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puerpério Definição É o período que transcorre desde a dequitação até a fisiologia materna voltar ao seu estado anterior, com exceção das mamas, que apresentam alterações progressivas. Popularmente esse período é conhecido como “dieta” pós-parto e pode ser considerado entre 35 e 40 dias após o nascimento. Puer=criança parere=parir Duração e Classificação DURAÇÃO: 6 a 8 semanas. CLASSIFICAÇÃO: - Imediato: primeiras horas do pós parto - Mediato: do 2º até o 10ºdia pós-parto - Tardio: vai do 11º até o 42ºdia - Remoto: inicia-se no 42ºdia até a completa recuperação das alterações determinadas pela gestação e parto, e o retorno dos ciclos menstruais normais; duração imprecisa. Modificações no puerpério Involução Uterina Dias subsequentes: involução lenta (0,7 a 1,5 cm/dia), sendo que até o 10º dia o útero deixa de ser um órgão abdominal e passa a ser um órgão pélvico. Lóquios São secreções eliminadas durante o puerpério, sendo classificada de acordo com sua coloração. Rubra: coloração vermelho-vivo do 2° ao 3° dia Fúcsia: coloração vermelho-escuro do 3° ao 4° dia Flava: coloração amarelada do 5° ao 10° dia Alba: coloração esbranquiçada do 10° dia em diante Os lóquios que se apresentam em abundância podem indicar hemorragia, e quando apresentam uma parada brusca, pode significar um quadro infeccioso, devendo observar também seu aspecto e odor. Neste caso, infeccioso tem um aspecto purulento e odor fétido. Vagina, vulva e períneo Voltam ao seu estado normal a partir da diminuição dos lóquios. A enfermagem deve avaliar nesse período: As condições da episiotomia A presença de hematomas e sinais de infecção Se necessário, realizar curativos diários Orientar a puérpera quanto a higiene local. A pigmentação da linha nigra tende a desaparecer. O peso corporal tende a diminuir, geralmente seis quilos logo após o parto, e de dois a três quilos nas semanas seguintes, gradativamente. Pode ocorrer constipação, devido a flacidez dos músculos abdominais e perineais. Pode apresentar dificuldade para urinar. Humor variável nos primeiros dias causando choro, excitação ou desânimo. Podem ocorrer quadros de depressão pós-parto. Cuidados de Enfermagem no puerpério Verificar os sinais vitais, de 6/6h. Observar estado das mucosas e hidratação. Estimular a ingesta hídrica nas primeiras 48h. Encorajar a deambulação precoce. Verificar involução uterina e sua consistência, bem como o aspecto da ferida operatória, em caso de cesárea. Inspecionar diariamente o períneo: condições de higiene, cicatrização da episiotomia ou laceração, presença de edema, hematoma e sinais de inflamação. Observar e registrar lóquios: cor, odor, quantidade e aspecto. Fazer ou orientar para higiene vulvar e perineal Avaliar continuamente o estado das mamas e mamilos: consistência, temperatura, sinais de apojadura, ingurgitamento, fissura mamilar, bloqueio de ductos, produção láctea. Controlar micção: presença ou ausência, volume, frequência e distúrbios urinários. Controlar e registrar diariamente a função intestinal, bem como a presença de hemorróidas. Apojadura: é o preparo da mama para a produção de leite, Neste período, as mamas ficam maiores e bem cheias, por igual, e algumas vezes quentes. 11 Observar continuamente membros inferiores a fim de detectar sinais precoces de tromboses e flebites. Avaliar o estado emocional da mãe e aceitação da maternidade. Identificar o nível de conhecimento da puérpera em relação aos cuidados com o RN: limpeza do coto umbilical, banho, vestuário, alimentação e imunização. Administrar medicamentos prescritos (analgesia) Cuidados de Enfermagem no Puerpério Tardio e Remoto Características fisiológicas e patológicas dos lóquios. Estado e cuidados com as lacerações perineais. Higiene e nutrição. Exercícios físicos visando recuperar o tônus da musculatura abdominal e perineal. Retorno da atividade sexual Amamentação. Planejamento familiar. Consultas: puerperal e pediátricas. Imunização do RN. Complicações no puerpério Hemorragia pós-parto É o sangramento em excesso que ocorre desde o momento do nascimento até o final do puerpério. Causas: Atonia: exaustão do músculo Lacerações: localizadas na parte baixa da parede vagial, podendo ser profundas e extensas. Retenção do tecido placentário: o fragmento retido pelo tecido placentário pode causar sangramento, pois não permite que os vasos sejam contraídos. Infecção puerperal É a presença de bactérias patogênicas no trato genital antes ou durante o trabalho de parto. Trombose venosa É o acumulo de sangue nas extremidades inferiores, resultando na formação de um trombo pela diminuição do tônus venoso por ação hormonal na musculatura lisa dos vasos na gestação. Mastite É uma inflamação que ocorre nas mamas, devido a agentes patológicos durante o processo de amamentação Cistite É uma infecção comum do trato urinário após o parto. Muitas vezes pode estar associada à sondagem vesical tanto de alívio como de demora, que se fez necessário durante o parto. Roda de Conversa Leitura do artigo “Crenças e tabus relacionados ao cuidado no pós-parto: o significado para um grupo de mulheres “ Posicionar a turma em círculo e proceder com a discussão do artigo, abordando a metodologia do estudo e resultados. Depois discutir a luz das evidências científicas os cinco temas centrais: “Tá de resguardo, aí o cuidado é o dobro”; Cuidado com alimentos “reimosos”; Cuidado com a “friagem”; “Tem que ficar mais tranquila (...) Tem que ficar mais deitada” e Relação sexual: “precisa terminar o resguardo”. Lavf56.16.102
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