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trauma torácico

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CIRURGIA GERAL 
 
ANATOMIA 
A lesão de tórax é comum no doente com trauma 
multissistêmico e pode apresentar problemas com 
risco de vida, se não forem prontamente 
identificados durante a avaliação primária. 
CASO CLÍNICO 
Homem, 25 anos, vítima de ferimento por arma de 
fogo em região anterior hemotórax esquerdo 
● Pressão arterial: 80/55 mm Hg; frequência 
cardíaca: 124 bpm; frequência respiratória: 26 ipm; 
saturação O2 =91% 
● Avaliação inicial: Glasgow 15, via aérea pérvia 
O que faz suspeitar que este doente possa ter lesão 
torácica? 
Como avaliar a presença de possíveis lesões 
torácicas neste doente? 
Como fazer para detectar causas de morte e salvar 
a vida deste paciente? 
 
Choque hipovolêmico. Hemopneumotórax. 
PROPEDÊUTICA DO TÓRAX 
o Inspeção 
o Palpação 
o Percussão 
o Ausculta 
INSPEÇÃO 
− Observar a expansibilidade torácica e ver se 
está simétrica bilateralmente 
− Observar ferimentos aparentes 
− Aferição da frequência respiratória 
 
Trauma no volante do carro. 
ENFISEMA DE SUBCUTÂNEO 
• Lesão de via aérea 
• Pneumotórax 
• Lesão por explosão 
 
Sensação da pele como se fosse aqueles plásticos 
bolhas ou uma bexiga. 
PALPAÇÃO 
− Palpar o subcutâneo → verificar se há enfisema 
− Palpar estruturas ósseas na detecção de 
possíveis fraturas 
− Palpação do frêmito tóraco-vocal – não se usa 
no trauma 
PERCUSSÃO 
Percussão normal do tórax: timpânico (no lado 
direito no 5° EIC o som é maciço por conta do 
fígado) 
Hipertimpanismo: pneumotórax 
Macicez: hemotórax 
AUSCULTA 
Som normal: murmúrio vesicular difusamente 
Diminuição ou ausência: pneumotórax, hemotórax 
CIRURGIA GERAL 
 
Estertores: presença de sangue no parênquima 
pulmonar (alvéolos)→ contusão pulmonar 
Na propedêutica torácica, a avaliação radiológica 
é essencial. 
AVALIAÇÃO DO RX TÓRAX – MÉTODO ABCDEF 
ABCDE do trauma no atendimento inicial. 
A: Airway – vias aéreas com proteção cervical 
B: Breathing – ventilação e respiração 
C: Circulation – conter hemorragias e manutenção 
do status hemodinâmicos 
D: Disalbility – status neurológico 
E: Exposition – expor o paciente, proteção 
hipotermia 
F: fios e outros dispositivos dentro do tórax. 
Após ABCDE, avaliação secundária. 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (ABCDE DO TRAUMA) 
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO (BREATHING) 
Avaliar e manter oxigenação e ventilação 
adequadas 
• Frequência respiratória 
• Movimentação torácica 
• Entrada de ar 
• Saturação de oxigênio 
OBJETIVOS 
1. Identificar as lesões com risco de vida imediato 
durante a avaliação primária 
2. Identificar as lesões potencialmente fatais no 
trauma torácico 
3. Descrever o significado de pneumotórax, 
hemotórax e tamponamento cardíaco 
LUGARES MAIS FREQUENTES ACOMETIDAS: 
 
Entre crianças com menos de 12 meses de vida que 
apresentam fraturas de costela, 82% foram por 
causas não acidentais (ou seja, abuso físico) 
MECANISMOS DE LESÃO 
Trauma aberto ou penetrante: Projétil de arma de 
fogo; Arma branca; Encravamento 
Trauma fechado: Pancada; Cair da laje (lesão na 
laringe, coluna cervical, fraturas – hipofaringe/ 
esôfago) 
ÁREA PERIGOSA DE ZIEDLER 
 
Causa significativa de mortalidade do trauma 
torácico: 
• Trauma fechado: < 10% precisam de operação 
• Ferimentos penetrantes: 15-30% precisam de 
operação 
• Maioria: Procedimentos simples 
• A maior parte das lesões com risco de vida é 
identificada na avaliação primária 
− Lesão laringotraqueal / Obstrução de via aérea 
− Pneumotórax hipertensivo 
− Pneumotórax aberto 
− Tórax instável e contusão pulmonar 
− Hemotórax volumoso 
− Tamponamento cardíaco 
CIRURGIA GERAL 
 
− Hipóxia 
− Hipoventilação 
− Acidose (Respiratória, Metabólica) 
− Perfusão tecidual inadequada 
Tratar durante a avaliação primária, logo que 
identificadas. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
Identificação de Lesão Torácica: 
o Taquipneia 
o Desconforto respiratório 
o Hipóxia 
o Desvio da traqueia 
o Alteração da ausculta 
o Alteração da percussão 
o Deformidade da parede torácica 
LESÃO LARINGOTRAQUEAL 
Obstrução de via aérea 
o Rara 
o Rouquidão 
o Enfisema de subcutâneo 
o Tratar na avaliação primária, logo que possível 
o Intubação cuidadosa 
o Via aérea cirúrgica 
 
LESÃO DA ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA 
Frequentemente não diagnosticada 
o Ferimento penetrante ou trauma fechado 
o Pneumotórax ou borbulhamento persistente 
o Broncoscopia 
o Tratamento 
o Via aérea e ventilação 
o Drenagem de tórax 
o Operação 
PNEUMOTÓRAX 
Pneumotórax é a presença de ar entre as duas 
camadas da pleura (membrana fina, transparente, 
de duas camadas que reveste os pulmões e o 
interior da parede torácica), resultando em colapso 
parcial ou total do pulmão. Os sintomas incluem 
dificuldade respiratória e dor torácica. 
PNEUMOTÓRAX SIMPLES 
▪ Trauma fechado ou ferimento penetrante 
▪ Alteração da ventilação / perfusão 
▪ Timpanismo 
▪ Diminuição do murmúrio vesicular 
▪ Drenagem de tórax 
 
 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
▪ Desconforto respiratório (muito mais do que 
pneumotórax simples) 
▪ Choque (diferença entre pneumotórax simples 
e hipertensivo) 
▪ Distensão de veias do pescoço 
▪ Murmúrio vesicular ausente 
▪ Timpanismo 
▪ Elevação do hemitórax 
▪ Cianose (sinal tardio) 
▪ Descompressão imediata → Punção por agulha 
no 5° EIC (ligeiramente anterior à linha axilar 
média); Drenagem de tórax 
Diagnóstico é clínico. NÃO fazer radiografia, porque 
não dá tempo, o paciente vem a óbito antes do 
exame. 
CIRURGIA GERAL 
 
 
PNEUMOTÓRAX ABERTO 
Lesão na parede do tórax de pelo menos 2/3 da luz 
da traqueia. 
▪ TRAUMATOPNEIA: entrada abrupta de ar no 
tórax. 
▪ Ventilação ineficaz. 
▪ Curativo sobre o defeito, fixado em três lados 
(curativo de três pontas). 
▪ Drenagem de tórax. 
▪ Operação definitiva. 
 
HEMOTÓRAX 
Hemotórax é o derrame e presença de sangue na 
cavidade pleural. É comumente o resultado de 
feridas penetrantes. Também pode resultar de 
qualquer trauma brusco que rompa a vasculatura. 
O acúmulo sanguíneo inicial dentro da cavidade 
pleural é o sangramento advindo do parênquima 
pulmonar. 
▪ Lesão da parede torácica 
▪ Laceração de parênquima pulmonar / vaso 
▪ Drenagem de tórax 
▪ Inspeção: colapso pulmonar. Palpação: 
normalmente não tem muita característica. 
Percussão: maciço. Ausculta: MV diminuído ou 
ausente. 
HEMOTÓRAX VOLUMOSO OU MACIÇO 
▪ Murmúrio vesicular ausente e macicez à 
percussão 
▪ Descompressão torácica 
▪ Veias cervicais murchas 
▪ Choque 
▪ Perda de sangue > 1500 mL 
▪ Restauração da volemia 
▪ Autotransfusão 
▪ Intervenção cirúrgica 
 
 
LESÃO CONTUSA DO CORAÇÃO 
▪ Espectro de lesões. 
▪ Alterações eletrocardiográficas / monitorar. 
▪ Ecocardiograma, se houver repercussão 
hemodinâmica. 
▪ Tratar: Arritmias, Perfusão, Complicações. 
 
CIRURGIA GERAL 
 
 
TAMPONAMENTO CARDÍACO 
Compressão do coração causada pela coleta de 
líquido no saco que envolve o coração. O 
tamponamento cardíaco exerce pressão sobre o 
coração e o impede de ser devidamente 
preenchido. O resultado é uma queda drástica na 
pressão arterial que pode ser fatal. Os sintomas 
incluem pressão arterial baixa, falta de ar e tontura. 
É necessário um tratamento de emergência. 
▪ Choque (*) 
▪ Estase jugular (*) 
▪ Abafamento das bulhas cardíacas (*) 
▪ MV normal 
▪ Atividade elétrica sem pulso (AESP) 
▪ FAST – focused assesstment with sonography for 
trauma / avaliação focalizada com sonografia 
para trauma 
▪ Cirurgia – em todos os casos! 
(*) Tríade de Beck → está presente em 15% do T.C. 
 
Conduta: drenar o sangue pela pericardiocentese 
(punção de marfan). 
 
8 LESÕES TORÁCICAS POTENCIALMENTE FATAIS 
▪ Lesão da árvore traqueobrônquica 
▪ Pneumotórax simples 
▪ Contusão pulmonar 
▪ Hemotórax 
▪ Lesão contusa do coração 
▪ Ruptura traumática de aorta 
▪ Ruptura de esôfago por trauma fechado 
▪ Lesão traumática de diafragma 
o Radiografia de tórax 
o e-FAST 
oGasometria arterial 
o ECG 
o Oximetria de pulso 
o Tomografia 
o Arteriografia 
→ Pneumotórax simples pode tornar-se 
hipertensivo. 
→ Hemotórax retido. 
→ Lesão de diafragma. 
→ Controle inadequado da dor. 
→ Extremos de idade (crianças e idosos). 
→ Reanimação volêmica excessiva. 
→ Dreno de tórax mal posicionado. 
 
As lesões torácicas são frequentes. 
A propedêutica é essencial! 
A estabilização inicial é feita com procedimentos 
simples, como intubação traqueal, oxigenação, 
ventilação e drenagem de tórax. 
CIRURGIA GERAL 
 
O objetivo do tratamento dos doentes com lesão 
torácica é restabelecer a normalidade das trocas 
gasosas e a normalidade hemodinâmica.
TÓRAX INSTÁVEL 
Resulta de dupla fratura anterior ou lateral de pelo 
menos três costelas adjacentes. 
Na maioria dos casos, associado com contusão 
pulmonar. 
Expansibilidade fica prejudicada. 
 
INSTABILIDADE DA PAREDE TORÁCICA – 
MOVIMENTO PARADOXAL 
 
Movimento paradoxal: 
https://www.facebook.com/latreunipacjf/videos/4750733126554
51/ 
TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR 
o Intubação, se indicado. 
o Oxigênio 
o Reexpansão pulmonar 
o Reposição volêmica cuidadosa 
o Analgesia 
 
CONTUSÃO PULMONAR 
o Frequente 
o Oxigenar e ventilar 
o Intubar ou não, conforme indicação 
o Alterações radiográficas tardias 
o Administração cuidadosa de volume 
RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTA 
o Aceleração / desaceleração rápida 
o Sinais radiológicos 
o Alto índice de suspeita 
o Consultar o cirurgião 
 
Alargamento do mediastino 
Diagnóstico por tomografia helicoidal ou 
aortografia. 
LESÃO DIAFRAGMATICA 
o Mais frequente à esquerda 
o Trauma fechado: Lacerações extensas 
o Ferimentos penetrantes: Perfurações pequenas 
o Radiografia frequentemente mal interpretada 
o Operação 
 
LESÃO DE ESÔFAGO 
Rara e difícil de diagnosticar 
− Mecanismo: pancada forte no epigástrio 
− Dor não explicada 
− Choque não explicado 
− Gás no mediastino nas radiografias 
Sinais e sintomas: 
https://www.facebook.com/latreunipacjf/videos/475073312655451/
https://www.facebook.com/latreunipacjf/videos/475073312655451/
CIRURGIA GERAL 
 
− Gás no mediastino 
− Choque não explicado 
− Hemotórax / derrame pleural esquerdo não 
explicado 
Investigação diagnóstica: 
− Estudo contrastado 
− Endoscopia 
FRATURAS E LESÕES ASSOCIADAS 
FRATURAS DE ESTERNO, ESCÁPULA E COSTELAS 
Costelas 1-3 
− Força intensa, alto risco de mortalidade, 
pelas lesões associadas 
Costelas 4-9 
− Contusão pulmonar e pneumotórax 
Costelas 10-12 
− Suspeitar de lesão intra-abdominal 
É fundamental controlar a dor! 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
ATLS – 10ª ed.

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