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Tabela comparativa - Acidentes com animais peçonhentos

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Bothrops Crotalus Lackesis Micrurus 
Fosseta loreal Fosseta loreal Fosseta loreal Sem fosseta 
Cauda lisa Cauda com chocalho Cauda com escamas arrepiadas Com anéis coloridos 
Dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis. Dentes inoculadores fixos e pouco desenvolvidos. 
Acidente Ações do veneno Clinica Classificação Complicações Diagnóstico Tratamento 
Botrópico 
Proteolítica: proteases, 
fosfolipases. Edemas, bolhas e 
necrose. 
Coagulante: ativa consumo de 
fatores de coagulação, 
promovendo seu consumo e 
gerando produtos da degradação 
de fibrina e fibrinogênio. 
Plaquetopenia e incoagubilidade 
sanguínea. 
Hemorrágica: hemorraginas 
lesam o endotélio do vaso, 
plaquetopenia e alteração da 
coagulação. 
Local: dor, edema endurado e 
bolhas. Equimoses, 
sangramentos e necrose. 
Sistêmicas: sangramentos de 
ferimentos preexistentes, 
gengivorragias, epistaxe, 
hematêmese, hematúria, 
náuseas, vômitos, sudorese, 
hipotensão e choque. 
Leve: dor e edema local, 
com ou sem sangramento e 
alteração no TC. 
Moderada: dor e edema 
que ultrapassa o segmento 
anatômico picado, 
hemorragias locais ou 
gengivorragia, epistaxe, 
hematúria. 
Grave: dor e edema 
endurado que pode atingir 
todo o membro picado, 
pode surgir bolhas e sinais 
de isquemia por 
compressão do feixe 
vásculo-nervoso. 
Locais: Sindrome 
compartimental: compressão do 
feixe vásculo-nervoso pelo 
edema causando isquemia de 
extremidades: dor, paresteisa, 
diminuição de temperatura, 
cianose e déficit motor. Abcesso: 
infecções, bactérias da boca do 
animal, pele ou contaminantes. 
Necrose: ação proteolítica e 
isquêmica. 
Sistêmicas: Choque: liberação de 
substâncias vasoativas, sequestro 
de liquido pelo edema ou 
hemorragias. IRA: ação direta do 
veneno, isquemia, hipotensão, 
desidratação e choque. 
Alteração no TC 
Leucocitose com 
neutrofilia e desvio à 
esquerda 
VHS elevado e 
plaquetopenia 
EAS: proteinúria, 
hematúria, leucocitúria. 
Função renal: detectar 
IRA 
ELISA 
Soro antibotrópico IV. Se 
TC alterado 24h após adm, 
nova dose. 
Leve: 2-4 ampolas 
Moderado: 4-8 ampolas 
Grave: 12 ampolas 
Manter elevado e estendido 
o segmento picado 
Analgesia 
Hidratação 
Antibioticoterapia se 
infecção 
Crotálico 
Neurotóxica: neurotoxina de 
ação pré-sináptica inibindo a 
liberação de Ach. 
Miotóxica: rabdomiólise. 
Coagulante: incoagubilidade 
sanguínea. 
Local: parestesia local ou 
regional, edema e eritema. 
Sistêmicas: prostração, 
sudorese, náuseas, vômitos, 
xerostomia, fácies miastêmica, 
flacidez de musculatura, 
alteração do diâmetro pupilar, 
oftalmoplegia, visão turva, 
diplopia, mialgias. 
Leve: sintomas 
neurotóxicos de 
aparecimento tardio, sem 
mialgia ou alteração de 
urina. 
Moderada: sintomas 
neurotóxicos de instalação 
precoce, mialgia e urina 
podem estar alterados. 
Grave: sintomas 
neurotóxicos como fácies 
miastênica e fraqueza 
muscular, mialgia 
generalizada, oligúria ou 
anúria. 
Local: parestesia que dura 
semanas. 
Sistêmicas: IRA. 
Aumento de CPK, 
LDH,AST, ALT e 
aldolase, Aumento de TC. 
Leucocitose com 
neutrofilia e desvio à 
esquerda. 
Soro anticrotálico IV 
Leve: 5 ampolas. 
Moderada: 10 ampolas. 
Grave: 20 ampolas. 
Hidratação 
Diurese osmótica com 
manitol 20% ou diuréticos 
de alça 
Alcalinização da urina: 
bicarbonato de sódio via 
parenteral, diminui a 
precipitação intratubular de 
mioglobina. 
Laquético 
Proteolítica 
Coagulante 
Hemorrágica 
Neurotóxica: estimulação vagal 
Local: dor e edema que podem 
progredir por todo o membro, 
vesículas e bolhas de conteúdo 
seroso ou serohemorrágico, 
fenômenos hemorrágicos 
limitados ao local da picada. 
Sistêmicas: síndrome vagal, 
Sempre considerado 
moderado ou grave. 
Grandes serpentes, maior 
quantidade de veneno. 
Gravidade de acordo com 
as manifestações 
sistêmicas. 
Local: Sindrome 
compartimental, necrose, 
abcesso, déficit funcional. 
 
TC, hemograma, uréia, 
creatinina e eletrólitos 
Soro antilaquético IV 10-
20 ampolas 
Manter elevado e estendido 
o segmento picado 
Analgesia 
Hidratação 
Antibioticoterapia se 
hipotensão, tonturas, 
escurecimento da visão, 
bradicardia, cólicas abdominais 
e diarreias. 
infecção 
Elapídico 
Neurotóxico de ação pré-
sináptica: bloqueia liberação de 
Ach. 
Neurotóxica de ação pós-
sináptica: competem com Ach 
pelos receptores colinérgicos na 
junção neuromuscular, 
semelhante ao curare. 
Local: dor e parestesia. 
Sistêmica: vômitos, fraqueza 
muscular progressiva, ptose, 
oftalmoplegia, facies 
miastenica, dificuldade de ficar 
ereto, mialgia, disfagia, 
insuficiência respiratória. 
 
Soro antielapídico IV 10 
ampolas 
Ventilar o pct 
Atropina: antagonista 
muscarínico 
Neostigmina: reversão da 
sintomatologia respiratória. 
Escorpionismo 
Efeitos nos canais de sódio, 
produzindo despolarização das 
terminações nervosas pós 
ganglionares com liberação de 
catecolaminas. 
Local: dor local e parestesias. 
Sistêmicas: hipo ou 
hipertermia, sudorese profusa, 
náuseas, vômitos, sialorréia, 
diarreia, arritmias, hipo ou 
hipertensão, ICC e choque, 
taquidispnéia, edema pulmonar 
agudo, agitação confusional e 
tremores. 
Leve: dor e parestesia 
local. 
Moderado: dor local, 
sudorese, náuseas, 
vômitos, taquicardia, 
taquipnéia, hipertensão. 
Grave: sudorese, vômitos 
incoercíveis, sialorréia, 
alternância de prostração e 
agitação, bradicardia, IC, 
edema pulmonar, choque, 
convulsões, coma. 
 
ECG: simula IAM. 
RX de tórax 
Glicemia elevada 
Hemograma 
Eletrólitos 
Soro antiescorpiônico IV 
nas formas moderada 2-3 
ampolas e graves 4-6 
ampolas 
Sintomático: infiltração de 
lidocaína 2% sem 
vasoconstritor. 
Manutenção das funções 
vitais. 
Phoneutria 
Ativação e retardo da inativação 
dos canais de sódio que causa 
despolarização e favorece a 
liberação de Ach e 
catecolaminas. 
Dor, edema, eritema e 
parestesias. 
Leve: sintomatologia 
local. 
Moderada: taquicardia, 
hipertensão, sudorese, 
agitação e vômitos. 
Grave: crianças, 
sialorréia, diarreia, 
priapismo, hipotensão, 
choque, edema pulmonar. 
 
Leucocitose com 
neutrofilia 
Hiperglicemia 
Acidose metabólica 
Taquicardia sinusal 
Soro nas formas graves 
Infiltração de lidocaína 2% 
sem vasoconstritor. 
Analgesia sistêmica: 
dipirona. 
Loxoceles 
Enzima que atua nas membranas 
celulares principalmente 
endotélio vascular e hemácias. 
Ativação do complemento, 
fatores de coagulação e 
plaquetas, inflamação, obstrução 
de pequenos vasos, edema, 
hemorragia e necrose. 
Forma cutânea: dor, edema 
endurado e eritema. 
Lesão incaracterística: bolha 
serosa, edema, calor, rubor, 
com ou sem queimação. 
Lesão sugestiva: bolha, 
enduração, equimose, dor em 
queimação. 
Lesão característica: dor 
emqueimação, hemorragia 
focal, áreas de isquemia e 
necrose. 
Leve: lesão 
incaracterística ou sem 
alteração clínica ou 
laboratorial. 
Moderada: lesão 
sugestiva ou característica 
podendo ou não haver rash 
cutâneo, cefaleia e mal-
estar. 
Grave: Lesão 
característica e alterações 
clinico laboratoriais de 
IC 
Perda tecidual 
Cicatrizes 
IRA 
Forma cutânea: 
leucocitose e neutrofilia 
Forma cutâneo-visceral: 
anemia, plaquetopenia, 
aumento de bilirrubina 
indireta, aumento de 
potássio, creatinina, uréia, 
coagulograma alterado. 
Soro antiaracnídico se 
moderado 5 ampolas e 
grave 10 ampolas + 
predinisona 
Analgésicos 
Antissepsia local 
Antibioticoterapia 
sistêmica 
Remoção de escara 
Transfusão se anemia grave 
Manejo da IRA. 
 
Tipo de intoxicação Ação Farmacocinética Clínica Diagnóstico Tratamento 
CARBAMATOS E 
ORGANOFOSFORADOS 
Inibidores da acetilcolinesterase, 
acumula Ach nas sinapses, 
aumentando a resposta nos 
receptores muscarínicos e 
nicotínicos. 
Carbamato: reversível 
Organofosforado: irreversível 
Bem absorvidos por ingestão, 
inalação, pele e mucosas. 
Lipofílicos. Metabolizados pelo 
fígadoe excretados na urina. 
Aguda: muscarínicas: salivação, 
sudorese, lacrimejamento, 
hipersecreção brônquica, 
bradicardia, miose, vômitos e 
diarreia. Nicotínicas: 
taquicardia, hipertensão, 
midríase, fasciculações, fraqueza 
muscular. Centrais: agitação, 
cefaleia, tontura e convulsões. 
Sindrome intermediária: 
paralisia da musculatura 
proximal e respiratória. 
Desordens neuropsiquiátricas: 
sonolência, ansiedade, alteração 
de memória, delírio, 
agressividade e alucinação. 
Hemograma 
Glicemia 
Função renal e hepática 
Gasometria 
Eletrólitos 
Método de Ellman: 
determinação da atividade 
enzimática, sangue total, plasma 
ou eritrocitária. 
Monitorar sinais vitais 
Desobstruir vias aéreas 
Manter acesso venoso 
Hidratação 
Descontaminação: retirar 
vestimentas e calçados, banho 
com H2O e sabão neutro. 
Lavagem gástrica com SF 0,9% 
e adm de carvão ativado por 
SNG. 
Se vômitos, só carvão. 
Sulfato de atropina IV até 
atropinização plena 
(desaparecimento dos sintomas 
muscarínicos), diminuir dose 
conforme melhora 
Oximas: reativação da 
acetilcolinesterase, depende da 
gravidade. 
Sintomáticos: Diazepam, repor 
volume ou drogas vasoativas, 
antibioticoterapia. 
Forma cutâneo-visceral: 
anemia, icterícia, 
hemoglobinúria, petéquias, 
equimoses, CIVS, IRA. 
hemólise intravascular. 
Latrodectus 
Atua sob terminações nervosas 
sensitivas provocando liberação 
de neurotransmissores 
adrenérgicos e colinérgicos, 
aumentando a permeabilidade 
para sódio e potássio. 
Local: Dor local e sensação de 
queimadura, papula 
eritematosa, sudorese e lesões 
puntiformes, hiperestesia, placa 
urticariforme. 
Sistêmica: tremores, 
ansiedade, excitabilidade, 
prurido, dor em MMII, 
contração da musculatura 
periódica. Contratura facial, 
trismo dos masseteres, 
taquicardia que evolui para 
bradicardia, náuseas, vômitos, 
priapismo, ejaculação, retenção 
urinária, ptose, hiperemia 
conjuntival e midríase. 
 
Diagnóstico laboratorial 
inespecífico 
Soro antilatrodectus 1-2 
ampolas se moderado ou 
grave 
Analgésicos 
Benzodiazepínicos 
ORGANOCLORADOS 
Interferem no fluxo de sódio e 
potássio na membrana axonal, 
hiperexcitação do SNC. 
Bem absorvidos por via oral, 
dérmica variável, pouco 
inalatória. Lipofílico, eliminação 
por excreção biliar. 
Cefaléia, náuseas, vômitos, 
paresestesia de língua, lábios e 
face, tremores, confusão mental, 
convulsões e coma. 
Hemograma, glicemia, função 
renal e hepática, gasometria e 
eletrólitos. 
Monitorar sinais vitais 
Desobstruir vias aéreas 
Manter acesso venoso 
Hidratação 
Banho com H2O e sabão neutro. 
Lavagem gástrica com SF 0,9% 
e adm de carvão ativado por 
SNG. 
Não há antídotos. 
Eliminação por doses repetidas 
de carvão ativado 
Sintomáticos: benzodiazepínicos, 
beta-bloqeuadroes para arritmias 
e antibioticoterapia. 
 
Agente Risco Material biológico Conduta imediata Quimioprofilaxia 
HIV 
0,3% em acidentes percutâneos e 0,09 % 
após exposições em mucosas 
Sangue, sêmen e secreções vaginais. 
Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, 
pericárdico), líquido amniótico, líquor e 
líquido articular. 
 
Recomenda-se a lavagem exaustiva do 
local exposto com água e sabão nos 
casos de exposições percutâneas ou 
cutâneas, a utilização de soluções anti-
sépticas degermantes é uma opção. Nas 
exposições de mucosas, deve-se lavar 
exaustivamente com água ou com 
solução salina fisiológica. 
2 ITRN: AZT + 3TC (preferencialmente 
em um mesmo comprimido) 
2 ITRN + 1 IP: AZT + 3TC + NFV ou 
AZT + 3TC + IDV/r 
LEGENDA 
ITRN: inibidores da transcriptase 
reversa análogos de nucleotídeos 
AZT: zidovudina 
3TC: lamivudina 
IP: inibidores de protease 
NFV: nelfinavir 
IDV\r: indinavir\ritonavir 
HBV 
Depende do grau de exposição ao 
sangue e presença ou não do antígeno 
HBeAg. Exposição percutânea varia 
entre 22 a 31%. 
Se paciente-fonte apresenta só 
presença de HBsAg (HBeAg negativo) 
varia de 1 a 6%. 
Sangue 
Vacinação: 3 doses da vacina com 
intervalos de 0, 1 e 6 meses. Um a dois 
meses após a última dose, o teste 
sorológico anti-HBs pode ser realizado 
para confirmação da resposta vacinal 
 
Imunoglobulina hiperimune contra 
HB: não respondedor deve. Proteção por 
3-6 meses após adm. 
 
HCV 
Após exposição percutânea com sangue 
é de 1.8%. 
Sangue 
Não existem medidas específicas a não 
ser prevenção do acidente. 
Acadêmica: Juliana Rabelo da Silva Sousa.

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