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Neuropatologia II

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@veterinariando_ 
Parte II 
 
Edema cerebral 
• É caracterizado pelo acúmulo anormal 
de líquido no espaço intra e/ou 
extracelular do tecido nervoso, 
localizado ou difuso, o que resulta em 
aumento do volume encefálico 
• Aspectos morfológicos – o cérebro se 
mostra aumentado de volume e de peso, com giros achatados, sulcos 
apagados, redução do espaço subaracnóideo e dura-máter tensa. Devido a 
tumefação do tecido nervoso, há redução das cavidades ventriculares 
Pode ser de dois tipo: vasogênico e citotóxico 
1. Vasogênico – ocorre quando há alteração da barreira hematoencefálica, com 
aumento da permeabilidade vascular, acumulando líquido no espaço 
extracelular do parênquima encefálico e consequentemente extravasamento 
de substâncias tóxicas que atingem neurônios e células da glia – por não 
existir circulação linfática no sistema nervoso central, não há a pronta 
reabsorção dos líquidos, ocorrendo a compressão dos tecidos adjacentes 
o Edema localizado: associado a inflamações, cistos parasitários, necrose 
focal, traumatismos, hemorragias e neoplasias do parênquima e 
meninges 
o Edema generalizado: associados a condições sistêmicas 
2. Citotóxico – ocorre quando há lesões às membranas celulares das células 
neurais ou endoteliais, com desequilíbrio iônico/osmótico. Está associados a 
casos de isquemia/hipoxia generalizada ou intoxicações. 
 
 
 
 
 
 
Aumento da pressão intracraniana 
Resulta em duas consequências graves e que podem ser fatais: 
1. Distorção e deslocamento de partes do encéfalo de um compartimento de 
maior pressão para outro de menor pressão, constituindo as hérnias 
cerebrais 
2. Redução da pressão de perfusão cerebral, que ocorre quando são 
ultrapassados os mecanismos adaptativos, uma vez que a perfusão 
cerebral é a diferença entra a pressão arterial sistólica e a pressão 
intracraniana ( perfusão cerebral = pressão arterial sistólica – pressão 
intracraniana) 
 
Concussão 
• Ocorre quando há algum tipo de agressão mecânica/trauma ao sistema 
nervoso (sem lesão)– agressão encefálica difusa 
• A concussão corresponde a perda temporária da consciência com posterior 
recuperação, geralmente, sem lesões estruturais 
 
Espaço de Virchow-Robin 
• Quando há edema cerebral, fica repleto 
de líquido e se expande 
Neurópio 
• Quando há edema, formam-se vacúolos 
repletos de líquido 
Contusão 
• Ocorre quando há traumas diretos de objeto sobre o local (com lesão) – 
agressão encefálica focal 
• Há lesões estruturais do tecido em grau e intensidade variáveis, geralmente 
acompanhada de perda da consciência 
 
Laceração 
• Lesões estruturais graves acompanhada de exposição de tecido e perda 
imediata da consciência 
 
Hemorragias 
• Epidural – se formam entre o crânio e a camada externa (dura-máter) de 
tecido que cobre o cérebro (meninges) 
• Subdurais – se formam entre a camada externa e a camada média 
(aracnoide e dura-máter) 
• Leptomeningeana – ocorre no espaço subaracnóideo e a pia-máter) 
• Parênquima cerebral 
 
• Concussão 
• Contusão 
• Laceração 
• Hemorragia 
• Compressão 
➢ A compressão pode ocorrer devido a uma estenose 
➢ Mielopatia estenótica cervical – Síndrome de Wobbler (é caracterizada 
por estenose do canal vertebral cervical, causando trauma 
compressivo sobre a medula espinhal cervical) 
➢ Muito comum em equinos - quadras de ataxia 
Encefalomalacia 
• Malácia vem do grego malaika que significa “amolecimento”, esse 
amolecimento ocorre em detrimento de ter havido um determinado local no 
encéfalo necrose de liquefação 
➢ Intoxicação por sal – mais comum nos suínos, em decorrência da 
privação hídrica por tempos prolongados – nessas circunstâncias pode 
haver o desenvolvimento de uma meningoencefalite eosinofilica 
(meningite associada a uma encefalite com presença de grande 
quantidade de eosinófilo no infiltrado inflamatório) 
 
Leucoencefalomalácia 
• Corresponde ao “amolecimento” da substância branca cerebral 
• É um tipo de lesão de maior prevalência em equinos 
• Essa condição ocorre em decorrência de uma toxina derivada de um fungo 
(Fusarium moniliforme), esse fungo produz a toxina fumonisina B1 – o animal 
entra em contato com essa toxina por meio da ingestão de milho mofado 
 
Polioencefalomalácia 
• Corresponde ao “amolecimento” da substância cinzenta cerebral 
• É uma enfermidade neurológica, não infecciosa que acomete ruminantes 
• Pode ser ocasionada devido a ingestão de vegetais contendo tiaminases 
(forrageiras), pela intoxicação por enxofre, por privação de água e/ou 
intoxicação por cloreto de sódio e também intoxicação por chumbo 
 
Encefalopatia espongiforme bovina 
• Popularmente conhecida como doença da vaca louca 
• Quando o animal é portador dessa doença, a massa encefálica passa a ter 
características morfológicas semelhantes a uma esponja com presença de 
cavitações, por isso o nome encefalopatia espongiforme 
• É uma doença zoonótica 
• É causada por uma proteína modificada contida nos neurônios, que são 
chamadas de príon 
• A doença era transmitida aos animais por meio da alimentação que era 
constituída de farinha de osso e farinha de carne – atualmente é proibida a 
administração de alimentos de origem animal para bovinos 
• No ser humano essa doença recebe o nome de Creutzfeldt-Jakob 
 
Encefalite rábica 
• Conhecida como hidrofobia ou raiva, é um doença infecciosa provocada por 
um vírus do gênero Lyssavirus, pertencente à família Rhabdoviridae. Esse 
vírus possui amplo espectro de hospedeiros, que vão desde plantas e insetos 
até os mamíferos 
• Há um meningoencefalite não supurativas (não há formação de pus) – há um 
infiltrado inflamatório do tipo linfocitário 
• Na raiva, o característico corpúsculo de inclusão citoplasmático (corpúsculo 
de Negri ) é diagnóstico da doença. 
 
 
Corpúsculo de Negri 
Citoplasma neuronal

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