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Pós-Graduação em Gestão Gestão em finanças empresariais Análise e Planejamento Financeiro Sérgio Tsuru FAEL Diretor Executivo Marcelo Antônio Aguilar Diretor Acadêmico Francisco Carlos Sardo Coordenador Pedagógico Osnir Jugler EDitorA FAEL Autoria Sérgio Tsuru Gerente Editorial William Marlos da Costa Projeto Gráfico e Capa Patrícia Librelato Rodrigues revisão Juliana Melendres Programação Visual e Diagramação Karlla Cristyne Plaviak AtEnção: esse texto é de responsabilidade integral do(s) autor(es), não correspondendo, necessariamente, à opinião da Fael. É expressamente proibida a venda, reprodução ou veiculação parcial ou total do conteúdo desse material, sem autorização prévia da Fael. EDitorA FAEL Rua Castro Alves, 362 Curitiba | PR | CEP 80.240-270 FAEL Rodovia Deputado Olívio Belich, Km 30 PR 427 Lapa | PR | CEP 83.750-000 FotoS DA CAPA Afonso Lima Ilker Jakub Krechowicz T. Al Nakib Todos os direitos reservados. 2012 Análise e Planejamento Financeiro 1 . Aspectos introdutórios e fundamentos de tomada de decisões 1.1 Objetivos gerais da disciplina Proporcionar aos alunos uma visão sobre análise e planejamento financeiro nas organizações, voltado à criação de valor para o acionista, considerando-se risco X retorno e inflação que otimizem o valor da empresa, compreendendo em: Aspectos introdutórios;1 | Fundamentos de tomada de decisões:2 | conceito de previsão; x elementos que antecedem a tomada de x decisão; etapas do processo decisório. x Decisões de investimento:3 | Taxa Média de Retorno – TMR; x Prazo de retorno – x Payback; Valor Presente Líquido – VPL; x Taxa Interna de Retorno – TIR. x Decisões de financiamento:4 | financiamento para investimento fixo; x financiamento para capital de giro; x gestão de caixa. x Estratégias para otimizar o ciclo de caixa;5 | Técnicas de gestão de caixa;6 | Planejamento financeiro.7 | 1.2 Organização dos conteúdos do texto acadêmico Os conteúdos foram divididos em sete partes e, normalmente, encontram-se integrados com aquelas que as precedem. Na parte 1, procurou-se justificar o direcionamento da disciplina com o foco voltado à criação de valor para o acionista, considerando-se a tomada de decisão no ambiente de risco X retorno. Prosseguindo, na parte 2, foi contextualizado sobre os aspectos de tomada de decisões e os cuidados em suas diversas etapas. Na parte 3, iniciou-se com deci- sões de investimentos por entender que as empresas devem nascer de um projeto e esse projeto deve ser devidamente analisado e calculado para identificar se é viável ou não. Em seguida, na parte 4, pela carac- terística da disciplina, desdobraram-se as decisões em financiamento fixo e financiamento de giro. As partes 5 e 6 consistiram em orientações sobre estratégicas e técnicas de administração de caixa, tendo em vista a sua importância na gestão do dia a dia de uma empresa. E, por último, na parte 7, a abordagem é sobre o pla- nejamento financeiro – seguindo o conceito do PDCA, uma vez investido na empresa, concomitante a gestão e controle, volta-se a etapa do planejamento e/ou projeto visando atingir novos objetivos. 1.3 Metodologia de ensino e avaliação Prevê-se envolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem, por meio de aulas expositivas, participações em aulas, utilização de materiais de apoio e sessão prática (exemplos, vídeos, resoluções de estu- dos de casos e questões avaliativas). 2 . Aspectos introdutórios A disciplina, “análise e planejamento financeiro”, possui o foco voltado à criação de valor para o acionista, considerando-se risco X retorno. A análise e o planejamento financeiro são, com cer- teza, sempre objetivos de muitos cuidados por parte dos executivos financeiros, por estabelecerem relacionamento entre metas e objetivos a serem atingidos, levando-se em consideração as realizações e os novos desafios empre- sariais, diante de um mercado altamente competitivo. “Em condições limites, poderá significar o fracasso ou o sucesso de toda uma administração. O plane- jamento, nada mais é que um ato de decidir ou uma opção de escolha e que envolve a relação custo-bene- fício” (SECURATO, 1996). É fácil compreender que uma decisão tomada hoje deverá causar uma série de efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer, claramente, esses efeitos ou mesmo instrumentos para detectá-los ou GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 2 | quantificá-los. Ainda de acordo com Securato (1996), o executivo financeiro está constantemente tomando deci- sões dentro de um ambiente de mudanças, em que o risco e a incerteza preponderam diante de fatores como a conjuntura econômica, política e social. Naturalmente que serão apresentados, mais adiante, fundamentos e/ou fer- ramentas, que de forma estruturada permitirão a tomada de decisão financeira também em condições de risco. Para Braga (2008), a análise deve ser realizada em demonstrações, reforçadas pelos princípios fundamen- tais da contabilidade. A legislação é rigorosa quanto à responsabilidade daqueles que subscrevem essas infor- mações (diretores de empresa, membros do conselho fiscal e contador-responsável). O parecer dos auditores independentes completa a garantia de fidedignidade dos valores apresentados. Essas demonstrações contábeis, acompanhadas das correspondentes notas explicativas e do relatório da administração, constituem importante veículo de comu- nicação entre a empresa e seus acionistas, técnicos, credores e público em geral. A padronização de critérios e procedimentos favorece a correta interpretação dos dados por parte daqueles que estejam tecnicamente preparados. Os elementos cons- tantes dessas demonstrações permitem avaliar a evolu- ção econômico-financeira da empresa a partir de certa posição no passado até o presente e, até mesmo, inferir sobre o futuro. Todavia, tanto para a análise como para o planejamento, não se deve levar em consideração ape- nas dados isolados, podendo comprometer a qualidade técnica de um trabalho. Desse modo, torna-se necessário aplicar um instrumental técnico de análise que transforma dados brutos em informações adequadas à formulação de julgamentos corretos para o processo decisório. No sentido amplo, pode-se dizer que análise financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a empresa. E dentro do conceito, a análise financeira de uma empresa envolve basicamente as seguintes ativida- des, segundo Silva (2008): Figura 1 Coletar Conferir Preparar Processar Analisar Concluir Para Lemes Junior; Rigo e Cherobim (2005 apud MEGGINSON, 1998), o planejamento financeiro pode ser definido como o processo de estabelecer objetivos e/ou metas, determinando a melhor maneira de atingi- las seja no curto, médio e longo prazos. 3 . Fundamentos de tomada de decisões De acordo com Securato (1996 apud LEME 1983), o processo de tomada de decisão foi representado por meio de uma régua, tornando a ideia simples para ilus- trar o instante da tomada de decisão. Foi indicado o ponto como instante presente; em seguida, a semirreta à direita como o futuro e a esquerda como o passado, conforme a figura, a seguir. Figura 2 presente futuro ( . ) passado ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 3 | na área financeira, o risco e a incerteza estão presentes em grande número de decisões, e em conjunto podem levar uma empresa ao fracasso ou ao sucesso. Fazendo-se a analogia da reta com o caminhar do tempo, pode-se considerar que o ponto é presente, é um instante do tempo para a tomada de decisão; o passado mostra apenas uma trajetória, um histórico; o futuro mostra para onde se pretende ir. Do ponto de vista do gestor, uma de suas fun- ções mais importantes é exatamente a de decidir. Essa decisão que ocorre no presente não é um ato isolado, repentino, ela é tanto um fim, quanto o iníciode uma ação, ou seja, fim do passado e início do futuro. Para complementar os fundamentos de tomada de decisões seguem os seguintes conceitos: previsão; elementos que antecedem a tomada de decisão; risco, incerteza e probabilidades; etapas do processo decisório. Previsão – observa-se no conceito de x tomada de decisões que existe algo ligando o passado ao futuro e que auxilia no processo decisório. A esse algo chamado sensor que se denomina previsão. O fato é que se está a todo instante fazendo previsões sobre o futuro, sobre os resultados e é em função dessas previsões de resultados que se toma as decisões. Cabe salientar que há alguns tipos de previsão, a saber: Projeção – normalmente onde o futuro é x continuação do passado, a hipótese pro- vável é de permanência. Predição – normalmente o futuro pode dife- x rir do passado por causas fora de controle. Planejamento – o futuro difere do pas- x sado por causas sob o controle. Elementos que antecedem a tomada de deci- x são – embora haja grandes dificuldades em se estabelecer um processo para tomada de decisão, podem-se considerar alguns elemen- tos que podem exercer a influência antes da tomada de decisão, sendo: Experiência – provém da vivência. x Julgamento – tem a ver com a capaci- x dade e habilidade de julgamento, contra- riando, muitas vezes, a sua experiência (Exemplo: senso político). Ambiente – deve-se considerar por meio x de senso de análise, projetando-se como ficará o ambiente sem a decisão e com a decisão. Risco, incerteza e probabilidades - na área x financeira, o risco e a incerteza estão presen- tes em grande número de decisões, e em con- junto podem levar uma empresa ao fracasso ou ao sucesso. Securato (1996) utiliza-se de Solomon e Prin- gle para definir que “risco é o grau de incerteza a respeito de um evento”. É importante salientar, nesse sentido, que um “evento certo”, ou seja, que com certeza ocor- rerá, é tratado no estudo de cálculo de probabi- lidades como correspondendo à probabilidade de 100%. Nessas condições, sempre que se estiver diante de eventos que apresentam certo grau de incerteza, o significado é que há probabilidades abaixo de 100%, havendo incerteza e, portanto, risco. Securato (1996) utiliza-se de Gitman para defi- nir risco como sendo “possibilidade de perda”; ou para Solomon e Pringle: “risco é o grau de incerteza a respeito de um evento”. Etapas do processo decisório - longe de criar x um modelo burocrático, mas de forma lógica, as etapas do processo decisório podem ser resumidas da seguinte forma: Objetivo – deve ser claramente definido o x objetivo da decisão. Variável objetivo – deve-se desmembrar em x variável quantitativa e variável qualitativa. As alternativas – consiste na seleção de x uma das alternativas disponíveis. Matriz de decisão – representada por x meio de uma planilha, onde para cada cenário, descreve-se o cenário, seguido de respectivas alternativas. 4 . Decisões de investimento A natureza das atividades operacionais determina o perfil do ativo das empresas. GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 4 | Nas indústrias, os investimentos em bens de produ- ção costumam exceder os fundos aplicados nos ativos circulantes. Nos comércios, destacam-se os investi- mentos e estoques, financiamentos a clientes e pontos comerciais. Já nos serviços, fica normalmente mais cen- trado na qualificação da mão de obra e financiamentos a clientes e assim por diante. Esses investimentos podem se referir não só à substituição de bens de capital obsoletos ou cuja manu- tenção esteja se tornando antieconômica, como tam- bém à aquisição de novos bens como componentes de inovação. A importância dessas decisões requer um processo específico para determinar onde, quando e quanto investir e o respectivo retorno. As empresas realizam esses investimentos para preservar ou ampliar sua competitividade. Para Braga (2008), os métodos mais difundidos para avaliar propostas de investimentos são: Taxa Média de Retorno – TMR; x Prazo de Retorno – x Payback; Valor Presente Líquido – VPL; x Taxa Interna de Retorno – TIR. x Os dois primeiros são simples e diretos, mas bastante limitados. Os outros são mais precisos porque consideram o valor do dinheiro no tempo. 4.1 Taxa Média de Retorno – TMR É determinada por meio do quociente entre o lucro líquido médio anual estimado e o valor médio do investi- mento durante a vida útil do projeto. O lucro líquido médio deve ser deduzido da depreciação e do IR. O cálculo deve ser obtido por meio da seguinte fórmula: Lucro líquido médio anual Investimento médio (ou total) TMR (Anual) = Nesse método, a aprovação ou a rejeição ocorre por meio da comparação entre a taxa média de retorno e a taxa de retorno mínimo exigida. Assim, aplicando-se a fórmula no quadro que se segue, que contém os projetos A, B e C, fica: TABELA 1 ProPoStAS – r$ miL ProjEto A ProjEto B ProjEto C a)Investimento total 20.000 20.000 20.000 b)Investimento médio anual (em 2 anos) 10.000 10.000 10.000 LuCro LíquiDo Ano I 1.000 2.500 4.000 Ano II 2.000 2.500 3.000 Ano III 3.000 2.500 2.000 Ano IV 4.000 2.500 1.000 c)Média anual (lucro líquido) 2.500 2.500 2.500 tmr d)Sobre investimento total (c/a) 12,5% 12,5% 12,5% e)Sobre investimento médio (c/b) 25% 25% 25% EntrADAS LíquiDAS DE CAixA Ano I 6.000 7.500 9.000 Ano II 7.000 7.500 8.000 Ano III 8.000 7.500 7.000 Ano IV 9.000 7.500 6.000 f)Média anual (entradas líq. Caixa) 7.500 7.500 7.500 tmr g)Sobre investimento total (f/a) 37,5% 37,5% 37,5% ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 5 | Conclui-se que pelo método TMR que tanto faz uti- lizar as taxas médias das linhas “d”, “e” ou “g”, pois não há alteração da essência do método. Se a taxa mínima exigida for de 10% (c.a.), por exemplo, os projetos se mostram atrativos. Independentemente do método, o projeto C é mais interessante por produzir maiores lucros ou entradas de caixa nos anos iniciais. 4.2 Prazo de retorno – payback É determinada pelo tempo necessário para recuperar o capital investido em um projeto por meio de entradas líquidas de caixa. Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Desse modo, propostas de investimentos com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e con- sequentemente menor risco. Assim, utilizando-se os dados apresentados na TMR, fica: A payback determina o tempo necessário para recuperar o capital investido, ou seja, quanto mais amplo for o tempo considerado, maior será o grau de incerteza das previsões. TABELA 2 ProPoStAS – r$ miL ProjEto A ProjEto B ProjEto C Investimento total 20.000 20.000 20.000 EntrADAS LíquiDAS DE CAixA Ano I 6.000 7.500 9.000 Ano II 7.000 7.500 8.000 Ano III 8.000 7.500 7.000 Ano IV 9.000 7.500 6.000 CáLCuLoS: 1. Investimento total 20.000 20.000 20.000 2. Recuperação (6.000 + 7.000) 13.000 15.000 17.000 (=) Diferença (1 – 2) 7.000 5.000 3.000 Fração = Dividindo-se a Diferença pelo valor do período seguinte 7.000: 8.000 = 0,875 ou 10,5 mês 5.000 : 7.500 = 0,667 ou 8 mês. 3.000 : 7.000 = 0,429 ou 5,1 mês. Logo, somando Ano I + II + fração 2,875 ou 34,5 mês. 2,667 ou 32 mês. 2,429 ou 29,1 mês. PrAZo DE rEtorno 34,5 mESES 32 mESES 29,1 mESES Considerando-se que: quanto maior o prazo de retorno maior o grau de incerteza e, quanto menor o prazo de retorno menor o risco. Concluir-se que: o projeto C é o mais interessante por apresentar menor prazo (29,1 meses). 4.3 Valor Presente Líquido – VPL Nesse método as entradas de fluxo de caixa da proposta são convertidas em valor presente, por meio da aplicação de uma taxa de desconto predefinida (o custo do capital ou da taxa mínima de atratividade – ‘TMA’ aceitável) em face ao risco envolvido. Assim, utilizando-se os dados apresentados em TMR, fica: GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 6 | vv Sendo que: Dados: a TMA considerada é 10%. O cálculo é obtido pela fórmula que se segue: ∑n (CFJ)Jo (1+i)j VPL= Projeto A Cálculo manual VPL = – 20.000 + 6.000 (1+01)1 + 7.000 (1+01)2 + 8.000 (1+01)3 + 9.000 (1+01)4 VPL = 3.397 Cálculo por financeira (HP) 20.000 CHS g CFo 6.000.......... g CFj 7.000.......... g CFj 8.000......... g CFj 9.000.......... g CFj 10............... i% f NPV VPL = 3.397 Projeto B Cálculo manual VPL = – 20.000 + 6.000 (1+01)4 + 9.000 (1+01)1 + 8.000 (1+01)2 + 7.000 (1+01)3 VPL = 3.773 Cálculo por financeira (HP) 20.000 CHS g CFo 7.500.......... g CFj 7.500.......... g CFj 7.500.......... g CFj 7.500.......... g CFj 10............... i% f NPV VPL = 3.773 Projeto C Cálculo manual VPL = – 20.000 + 9.000 (1+01)1 + 8.000 (1+01)2 + 7.000 (1+01)3 + 6.000 (1+01)4 VPL = 4.150 Cálculo por financeira (HP) 20.000 CHS g CFo 9.000.......... g CFj 8.000.......... g CFj 7.000.......... g CFj 6.000.......... g CFj 10............... i% f NPV VPL = 4.150 Conclui-se que: os projetos A, B e C são viáveis por apresentar valores positivos. Mas, o mais inte- ressante é o projeto C por apresentar maior valor positivo (4.150). 4.4 Taxa Interna de Retorno – TIR Nesse método obtém-se a taxa de rentabilidade periódica equivalente de um investimento. Geralmente, a TIR é definida para períodos anuais. Se TIR > TMA o projeto é viável. Assim, utilizando-se os dados apresentados em TMR, fica: TABELA 3 ProPoStAS – r$ miL ProjEto A ProjEto B ProjEto C b)Investimento Total 20.000 20.000 20.000 EntrADAS LíquiDAS DE CAixA Ano I 6.000 7.500 9.000 Ano II 7.000 7.500 8.000 Ano III 8.000 7.500 7.000 Ano IV 9.000 7.500 6.000 ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 7 | TABELA 4 ProPoStAS – r$ miL ProjEto A ProjEto B ProjEto C Investimento Total 20.000 20.000 20.000 EntrADAS LíquiDAS DE CAixA Ano I 6.000 7.500 9.000 Ano II 7.000 7.500 8.000 Ano III 8.000 7.500 7.000 Ano IV 9.000 7.500 6.000 Sendo que: Dados: a TMA considerada é 10%. Cálculo por Financeira (HP) tabela 5 ProjEto A ProjEto B ProjEto C 20.000 CHS...........................g CFo 20.000 CHS.................g CFo 20.000 CHS.................g CFo 6.000.....................................g CFj 7.500..........................g CFj 9.000..........................g CFj 7.000.....................................g CFj 7.500..........................g CFj 8.000..........................g CFj 8.000.....................................g CFj 7.500..........................g CFj 7.000..........................g CFj 9.000.....................................g CFj 7.500..........................g CFj 6.000..........................g CFj 10..........................................i% 10...................................i% 10..................................i% f IRR f IRR f IRR 17,09% 18,45% 20% Conclui-se que os projetos A, B e C são viáveis por apresentar porcentagem acima da TMA (10%). No entanto, o projeto mais interessante é o projeto C por apresentar rentabilidade de 20%, ou seja, 10% maior que a TMA. 5 Decisões de financiamento e estratégias para otimizar o ciclo de caixa Ao adentrar no tema, convém realizar uma breve abordagem sobre investimentos. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2000), para uma empresa efetivar um investimento, seja para ativo fixo (imóveis, equipa- mentos, instalações, etc.), ou capital de giro (estoque, financiamento a clientes), ela pode recorrer basica- mente a três fontes: reinversão de lucros;1 | aporte de capital;2 | financiamento.3 | As duas primeiras fontes são consideradas como próprias da empresa e, no primeiro caso, dependem da GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 8 | existência de lucros acumulados; no segundo caso, de disponibilidade de recursos por parte dos acionistas. A terceira fonte, e a mais frequente, é o financia- mento. Por meio dela, a empresa busca recursos exter- namente. O quadro, a seguir, sintetiza em forma de usos e fontes dos recursos a distribuição do investimento nas empresas. Quadro 1 uSoS FontES Ativo fixo Projetos Terreno Construção Civil Equipamentos Outros Recursos próprios Reinversão de lucros Acionistas Recursos próprios Recursos de terceiros Capital de giro (caixa, estoques, vendas a prazo) Recursos de terceiros (fornecedores, empréstimos, contas e impostos a pagar) E as modalidades de financiamentos podem ser classificadas segundo a finalidade, a origem dos recur- sos, o tipo de operação e instituições financeiras, como se pode ver a seguir: Segundo a finalidade: investimento fixo (construção civil, equipa- x mentos); capital de giro (estoque, financiamento a x clientes); pré-investimentos (projetos); x desenvolvimento tecnológico; x saneamento financeiro (substituição de linha x de crédito, por exemplo). Segundo a origem dos recursos: instituições federais (BNDES, FINEP); x instituições federais ou estaduais de capi- x talização (títulos bancários, bancos comer- ciais); captação direta de recursos junto ao público x (debêntures); recursos externos (empréstimos em dólares). x Segundo o tipo de operações: empréstimos; x desconto de títulos; x arrendamento mercantil ( x leasing); operações de mercado; x capitalização. x Segundo a instituição financeira: bancos de desenvolvimento; x bancos de investimento; x bancos comerciais; x direto do público (debêntures); x empresas de x leasing; instituições de capitalização. x 5.1 Financiamentos para investimento fixo (médio e longo prazos) Caracterizam-se como um financiamento de longo prazo (5 a 12 anos) com carência também dila- tada (até três anos). Durante a carência, as empresas saldam apenas os juros. A carência é explicada pelo prazo de maturação do investimento fixo e o prazo longo é um incentivo ao investimento, haja vista a maioria das modalidades provirem de agências gover- namentais. As principais modalidades para investimento fixo atualmente existentes no Brasil são de órgãos federais e repassados por bancos de desenvolvimento e, em alguns casos, até por bancos comerciais. Principais fundos e suas aplicações: Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), normalmente em pré- investimentos; BNDES para construções, instalações e capital de giro adicional; Agência Especial de Financia- mento Industrial (BNDES/Finame) para equipamentos. Os bancos comerciais também estão passando a tra- balhar nessas modalidades, porém normalmente ofere- cendo prazos menores para pagamento. Normalmente, são financiados 60% do investimento total a taxas de juros de até 12% a.a., fixas e saldo devedor corrigido com base na inflação (Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP), forma de pagamento trimestral de juros durante a carência e amortização mensal pelo sistema SAC + IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 9 | O poder e/ou a capacidade de negociação com os fornecedores tem sido importante na gestão do capital de giro. 5.2 Financiamentos para capital de giro (curto prazo) Caracteriza-se por financiamento de curto prazo, compatível com a maturação do investimento, pois é aplicado nas atividades operacionais que dão movimen- tação aos ativos fixos e/ou permanentes, tais como: para formar estoques, financiar clientes. As fontes de captação desses recursos são por meio dos bancos comerciais, normalmente com os quais as empresas mantêm as suas movimentações financeiras e os valores das taxas são de mercado, o fator reciproci- dade serve para atenuar os percentuais dessas taxas. O poder e/ou a capacidade de negociação com os fornecedores, em termos de preços e prazos de paga- mentos por parte das empresas, tem sido importante na gestão do capital de giro. Por meio da estrutura de um balanço patrimonial simplificado, que se segue, está representado onde são aplicados os recursos de uma empresa e de onde esses recursos provêm. Quadro 2 AtiVo (APLiCAçõES/DirEtoS/uSoS) PASSiVo (oriGEnS/oBriGAçõES/FontES) ATIVO CIRCULANTE (AC) Caixa Valores a receber Estoques PASSIVO CIRCULANTE(PC) Fornecedores Contas a pagar Empréstimos CA PI TA L de T ER CE IR OS Capital Circulante Líquido (CCL = AC – PC) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (ELP) Financiamento REALIZáVEL A LONGO PRAZO (RLP) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) Capital + reservas Lucros (prejuízos) acumulados CA PI TA L P RÓ PR IO ATIVO PERMANENTE (AP) Imobilizado Investimentos O Ativo Circulante (AC) representa o capital de giro e o Capital Circulante Líquido (CCL) é o capital de giro próprio da empresa. Verifica-se que as aplicações foram realizadas no Ativo (AC + RLP + AP) e os recursos aplicados são provenientes do Passivo (PC + ELP + PL). 5.3 Gestão de caixa O fluxo da figura 1, na qual Lemes Junior; Rigo e Cherobim (2005), ilustra a diferença entre o ciclo ope- racional e o ciclo de caixa, sendo que ambos interferem no sucesso ou não, na gestão de caixa. GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 10 | Figura 3 Ciclo operacional Momento da entrada da matéria-prima no estoque Momento da venda a prazo dos bens produzidos Momento da cobrança dos valores a receber Idade média do estoque Período médio de cobrança Período médio de pagamento tempo Ciclo de caixa Pagamento recebimento Por ciclo operacional compreende-se o período de tempo que vai desde o momento em que a empresa recebe em suas instalações, os produtos ou matérias- primas, até o momento em que converte esses produ- tos, vende e recebe o dinheiro dessa venda. E a fórmula é assim representada: imE = Idade média do estoque PmC = Período médio de cobrança Ciclo operacional (CO) = IME + PMC A seguir, as fórmulas de giro de estoque, idade média do estoque e período médio de cobrança: CPV = Custo dos produtos vendidos Giro do estoque = CPV Estoques Idade média do estoque = 360 Giro do estoque Período médio de cobrança = Duplicatas a receber Vendas 360 Período médio de pagamento = Fornecedores a pagar Compras brutas/360 Ciclo de caixa compreende o período de tempo em que os recursos da empresa foram utilizados para pagamento dos produtos e/ou matérias-primas até o recebimento da venda do produto acabado: PmP = Período médio de pagamento Ciclo de caixa = CO - PMP 6 . Estratégias para otimizar o ciclo de caixa De acordo com as orientações de Lemes Junior; Rigo e Cherobim (2005), a redução das aplicações no ativo circulante (capital de giro) e, consequentemente, a redução da necessidade de caixa, é sempre desejável, porém de forma a não afetar os negócios da empresa. Seguem algumas das estratégias voltadas à gestão dos passivos circulantes, estoques e valores a receber, sugeridas pelos autores. retardar os pagamentos dos valores a x pagar – retardar os pagamentos por meio de negociação dos prazos de pagamento no ato da negociação de compra, esse é o momento ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 11 | mais apropriado para se conseguir maiores prazos, pois se entende que há maior interesse por parte do vendedor em abrir concessões na negociação. Por outro, deixar de efetuar os pagamentos em dia pode resultar em redução do ciclo de caixa; no entanto, essa não é a forma recomendável, pois afeta o conceito de crédito da empresa, além de demonstrar incompetência na gestão dos negócios; Aproveitar os descontos favoráveis – x descontos favoráveis oferecidos pelos credores podem também contribuir para a redução do ciclo de caixa, pois o seu aproveitamento dimi- nui o volume dos valores pagos aos credores; Acelerar o giro dos estoques – x estoques são importantes ativos do ponto de vista de aplicação de recursos; portanto, requerem ações voltadas para a sua minimização. É necessário se utilizar de técnicas de gestão de estoques que evitem trazer prejuízos para a produção ou que comprometa as vendas; Aumentar o giro de matérias-primas x – programas de produção bem elaborados e coordenados com as previsões confiáveis de vendas contribuem para a utilização racional de matérias-primas. Parcerias ou negociações com fornecedores para a redução do tempo de permanência das matérias-primas nos estoques e outras ações voltadas para que o seu giro seja maior; Diminuir o ciclo de produção x – estoques de produtos em fabricação são também gran- des consumidores de recursos financeiros. Produtos que necessitam grande tempo para a sua produção, como aviões e navios, por exemplo, exigem grandes investimentos em mão de obra, matérias-primas, componentes, insumos, peças, etc., que serão atenuados se a empresa fizer uso racional dos recursos tor- nando o ciclo de produção menor; Aumentar o giro de produtos acaba- x dos - a sintonia entre as áreas de vendas, de produção e de gerenciamento de estoques se faz necessária com o objetivo de reduzir a per- manência dos estoques de produtos acabados nos depósitos da empresa. A logística pode contribuir nesse aspecto; Acelerar o recebimento de valores a x receber – as concessão de crédito é ferramenta propulsora das vendas. Porém, a venda a prazo exige recursos financeiros para financiá-la. A adoção de monitoramento da cobrança, encurtamento dos prazos de pagamento, oferta de descontos por pagamentos anteci- pados ou até mesmo parceria com instituições financeiras por ser interessante. 7 . Técnicas de Gestão do Caixa e Planejamento Financeiro 7.1 Técnicas de gestão do caixa As técnicas de gestão do caixa objetivam a deter- minação de ações na direção do melhor aproveitamento entre os prazos de compensação de recebimentos ou pagamentos. Seguem algumas técnicas que podem ser adotadas. 7.1.1 Redução do tempo de compensação da cobrança Ações para minimizar o tempo entre o paga- mento efetuado pelo cliente e a efetiva disponibilização dos recursos por parte do banco para a utilização da empresa. A cobrança via rede bancária é muito eficiente, mas requer acompanhamento permanente dos lançamentos em conta corrente. Faz-se necessária a negociação com o banco, além das tarifas, os prazos de disponibilização dos valores cobrados em conta. 7.1.2 Ampliação do tempo de pagamento São ações desenvolvidas com o objetivo de ampliar o tempo entre a emissão de cheques para pagamentos GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 12 | de contas e o momento em que os recursos finan- ceiros serão debitados em conta corrente bancária. Nesse sentido, essa ação teve a sua importância redu- zida com a introdução de mecanismos eletrônicos no sistema bancário. Mas, se pagamentos em carteira, pode-se: esta- belecer dias e horários de pagamentos e/ou paga- mentos em cheques cruzados, etc. 7.1.3 Redução dos prazos de processamento administrativo Processos internos burocráticos podem fazer com que os valores a receber percorram longos caminhos na empresa, e, como consequência, a sua disponi- bilização para utilização pelo gestor. Por exemplo, algumas distribuidoras de bebidas instruem os seus motoristas e entregadores a depositar os cheques, recebidos dos clientes, em caixas automáticas, como forma de agilizar a compensação dos valores, além de elevar a segurança do sistema de distribuição. 7.1.4 Aceleração da cobrança dos valores a receber Envolve técnicas que têm como objetivo estimular os clientes a pagarem seus compromissos nos res- pectivos vencimentos, ou antecipadamente mediante descontos. 7.1.5 Uso dos meios eletrônicos O sistema bancário brasileiro dispõe de eficiente rede de agências que utiliza as facilidades dos meios eletrônicos para agilizar o recebimento, reduzindo-se o float (prazo entre pagamento e o efetivo ingresso do valor em conta bancária) e da cobrança. 7.1.6 As melhores formas de cobrança Entre as principais formas, destaca-se o uso de duplicata fatura, do cheque pré-datado, da ficha de com- pensação, dos carnês de cobrança, da cobrança em car- teira feita pelo cobrador ou na tesouraria, débito automá- tico em conta corrente bancária, ordem de pagamento, transferências eletrônicas, cartões de crédito, etc. 7.1.7 Fluxo de caixa Trata-se de instrumento de previsão de caixaque se refere a um período futuro e envolve os recebimentos e os pagamentos e respectivos saldos previstos ou não em caixa, objetivando identificar as prováveis sobras ou faltas, para orientar antecipadamente certas ações financeiras. Em outras palavras, estimula a empresa a trabalhar com metas e possibilita conhecer com antecedência se a empresa irá necessitar de capital de giro ou se terá sobras em caixa. Abaixo, segue modelo de formulário de fluxo de caixa. Quadro 3 HiStóriCo PrEViSto rEALiZADo DiFErEnçA 1. Saldo anterior 2. Entradas 2.1 Venda à vista 2.2 Cobrança 3. Saídas 3.1 Fornecedores 3.2 Salários 4. Saldo atual (1 + 2) – 3 ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 13 | 8 . Planejamento financeiro Planejar é escolher uma entre várias alternativas. Significa definir antecipadamente: o que se deseja alcançar; x quanto se espera de cada área envolvida da x empresa; quando – dimensão de tempo. x A figura, a seguir, proporciona uma visão sobre o planejamento financeiro de longo prazo (para os próxi- mos 5, 10 ou 20 anos). Figura 4 Intenção estratégica Análise dos pontos fortes/fracos Análise das oportunidades/ameaças Formulação e implementação das ações Avaliação e adequação das ações (É o caminho mais curto para se atingir a situação desejada) Situação atual Situação desejada (meta) Quando o objetivo é atingido passa de situação desejada à situação atual Para o planejamento financeiro de curto prazo (ou seja, para os próximos anos) deve-se seguir o fluxograma abaixo e, a diferença entre curto e longo está no alcance de cada um. Figura 5 Previsão de vendas Previsão de produção Previsão de resultados Orçamento de caixa Plano de financiamento de longo prazo Projeção de balanço patrimonial GESTãO EM FINANçAS EMPRESARIAIS | 14 | [...] planos e metas visam aumentar as receitas, reduzir os custos e despesas e, no final, contri buir para alcançar a rentabilidade desejada. O sucesso do planejamento está na sintonia entre as áreas de: marketing/vendas, produção, compras, recursos humanos, finanças, etc., conforme atribuições abaixo especificadas. 8.1 Marketing/Vendas Envolvem planos para o aumento do volume de vendas e, as receitas correspondentes incluirão: pro- paganda, promoções, campanhas, desenvolvimento de novos mercados, lançamento de novos produtos, utilização de outros canais de distribuição, melhoria na assistência técnica, treinamentos, etc. 8.2 Produção Poderá haver metas relativas ao cumprimento do cronograma de investimentos a longo prazo e ao aumento do volume de produção e do rendimento da atual capacidade instalada, por meio de maior racionali- zação das operações envolvidas no processo industrial. Isso envolverá: redução nas quantidades de insumos utilizados por unidade de produto (menor desperdício de materiais, maior eficiência na mão de obra, etc.), redução dos níveis de estocagem, redução nos prazos de atendimento dos pedidos, etc. 8.3 Compras Seleção de fornecedores em termos de qualidade, preços e condições de pagamento e, principalmente, sob o aspecto de confiabilidade no cumprimento da progra- mação de entregas frequentes de pequenos lotes. 8.4 Recursos humanos Planos de recrutamento, treinamento e desen- volvimento do pessoal de todas as áreas; planos de salários, benefícios e promoções; programas para a redução do absenteísmo e do turn-over, prevenção de acidentes, etc. 8.5 Finanças Planos para aperfeiçoar a estrutura das fontes de financiamento (participação dos passivos de funciona- mento, passivos onerosos e capital próprio); obtenção de financiamentos a custos menores e com prazos mais adequados; bom desempenho das ações na bolsa (visando futuros aumentos de capital); melho- ria na qualidade e nos prazos de obtenção das infor- mações gerenciais; maior controle na utilização dos recursos financeiros, etc. Esses e outros planos e metas visam aumentar as receitas, reduzir os custos e despesas e, no final, contri- buir para alcançar a rentabilidade desejada. O planejamento financeiro deve ser estruturado por meio de um conjunto de quadros agrupados em: orçamentos de investimentos, orçamentos operacionais, orçamentos de resultados e orçamentos de caixa. Cada área da empresa deve preparar seus orça- mentos de investimentos e operacionais. A partir dos dados obtidos, o departamento financeiro compilará os diversos orçamentos e/ou previsões: orçamentos de investimentos x abarcam: As etapas de grandes projetos que x integram o plano de investimentos de longo prazo programado para o período coberto pelo orçamento. Outros investimentos de menor monta x que deverão se iniciar no período, relati- vos aos ativos fixos industriais e às ins- talações, equipamentos, veículos, etc. de todas as áreas da empresa. orçamentos operacionais x compreendem: Previsão de vendas. x Orçamentos de produção (plano de pro- x dução, materiais, mão de obra, energia, custos indiretos de fabricação, custos de produção e estoques de produtos). orçamentos de despesas de ven- x das, gerais e administrativas decom- põem-se em: quadro de pessoal, programação de x férias e horas extras, por categoria e faixa salarial; ANáLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO | 15 | folha de pagamento e outras despesas x com pessoal; comissões sobre vendas; x depreciações; x demais despesas operacionais, por depar- x tamento. orçamentos de resultados e de caixa x envolvem: unidade operacional e conjunto das uni- x dades; receitas, custos, despesas e resultados; x entradas, saídas de numerários; x balanço patrimonial projetado; x mensal, semestral e anual. x 8.6 Tratamento da inflação Em uma economia como a brasileira, as altas taxas de inflação constituem a principal fonte de incertezas no processo de planejamento, pois: Implicam constantes reajustes nos preços, x salários, tarifas públicas, etc. Distorcem os mecanismos de mercado, x provocando variações reais de preços independentes daquelas geradas pelos desequilíbrios entre a oferta e a procura. A curto prazo, provocam dispersões nos x diversos índices gerais de preços e nos vários indexadores aplicados nas transa- ções realizadas pela empresa. Provocam perdas e ganhos de natureza x monetária pela corrosão no poder de compra dos recursos mantidos em dis- ponibilidade e dos valores a receber e a pagar não indexadas. Por problemas de mercado, nem sempre x a empresa conseguirá repassar aos seus preços de venda a totalidade dos aumen- tos inflacionários ocorridos nos seus cus- tos e despesas. BREALEY, R. A; MYERS, S. C. Principles of coporate finance. Boston: McGraw-Hill, 2003. GITMAN, L. J. Princípios de administração finan- ceira essencial. Porto Alegre: Bookman, 2001. HUMMEL, P. R. V.; PILãO, N. matemática financeira e engenharia econômica: a teoria e a prática da análise de projetos de investimentos. São Paulo: Thom- son, 2003. KASSAI, R. et al. retorno de investimento: abor- dagem matemática e contábil do lucro empresarial. São Paulo: Atlas, 1999. LEITE, H. P. 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