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Profª Msc. Tayana Vago Terapia nutricional alternativa indicada aos pacientes que a via gastrointestinal impossibilitada de ser utilizada Causas anatômicas Medida terapêutica: doenças que necessitam de repouso intestinal ou pancreático INTRODUÇÃO Causas infecciosas Causas metabólicas Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. INTRODUÇÃO Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998, ANVISA INTRODUÇÃO Terapia Nutricional Parenteral (TNP): Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da nutrição parenteral INTRODUÇÃO Nutrição Parenteral Total (NPT): todas as necessidades nutricionais são fornecidas por via endovenosa, sem nenhuma ingesta enteral. Nutrição Parenteral Suplementar (NPS):Parte das necessidades nutricionais é administrada via enteral e o restante é infundido via endovenosa INTRODUÇÃO Calixto-Lima, 2010. SOLUÇÃO: Formulação farmacêutica aquosa, que contem carboidrato, aminoácidos, vitaminas e minerais. EMULSÃO: Formulação farmacêutica, que contem substâncias gordurosas em suspensão no meio aquoso + carboidratos, aminoácidos, vitaminas e minerais, em perfeito equilíbrio. TNE x TNP Vantagens da TNE sobre a TNP VARIÁVEL TNE TNP Proximidade com a fisiologia Maior Menor Custo financeiro Menor Maior Frequência das complicações Menor Maior Integridade do tubo digestivo Mantida Não mantida Translocação bacteriana Minimizada Não minimizada Trofismo para o tubo digestório Presente Ausente Facilidade de realização Maior Menor Fonte: adaptada de Guerra, 2002. Absorção adequada dos nutrientes pelo trato gastrointestinal do paciente é incompleta ou impossível. Necessidade de repouso intestinal ou pancreático Desnutrição associada a estas condições INDICAÇÕES DA TNP • Impossibilidade das vias oral e enteral suprirem pelo menos 60% das necessidades nutricionais do paciente Fase pré-operatória • Contraindicação de uso da via oral ou enteral • Deve ser iniciada no mínimo 7 a 10 dias antes da cirurgia e continuada por igual período no pós- operatório até que a via oral/enteral possa suprir as necessidades nutricionais INDICAÇÕES DA TNP • Complementação da TNE até desmame completo Fase pós-operatória • Pacientes impossibilitados de receber nutrição pelo TGI, seja devido a falta de acesso enteral ou por complicações no PO que impossibilitem o uso adequado do TGI INDICAÇÕES DA TNP • Movimentos contráteis normais do intestino são temporariamente interrompidos e o processo absortivo encontra-se prejudicado Íleo adinâmico ou íleo paralítico ou íleo prolongado INDICAÇÕES DA TNP • Nutrição enteral mal tolerada ou insuficiente Fístula entérica • Fístula de natureza desconhecida (localização e volume do débito) • Fístula de alto débito no intestino delgado • Fístula de baixo débito no jejuno terminal ou íleo proximal • Impossibilidade de posicionamento da sonda distalmente a abertura da fistula INDICAÇÕES DA TNP • A SIC gera impossibilidade de absorção adequada dos nutrientes por via oral ou enteral por período indeterminado Síndrome do intestino curto INDICAÇÕES DA TNP • A TNP é indicada devido a necessidade de repouso da motilidade intestinal, nesta situação, a ausência de nutrientes no lúmen intestinal resulta na redução das intercorrências abdominais. Distúrbios gastrointestinais Vômitos incoercíveis Doença intestinal infecciosa Diarréia intratável Doenças inflamatórias intestinais na fase sintomática INDICAÇÕES DA TNP • Quando a TNE não for tolerada Pancreatite aguda • Complementar a TNE INDICAÇÕES DA TNP • Impossibilitam o uso da nutrição oral ou enteral Obstrução mecânica do TGI • A presença de alimentos no trato digestivo pode intensificar o sangramento, quando o sangramento for persistente, esta indicada a TNP Hemorragias gastrointestinais persistentes INDICAÇÕES DA TNP CONTRAINDICAÇÕES DA TNP • Acarreta perfusão inadequada para o funcionamento dos órgãos Instabilidade hemodinâmica (hipovolemia, choque cardiogênico ou séptico) • Devido o quadro de catabolismo exacerbado Fase aguda do trauma (Ebb-phase) CONTRAINDICAÇÕES DA TNP • Edema agudo de pulmão Complicações pulmonares • Devido alteração da perfusão sanguínea para órgãos e tecidos Infarto agudo do miocárdio • Ocorre acumulo de líquidos gerando quadro de edema generalizado, que leva a instabilidade hemodinâmica Anúria sem diálise CONTRAINDICAÇÕES DA TNP • Devido a concentrações de glicídio e lipídeo que podem acarretar em alterações bioquímicas , eletrolíticas e causar alterações no controle da homeostasia e no funcionamento de órgãos vitais Distúrbios metabólicos • Jejum por menos que 5 dias, sem desnutrição • Dificuldade em obter acesso venoso (principalmente em casos de desidratação importante, fragilidade capilar, etc.) • Prognóstico que não indique suporte agressivo / invasivo Outras contraindicações relativas – Localização do cateter em uma veia superficial de grosso calibre – Extremidades superiores na mão ou antebraço – TNP em períodos curtos (< 15 dias) – TNP suplementar VIAS DE ACESSO EM TNP Acesso venoso periférico: Nutrição Parenteral Periférica – Localização do cateter em uma veia de alto fluxo sanguíneo, interligada a veia cava superior ou átrio direito – TNP em períodos longos (>15 dias) VIAS DE ACESSO EM TNP Acesso venoso central: Nutrição Parenteral Central VIAS DE ACESSO EM TNP COMPONENTES DA TNP • Solúveis em água • Forma simplificada • Estéreis • Apirogênicos Calixto-Lima, 2010. COMPONENTES DA TNP Proteínas – Aminoácidos essenciais e não-essenciais – 15 a 20% do VET – 4 kcal • Formulação de aa padrão: necessidades nutricionais normais e sem alterações na função orgânica • Formulação de aa modificados: pacientes com doença renal ou hepática ou pacientes pediátricos COMPONENTES DA TNP Proteínas: Soluções de aminoácidos • Soluções de aminoácidos a 10% e a 15% para pacientes adultos • Soluções de aminoácidos a 10% para recém-nascidos e/ou pediátricos: perfil de aa do leite materno ou do cordão umbilical • Soluções de aminoácidos a 8% enriquecida com ACR • Soluções de aminoácidos a 6,7 a 7% composta somente por aa essenciais COMPONENTES DA TNP –Glicose • 1 g fornece 3,4 kcal • Quantidade mínima: 100 a 150g • Quantidade máxima – 3 mg/kg/min no paciente grave e – 5 mg/kg/min no paciente estável Carboidratos COMPONENTES DA TNP –Objetivos • Fornecer ácidos graxos essenciais • Oferta calórica • 1 g fornece 9,5 kcal – Ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, linoleico e linolênico – Ácidos graxos monoinsaturados de cadeia longa – Ácidos graxos saturados de cadeia média Lipídeos COMPONENTES DA TNP – Emulsão lipídica a 10% (TCL): 100% óleo de soja Lipídeos: Lipídeos de primeira geração – Emulsão lipídica a 20% (TCL): 100% óleo de soja – Emulsão lipídica a 20% (TCL): 20% de óleo de oliva e 80% óleo de soja COMPONENTES DA TNP – Emulsão lipídica a 10% (TCL/TCM): 50% de óleo de soja e 50% óleo de coco Lipídeos: Lipídeos de segunda geração – Emulsão lipídica a 20% (TCL/TCM): 50% de óleode soja e 50% óleo de coco COMPONENTES DA TNP – Emulsão lipídica a 20% (TCL/TCM): 40% de óleo de soja, 40% óleo de coco e 20% de óleo de oliva Lipídeos: Lipídeos de terceira geração COMPONENTES DA TNP – Emulsão lipídica a 20% (TCL/TCM): 30% de óleo de soja, 30% óleo de coco, 25% de óleo de oliva e 15% de óleo de peixe Lipídeos: Lipídeos de quarta geração • Eletrólitos • Vitaminas • Oligoelementos Componentes e Cálculo COMPONENTES DA TNP Componentes e Cálculo SISTEMAS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL SISTEMA 3:1 CHO, PTN , LIP SISTEMA 2:1 CHO, PTN • Objetivos específicos • Situação clínico-nutricional • Diagnóstico do paciente • Comorbidades associadas PRESCRIÇÃO & CÁLCULO – Avaliação nutricional do paciente – Determinar necessidades nutricionais de macro e micronutrientes PRESCRIÇÃO & CÁLCULO PASSO 1 VET: • Quando não há enfermidade ou risco de síndrome de realimentação: – Fórmula de bolso: 25 a 35 kcal/kg/dia PTN: • 1,2 g/kg/dia LIP: • 1,0 g/kg/dia Necessidades hídricas: • 30 ml/kg/dia ou 1 ml/kcal/dia – Avaliação do paciente – Determinar necessidades nutricionais de macro e micronutrientes PRESCRIÇÃO & CÁLCULO PASSO 1 EXEMPLO Paciente 1: Peso atual: 50 kg VET= 30 x 50= 1500 kcal/dia Hidratação: • 30 x 50= 1500 ml/dia – Determinar o tipo de solução de AA a ser utilizada – Calcular a quantidade de ptn a ser administrada em 24h e o volume correspondente a solução de AA escolhida PRESCRIÇÃO & CÁLCULO PASSO 2 Hipótese: Escolha de solução de AA a 10% Observação: Cada 100 ml de solução fornece 10 g de AA 10 g de AA ------ 100 ml 60 g de AA ------ x ml 60 x 100 ml = 600 ml de solução de AA a 10% 10 Necessidade de PTN do paciente 1: • 1,2 x 50 = 60 g/dia 240 kcal/dia Calculo da solução: – Determinar tipo de emulsão lipídica – Calcular a quantidade em gramas de lipídeos a ser administrada em 24h e o volume correspondente a emulsão escolhida PRESCRIÇÃO & CÁLCULO PASSO 3 Hipótese: Escolha de solução de lipídica de TCM/TCL a 20% Observação: Cada 100 ml de solução fornece 20 g de TCM/TCL 50 x 100 ml = 250 ml de solução de LIP a 20% 20 Observação: Cada 1 g de TCM/TCL a 20% fornece 9,5 kcal NECESSIDADES DE LIPIDEOS DO PACIENTE 1: • 1,0 x 50= 50 g/dia 475 kcal de lip Calculo da solução: 20 g de Lip ------ 100 ml 50 g de Lip ------ x ml – Calcular a quantidade de glicose a ser administrada em 24h, velocidade de infusão e volume correspondente a solução glicosada (a 5%, a 10%, a 25%, a 50% ou a 70%) PRESCRIÇÃO & CÁLCULO PASSO 4 CÁLCULO DAS CALORIAS REMANESCENTES: Kcal total (VET) – Kcal de ptn - kcal de lipídeos 1500 – 240 – 475 = 785 kcal ofertadas em forma de glicose GLICOSE: 785 kcal em forma de glicose: 785 ÷ 3,4 = 230, 88 g de glicose 50 g de glic ------ 100 ml 230,88 g de glic ------ x ml Observação: Cada 1 g de glicose fornece 3,4 kcal Hipótese: Escolha de solução de glicose a 50% Calculo da solução: 230,88 x 100 ml = 461,86 ml de solução de glicose a 50% 50 Obs: A quantidade de glicose é determinada a partir das calorias restantes para o alcance do VET do paciente REFERENCIAS 1. Determine a composição da bolsa de nutrição parenteral, para o paciente nas seguintes condições: Dados do paciente: Paciente S.L.M, 55 anos, sexo masculino, evoluindo com íleo paralítico prolongado, apresentando indicação de Terapia Nutricional Parenteral Exclusiva. • Peso atual: 60 kg • Altura: 1,65m • Circunferência do braço: 27 cm • Prega Cutânea Triciptal: 12mm Padrão da fórmula de nutrição parenteral: • Solução de aminoácidos a 10% • Solução de lipídeos a base de TCL/TCM a 20% • Solução de glicose a 50% PRESCRIÇÃO & CÁLCULO EXEMPLO 2 REFERENCIAS REFERÊNCIAS 1. CALIXTO-LIMA, L. Terapia de Nutrição Parenteral. In: REIS, NT; CALIXTO- LIMA, L. Nutrição Clínica: Bases para prescrição. 1ª Ed, Rio de Janeiro: Rubio, 2015, 253p. 2. PEREIRA, LCM; COELHO, SC; CALIXTO-LIMA, L; PEIXOTO, JCMS; GAGLIARDO, LC. Conceitos, indicações e contraindicações em nutrição parenteral. In: CALIXTO-LIMA, L et al. Manual de nutrição parenteral. 1ª Ed, Rio de Janeiro: Rubio, 2010. 11p.
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