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1- Potenciais Bioeletricos

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POTENCIAIS BIOELÉTRICOS
Existem potenciais elétricos através das membranas de praticamente todas as células do corpo. Além disso, algumas células, como as células nervosas e as dos músculos, são capazes de gerar impulsos eletroquímicos que se modificam com grande rapidez em suas membranas, e esses impulsos são usados para transmitir sinais por toda a membrana dos nervos e músculos. 
Potencial de Membrana ou de Repouso
Causado pela Diferença entre as concentrações iônicas nas duas faces da membrana
Na Figura acima, a concentração de potássio é maior na face internada membrana da fibra nervosa (A) e bastante baixa na sua face externa (B)
Vamos então assumir que a membrana nesse instante é permeável aos íons potássio e a mais nenhum outro íon
Por causa do alto gradiente de concentração do potássio, de dentro para fora, existe forte tendência para que maior número de íons potássio se difunda para fora através da membrana (vão para o lado B)
Quando o fazem, eles levam cargas elétricas positivas para o exterior, criando assim eletropositividade da face externa da membrana e eletronegatividade na interna, por causa dos ânions negativos que permanecem no interior, não se difundindo para fora com o potássio. Em cerca de um milissegundo, a diferença de potencial entre as partes interna e externa, chamada potencial de difusão, passa a ser suficientemente grande para bloquear a difusão efetiva do potássio para o exterior, apesar do alto gradiente de concentração dos íons potássio. 
Desse modo, nas duas partes da figura, vê-se que as diferenças entre as concentrações iônicas nos dois lados de membrana seletivamente permeável podem, sob condições apropriadas, criar potencial de membrana
Potencial de Ação
A Figura acima resume os eventos sequenciais que ocorrem durante e logo após o potencial de ação
A parte de baixo da figura mostra as alterações na condutância da membrana para os íons sódio e potássio. Durante o período de repouso, antes que o potencial de ação se inicie, a condutância para os íons potássio é cerca de 50 a 100 vezes maior que a condutância para os íons sódio. Isso é causado pelo maior vazamento dos íons potássio que dos íons sódio pelos canais de vazamento
Todavia, com o desencadeamento do potencial de ação, o canal de sódio instantaneamente é ativado, permitindo aumento de até 5.000 vezes da condutância do sódio. Então, o processo de inativação fecha os canais de sódio em fração de milissegundo
O desencadeamento do potencial de ação 
causa também a regulação pela voltagem da abertura dos canais de potássio, fazendo com que ela ocorra mais lentamente, em fração de milissegundo após a abertura dos canais de sódio
Ao final do potencial de ação, o retorno do potencial de membrana ao estado negativo faz com que os canais de potássio se fechem novamente, voltando a seu estado original mas, de novo, somente após retardo adicional de um milissegundo ou mais.
A parte do meio da figura mostra a proporção entre as condutâncias do sódio e do potássio a cada instante, durante o potencial de ação, e logo acima é mostrado o potencial de ação propriamente dito. Durante a parte inicial do potencial de ação, a proporção entre as condutâncias do sódio e potássio aumenta por mais de
10 vezes. Por isso, muito mais íons sódio fluem para o interior da fibra do que os íons potássio para o exterior
Essa é a causa de o potencial de membrana ficar positivo no início do potencial de ação
Em seguida, os canais de sódio começam a se fechar, e os canais de potássio a se abrir, de modo que a proporção entre as condutâncias varia para o predomínio da condutância do potássio, aumentando em muito a condutância do potássio e reduzindo a condutância do sódio
Isso permite perda muito rápida dos íons potássio para o exterior mas, virtualmente, fluxo nulo de íons sódio para o interior. Consequentemente, o potencial de ação rapidamente retorna ao seu nível basal
Potenciais de ação no músculo cardíaco
No músculo cardíaco varia de -85 a -95mV 
Nas fibras de Purkinje o potencial varia de-90 a -100mV
Potencial de Ação: atinge +20mV (potencial de ultrapassagem) apresentando uma ponta inicial seguida de um platô que dura 0,2s no músculo atrial e 0,3s no ventricular; a contração dura de 3 a 15x mais na fibra cardíaca.
Longo Potencial e Platô:
a) Canais rápidos de sódio
b) Canais lentos de cálcio-sódio permanecem abertos, o que causa a longa despolarização
c) Permeabilidade ao K+ (5x) durante o platô
Potencial em Platô
Em alguns casos, a membrana estimulada não se repolariza imediatamente após a despolarização; ao contrário, o potencial permanece como platô perto do pico do potencial em ponta, por vários milissegundos e somente então é que se inicia a repolarização
Pode-se ver facilmente que o platô prolonga muito o período de despolarização. Esse tipo de potencial de ação ocorre nas fibras musculares do coração, onde o platô dura por período de 0,2 a 0,3 segundo e faz com que a contração dos músculos do coração dure por esse mesmo período de tempo
Atividade Elétrica do Músculo Liso Gastrointestinal
É quase contínua e apresenta 2 tipos de ondas:
1)Ondas Lentas – ritmo das contrações é determinado pelas ondas lentas
2) Potencial em Ponta – ocorre quando se atinge – 40mV (normal = -50 a -60mV), aumenta o potencial em ondas lentas aumentando a frequência dos potenciais em ponta
Duração é de 10 a 40x maior que nas fibras nervosas (10 a 20 ms)
Na geração de potenciais no músculo liso gastrointestinal a ação dos canais de membrana é diferente porque há entrada de Ca++ e pequena de Na+ (canais de Ca++ - Na+)
Estímulo causa abertura do canal de sódio, o sódio entra ocorre a repulsão elétrica o canal de Na se fecha, sai K e tem repouso elétrico

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