TRABALHO DE REDAÇÃO INSTRUMENTAL

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - FAP 
CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
NARRATIVA JURÍDICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PARÁ 
 2020 
 
 
 
 LUCAS MILHOMES GUALBERTO (201601228929) 
 SHEILA SIMONE BENTES NASCIMENTO (201902502078) 
 ELINAI DA SILVA MELO (201902301021) 
 BRUNA MARIA RODRIGUES (202002386134) 
 PAULO JORGE CORREIA GARCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho para avaliação parcial da AV1, 
apresentado para disciplina Redação 
Instrumental, (CCJ0267/35868), Turma 2001 do 
Curso Bacharelado em Direito da Universidade 
Estácio de Sá. 
Área de concentração: Redação Instrumental 
 Orientador: Sabrina Arrais 
 
 
BELÉM - PARÁ 
 2020 
 
 
 
 
a) Após a leitura do Caso em questão, elabore uma narrativa jurídica em defesa da parte 
Autora Mariza. Faça uso da modalidade culta da língua e mantenha-se fiel ao conteúdo 
apresentado, sem distorcê-los, sem acrescentar ou criar fato algum. 
 
AO JUIZO DA VARA CÍVEL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
Mariza, 45 anos, empregada domestica, portadora do RG nº XXX, inscrita no CPF nº 
XXXXX, residente e domiciliada na XXXXXXXX, nº xxxxx, Cep xxxxxxxx, na Cidade 
de São Paulo-SP, vem por intermédio de sua advogada que esta subscrevem no endereço 
profissional localizado na XXXXXXX, nº XXXXX, na Cidade de São Paulo- SP, 
podendo ser encontrada no seguinte enderenço eletrônico 
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, vem respeitosamente a Vossa Excelência propor 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO, em face da empresa MORAR BEM 
LTda, localizada xxxxxxxxx, Cidade de São Paulo, expor de fatos e direito 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO COM PEDIDO DE LIMINAR 
1. DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer a concessão da justiça gratuita a Requerente, por ser pessoa pobre no sentindo 
jurídico do vocábulo, por não possuir condições de demandar em juízo sem sacrifício do 
sustento próprio e de seus familiares, nos termos do art. 5º LXXIV da Constituição 
Federal de 1988, e art. 99 do Código de Processo Civil de 2015. Para tanto, junta em 
anexo a declaração de hipossuficiência que possui. 
 
2. FATOS 
A Autora da presente ação em agosto de 2008 fechou contrato com a empresa, efetuando 
o pagamento no valor de R$ 10.000,00(dez mil reais), e ainda chegou a efetuar o 
pagamento de seis parcelas no valor de R$1.000.00(mil reais), porém como esperado, não 
obteve o retorno do valor do financiamento. Agora passa por difíceis condições de 
sobrevivências, tendo que morar na casa de seus patrões e colocando seus filhos, Jorge, 
14 anos, Rita, 16 anos e Mauro, de 18 anos, para trabalhar, enquanto ainda não 
terminaram a escola. 
Vale enfatizar que a Requerente afirma ter sido “enganada e roubada”, pela empresa, uma 
vez que se passando cinco anos, centenas de pessoas haviam sido lesadas, dentre elas a 
Requerente. 
3. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
A pretensão da Requerente encontra-se fundamento no art. 5º, inciso XXXIV da 
Constituição Federal de 1988 
Art. 5º (....) 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
Em se tratando da fundamentação do Código Civil, nos respectivos artigos 145 e 147, 
abordam o tema do dolo, ou seja, o caso em comento configura totalmente, em razão da 
requerente ter sido enganada pela empresa, a requerida se aproveitaram da situação para 
agir de má-fé e mediante conduta considerada criminosa, no tocante crime de Estelionato. 
Pode se analisar os artigos abaixo, se vislumbra que, se a Requerida não tivesse desejo 
maldoso, o fato não teria ocorrido. 
 
 
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. 
 
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a 
respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, 
provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
I - Por incapacidade relativa do agente; 
II - Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra 
credores. 
 
 
4. PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
Nos termos do Art. 300 do CPC/2015, “ a tutela de urgência será concedido quando 
houver elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de danos ou o 
risco ao resultado útil do processo. 
No presente caso, tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos: 
A PROBABILIDADE DO DIREITO 
Resta caracterizada diante da demonstração da requerida em agir de má-fé com a 
Requerente. 
Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pelo lapso de tempo que a lide pode perdura, 
e da situação que a Requerente passa, tendo que morar na casa de seu patrão de favor 
e tendo que colocar seus filhos menores de idade para trabalhar. 
Por fim, cabe destacar que o pedido NÃO caracteriza conduta irreversível, não 
conferindo nenhum ano a requerida. 
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado o receio de dano, sendo 
assim concedida a ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, portanto, REQUER que seja 
DEFERIDA A TUTELA DE URGÊNCIA nos termos do art. 300 do CPC. 
5. DOS PEDIDOS 
Ante o expor, requer. 
1. Os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentindo jurídico 
do termo, conforme declaração em anexo. 
2. A citação da Requerida empresa, para vir responder o presente pedido, sob pena 
de revelia e confissão ficta, quanto à matéria de fato. 
3. A intimação do ilustre representante do Ministério Público, para que se 
manifeste e acompanhe o feito até o seu final. 
4. Ao fim, julgar procedência total do pedido, para que seja DECRETADA A 
ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO em razão do dolo em que a Requerente foi 
submetida, bem como induzimento malicioso da Requerida. 
5. Decidir pela condenação do acionado ao pagamento das verbas de sucumbência, 
isto é, custas processuais e honorárias advocatícias, estas na base de 20% (vinte 
por cento) sobre o valor da condenação. 
6. A concessão dos benefícios da justiça gratuita nos termos da lei 1.050/50, por 
ser neste momento pessoa de pouco recursos para custear o mesmo. 
7. Solicita o ressarcimento do valor de R$16.000,00(dezesseis mil reais) 
acrescentado de juros, uma vez que a Requerente empresa agiu de má-fé, com 
todos seus clientes, excluísse com a Requerente. 
 
6. VALOR DA CAUSA 
Dá-se o valor da causa em R$16.000,00(dezesseis mil reais), valor esse pago pela 
Requerente para a empresa com intuito de comprar sua moradia. 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
____ de________________de__________ 
 
____________________________________ 
Advogado 
 
 
 
 
 
 
b) Após a leitura da narrativa, indique quais são os elementos constitutivos? 
- O quê? Contrato de financiamento para a aquisição de imóveis 
- Quem? Partes: Paulo, Roberto, Morar Bem Ltda, Mariza 
- Onde? Cidade de São Paulo 
- Quando? Agosto de 2008 
- Como? A Autora da ação fechou contrato com a empresa, efetuando o pagamento no 
valor de R$ 10.000,00(dez mil reais), e mais seis parcelas no valor de R$1.000.00(mil 
reais), porém não obteve o retorno do valor do financiamento 
- Por quê? Inadimplência do Ré 
 
 
c) Indique e justifique qual a situação jurídica penal do Paulo e Roberto? 
 
Paulo e Roberto praticaram o crime de estelionato previsto o crime no art. 171, no 
Código Penal Brasileiro. 
Os mesmos utilizaram expedientefraudulento, no qual ludibriaram terceiros para 
obterem vantagens patrimoniais ilícitas.