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Aula 5 - Terapia Nutricional Enteral e Parenteral

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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
Fisiopatologia e Dieto 1 – 2020
Profª Sheila Guimarães
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL (TNEP)
“Solução ou emulsão, composta
basicamente de carboidratos,
aminoácidos, lipídios, vitaminas e
minerais, estéril e apirogênica,
acondicionada em recipiente de vidro
ou plástico, destinada à administração
intravenosa em pacientes desnutridos
ou não, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando à
síntese ou a manutenção dos tecidos,
órgãos ou sistemas.”
NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP)
Portaria Anvisa no272/1998
NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) 
Portaria Anvisa n° 337/1999
Alimento para fins especiais, com
ingestão controlada de nutrientes, na
forma isolada ou combinada, de
composição definida ou estimada,
especialmente formulada e elaborada
para uso por sondas ou via oral,
industrializado ou não, utilizada
exclusiva ou parcialmente para
substituir ou complementar a
alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas
necessidades nutricionais, em regime
hospitalar, ambulatorial ou domiciliar,
visando a síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas.
Quando iniciar a Terapia Nutricional 
(TN) Enteral e Parenteral
1. Estabilidade Hemodinâmica
– O paciente hipermetabólico
deve receber terapia
nutricional tão logo esteja
hemodinamicamente estável;
– Independente da via de
administração, geralmente
leva 2 a 5 dias para alcançar o
objetivo da terapia
nutricional. Portanto, é
razoável iniciar
imediatamente após o
paciente se tornar
hemodinamicamente estável;
• Condições básicas para a
Estabilidade
Hemodinâmica:
– Estabilização das funções
vitais e perfusão de tecidos;
– Função ácido-base dentro das
variações fisiológicas;
– Restabelecimento do balanço
hidroeletrolítico;
Quando iniciar a Terapia Nutricional 
(TN) Enteral e Parenteral
2. Tempo:
• A TN deve ser iniciada,
de preferência, em
tempo precoce;
• Classificação de Tempo e
indicação para inicio da TN:
– Precoce: dentro de 36
horas da internação e/ou
dentro de 48 horas do
evento traumático (ex.
cirurgia);
• O ideal são as primeiras 24
horas
– Intermediário: em 36
horas a 72 horas da
internação;
Decisão clínica em Terapia Nutricional 
Enteral e Parenteral – Seleção de via de acesso
Avaliação 
Nutricional
Desnutrição ou Risco 
Nutricional
Não
Aguardar e reavaliar
Sim
Trato Gastrintestinal funcionante?
Não
Nutrição 
Parenteral
Sim
Via Oral 
Adequada?
Não
Nutrição por 
Sonda
Sim
Alimentação 
Via Oral
Terapia Nutricional 
Enteral
Pacientes com TGI funcional (ex: AVC) ou 
parcialmente funcional (ex: câncer de esôfado), 
•Risco de desnutrição
→ ingestão oral incapaz de satisfazer 2/3 ou 3/4 das 
necessidades nutricionais por via oral (Dan, Krause e 
Cuppari) ou <60% das necessidades calculadas 
(Chemin): Trauma, Sepse, alcoolismo, queimaduras 
depressão grave
→ Pacientes que não conseguem/podem se 
alimentar : anorexia nervosa, inconscientes, lesão 
oral, AVC, doenças desmielizantes;
→ Alimentação comum causa desconforto: 
Pancreatite, Doença de Crohn, colite ulcerativa, 
quimioterapia, radioterapia
→ Disfunção do TGI: Fístula, síndrome de mal 
absorção.
INDICAÇÕES 
INDICAÇÕES 
Contra indicações 
Relativas ou temporárias:
• Obstrução intestinal; 
• Sangramento do TGI;
• Diarreia refratária (refratária às 
medidas de tratamento);
• Fístulas intestinais (alto débito - > 
500mL/dia);
• Isquemia do TGI;
• Instabilidade hemodinâmica;
• Íleo paralítico;
• Ausência de função intestinal por 
estase (íleo) pós-operatória 
(nutrientes no lúmen intestinal 
podem levar a necrose e isquemia);
• Doença terminal (risco sejam maior 
que o benefício).
→ Estimula a função digestiva e
absortiva e fatores hormonais
tróficos para mucosa;
→ Mantém pH e flora intestinal
normais, reforçando a barreira da
mucosa intestinal - evita
translocação bacteriana;
→ Reduz o crescimento bacteriano
oportunista no intestino delgado -
menor incidência de complicações
infecciosas em pacientes
cirúrgicos;
→Menor custo em relação à NPT.
BENEFÍCIOS
SONDAS
Dispositivo mais utilizado em 
NE 
Características
• Material biocompatível 
(poliuretano ou silicone);
• Resistentes a ação das 
secreções digestivas;
• Pequeno calibre
• Macias e flexíveis;
• Radiopacas (visível ao raio-
X).
Via de Acesso
1. AVALIAR O PERÍODO:
• Período Curto (< 6 semanas):
sonda com posicionamento
gástrico, duodenal ou jejunal.
• Período Longo (> 6 semanas):
ostomias de nutrição
(gastrostomia, jejunostomia,
gastrojejunostomia)
As ostomias evitam complicações pela 
permanência prolongada da sonda, 
como migração da sonda para o 
esôfago, aspiração pulmonar, lesão da 
mucosa do TGI pela ponta da sonda, 
infecção das vias aéreas do trato 
respiratório superior, estenose 
esofágica e paralisia das cordas vocais;
2. RISCO DE BRONCOASPIRAÇÃO : Posicionamento pós-pilórico
Via de Acesso
PRÉ - PILÓRICO PÓS - PILÓRICO
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO 
NUTRIÇÃO ENTERAL
1-CONTÍNUA
2- INTERMITENTE
Administração NE - Contínua
Técnica de administração:
(A) Gotejamento com utilização de bomba de infusão (BI): Permite maior 
controle da velocidade do volume infundido;
(B) Gotejamento por gravidade: infusão contínua porém sem auxílio da BI.
→Depende da equipe de enfermagem;
→Mais associada com cólicas e diarreia (sonda no intestino)
OBS: A cada 6-8h deve ser irrigada a sonda com 20 a 30 mLde água filtrada ou potável;
Técnica de administração:
➢ Bolo ou Bolus: administração, com auxilio 
de seringa, de 100 a 300mL de dieta no 
estômago a cada 3 a 5 horas por 2 a 6 
minutos;
➢ Gravitacional: administração, por 
gotejamento, de 100 a 500mL de dieta no 
estômago a cada 3 a 5h (100 a 150ml/h);
➢ Bomba de Infusão (BI): igual a gravitacional 
porém com controle de uma BI. 
Dependendo do volume pode-se fazer em 
sonda duodenal ou jejunal conforme 
adaptação do paciente; 
Administração NE - Intermitente
Administração NECONTÍNUA
INDICAÇÃO: 
• Retardo no esvaziamento 
gástrico
• Desnutrição grave (pode 
haver má absorção)
VANTAGENS:
• Maior tolerância a dietas 
hiperosmolares
• Menor risco de aspiração
• Maior segurança na infusão
• Adequada para 
alimentação noturna
DESVANTAGENS:
• Restrição do paciente ao 
leito
INTERMITENTE
INDICAÇÃO: 
• Esvaziamento gástrico 
usual e/ou nutrição enteral
domiciliar 
VANTAGENS:
• Permite ao paciente 
deambular 
• baixo custo
DESVANTAGENS:
• Não há.
CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE 
DIETAS ENTERAIS
É realizada por meio do conhecimento das necessidades nutricionais do 
paciente e a composição da fórmula (fontes de substratos)
Deve ser nutricionalmente completa e adequada para uso tanto em longos 
quanto em curtos períodos. Além disso, deve satisfazer as necessidades 
nutricionais do paciente, necessidades hídricas, ser bem tolerada, de fácil 
preparação. 
A capacidade digestiva e absortiva do paciente deve ser sempre avaliada, 
além da função renal e cardiorrespiratória.
Outros fatores que podem influenciar na escolha da fórmula enteral são o 
posicionamento e o calibre da sonda enteral, a duração da TNE, os 
aspectos econômicos relacionados ao paciente e/ou hospital, além da 
doença de base e situação clínica do paciente. 
CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE 
DIETAS ENTERAIS
Ex: um paciente que necessite de 2000 Kcal/dia e pode receber até 2000 mL 
de dieta por dia poderá receber uma formulação com densidade calórica de 
1,0 Kcal/mL. Pacientes com restrição hídrica poderão ter indicação de dietas 
com densidade calórica maior (1,5 a 2,0 Kcal/mL). Observe que esse mesmo 
paciente citado poderá receber 1000 mL de dieta por dia caso a densidade 
calórica seja de 2,0 Kcal/mL. 
1. Densidade calórica: Relação kcal da dieta / volume. 
Densidade > 1,5 podem provocar diarreia osmótica
Densidade calórica refere-se à quantidade de calorias que são fornecidas por 
mL de dieta pronta (expresso em Kcal/mL). No geral, a maioriadas dietas 
oferecem 1 Kcal para cada 1 mL.
Esse valor influenciará o volume de dieta que o paciente receberá pois dependerá 
também do total de calorias que o paciente irá receber e da tolerância do paciente à 
quantidade a ser infundida. 
Exemplo
• O cálculo da densidade X volume
1000 mL de dieta (volume)1000 Kcal (1.0) ----------------
2000 Kcal X----------------
Densidade Volume
• O cálculo da densidade X volume
1000 mL de dieta (volume)1500 Kcal (1.5) ----------------
2000 Kcal X----------------
Densidade Volume
Exemplo
• O cálculo do gotejamento contínuo por 24 h
24 horas1300 mL ----------------
Basta dividir o volume por 24 horas 
Exemplo cálculo gotejamento
54 mL por hora
• O cálculo do gotejamento intermitente em bolos
6 refeições1300 mL ----------------
Basta dividir pelo número de 
refeições/dia 
Exemplo cálculo gotejamento
217 mL/refeição
• O cálculo do gotejamento intermitente bomba de 
infusão
6 refeições1300 mL ----------------
Basta dividir pelo número de 
refeições/ dia 
Exemplo cálculo gotejamento
217 mL/ refeição
10 gotas/minuto
1. Densidade calórica: Relação kcal da dieta / volume. 
standard
2. Osmolalidade (plasma 275 - 300mOsm/Kg de água)
Número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em 
um quilograma de solvente (no nosso corpo água)
A osmolalidade de uma solução aumenta à medida que a 
concentração de solutos na solução aumenta.
Hipotônica: 280 – 300mOsm / Kg de água
Isotônica: 300 - 350mOsm / Kg de água
Levemente hipertônica: 350 -550mOsm / Kg de água
Hipertônica: 550 - 750mOsm / Kg de água
Acentuadamente hipertônica > 750mOsm / Kg de água
CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE 
DIETAS ENTERAIS
Dan, 2009
2. Osmolalidade
As proteínas, no geral, correspondem a 14 a 20 do valor calórico 
da formulação enteral.
A presença de proteínas na formulação enteral não está vinculada 
ao fornecimento de calorias, mas sim ao fato de promoverem 
aminoácidos, com o fim de promoverem a retenção nitrogenada e 
consequentemente aumento da massa muscular. Para isso, torna-
se imprescindível o suprimento de energia, de onde surge a 
relação “calorias não proteicas para cada grama de nitrogênio”. 
3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio)
CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE 
DIETAS ENTERAIS
Kcal não proteica: kcal de CHO e 
lipídeos
A quantidade de N fixado pelo organismo depende desta relação.
Assim as dietas enterais são classificadas de acordo com esta relação
< 150 kcal não proteica /Ng – Hiperproteica
150 – 250 (aproximadamente) kcal não proteica /Ng - Normoproteica
> 250 kcal não proteica /Ng - Hipoproteica
Cálculo g de N 
Em 6,25g de proteínas temos 1g de N
CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE 
DIETAS ENTERAIS
3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio)
Exemplo:
3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio)
Calcule a relação caloria não proteica / grama de N da 
seguinte fórmula enteral 
Composição:
Volume de dieta/densidade: 1.0 ou 1000 mL (1000 Kcal)
• Proteína: 16% (6g/100 mL)
• Carboidratos: 49% (18g/100 mL)
• Lipídeos 35% (5,8/100 mL)
• Primeiro devo passar as concentrações de 
nutrientes de 100 mL para para 1000 mL
6 g de ptn100 mL ----------------
1000 mL X----------------
60 g de ptn em 1000 mL de dieta
Exemplo
Proteínas
Segundo: Aplicar na fórmula Relação Kcal 
não proteica / N(g) 
Exemplo
180 58
60
720 522
9,6
1242
9,6
129,4 Kcal não proteicas
Definição dessa relação: 129,4:1 – dieta hiperproteica
4. Viscosidade:
Resistência que os fluidos apresentam ao escoamento
Características dos nutrientes das dietas enterais 
14 a 20% 
do GET
40 a 60% 
do GET
30 a 35% 
do GET
Características dos nutrientes das dietas enterais 
(A) Poliméricas: os nutrientes
encontram-se intactos,
necessitando ser digeridos
(polipeptídeos, polissacarídeo e
ácidos graxos de cadeia longa)
(B) Oligoméricas: São aquelas em
que os nutrientes encontram-se
parcialmente hidrolisados
(oligopeptídeos, maltodextrina
(oligossacarídeo)
(C) Elementares: os nutrientes
encontram-se totalmente
hidrolisados, prontos para serem
absorvidos (aminoácidos livres,
glicose e ácido graxo de cadeia
média).
D) Modulares: apresentação pura
ou quase que exclusiva de um
determinado nutriente.
Dietas enterais segundo os nutrientes
• Forma de preparo: artesanal ou industrializada
• Forma de apresentação: Pó para reconstituição: 
envelopes (60 a 96g) ou latas (300 a 400g); ou 
líquidas:
1)Semiprontas para uso: industrialmente
reconstituídas que se apresentam em latas, tetrapak
(230ml a 250mL) ou frascos (200ml a 500mL)
Requerem manipulação prévia à sua administração
2)Prontas para uso (sistema fechado): envasadas em
frascos e/ou bolsas próprias diretamente acopladas
aos equipos - “sistemas fechados” - volume em torno
de 500mL ou 1000mL.
Estéril, e apropriada para conexão ao equipo de 
administração
CATEGORIAS DIETAS ENTERAIS
Complicações da Nutrição Enteral
Anormalidades 
Gastrintestinais
Respiratórias
InfecciosasMecânicas
Metabólicas
• É importante avaliar o esvaziamento gástrico em NE;
• Presença de RG indica intolerância à alimentação e risco de 
regurgitação e aspiração;
• Procedimento adicional que evita broncoaspiração: uso de cabeceira 
elevada a 45º. 
• Recomenda-se uso de bromoprida para pacientes críticos, que 
apresentem alto resíduo gástrico.
Considera-se resíduo gástrico aumentado:
Volume > 200mL após infusão de 6 horas.
RESÍDUO GÁSTRICO (RG)
Complicações da Nutrição Enteral
• Anormalidades 
Gastrintestinais:
– São as mais comuns
– Náuseas e vômitos
– Estase gástrica
– Refluxo GE
– Distensão abdominal, 
cólicas
– Empachamento
– Flatulência
– Diarreia/constipação
• Metabólicas:
– Hiper ou desidratação
– Hiper ou hipoglicemia
– Distúrbio eletrolítico e de 
elementos-traços
– Alterações da função hepática
– Síndrome de Realimentação
Complicações da Nutrição Enteral
• Mecânicas:
– Erosão nasal e necrose
– Abscesso septonasal
– Sinusite aguda, rouquidão 
e otite
– Faringite
– Esofagite, ulceração 
esofágica, estenose
– Fístula traqueosofágica
– Ruptura de varizes 
esofágicas
– Obstrução da sonda
– Saída ou migração 
acidental da sonda
Complicações da Nutrição Enteral
• Infecciosas:
– Gastroenterocolites por
contaminação
microbiana (preparo,
utensílios e
administração)
Complicações da Nutrição Enteral
• Respiratórias:
– Aspiração pulmonar com 
síndrome de 
Mendelson* ou 
Pneumonia infecciosa
* Pnemonia causada por 
aspiração de conteúdo 
gástrico.
Complicações da Nutrição Enteral
Cuidados do preparo da Nutrição 
Enteral
• Necessários para
prevenir contaminação
microbiológica
• Desde a recepção dos
materiais, preparo,
distribuição e
administração das
dietas.
Higienização das Mãos e Antebraço
Uniformização para o preparo da Dieta Enteral
Higiene dos Utensílios e no Preparo
Terapia Nutricional 
Parenteral
Nutrição Parenteral
• Definição
• É a administração por via venosa dos 
nutrientes necessários (solução estéril) à 
manutenção dos processos vitais em 
condições semelhantes aquelas que são 
normalmente oferecidas à circulação após o 
processo absortivo. O TGI é excluído do 
processo.
INDICAÇÕES
• Pré-operatório: em pacientes desnutridos e com obstrução do
TGI alto;
• Complicações cirúrgicas pós-operatórias: fístulas intestinais e
infecção peritoneal;
• Pós-trauma: lesões múltiplas, queimaduras graves e infecção;
• Desordens do TGI: Vômitos crônicos e doença intestinal
infecciosa;
• Obstrução do TGI;
• Dç inflamatória intestinal: Colite ulcerativa e Doença de Chron;
• Condições pediátricas: prematuros, atresia de esôfago,
gastrosquise (evisceração dos órgãos abdominais), onfalocele
(herniação do intestino pela raiz umbilical) e diarreia crônica
intensa.
Sempre que o TGI estiver não funcionante, obstruído ou inacessível, sendo esta
condição presente por pelo menos 7 dias; peristaltismo ausente.
CONTRAINDICAÇÕES
❖TGI funcionante
❖ Instabilidade hemodinâmica:
hipovolemia, choque cardiogênico e
séptico;
❖ Edema agudo de pulmão;
❖ Anúria sem diálise;
❖ Distúrbios metabólicos e
eletrolíticos;
❖ Em pacientes que podem ingerir e
absorver quantidades significativas
de nutrientes via oral ou enteral,
suprindo até 60% das necessidades
calóricas;
❖ Em pacientes nos quais não se
pode definir claramente o objetivo
da terapia ou quando forem
utilizadas para prolongar a vida de
pacientes terminais.
Vantagens
Possibilitar nutrir o paciente durante quadro agudo. Minimizar a 
desnutrição que acompanha paciente crítico.
Desvantagens
Ultrapassa o processo fisiológico de absorção seletiva e metabolismo 
hepático; expõe o indivíduo à sobrecarga, maior risco de 
complicações metabólicas e infecciosas; maior custo; necessita de 
equipe especializada, monitorização clínica e laboratorial mais 
frequente 
TIPOS DE ACESSO
CENTRAL PERIFÉRICO
PERIFÉRICO
* Solução parenteral é administrada 
diretamente em uma veia periférica 
(geralmente na mão ou braço). 
* Indicada para períodos curtos (7 a 10 
dias) - não atinge necessidades.
* Osmolaridade deve ser < 900 mOsm/L 
para evitar flebite.
CENTRAL
* Solução é administrada diretamente 
numa veia central de grande calibre 
(subclávia ou jugular interna, que 
chega diretamente ao coração).
* Indicação: > 10dias. Atinge 
necessidades!
* Osmolaridade > 1000mOsm/L.
TIPOS DE ACESSO: PERIFÉRICO OU CENTRAL 
CENTRAL
* Estados alterados de coagulação sanguínea; enfisema 
pulmonar; deformidades torácicas; cirurgia ou 
irradiação prévia da região cervical; choque 
hipovolêmico grave; múltiplas punções anteriores.
PERIFÉRICA
* História de alergia a ovo ou emulsões lipídicas 
intravenosas; Disfunção hepática importante; HiperTG; 
IAM; Veias inadequadas; Uso de NE adequada e 
efetiva; Limitação de fluidos (2 a 3L /24h).
Contraindicações
O que considerar para escolher o 
acesso central ou periférico
Periférico Central
Interrupção da dieta por sonda, porém 
com previsão de retorno até 7 dias;
Intolerância à NE por mais de 7 dias
Suplementação à NE Acesso limitado à veia periférica ou 
impossibilidade de acesso central
Desnutrição leve à moderada Desnutrição grave
Taxa metabólica normal ou 
ligeiramente elevada;
Taxa metabólica moderada ou 
extremamente elevada;
Ausência de insuficiência orgânica 
que necessite de restrição hídrica
Insuficiência renal, cardíaca ou 
hepática que necessite de restrição 
hídrica
Nutrientes
Carboidratos: principal fonte é a glicose, que fornece 
3,4 kcal / g; utilizada até 35% (acesso central) 
e até 10% (acesso periférico). 
Lipídeos (geralmente 1g/kg/dia; máximo 2g/kg/dia)
TGCL é a principal fonte; também usado TCM que fornece 8,3 kcal / g;
AGE (linoleico) 2 a 4% do valor energético total
Proteínas: são usados aa (nunca proteínas); fornecem 4 kcal / g
Minerais : Na+, K+, Mg++, PO4
--e Ca++ são administrados de acordo com 
balanço hidroeletrolítico; Zn++, Cr++, Mn++ entre outros de acordo com a 
necessidade do paciente;
Vitaminas: geralmente são administradas abaixo do recomendado.
Lembrando: Solução de NP mistura homogênea e estável ; não deve 
conter partículas e corpos estranhos. Solução estéril
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/files/254--bolsa.bmp&imgrefurl=http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=254&usg=__pcJNflE65HPMcV3YQo54YTGyeHk=&h=138&w=90&sz=14&hl=pt-br&start=4&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=QJSVj3lxqzIGWM:&tbnh=93&tbnw=61&prev=/images?q=bolsa+de+nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral&um=1&hl=pt-br&sa=G&tbs=isch:1
Tipos de sistemas
Glicídico
Também chamado de “2 em 1”. É a assiociação de aminoácidos ,
glicose, vitaminas e minerais. Para assegurar o fornecimento de
ácido graxo essencial (AGE) a emulsão lipídica (10 a 20%), era
infundida tradicionalmente, duas vezes por semana separadamente
dos outros nutrientes, devido a instabilidade físico-química. As
evidências científicas mostraram efeitos colaterais indesejáveis do
sistema glicídico, embora ainda seja usado.
DESVANTAGENS: intolerância à glicose, deficiência de ácido 
graxo essencial (AGE), coma hiperosmolar não-cetótico, 
complicações técnicas e infecciosas pela presença de cateter 
em veias centrais;
INDICADA principalmente em pacientes com intolerância ou 
problemas quanto a utilização de lipídios (Ex. 
Hipertrigliceridemia).
Tipos de sistemas
Lipídico (conhecido como “3 em 1”)
É a associação de aminoácidos, glicose, lipídeos, vitaminas e minerais no
mesmo frasco (ou bolsa).
Mais fisiológico.
Sistema 3 em 1 (ou sistema lipídico)
* Soluções de aminoácidos, glicose, lipídios,
vitaminas e minerais na quantidade
adequada para administração diária em um
mesmo frasco ou bolsa de NPT;
CONTRAINDICAÇÕES: dislipidemias,
pancreatite aguda na fase hiperlipêmica,
insuficiência hepática.
INDICADA em planejamento dietético
prolongado mantendo adequadamente o
balanço nitrogenado (dependendo da
patologia associada). Vantagem: mais
balanceada e permite reduzir a oferta de
glicose.
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nutricao.vet.br/img/nutricao_parenteral.jpg&imgrefurl=http://www.nutricao.vet.br/proj.php&usg=___mb9s6YuNn3VyJAUQ1dS9hNC62I=&h=2048&w=1536&sz=931&hl=pt-br&start=4&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=xfOPp4bYzdUAWM:&tbnh=150&tbnw=113&prev=/images?q=nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral&um=1&hl=pt-br&sa=G&tbs=isch:1
Administração NP
Técnica de administração: Contínua (24h) ou Intermitente (períodos)
• Deve sempre ser feita utilizando bomba de infusão para controle da 
velocidade de gotejamento (risco de alterações metabólicas -
hiperglicemia);
• Necessita a presença de equipo estéril com filtro que não deve ser 
reaproveitado;
• Volume inicial vai depender das condições metabólicas do paciente e 
podendo iniciar com 25 a 50mL/h;
• A progressão da conduta terapêutica depende da estabilidade metabólica 
e deve ocorrer gradativamente podendo chegar a 100 a 120ml/h;
• O acesso venoso deve ser de uso exclusivo da NP, caso seja paciente de 
difícil acesso utilizar cateter de dupla luz;
OBS: Em caso de interrupção ou término da NP administração de soro 
glicosado a 10% por 12h.
COMPLICAÇÕES
•Mecânicas: 
Obstrução do cateter – trombose;
•Infecciosas
Sépsis, devido à infecção do 
cateter central, geralmente fungo 
(candida), estafilococos ou germes 
gram negativos.
•Metabólicas: hipoglicemia, 
hiperglicemia, retenção de CO2; 
sobrecarga de aminoácidos, 
deficiência de AGE.
Referências
CUPPARI L. Guia de Nutrição – Nutrição Clínica no Adulto. 
Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – UNIFESP/Escola 
Paulista de Medicina. 2ª edição rev. Barueri, SP: Manole, 2005.
WAITZBERG, Dan Linetsky. Nutrição oral, enteral e parenteral 
na prática clínica. 4ª ed. rev. atual. São Paulo: Atheneu, 2009. 2 
v.
WAITZBERG, Dan Linetsky; DIAS, Maria Carolina Gonçalves 
(Coord.). Guia básico de terapia nutricional: manual de boas 
práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 196 p.

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