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MUDE SUA VIDA! 
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SUMÁRIO 
DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................................................ 2 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
Art.5(...) 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e 
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais 
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: (...) 
 
O MANDADO DE SEGURANÇA 
O mandado de segurança é um remédio de natureza subsidiária no direito. O individual, 
cujo interesse é particular e não de um grupo ou uma classe, está previsto no art. 5o, LXIX da 
Constituição brasileira de 1988, nos seguintes termos: “conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do poder público;” 
 No art. 5°, LXX, está previsto o coletivo, que pode ser apresentado pelos legitimados do 
texto, com a seguinte atenção no concurso: a associação deve ter registro a pelo menos um ano, 
o partido deve ter representação no congresso, ou seja, um deputado federal ou um senador, e 
todos os outros legitimados devem ter pertinência temática, isto é, só podem ingressar para os 
interesses que eles defendem ou representam. O art. 22, 23 da lei 12016 de 2009, descreve 
todos estes requisitos de forma clara. 
Em sede infraconstitucional, a regra está enunciada no art. 1° da Lei n° 12.016/2009. A 
partir desses dispositivos, pode ser visto as condições para a concessão do mandado de 
segurança: a) um direito líquido e certo; b) violado ou ameaçado por ato ou omissão ilegal ou 
abusivo de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas. 
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Direito líquido e certo, na verdade, os fatos devem estar, desde a impetração, comprovados 
(prova pré-constituída), não se admitindo dilação probatória. 
Existe a possibilidade de concessão de liminar, cujos efeitos persistirão até a prolação 
da sentença (art. 7° da Lei no 12.016/2009), todavia, nenhuma delas são aplicadas a direitos 
sociais prestacionais: 1) a proibição de concessão de liminar em mandado de segurança visando 
à reclassificação ou equiparação de servidores públicos, ou à concessão de aumento ou 
extensão de vantagens (Lei n° 4.348/64); 2) proibição de concessão de liminar para pagamento 
de vencimentos e vantagens pecuniárias (art. 1o , § 4o , da Lei no 5.021/1966); 3) a proibição 
de concessão de liminar para a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias 
e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a 
concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza (art. 7o 
, § 2o , da Lei no 12.016/2009). A liminar do coletivo, só pode ser concedida, com a oitiva da 
outra parte no prazo de 72 horas, art 22 da Le 12.016/2009. 
Conforme art. 23 da Lei 12.016/2009, o prazo decadencial para impetrar o remédio são 
de 120 dias, a partir do fato ou do ato. 
A título exemplificativo, apenas, cabe mencionar que o Superior Tribunal de Justiça – no 
ROMS 200.902.046.635, no ROMS 200.701.125.005, no AGA 200.602.655.477 e no AGA 
842.866 – reconheceu o cabimento do mandado de segurança para ordenar ao Poder Público o 
cumprimento de mandamentos destinados à efetivação do direito constitucional à saúde. 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
O MANDADO DE INJUNÇÃO 
O mandado de injunção busca tornar um direito subjetivo, presente na Constituição 
Federal, concreto. O indivíduo ou coletivo que entra com o mandado de injunção tem como 
objetivo fazer com que um direito subjetivo possa ser exercido. Cabe ao julgador suprimir o 
problema, dando uma solução para o mesmo. O mandado de injunção depende de dois 
requisitos constitucionais para que qualquer pessoa interessada entre com o pedido. 
• a existência de uma norma de eficácia limitada; 
• a ausência de uma norma reguladora. 
 As omissões inconstitucionais, podem ser legislativas ou administrativas. As primeiras, 
quando a Constituição impõe o dever de legislar e o Parlamento não o faz; e as demais, quando 
a autoridade administrativa deixar de regulamentar um direito constitucionalmente 
assegurado ou mesmo quando deixa de adotar providências executivas que garantam a sua 
efetivação. 
 A omissão inconstitucional pode ser total ou parcial, o primeiro caso acontece quando 
não há norma infraconstitucional sobre o tema; o segundo, quando a norma trata do tema de 
forma insuficiente. O mandado de injunção, instrumento previsto em nível constitucional no 
art. 5°, LXXI: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.” 
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Um dos exemplos práticos e verídicos da utilização do mandado de injunção ocorreu em 
2007, no julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dos mandados de injunção 670, 
708 e 712, todos relacionados ao direito de greve dos servidores públicos. 
Na época, representantes do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo 
(Sindpol), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa (Sintem) e Sindicato dos 
Trabalhadores do Poder Judiciário do Pará (Sinjep) entraram com os pedidos, afirmando que 
não havia leis que regulamentassem o direito de greve, assegurado pela Constituição Federal. 
O artigo 37, inciso VII da Constituição Federal prevê o direito à greve, especificando-o da 
seguinte maneira: 
“Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica”. 
Nesse caso, o inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal é um dispositivo 
constitucional de eficácia limitada, pois o direito à greve está assegurado, mas, no caso dos 
servidores públicos, não há leis específicas que o regulamentem. 
A partir dos mandados de injunção dos sindicatos, foi decidido pelo STF que, enquanto 
uma lei específica não fosse feita, normatizando o direito à greve dos servidores públicos, 
valeriam as regras previstas para os trabalhadores do setor privado, que são regidas pela Lei 
nº 7.783/89. 
Esse é um exemplo que elucida a finalidade do mandado de injunção. 
Já que o judiciário não pode legislar e nem interferir na autonomia do Poder Legislativo, 
e também não pode deixar que um direito constitucional não possa ser exercido, definiu que, 
enquanto a situação não fosse regulamentada, regras já existentes fossem adaptadas para 
encaixar aquele direito constitucional. O mandado de injunção busca tornar um direito 
subjetivo, presente na Constituição Federal, concreto. 
ATENÇAO: DESDE 2007 A CORTE SEGUE A CORRENTE CONCRETISTA, POIS INICIALMENTE 
DECLAROU A FALTA DA LEI E SUBSIDIARIAMENTE INDICOU UMA LEI QUE JÁ EXISTIA NO 
MUNDO JURÍDICO, ATÉ QUE A ESPECÍFICA FOSSE PRODUZIDA.A existência de uma norma de eficácia limitada faz jus a um direito constitucional que 
existe, mas que o exercício do mesmo não seja possível ou seja limitado. 
No exemplo que utilizamos, seria o direito de greve, que existe, mas não era possível ser 
exercido plenamente por servidores públicos por falta de lei reguladora. 
 
Mandado de injunção individual 
Os mandados de injunção são divididos em duas espécies diferentes: o individual e o 
coletivo. Veremos um pouco mais de cada um deles. 
O mandado de injunção individual pode ser requerido por qualquer pessoa física ou 
jurídica que perceba que seu direito constitucional está tendo eficácia limitada por conta da 
falta de norma regularizadora, ou seja, não é permitido entrar com mandado de injunção em 
benefício exclusivo de terceiros. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art37VII
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.HTM
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Mandado de injunção coletivo 
O mandado de injunção coletivo, por sua vez, foi regulamentado pela Lei nº 13.300/16, 
que será abordada de forma mais exaustiva mais adiante neste artigo. 
O mandado de injunção coletivo só pode ser proposto pelas entidades restritas no artigo 
12 da lei 13.300/16, que são: 
 ATENÇÃO: OBSERVE OS REQUISITOS DOS LEGITIMADOS!!! CADA UM DELES POSSUI 
CONDIÇAO ESTABELECIDA NO ARTIGO PARA IMPETRAR O REMÉDIO. 
“Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou 
individuais indisponíveis; 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar 
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou 
relacionados com a finalidade partidária; 
III - por organização sindical, favor da totalidade ou de parte de seus membros ou 
associados entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, 
liberdades e prerrogativas em, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes 
a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; 
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos 
dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal”. 
O parágrafo único do artigo 12 da Lei 13.300/16 determina que “os direitos, as 
liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os pertencentes, 
indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, 
classe ou categoria”. 
A regulamentação da Lei 13.300/16 
O mandado de injunção, que busca tornar direitos subjetivos da constituição aplicáveis 
por meio da regulamentação dos mesmos, foi devidamente regulamentado em 2016, por meio 
da Lei 13.300. 
Antes disso, o Supremo Tribunal Federal determinou, em 1990, que os procedimentos 
do mandado de injunção deveriam seguir os mesmos do mandado de segurança. 
A Lei 13.300/16 estipula os trâmites do mandado de injunção, quem pode entrar com o 
pedido e como funciona todo o processo. 
Foi na Lei 13.300/16 que foi regulamentada a possibilidade do mandado de injunção 
coletivo. Embora a Constituição Federal não apresentasse a possibilidade do mesmo, já era 
entendimento do STF a sua possibilidade. 
Um dos pontos mais importantes que a Lei 13.300/16 destaca é que o mandado de 
injunção garante a aplicação do direito subjetivo constitucional apenas às partes interessadas, 
com algumas ressalvas, conforme apresenta o seu artigo 9: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13300.htm
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“Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até 
o advento da norma regulamentadora. 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, 
quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da 
liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração; 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos 
análogos por decisão monocrática do relator”. 
 
AÇÃO POPULAR 
AÇÃO POPULAR 
O Art. 5º, LXXIII da Constituição Federal diz: 
“LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; ” 
 Assim, é o meio constitucional, segundo os doutrinadores, posto à disposição de 
qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos – ou a estes 
equiparados – ilegais e lesivos do patrimônio federal, estadual e municipal, ou de suas 
autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiros públicos”. 
 
A ação popular tem os seguintes requisitos para ajuizamento: 
Requisito subjetivo: somente tem legitimidade para a propositura da ação popular o 
cidadão; 
Requisito objetivo: refere-se à natureza do ato ou da omissão do poder público a ser 
impugnado, que deve ser, obrigatoriamente, lesivo ao patrimônio público, seja por ilegalidade/ 
seja por imoralidade. 
 A Lei nº 4717/65, determina que a competência para processar e julgar ação popular 
será determinada pela origem do ato a ser anulado, aplicando-se as regras constitucionais e 
legais de competência, ou seja, na primeira instância por ser uma ação de conhecimento ou na 
justiça federal ou estadual competente. 
 
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727487/inciso-lxxiii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65

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