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Lara Bianca Cardoso Pereira- Med UEMA Instagram: esteto.da.lara Febre Amarela É uma doença febril aguda, de curta duração e de gravidade variável, cujo agente etiológico é um arbovírus RNA do gênero Flavivirus. Seus vetores na área urbana é o A. aegypti e na forma silvestre os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. QUADRO CLINICO 1ª FASE: PERIODO DE INFECCÇÃO • É quando ocorre a viremia • Dura 3 dias • Quadro clínico inespecífico • Febre alta e hemorrágica, calafrio • Sinal de Faget: pulso x temperatura • Cefaleia • Mialgia • Náusea e vomito • Ictericia OBS: Período de remissão- declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, pode durar horas ou, no máximo, de um a dois dias. Pode evoluir para cura ou forma grave. 2ª FASE: PERIODO TOXEMICO • Reaparecimento da febre, vomito (borra de café) e diarreia • 10% de todos os casos desenvolvem a forma grave da doença, apresentando disfunção hepatorrenal: hepatite (TGO>1000) + oligúria + icterícia + albuminuria • Com mortalidade altíssima (mais de 50% dos casos) • Manifestações hemorrágicas (tubo digestivo e pele) • Prostração ALTERAÇÕES LABORATORIAIS • Na forma leve e moderada não há alterações laboratoriais importantes • Leucopenia • Neutropenia • VHS próximo de zero • Transaminases aumentadas (>1000)- necrose do tecido hepático e acometimento muscular e cardíaco • Aumento de bilirrubina (direta>>) • Ureia e creatinina elevados • Tempo de protrombina e tempo de coagulação aumentados: diminuição dos fatores de coagulação sintetizados pelo figado • Queda de fibrinogênio DIAGNOSTICO • Pesquisa do vírus: isolamento viral, RT-PCR e histopatologia do fígado, rins, coração, baço, linfonodos • Pesquisa da imunidade contra agente: MAC-ELISA (detecta igM presente entre 5º de infecção a 60/90 dias após início) TRATAMENTO • Formas leves e moderadas = suporte clinico, não há tratamento especifico • Forma grave = UTI (tratar insuficiência hepática e renal, hemorragias e alterações metabólicas PREVENÇÃO • Vigilância epidemiológica • Notificação compulsória • Vacina anti-amarílica com vírus atenuado (9 meses e 4 anos de idade)- pode fazer reação cruza com quem tem alergia a ovo Malária É uma doença infecciosa febril aguda por protozoário do gênero Plasmodium sp. e transmitida pela picada do mosquito femea da espécie Anopheles darling. Os vetores são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Parte sexuada do ciclo = mosquito Parte assexuada do ciclo = humano (fase hepática e eritocitária) Após entrar no organismo humano, o ciclo evolutivo ocorre no hepatócito humano e nas hemácias. A presença de formas latentes no fígado (hipnozoítos) pode desenvolver meses mais tarde e provocar episódios de recidiva da doença. P. vivax → mais comum, febre terçã P. falciparum → mais grave (parasita muito as hemácias), febre terçã P. malariae → mais raro, febre quartã P. ovale → não tem no Brasil CICLO DA MALARIA NO CORPO HUMANO • Picada do mosquito infectado ou infecção parenteral: inoculação de esporozoítos • Infecta hepatócito: primeiro ciclo de reprodução assexuada (período de incubação: 8-12 dias) • P. vivax e P. ovale apresenta formas latentes no fígado (hipnozoítos), que poderá gerar episódios de recaídas da doença. Nesses casos, a malária deverá ser tratada com uma droga adicional, a primaquina. • Merozoitos liberados do fígado infectam as hemácias, realizando um novo ciclo de reprodução assexuada (48-72 horas), o que determina a periodicidade dos ataques de febre de malária, decorrentes da ruptura mais ou menos sincronizada de múltiplas hemácias. QUADRO CLINICO PERIODO DE INFECÇÃO • Náusea, vomito, fadiga, falta de apetite • ACESSOS FEBRIS: febre (até 41º C), tremor generalizado e calafrios (15 min a 1 hora de duração), cefaleia, facie congesta, sudorese (declínio da crise de temperatura) PERIODO DE REMISSÃO • Declínio dos sintomas • Sensação de melhora • Dura 48h nas febres terças • Dura 72 na febre quartã PERIODO TOXÊMICO • Febre de padrão irregular • Acessos febris + anemia • Esplenomegalia • Hepatomegalia • Palidez cutaneomucosa • Dano microvascular Em formas graves no caso de P. falciparum, o quadro pode evoluir para formas mais complicadas, relacionada a resposta imunológica do organismo e graus de parasitemia: resposta imune e dano microvascular extenso. Com o aumento da parasitemia, ocorre: • Hipercatabolismo corpóreo pelo parasita = hipoglicemia, acidose, anemia grave e hiperlactatemia • Alteração de consciência • Dispneia • Convulsão • Hipotensão • Hemorragia ACHADOS LABORATORIAIS • Leucopenia • VSH e PCR elevados • Hipoglicemia • Acidose metabólica • Anemia grave COMPLICAÇÕES CRONICAS • Síndrome nefrótica • Linfoma de Burkitt (devido a imunossupressão) • Esplenomegalia DIAGNOSTICO • GOTA ESPESSA: método mais sensível e de escolha no Brasil. Baseia-se na visualização do parasito na microscopia optica, após coloração • ESFREGAÇO DE SANGUE PERIFERICO: usado para identificar as espécies, sensibilidade menor • TESTE RÁPIDO: contém o anticorpo, usado em áreas não endemicas TRATAMENTO • P. vivax: cloroquina + primaquina • P. falciparum: artesunato + mefloquina + primaquina • P. malariae: cloroquina • Graves: artesunato + clindamicina
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