíbula) e dos 2/3 anteriores da língua 
Inervação motora dos músculos da mastigação. 
 
Avaliação motora 
Avalia músculo masseter, temporal e pterigoideos medial e lateral. 
Larissa Antunes de Souza 
Inspeção -> olha se tem simetria (pode-se perceber hipertrofia, hipotrofia) 
 Pede paciente para movimentar mandíbula (abrir e fechar a boca, lateralizar) 
Palpação do masseter e depois do temporal, pede paciente para travar os dentes 
(com alteração seria assimétrico) 
Reflexo mandibular: posiocono o dedo na região supramentoniana (paciente com a 
boca entreaberta) e deixa o peso martelo bater no dedo  reflexo mandibular. 
 
Avaliação sensitiva 
Testa sensibilidade tátil (discriminativo e grosseiro), térmica e dolorosa. 
Passo uma gazinha ou pincel na face do paciente e peço pra ele me falar o que sentiu 
e se foi igual dos dois lados (testa, zigomático, perioral) 
Na térmica faço o mesmo com um tubo de ensaio com água morna e algum 
instrumento gelado, na dolorosa com um palitinho ou agulha. 
 
Reflexo corneano ou córneopalpebral: coloco uma gaze ou algodão na córnea do paciente 
e ele contrai a pálpebra (via aferente – trigêmeo, via eferente - facial). 
 
 NC VII: Nervo facial 
Raiz motora: Inervação motora da face 
Nervo intermédio Inervação sensitiva do paladar nos 2/3 distais da língua 
Inervação das glândulas (lacrimais, submandibulares, mucosa nasal ...), exceto parótida. 
 
Avaliação motora: pede para franzir a testa, enrugar, dar um sorriso mostrando os dentes, 
cerrar os olhos com força, fechar a boca e tentar soprar o ar, movimento para evidenciar 
platisma. 
A inervação superior da face é bilateral, já a inferior é somente ipsilateral 
 
Avaliação sensitiva: 
Paladar: paciente deve ficar de olhos fechados e com nariz vedado. Traciono a língua do 
paciente com uma gaze (ela não pode mais retornar para dentro da boca) e testo os sabores: 
doce (glicose), salgado (cloreto de sódio), ácido (ácido cítrico, vinagre) e amargo (quinina – 
água tônica) 
- Testa uma hemilíngua e depois outra 
- Antes de iniciar o teste deve-se combinar uma forma de comunicação com o paciente 
Larissa Antunes de Souza 
(escrever o que ele sentiu, levantar uma plaquinha, fazer um sinal...). Ele não precisa 
identificar o que é, só identificar se é doce, salgado.... 
 
 NV VIII: Nervo vestibulococlear 
O nervo vestibulococlear se insere na ponte e se divide em dois ramos: 
Nervo coclear: audição 
Nervo vestibular: equilíbrio 
 
 Audição 
Otoscopia: observa integridade da membrana timpânica, se tem obstrução por cera 
ou corpo estranho, alteração patológica. 
 
Esfregar os dedos ou o cabelo no ouvido do paciente e ir aumentando a distância 
(sempre comparando com você) e observar até onde ele escuta. 
 
Voz sussurrada 
 
 Prova de Weber: faz o diapasão vibrar e o coloca na linha média do crânio do paciente 
e pergunta se ele está escutando a vibração e se é igual nos dois ouvidos (a condução óssea 
do som é transmitida para a cóclea) 
O normal é sentir a vibração no meio do crânio, quando há alteração costuma-se lateralizar 
o som. 
 
 Prova de Rinne: comparação entre o som aéreo e o som ósseo. 
Faz o diapasão vibrar e apoie o cabo do instrumento no osso mastoide, peça ao paciente 
para falar quando parar de ouvir a vibração e depois aproxime o instrumento da orelha do 
paciente e peça para ele avisar quando deixar de ouvir o som. 
Em uma situação normal, após parar de ouvir a vibração deveria continuar ouvindo o som 
aéreo. 
*Sempre faz o teste de Weber primeiro 
 
 Equilíbrio 
Existe comunicação entre o núcleo do nervo vestibular com os nervos III, IV e VI -> 
movimento conjugado da cabeça e dos olhos. 
Larissa Antunes de Souza 
Equilíbrio dinâmico: pede paciente para andar (cerca de 6m) e observa o desequilíbrio na 
marcha, principalmente na marcha em tandem (pede o paciente para seguir uma linha do 
chão, colocando um pé em frente ao outro) 
 
Equilíbrio estático: teste de Romberg -> pede o paciente para fechar as pernas e os olhos edeixa na posição por 1 minuto, o paciente tende a cair para o lado afetado. Tenho que ficar 
perto para evitar queda. 
*Tem que ser de olhos fechados para não ter compensação visual, isso é importante 
e também para diferenciar de déficit cerebelar, em caso de afecção de cerebelo não faz 
diferença estar com os olhos abertos. 
 
Teste de Fukuda: precisa de um piso especial (desenho no chão, formando ângulos), o 
paciente fica posicionado sobre o grau 0 e peço a ele que marche, elevando os joelhos 
aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os 
braços estendidos e os olhos fechados. São considerados resultados patológicos se houver 
deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°. 
 
 
 
 
 
 
Avaliação dos membros superiores – prova índex-índex: coloco meu braço estendido com 
um dedo apontando, peço o paciente para inicialmente, com os olhos abertos levantar o 
braço acima da cabeça e tocar a ponta de seu dedo na minha. Depois peço para ele fazer 
isso de olhos fechados 
Se houver desvio, indica lesão 
 
Nistagno: pode ser em repouso, das miradas, da posição da cabeça. O nistagno pode ser 
espontâneo ou posicional. 
 
Manobra de Dix-Hallpike: analisa os canais circulares, o paciente é colocado sentado na 
maca, depois eu coloco a cabeça 45° em extensão e rotação e rapidamente o deito em 
decúbito dorsal horizontal, com a cabeça pendente na superfície. É mantido nesta posição 
por 10 a 15 segundos, se aparecer nistagno ou o paciente queixar vertigem a prova é 
positiva. 
Então o paciente volta para aposição sentada e faço a manobra para o lado oposto. 
Larissa Antunes de Souza 
 
 
 
 
 NC IX: Nervo glossofaríngeo 
Inervação sensitiva: região oral posterior, faringe e membrana timpânica interna 
Paladar: 1/3 proximal da língua 
Motora: músculo estilo faríngeo, inervação do palato (junto com o vago) 
Parte parassimpática -> parótidas 
 
 NC X: Nervo vago 
Inerva o restante da musculatura da laringe e faringe (inclusive músculos intrínsecos – fazem 
parte da fonação), palato mole e músculo cricotireoideo. 
Parassimpático -> vísceras 
Sensitiva -> faringe, laringe, meato acústico, membrana timpânica externa, meninges da 
fossa posterior 
 
o Avaliação: FAZ EM CONJUNTO A DO IX E X 
 
Pede paciente para abrir a boca e olha se tem simetria de palato, desvio de úvula 
Pede para falar “A”: avaliação do palato (o lado parético fica “caído” -> sinal da cortina) 
Tosse reflexa: estimulo a cavidade oral, principalmente na transição entre cavidade oral e 
orofaringe, pode ser com algodão, cotonete, abaixador de língua. 
 
 
 
 
 
 
 NC XI: Nervo acessório 
Avaliação dos múculos (inervados pela raiz espinhal) esternocleidomastoideo e trapézio 
Larissa Antunes de Souza 
Avaliação da força do pescoço e ombros: ofereça resistência e peça ao paciente para tentar 
vencê-la. 
Exemplo: peço para lateralizar o pescoço para a direita enquanto faço força contrária. 
 
 NC XII: Nervo hipoglosso 
Motricidade da língua 
 
Avalia a língua do paciente em repouso (pede para abrir a boca sem colocar a língua para 
fora) -> o lado parético contrai menos que lado normal. 
Quando língua protaída (para fora) o lado saudável contrai mais e tende a fazer a língua 
desviar para o lado acometido. 
Avaliar movimentação de língua 
 
Lateralização da língua: se houver acometimento, paciente não consegue lateralizar a língua 
para o lado acometido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação motora 
 
Confrontação de forças 
Paciente deve exercer resistência contra a força do examinador. 
Tem que avaliar separadamente grupos musculares e avaliar diferença de força em relação 
à lateralidade, proximal/distal, nervo específico, raiz específica, etc 
 
Larissa Antunes de Souza 
 
 
Manobras deficitárias 
 
 
Tônus 
Tensão do músculo relaxado ou que ele oferece durante realização do movimento passivo, 
quando alterado, pode estar hipertônico ou hipotônico 
Avaliação: peço ao paciente para que relaxe o membro e faço a movimentação passiva 
(ombro, membro superior, membro inferior, queda dos braços e das pernas – seguro e solto, 
joelho) 
– Movimentação passiva 
– Balanço dos ombros 
– Balanço dos joelhos 
– Movimento em pêndulo 
das pernas 
– Teste de queda dos 
braços 
 
Avaliação do trofismo 
Avalio através da inspeção e palpação (volume e contorno dos músculos)  trófico, 
hipertrófico, atrófico 
 
REFLEXOS TENDINOSOS PROFUNDOS 
Para ter um reflexo é necessário ter o nervo motor, sensitivo, raízes e corno íntegros. 
 
Larissa Antunes de Souza 
Classificação: 
0 – Ausência 
1 – Tem reflexo diminuído 
2 – REFLEXO NORMAL 
3 – Reflexo aumentado (não necessariamente é patológico, mulheres podem ter, se for 
simétrico é OK) 
4 – Aumento do reflexo com clônus esgotável 
5 – Aumento do reflexo com clônus inesgotável (contrai e não para) 
 
 
 
 
 
Larissa Antunes de Souza 
 Avaliação da sensibilidade 
SEMPRE COMPARANDO LADOS, paciente com os olhos fechados 
 
Avaliação da sensibilidade dolorosa: pode fazer com agulha ou palito 
 
Avaliação térmica: tudo de ensaio com água quente e fria 
 
Sensibilidade tátil grosseira: posso testar com gaze, pincel 
 
Tato fino: paciente tem que descriminar dois pontos 
 
Sensibilidade vibratória: coloco o diapasão em protuberâncias ósseas 
 
Propriocepção consciente: Romberg 
 
 
 
Coordenação e controle do movimento 
 
 
CEREBELO: 
Faz o controle e refinamento motor 
 
MARCHA: normal e tandem (ataxia leve): tendência à queda, cambaleante, instável e com 
alargamento de base. 
 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO: paciente em ortostatismo: instabilidade e alargamento de base 
com olhos abertos e fechados. 
 
Manobra ÍNDEX-NARIZ 
Larissa Antunes de Souza 
Manobra CALCANHAR-JOELHO-TÍBIA: com o paciente em decúbito dorsal peça para ele 
levar o calcanhar até o joelho e depois descer passando calcanhar pela tíbia até voltar para 
posição inicial. 
 
Movimentos alternados rápidos: DISDIADOCOCINESIA 
 
Teste do Rebote de Holmes

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