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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL Fisiopatologia e Dieto 1 – 2020 Profª Sheila Guimarães TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL (TNEP) “Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou a manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.” NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP) Portaria Anvisa no272/1998 NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) Portaria Anvisa n° 337/1999 Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Quando iniciar a Terapia Nutricional (TN) Enteral e Parenteral 1. Estabilidade Hemodinâmica – O paciente hipermetabólico deve receber terapia nutricional tão logo esteja hemodinamicamente estável; – Independente da via de administração, geralmente leva 2 a 5 dias para alcançar o objetivo da terapia nutricional. Portanto, é razoável iniciar imediatamente após o paciente se tornar hemodinamicamente estável; • Condições básicas para a Estabilidade Hemodinâmica: – Estabilização das funções vitais e perfusão de tecidos; – Função ácido-base dentro das variações fisiológicas; – Restabelecimento do balanço hidroeletrolítico; Quando iniciar a Terapia Nutricional (TN) Enteral e Parenteral 2. Tempo: • A TN deve ser iniciada, de preferência, em tempo precoce; • Classificação de Tempo e indicação para inicio da TN: – Precoce: dentro de 36 horas da internação e/ou dentro de 48 horas do evento traumático (ex. cirurgia); • O ideal são as primeiras 24 horas – Intermediário: em 36 horas a 72 horas da internação; Decisão clínica em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral – Seleção de via de acesso Avaliação Nutricional Desnutrição ou Risco Nutricional Não Aguardar e reavaliar Sim Trato Gastrintestinal funcionante? Não Nutrição Parenteral Sim Via Oral Adequada? Não Nutrição por Sonda Sim Alimentação Via Oral Terapia Nutricional Enteral Pacientes com TGI funcional (ex: AVC) ou parcialmente funcional (ex: câncer de esôfado), •Risco de desnutrição → ingestão oral incapaz de satisfazer 2/3 ou 3/4 das necessidades nutricionais por via oral (Dan, Krause e Cuppari) ou <60% das necessidades calculadas (Chemin): Trauma, Sepse, alcoolismo, queimaduras depressão grave → Pacientes que não conseguem/podem se alimentar : anorexia nervosa, inconscientes, lesão oral, AVC, doenças desmielizantes; → Alimentação comum causa desconforto: Pancreatite, Doença de Crohn, colite ulcerativa, quimioterapia, radioterapia → Disfunção do TGI: Fístula, síndrome de mal absorção. INDICAÇÕES INDICAÇÕES Contra indicações Relativas ou temporárias: • Obstrução intestinal; • Sangramento do TGI; • Diarreia refratária (refratária às medidas de tratamento); • Fístulas intestinais (alto débito - > 500mL/dia); • Isquemia do TGI; • Instabilidade hemodinâmica; • Íleo paralítico; • Ausência de função intestinal por estase (íleo) pós-operatória (nutrientes no lúmen intestinal podem levar a necrose e isquemia); • Doença terminal (risco sejam maior que o benefício). → Estimula a função digestiva e absortiva e fatores hormonais tróficos para mucosa; → Mantém pH e flora intestinal normais, reforçando a barreira da mucosa intestinal - evita translocação bacteriana; → Reduz o crescimento bacteriano oportunista no intestino delgado - menor incidência de complicações infecciosas em pacientes cirúrgicos; →Menor custo em relação à NPT. BENEFÍCIOS SONDAS Dispositivo mais utilizado em NE Características • Material biocompatível (poliuretano ou silicone); • Resistentes a ação das secreções digestivas; • Pequeno calibre • Macias e flexíveis; • Radiopacas (visível ao raio- X). Via de Acesso 1. AVALIAR O PERÍODO: • Período Curto (< 6 semanas): sonda com posicionamento gástrico, duodenal ou jejunal. • Período Longo (> 6 semanas): ostomias de nutrição (gastrostomia, jejunostomia, gastrojejunostomia) As ostomias evitam complicações pela permanência prolongada da sonda, como migração da sonda para o esôfago, aspiração pulmonar, lesão da mucosa do TGI pela ponta da sonda, infecção das vias aéreas do trato respiratório superior, estenose esofágica e paralisia das cordas vocais; 2. RISCO DE BRONCOASPIRAÇÃO : Posicionamento pós-pilórico Via de Acesso PRÉ - PILÓRICO PÓS - PILÓRICO FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO NUTRIÇÃO ENTERAL 1-CONTÍNUA 2- INTERMITENTE Administração NE - Contínua Técnica de administração: (A) Gotejamento com utilização de bomba de infusão (BI): Permite maior controle da velocidade do volume infundido; (B) Gotejamento por gravidade: infusão contínua porém sem auxílio da BI. →Depende da equipe de enfermagem; →Mais associada com cólicas e diarreia (sonda no intestino) OBS: A cada 6-8h deve ser irrigada a sonda com 20 a 30 mLde água filtrada ou potável; Técnica de administração: ➢ Bolo ou Bolus: administração, com auxilio de seringa, de 100 a 300mL de dieta no estômago a cada 3 a 5 horas por 2 a 6 minutos; ➢ Gravitacional: administração, por gotejamento, de 100 a 500mL de dieta no estômago a cada 3 a 5h (100 a 150ml/h); ➢ Bomba de Infusão (BI): igual a gravitacional porém com controle de uma BI. Dependendo do volume pode-se fazer em sonda duodenal ou jejunal conforme adaptação do paciente; Administração NE - Intermitente Administração NECONTÍNUA INDICAÇÃO: • Retardo no esvaziamento gástrico • Desnutrição grave (pode haver má absorção) VANTAGENS: • Maior tolerância a dietas hiperosmolares • Menor risco de aspiração • Maior segurança na infusão • Adequada para alimentação noturna DESVANTAGENS: • Restrição do paciente ao leito INTERMITENTE INDICAÇÃO: • Esvaziamento gástrico usual e/ou nutrição enteral domiciliar VANTAGENS: • Permite ao paciente deambular • baixo custo DESVANTAGENS: • Não há. CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE DIETAS ENTERAIS É realizada por meio do conhecimento das necessidades nutricionais do paciente e a composição da fórmula (fontes de substratos) Deve ser nutricionalmente completa e adequada para uso tanto em longos quanto em curtos períodos. Além disso, deve satisfazer as necessidades nutricionais do paciente, necessidades hídricas, ser bem tolerada, de fácil preparação. A capacidade digestiva e absortiva do paciente deve ser sempre avaliada, além da função renal e cardiorrespiratória. Outros fatores que podem influenciar na escolha da fórmula enteral são o posicionamento e o calibre da sonda enteral, a duração da TNE, os aspectos econômicos relacionados ao paciente e/ou hospital, além da doença de base e situação clínica do paciente. CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE DIETAS ENTERAIS Ex: um paciente que necessite de 2000 Kcal/dia e pode receber até 2000 mL de dieta por dia poderá receber uma formulação com densidade calórica de 1,0 Kcal/mL. Pacientes com restrição hídrica poderão ter indicação de dietas com densidade calórica maior (1,5 a 2,0 Kcal/mL). Observe que esse mesmo paciente citado poderá receber 1000 mL de dieta por dia caso a densidade calórica seja de 2,0 Kcal/mL. 1. Densidade calórica: Relação kcal da dieta / volume. Densidade > 1,5 podem provocar diarreia osmótica Densidade calórica refere-se à quantidade de calorias que são fornecidas por mL de dieta pronta (expresso em Kcal/mL). No geral, a maioriadas dietas oferecem 1 Kcal para cada 1 mL. Esse valor influenciará o volume de dieta que o paciente receberá pois dependerá também do total de calorias que o paciente irá receber e da tolerância do paciente à quantidade a ser infundida. Exemplo • O cálculo da densidade X volume 1000 mL de dieta (volume)1000 Kcal (1.0) ---------------- 2000 Kcal X---------------- Densidade Volume • O cálculo da densidade X volume 1000 mL de dieta (volume)1500 Kcal (1.5) ---------------- 2000 Kcal X---------------- Densidade Volume Exemplo • O cálculo do gotejamento contínuo por 24 h 24 horas1300 mL ---------------- Basta dividir o volume por 24 horas Exemplo cálculo gotejamento 54 mL por hora • O cálculo do gotejamento intermitente em bolos 6 refeições1300 mL ---------------- Basta dividir pelo número de refeições/dia Exemplo cálculo gotejamento 217 mL/refeição • O cálculo do gotejamento intermitente bomba de infusão 6 refeições1300 mL ---------------- Basta dividir pelo número de refeições/ dia Exemplo cálculo gotejamento 217 mL/ refeição 10 gotas/minuto 1. Densidade calórica: Relação kcal da dieta / volume. standard 2. Osmolalidade (plasma 275 - 300mOsm/Kg de água) Número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em um quilograma de solvente (no nosso corpo água) A osmolalidade de uma solução aumenta à medida que a concentração de solutos na solução aumenta. Hipotônica: 280 – 300mOsm / Kg de água Isotônica: 300 - 350mOsm / Kg de água Levemente hipertônica: 350 -550mOsm / Kg de água Hipertônica: 550 - 750mOsm / Kg de água Acentuadamente hipertônica > 750mOsm / Kg de água CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE DIETAS ENTERAIS Dan, 2009 2. Osmolalidade As proteínas, no geral, correspondem a 14 a 20 do valor calórico da formulação enteral. A presença de proteínas na formulação enteral não está vinculada ao fornecimento de calorias, mas sim ao fato de promoverem aminoácidos, com o fim de promoverem a retenção nitrogenada e consequentemente aumento da massa muscular. Para isso, torna- se imprescindível o suprimento de energia, de onde surge a relação “calorias não proteicas para cada grama de nitrogênio”. 3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio) CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE DIETAS ENTERAIS Kcal não proteica: kcal de CHO e lipídeos A quantidade de N fixado pelo organismo depende desta relação. Assim as dietas enterais são classificadas de acordo com esta relação < 150 kcal não proteica /Ng – Hiperproteica 150 – 250 (aproximadamente) kcal não proteica /Ng - Normoproteica > 250 kcal não proteica /Ng - Hipoproteica Cálculo g de N Em 6,25g de proteínas temos 1g de N CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO NA SELEÇÃO DE DIETAS ENTERAIS 3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio) Exemplo: 3. Relação Kcal não proteica / N(g) (N= nitrogênio) Calcule a relação caloria não proteica / grama de N da seguinte fórmula enteral Composição: Volume de dieta/densidade: 1.0 ou 1000 mL (1000 Kcal) • Proteína: 16% (6g/100 mL) • Carboidratos: 49% (18g/100 mL) • Lipídeos 35% (5,8/100 mL) • Primeiro devo passar as concentrações de nutrientes de 100 mL para para 1000 mL 6 g de ptn100 mL ---------------- 1000 mL X---------------- 60 g de ptn em 1000 mL de dieta Exemplo Proteínas Segundo: Aplicar na fórmula Relação Kcal não proteica / N(g) Exemplo 180 58 60 720 522 9,6 1242 9,6 129,4 Kcal não proteicas Definição dessa relação: 129,4:1 – dieta hiperproteica 4. Viscosidade: Resistência que os fluidos apresentam ao escoamento Características dos nutrientes das dietas enterais 14 a 20% do GET 40 a 60% do GET 30 a 35% do GET Características dos nutrientes das dietas enterais (A) Poliméricas: os nutrientes encontram-se intactos, necessitando ser digeridos (polipeptídeos, polissacarídeo e ácidos graxos de cadeia longa) (B) Oligoméricas: São aquelas em que os nutrientes encontram-se parcialmente hidrolisados (oligopeptídeos, maltodextrina (oligossacarídeo) (C) Elementares: os nutrientes encontram-se totalmente hidrolisados, prontos para serem absorvidos (aminoácidos livres, glicose e ácido graxo de cadeia média). D) Modulares: apresentação pura ou quase que exclusiva de um determinado nutriente. Dietas enterais segundo os nutrientes • Forma de preparo: artesanal ou industrializada • Forma de apresentação: Pó para reconstituição: envelopes (60 a 96g) ou latas (300 a 400g); ou líquidas: 1)Semiprontas para uso: industrialmente reconstituídas que se apresentam em latas, tetrapak (230ml a 250mL) ou frascos (200ml a 500mL) Requerem manipulação prévia à sua administração 2)Prontas para uso (sistema fechado): envasadas em frascos e/ou bolsas próprias diretamente acopladas aos equipos - “sistemas fechados” - volume em torno de 500mL ou 1000mL. Estéril, e apropriada para conexão ao equipo de administração CATEGORIAS DIETAS ENTERAIS Complicações da Nutrição Enteral Anormalidades Gastrintestinais Respiratórias InfecciosasMecânicas Metabólicas • É importante avaliar o esvaziamento gástrico em NE; • Presença de RG indica intolerância à alimentação e risco de regurgitação e aspiração; • Procedimento adicional que evita broncoaspiração: uso de cabeceira elevada a 45º. • Recomenda-se uso de bromoprida para pacientes críticos, que apresentem alto resíduo gástrico. Considera-se resíduo gástrico aumentado: Volume > 200mL após infusão de 6 horas. RESÍDUO GÁSTRICO (RG) Complicações da Nutrição Enteral • Anormalidades Gastrintestinais: – São as mais comuns – Náuseas e vômitos – Estase gástrica – Refluxo GE – Distensão abdominal, cólicas – Empachamento – Flatulência – Diarreia/constipação • Metabólicas: – Hiper ou desidratação – Hiper ou hipoglicemia – Distúrbio eletrolítico e de elementos-traços – Alterações da função hepática – Síndrome de Realimentação Complicações da Nutrição Enteral • Mecânicas: – Erosão nasal e necrose – Abscesso septonasal – Sinusite aguda, rouquidão e otite – Faringite – Esofagite, ulceração esofágica, estenose – Fístula traqueosofágica – Ruptura de varizes esofágicas – Obstrução da sonda – Saída ou migração acidental da sonda Complicações da Nutrição Enteral • Infecciosas: – Gastroenterocolites por contaminação microbiana (preparo, utensílios e administração) Complicações da Nutrição Enteral • Respiratórias: – Aspiração pulmonar com síndrome de Mendelson* ou Pneumonia infecciosa * Pnemonia causada por aspiração de conteúdo gástrico. Complicações da Nutrição Enteral Cuidados do preparo da Nutrição Enteral • Necessários para prevenir contaminação microbiológica • Desde a recepção dos materiais, preparo, distribuição e administração das dietas. Higienização das Mãos e Antebraço Uniformização para o preparo da Dieta Enteral Higiene dos Utensílios e no Preparo Terapia Nutricional Parenteral Nutrição Parenteral • Definição • É a administração por via venosa dos nutrientes necessários (solução estéril) à manutenção dos processos vitais em condições semelhantes aquelas que são normalmente oferecidas à circulação após o processo absortivo. O TGI é excluído do processo. INDICAÇÕES • Pré-operatório: em pacientes desnutridos e com obstrução do TGI alto; • Complicações cirúrgicas pós-operatórias: fístulas intestinais e infecção peritoneal; • Pós-trauma: lesões múltiplas, queimaduras graves e infecção; • Desordens do TGI: Vômitos crônicos e doença intestinal infecciosa; • Obstrução do TGI; • Dç inflamatória intestinal: Colite ulcerativa e Doença de Chron; • Condições pediátricas: prematuros, atresia de esôfago, gastrosquise (evisceração dos órgãos abdominais), onfalocele (herniação do intestino pela raiz umbilical) e diarreia crônica intensa. Sempre que o TGI estiver não funcionante, obstruído ou inacessível, sendo esta condição presente por pelo menos 7 dias; peristaltismo ausente. CONTRAINDICAÇÕES ❖TGI funcionante ❖ Instabilidade hemodinâmica: hipovolemia, choque cardiogênico e séptico; ❖ Edema agudo de pulmão; ❖ Anúria sem diálise; ❖ Distúrbios metabólicos e eletrolíticos; ❖ Em pacientes que podem ingerir e absorver quantidades significativas de nutrientes via oral ou enteral, suprindo até 60% das necessidades calóricas; ❖ Em pacientes nos quais não se pode definir claramente o objetivo da terapia ou quando forem utilizadas para prolongar a vida de pacientes terminais. Vantagens Possibilitar nutrir o paciente durante quadro agudo. Minimizar a desnutrição que acompanha paciente crítico. Desvantagens Ultrapassa o processo fisiológico de absorção seletiva e metabolismo hepático; expõe o indivíduo à sobrecarga, maior risco de complicações metabólicas e infecciosas; maior custo; necessita de equipe especializada, monitorização clínica e laboratorial mais frequente TIPOS DE ACESSO CENTRAL PERIFÉRICO PERIFÉRICO * Solução parenteral é administrada diretamente em uma veia periférica (geralmente na mão ou braço). * Indicada para períodos curtos (7 a 10 dias) - não atinge necessidades. * Osmolaridade deve ser < 900 mOsm/L para evitar flebite. CENTRAL * Solução é administrada diretamente numa veia central de grande calibre (subclávia ou jugular interna, que chega diretamente ao coração). * Indicação: > 10dias. Atinge necessidades! * Osmolaridade > 1000mOsm/L. TIPOS DE ACESSO: PERIFÉRICO OU CENTRAL CENTRAL * Estados alterados de coagulação sanguínea; enfisema pulmonar; deformidades torácicas; cirurgia ou irradiação prévia da região cervical; choque hipovolêmico grave; múltiplas punções anteriores. PERIFÉRICA * História de alergia a ovo ou emulsões lipídicas intravenosas; Disfunção hepática importante; HiperTG; IAM; Veias inadequadas; Uso de NE adequada e efetiva; Limitação de fluidos (2 a 3L /24h). Contraindicações O que considerar para escolher o acesso central ou periférico Periférico Central Interrupção da dieta por sonda, porém com previsão de retorno até 7 dias; Intolerância à NE por mais de 7 dias Suplementação à NE Acesso limitado à veia periférica ou impossibilidade de acesso central Desnutrição leve à moderada Desnutrição grave Taxa metabólica normal ou ligeiramente elevada; Taxa metabólica moderada ou extremamente elevada; Ausência de insuficiência orgânica que necessite de restrição hídrica Insuficiência renal, cardíaca ou hepática que necessite de restrição hídrica Nutrientes Carboidratos: principal fonte é a glicose, que fornece 3,4 kcal / g; utilizada até 35% (acesso central) e até 10% (acesso periférico). Lipídeos (geralmente 1g/kg/dia; máximo 2g/kg/dia) TGCL é a principal fonte; também usado TCM que fornece 8,3 kcal / g; AGE (linoleico) 2 a 4% do valor energético total Proteínas: são usados aa (nunca proteínas); fornecem 4 kcal / g Minerais : Na+, K+, Mg++, PO4 --e Ca++ são administrados de acordo com balanço hidroeletrolítico; Zn++, Cr++, Mn++ entre outros de acordo com a necessidade do paciente; Vitaminas: geralmente são administradas abaixo do recomendado. Lembrando: Solução de NP mistura homogênea e estável ; não deve conter partículas e corpos estranhos. Solução estéril http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/files/254--bolsa.bmp&imgrefurl=http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=254&usg=__pcJNflE65HPMcV3YQo54YTGyeHk=&h=138&w=90&sz=14&hl=pt-br&start=4&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=QJSVj3lxqzIGWM:&tbnh=93&tbnw=61&prev=/images?q=bolsa+de+nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral&um=1&hl=pt-br&sa=G&tbs=isch:1 Tipos de sistemas Glicídico Também chamado de “2 em 1”. É a assiociação de aminoácidos , glicose, vitaminas e minerais. Para assegurar o fornecimento de ácido graxo essencial (AGE) a emulsão lipídica (10 a 20%), era infundida tradicionalmente, duas vezes por semana separadamente dos outros nutrientes, devido a instabilidade físico-química. As evidências científicas mostraram efeitos colaterais indesejáveis do sistema glicídico, embora ainda seja usado. DESVANTAGENS: intolerância à glicose, deficiência de ácido graxo essencial (AGE), coma hiperosmolar não-cetótico, complicações técnicas e infecciosas pela presença de cateter em veias centrais; INDICADA principalmente em pacientes com intolerância ou problemas quanto a utilização de lipídios (Ex. Hipertrigliceridemia). Tipos de sistemas Lipídico (conhecido como “3 em 1”) É a associação de aminoácidos, glicose, lipídeos, vitaminas e minerais no mesmo frasco (ou bolsa). Mais fisiológico. Sistema 3 em 1 (ou sistema lipídico) * Soluções de aminoácidos, glicose, lipídios, vitaminas e minerais na quantidade adequada para administração diária em um mesmo frasco ou bolsa de NPT; CONTRAINDICAÇÕES: dislipidemias, pancreatite aguda na fase hiperlipêmica, insuficiência hepática. INDICADA em planejamento dietético prolongado mantendo adequadamente o balanço nitrogenado (dependendo da patologia associada). Vantagem: mais balanceada e permite reduzir a oferta de glicose. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nutricao.vet.br/img/nutricao_parenteral.jpg&imgrefurl=http://www.nutricao.vet.br/proj.php&usg=___mb9s6YuNn3VyJAUQ1dS9hNC62I=&h=2048&w=1536&sz=931&hl=pt-br&start=4&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=xfOPp4bYzdUAWM:&tbnh=150&tbnw=113&prev=/images?q=nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral&um=1&hl=pt-br&sa=G&tbs=isch:1 Administração NP Técnica de administração: Contínua (24h) ou Intermitente (períodos) • Deve sempre ser feita utilizando bomba de infusão para controle da velocidade de gotejamento (risco de alterações metabólicas - hiperglicemia); • Necessita a presença de equipo estéril com filtro que não deve ser reaproveitado; • Volume inicial vai depender das condições metabólicas do paciente e podendo iniciar com 25 a 50mL/h; • A progressão da conduta terapêutica depende da estabilidade metabólica e deve ocorrer gradativamente podendo chegar a 100 a 120ml/h; • O acesso venoso deve ser de uso exclusivo da NP, caso seja paciente de difícil acesso utilizar cateter de dupla luz; OBS: Em caso de interrupção ou término da NP administração de soro glicosado a 10% por 12h. COMPLICAÇÕES •Mecânicas: Obstrução do cateter – trombose; •Infecciosas Sépsis, devido à infecção do cateter central, geralmente fungo (candida), estafilococos ou germes gram negativos. •Metabólicas: hipoglicemia, hiperglicemia, retenção de CO2; sobrecarga de aminoácidos, deficiência de AGE. Referências CUPPARI L. Guia de Nutrição – Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. 2ª edição rev. Barueri, SP: Manole, 2005. WAITZBERG, Dan Linetsky. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ª ed. rev. atual. São Paulo: Atheneu, 2009. 2 v. WAITZBERG, Dan Linetsky; DIAS, Maria Carolina Gonçalves (Coord.). Guia básico de terapia nutricional: manual de boas práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 196 p.
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