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TRAUMA TORÁCICO! T R A U M A Trauma = doença (deve ser tratado como uma) possui ínidice de mortalidade elevado, e é um grave problema social, principalmente em jovens; — principal causa de óbito nas primeiras quatro décadas de vida. — prognóstico – depende dos cuidados iniciais (primeiras horas = golden hours); Sequencia de tratamento (abcde) ———— A. via aérea B. ventilação/respiração C. circulação D. disfunção/estado neurológico E. exposição/controle do ambiente E P I D E M I O L O G I A mortalidade do trauma isolado de tórax : 12% lesão torácica: 25% das mortes no trauma trauma torácico é comum – 1/3 das internações de urgência inidicação de toracotomia: 10% dos traumas fechados, 15-30% dos ferimentos penetrantes. F I S I O P A T O L O G I A alterações fisiopatológicas determinadas pelo trauma torácico: - hipoxemia: oferta inadequada de o2 (hipovolemia, alteração v/q, alterações pressóricas intratorácicas) - acidemia: hipoperfusão tecidual - hipercapnia: ventilação inadequada M E C A N I S M O S DO T R A U M A - atropelamento: mecanismo de lesão pode ser dividido em três estapas (impacto contra o para-choque dianteiro, contra o capô e para-brisas e contra o solo) - colisão automobilística: pode ocorrer em capotamentos, ou ainda de forma frontal, posterior, lateral e angular. - ferimento penetrante (arma de fogo ou arma branca): são ferimentos por objetos que penetram na pele e têm como característica a transferência de energia concentrada em uma pequena área. - colisão ciclística ou motociclística - queda : a extensão e a gravidade das lesão relacionam-se com a altura, com a capaciade de deformação da superfície, com a parte do corpo que sofre o primeiro impacto e com o fato de ocorrerem ou não outros impactos durante o trajeto até o impacto final no solo. — traumas que acometem a zona de ziedler (cardiac box) são lesões potencialmente fatais. — A P R E S E N T A Ç Ã O C L Í N I C A estáveis mais de 80% dos casos, menor risco de morbidade e mortalidade. mecanismo de trauma, quadro clínico e exames complementares. instáveis 20% dos casos, maior risco de morbidade e mortalidade. mecanismo de trauma e quadro clínico. manifestações mais comuns: pneumotórax, hemotórax, contusão pulmonar, fraturas de arcos costais. situações específicas: ferimentos mediastinais, lesões traqueobrônquicas, ruptura de aorta, trauma de diafragma. A V A L I A Ç Ã O avaliação primária e reanimação: identificar e tratar as lesões que representam risco imediato de morte. avaliação secundária e tratamento: identificar e tratar utras lesões torácicas com potencial risco de morte. A V A L I A Ç Ã O P R I M Á R I A lesões que ameaçam a vida: via aérea, ventilação, circulação. Via Aérea ———————————— lesões de laringe (raras), lesão da articulação esterno clavicular com luxação posterior da cabeça da clavícula com obstrução da ia aérea = estridor Ventilação ————————————— 1. Pneumotórax hipertensivo: acúmulo progressivo de ar sob pressão, colapso pulmonar, desvio do mediastino – compressão/ distorção veia cava - diagnóstico clínico: dispnéia grave, mv ausente, taquicardia, hipotensão, distensão das veias do pescoço (podendo ser turgência ou hipertensão venosa) - achados adicionais: redução da excursão da parede torácica (expansão torácica), “hipertimpanismo” à percussão. - conduta: descompressão imediata com cateter calibroso, em sequência drenagem torácica/ pleural. * drenagem pleural: . assepsia + antissepsia . 4° ou 5° eic (espaço intercostal) . anestesia local (xilocaína): pele, tcsc (tecido celular subcutâneo), pleura. na borda superior da costela inferior. . incisão na pele . divulsão dos planos com pinça kelly (separação por tensão) na borda superior da costela inferior. . abertura da cavidade . introdução do dreno . fixação à pele . conexão a sistema fechado. 2. Pneumotórax aberto (ou ferida torácica aspirativa) – grande lesão da parede torácica - lesões de combate, explosões, faf (ferimento por arma de fogo), fab (ferimento por arma branca). - conduta: cobertura do ferimento com fixação do curativo em três lados. 3.Tórax Instável (retalho costal móvel) e contusão pulmonar - 60-75% do volume inspiratório resulta da contração diafragmática e 25-40% do volume inspiratório é decorrente do movimento da caixa torácica (lesão em questão) - diagnóstico clínico: dor intensa à palpação, crepitação óssea, equimose, espasmo muscular, respiração paradoxal. - contusão pulmonar associada: tc tórax – diagnóstico precoce e prognóstico (ventilação mecânica >30% de lesão) - hipoxia – aumenta em 10 vezes a mortalidade - instabilidade torácica mecânica + contusão pulmonar + dor = insuficiência respiratória. - tratamento: controle álgico - analgesia: bloqueio intercostal, analgesia controlada pelo paciente (pic), opióides - ventilação: o2 suplementar, cpap fisioterapia, ventilação mecânica. - controle de infusão hídrica - possível osteossíntese (intervenção cirúrgica) Circulação ———————————— 1. Hemotórax: acúmulo de sangue no espaço pleural - trauma fechado - ferimentos penetrantes - hemotórax maciço: acúmulo rápido >= 1500 ml de sangue - diagnóstico: choque + ausência de mv + macicez à percussão - tratamento: reposição volêmica e drenagem pleural - intercorre em: laceração pulmonar, artérias intercostais, artérias torácicas internas, vasos hilares, grandes vasos. 2. Tamponamento cardíaco – evento resultante do acúmulo progessivo de líquido na cavidade pericárdica. - relacionado a quantidade de líquido, velocidade de acúymulo, complacência do pericárdio - diagnóstico clínico: tríade de beck – elevação da pvc (pressão venosa central), hipotensão, abafamento de bulhas; ultrassom fast (se disponível) - ultrassom fast – janelas: 1- saco pericárdico 2- espaço hepatorrenal 3- espaço esplenorrenal 4- janela suprapúbica - punção de marfan - junção xifocondral e - ângulo 45 ° - agulha sentido cranial - complicações T O R A C O T O M I A Indicações ————————————— - hipotensão persistente - descompensação após resposta inicial positiva - drenagem inicial >20ml/kg - sangramento persistente >7ml/kg/h Toracotomia de reaniamção na sala de emergência ———————————— indicações: parada cardíaca com sinais de vida na cena incial, pas<50mmhg após ressucitação volêmica, choque grave com sinais de tamponamento. - evacuação de sangue no pericárdio - controle hemorragia intratorácica - massagem cardíaca interna/ desfibrilação interna - clampeamento da aorta descendente - lesões cardíacas - principal causa de morte na cena do evento - hospitalar: 80% de mortalidade - ventrículo direito é o mais afetado, seguido do átrio direito e demais câmaras, coronárias e valvas A V A L I A Ç Ã O S E C U N D A R I A identificar e tratar lesões torácicas potencialmente fatais; 1. Pneumotórax simples - observar/considerar drenagem torácica 2. Hemotórax simples - drenagem torácica 3. Contusão pulmonar - presente em 75%, expressão variável (clínica, radiológica, tomográfica) 4. Vias aéreas - lesões traqueobrônquicas – raras - trauma fechado: desaceleração, cisalhamento - potencialmente fatal (demora diagnóstica e múltiplas lesões) - enfisema subcutâneo, hemoptise - formas de apresentação: —> comunicação com espaço pleural: “fuga aérea” elevada = fístula de alto débito —> comunicação com mediastino: pneumomediastino - realizarbroncoscopia e tomografia computadorizada 5. Contusão cardíaca (contusão miocárdica – arritmias 72hs) - commotio cordis (morte cardíaca súbita) - contusão miocárdica - ruptura atrial - ruptura de septo i-v (civ pós traumática) (comunicação intraventricular) - dissecção ou trombose coronária - lasceração valvar - zona de ziedler (janela pericárdica – fast/eco) – 2eic – 10eic - 30% são assintomáticos 6. Ruptura traumática da aorta - alto índice de mortalidade na cena do evento - potencialmente tratáveis – ruptura incompleta próxima ao ligamento arterioso - anormalidades radiológicas: alargamento do mediastino, obliteração do cajado aórtico, apagamento da janela pulmonar, hemotórax, fratura do primeiro e segundo arco costal ou da escápula. - tratamento endovascular 7. Ruptura traumática do diafragma - trauma fechado – lesões radiaias = herniação precoce - trauma penetrante – pequenos ferimentos, herniação tardia - lado esquero 70% - lado direito – fígado protege por isso porcentagem menor - exame clínico seriado: - rx inespecífico 15-50% (lembrando que falso negativo é igual a 30%) - rx contrastado - lavagem peritoneal - fast/ultrassonografia - ressonância magnética - tomografia - laparoscopia/toracoscopia - difragma: laparoscopia/toracoscopia – pacientes assintomáticos - mortalidade: precoce (o-5%) e tardia (7-48%) - trauma fechado (1-5%) 8. Lesões esofágicas - pode estar associada a lesões de traquéia - mais comum em lesões penetrantes - rara no trauma fechado – lascerações lineares no esôfago interior. complicações: mediastinite/empiema pleural - ruptura esofágica condições sugestivas: - trauma na região esternal interor ou epigástrico - pneumotórax ou hemotórax sem fraturas de costelas - ar no mediastino - líquido de drenagem suspeito diagnóstico: endoscopia O U T R A S M A N I F E S T A Ç O E S - enfisema subcutâneo isolado - esmagamento torácico - compressão aguda e transitória da veia cava superior - graus variáveis de edema em tronco, face e membros - fraturas de arcos costais, esterno e escápula - arcos costais - fraturas do 1-3 sugerem lesões traumáticas de alta magnitude - fraturas do 4-9 maioria dos traumas fechados - fraturas do 10-12 sugerem lesões hepatoesplênicas associadas - esterno: contusão pulmonar e cardíaca - escápula: sugere lesões traumáticas de alta magnitude - ferimentos transfixante de mediastino: busca ativa de lesões
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