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IRA E URGENCIAS DIALITICAS! I N S U F I C I E N C I A R E N A L • Condição cada vez mais prevalente no departamento de emergência/UTI • Exige um tratamento acurado e muitas vezes com alta demanda tecnológica nem sempre disponível • O fato de o paciente ter LRA confere um pior prognóstico e aumenta a mortalidade • Maior chance de evolução para DRCt e diálise crônica, aumentando custos e a morbi-mortalidade • Fácil reconhecimento e deve, portanto, ser rastreada em todos os pacientes • Se você reconhecer e tratar precocemente você pode evitar a evolução da LRA e a necessidade de diálise LRA: condição multifatorial e complexa ——— • Cross-talk com diferentes órgãos • Amplifica lesões em outros órgãos • Participação de mediadores inflamatórios, sistema imune • Lesão na microcirculação • Apoptose Celular • Lesão endotelial • Lesão tubular • Lesão Glomerular • DHE e DAB como consequência • Hipervolemia • Uremia/ toxinas urêmicas • Hipertensão • Fases Reconhecimento - quem tem maior chance de fazer IRA? —————————————— - Diversos fatores interligados - Doenças de base: paciente mais susceptível? DRC prévio, HAS, DM, LRA prévia - Questão sócio-ecômica —> maior chance de LRA em países em desenvolvimento (diarréias agudas, doenças infecto-contagiosas como febre amarela) -Tempo de reconhecimento da LRA - Exposição: drogas nefrotóxicas, hipovolemia, choque(hipoperfusão), sepse... - Progressão DEFINIÇÃO ———————————— Piora abrupta da função renal, geralmente em 48h até 7 dias/ Um número de condições que afetam a estrutura e função renal/ Amplo espectro de várias etiologias: séptica, isquêmica, obstrutiva, nefrotxica, vascular, glomerular, NIA.... • Lembrar que a LRA pode acontecer em um paciente previamente DRC E então como diferenciar? E a creatinina basal? Cr basal: menor valor encontrado nos últimos 6 meses(sempre atentar para a curva e nunca olha um valor isoladamente Nomenclatura: AKI: ACUTE KIDNEY INJURY CKD: CHRONIC KIDNEY DESEASE AKD: ACUTE KIDNEY DESEASE Então: a partir do momento que eu faço a LRA eu tenho até 3 meses para recuperar. Esse período é chamado de doença renal aguda. Se após 3 meses eu não recuperar, então eu tenho uma DRC. Ainda, eu posso recuperar totalmente ou parcialmente! Lembrando: se eu tiver uma DRC eu posso fazer uma LRA sobreposta(nesse caso eu não classifico em KDIGO I, II ou III). Hoje, além do diagnóstico laboratorial e pelo débito urinário, temos os chamados biomarcadores que ajudam no diagnóstico precoce de LRA. Classificacao ————————————— IRA subclínica: não consigo detectar pela alteração laboratorial e/ou do débito urinário Creatinina: bom marcador, por ser barato e de fácil acesso, mas é um marcador tardio. Ela reflete o que aconteceu com o rim há 48h e nesse tempo eu tenho a propagação do dano. — quanto maior a classificação, maior o chance de evolução para o suporte renal agudo(diálise) e pior o prognóstico do paciente — Classificacao anatômica ————————— • Conceito mais antigo • Pré-renal, renal(intrínseca) e pós renal • Hoje: sabe-se que a LRA é multifatorial, então essa classificação “anatômica” não engloba todas as alterações que ocorrem na LRA • Pré-renal: responsiva a volume é o termo mais correto • Pós-renal: obstrutiva • Íntrinseca ou renal • Causas: sepse(muito prevalente), isquêmica (choque hemorrágico, hipotensão refratária, SHR, SCR), glomerular, vascular, nefrotóxica(AINEs, antibióticos, contraste), NIA, COVID-19... —> Varia de acordo com a causa Características em comum: dano, inflamação, isquemia, microcirculação, hipoperfusão, vasoconstrição, dano tecidual, progressão, reparo. A: epitélio e endotélio normais, separados pelo compartimento intersticial. B: isquemia/reperfusão: edema endotelial, ruptura do glicocálice, moléculas de adesão(ICAMs, VCAMs), microtromos, migração de leucócitos. Resposta imune: injúria tubular, lançamento de citocinas e quimiocinas proinflamatórias, que recrutam células imunes Células epiteliais podem expressar moléculas de adesão que são coestimuladoras das células T, que ativa a resposta imune e amplifica a resposta inflamatória. Reparo incompleto e lesões fibróticas, resultando em disfunção renal progressiva Fibrose pós-isquêmica Fibrogênese Sequelas: alteração de função renal(DRC), HAS, proteinúria. História, exame físico, conjunto de sinais e sintomas Exames laboratoriais: Creatinina, ureia, sódio, potássio, gasometria, urina tipo I -Quantificar o débito urinário diurese preservada? Exames de imagem: USG de rins e vias urinárias Sempre pensar na causa para solicitar os exames de forma direcionada Sinais e sintomas ———————————— Tratamento —————————————— • Tratar/resolver a causa • Sempre avaliar: status volêmico meu paciente está hidratado o suficiente para manter a perfusão renal? Ou meu paciente está hipervolêmico e isso está gerando um aumento da pressão venosa e uma LRA isquêmica e ele precisa de estímulo com diurético? • Monitorizar diariamente a função renal e avaliar a curva e não valor isolado • Retirar/evitar: nefrotóxicos • Manter PAM>65mmHg, Hb>7,0 A - Acidose refratárias E- Eletrólito(HiperK refratária) I- Intoxicações exógenas O- Overload (edema agudo de pulmão) U- uremia —> chamar o nefro para dialisar E se não tiver urgência, quando dialisar? - Pergunta que até hoje os estudos ainda não conseguiram responder - Precoce x tardio - Sempre avaliar a curva e nunca um exame isolado - Conjunto de dados - Avaliação conjunto da paciente ao lado do intensivista e do especialista - Sempre avaliar condição clínica do paciente Suporte renal agudo X terapia renal substitutiva SRA: suporte para que o rim consiga passar pelo insulto a que está submetido A diálise não resolve o problema do paciente, mas ajuda a fazer a função que os rins não estão realizando TRS: Pacientes crônicos, com doença em estádio final Se o paciente é agudo e inicia a diálise, ele fica dialítico? Soro também é um medicação e assim como todas, sua dose deve ser ajustada às necessidade do paciente Status volêmico: conjunto de dados que me mostram se meu paciente está hipovolêmico ou hipervolêmico Exames clínico, débito urinário, rx de tórax, US point- of-care, ECO, delta PP, leg raise, prova volêmica Cuidados com o tipo de solução administrada
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