Buscar

Câncer de Pulmão


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

80 a 85% dos cânceres de pulmão são do tipo câncer de pulmão de
não pequenas células.
10 a 15% dos cânceres de pulmão são do tipo câncer de pulmão de
pequenas células.
As neoplasias pulmonares são clasificadas em benignas e malignas
(cânceres). 
O câncer de pulmão se divide em dois tipos principais, que são tratados
de maneira muito diferente:
Câncer de PulmãoCâncer de PulmãoCâncer de Pulmão
Tipos de Câncer
 
C Â N C E R D E P U L M Ã O D E P E Q U E N A S C É L U L A S
 
 
Pela classificação OMS/IASLC de 1999, o CPPC é dividido em dois subtipos:
CPPC “puro” e o CPPC combinado com outra histologia, sendo que este
último consiste de elementos de CPNPC e CPPC conjuntos.
Histologicamente, o tumor é caracterizado por células de citoplasma
escasso, cromatina nuclear finamente granular e nucléolo ausente ou
imperceptível. Clinicamente, estes se apresentam como lesões
centrais, frequentemente na submucosa do brônquio e mais comumente
associados a síndromes paraneoplásicas. Por conta do seu rápido
crescimento e proliferação, o seu curso clínico usualmente é mais
rápido. 
CPPC é composto por células neoplásicas tipicamente dispostas em
grupos, cordões ou trabéculas separadas por um estroma
fibrovascular delicado. A tumoração, geralmente, se origina nas vias
aéreas centrais, inicialmente infiltrando a submucosa e gradualmente
obstruindo a luz brônquica.
As células geralmente possuem 1,5 a 2,5 vezes o diâmetro de linfócitos
e apresentam citoplasma escasso e cromatina nuclear granulada.
Índices mitóticos são altos e necrose celular é frequente. 
o segundo subtipo reconhecido pela classificação da OMS é o CPPC
combinado, no qual coexistem carcinoma epidermoide e, mais
raramente, adenocarcinoma ou outras histologias de carcinoma de
pulmão não pequenas células menos frequentes.
Em relação ao prognóstico e resposta aos tratamentos, não existe
consenso sobre a influência dos diferentes subtipos histológicos.
O CPPC é mais responsivo à quimioterapia e à radioterapia, contudo a
resistência à terapêutica também é mais frequente.
Neoplasia de crescimento rápido e desenvolvimento precoce de
metástases.
Apesar de se tratar de uma neoplasia extremamente sensível à
quimioterapia e radioterapia, recidivas tendem a ocorrer, a despeito do
tratamento, em um período de 2 anos. Sobrevida a longo prazo é
reduzida, com taxas de sobrevida em 5 anos em torno de 3 a 8%.
Tipo de câncer mais comumente associado a síndromes
paraneoplásicas.
C Â N C E R D E P U L M Ã O D E N Ã O P E Q U E N A S C É L U L A S
 
 O câncer de pulmão de não pequenas células dependendo da célula daqual se originou está dividido em subtipos:
 
Adenocarcinoma
Os adenocarcinomas começam nas células que revestem os alvéolos e
produzem substâncias como muco. Esse tipo de câncer de pulmão
ocorre principalmente em fumantes e ex-fumantes, mas também é o tipo
mais comum em não fumantes. É mais frequente em mulheres do que em
homens.
é o tipo histológico mais comum da atualidade e tem origem nas
partes mais distais da árvore respiratória, com localização
periférica. O diagnóstico histológico se faz pelo arranjo medular que
as células neoplásicas formam, ou pela presença de mucina
intracitoplasmática. O perfil imunohistoquímico se dá pela
positividade de CK7 e TTF1 e pela negatividade de CK20.
O adenocarcinoma é normalmente encontrado nas áreas externas do
pulmão. Ele tende a crescer mais lentamente do que os outros tipos
de câncer de pulmão, e tem mais chance de ser diagnosticado antes de
se disseminar. Os pacientes com adenocarcinoma in situ têm um
melhor prognóstico do que aqueles com outros tipos de câncer de
pulmão.
 
Carcinoma Espinocelular
Esses tumores começam nas células epidermoides, que se
caracterizam por serem planas, e revestem o interior das vias
aéreas. Esse tipo de câncer de pulmão está relacionado com o
tabagismo e tende a ser encontrado na região central dos pulmões,
próximo aos brônquios.
Representam cerca de um quarto dos casos de CPNPC. Mostram-se
frequentemente como lesões centrais, broncogênicas, e com uma
maior incidência de imagens com cavitações quando comparados às
outras histologias. Os carcinomas epidermóides originam-se nos
brônquios e envolvem os lobos pulmonares e o brônquio fonte por
extensão, sendo reconhecidos histologicamente pelas pontes
intercelulares, formação perolácea e pelo processo de
queratinização celular.
 
Carcinoma de Grandes Células
Esse tipo de tumor pode aparecer em qualquer parte do pulmão e
tende a crescer e se disseminar rapidamente, o que pode tornar o
tratamento mais difícil. Um subtipo do carcinoma de grandes células,
conhecido como carcinoma neuroendócrino de grandes células, é um
tumor de crescimento rápido, muito semelhante ao câncer de pulmão
de pequenas células.
O carcinoma de grandes células representa cerca de 10% de todas as
neoplasias pulmonares e sua incidência vem caindo ao longo dos anos.
São tumores pobremente diferenciados e compostos por grandes
células com citoplasma abundante e grandes nucléolos.
caracteriza-se pela ausência de diferenciação glandular ou
escamosa, além da ausência de achados citológicos compatíveis com
carcinoma de pequenas células, e por isso é um diagnóstico de
exclusão. Se apresenta por uma massa pulmonar periférica com
extensas áreas de necrose. 
presentes os carcinoides típicos e atípicos, e carcinoma de grandes
células neuroendócrino. 
Carcinoides típicos acometem indivíduos mais jovens com lesões mais
centrais e ausência de envolvimento linfonodal. Células de formato
poligonal, com núcleos ovais ou arredondados. Não é encontrado
necrose e menos de duas mitoses por campo de grande aumento,
considerado assim um tumor de baixo grau 
 Carcinoides atípicos são semelhantes aos típicos, porém com mitoses
de 2 a 10 por campo de grande aumento, e podem apresentar necrose. 
Carcinoma de grandes células neuroendócrino caracterizam-se pela
presença de uma arquitetura com arranjo celular organoides,
trabeculares ou paliçada. 
 
Subtipos Neuroendocrinos de Nsclc
 
N E O P L A S I A S P U L M O N A R E S B E N I G N A S
 
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no
Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em
todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade.
Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão.
A última estimativa mundial (2012) apontou incidência de 1,8 milhão de
casos novos, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres.
taxa de incidência vem diminuindo desde meados da década de 1980
entre homens e desde meados dos anos 2000 entre as mulheres. Essa
diferença deve-se aos padrões de adesão e cessação do tabagismo
constatados nos diferentes sexos.
na traqueia ou tubos bronquiais: hamartomas (tumores
pulmonares não cancerosos mais comuns), cistoadenomas
brônquicos, os quais crescem nos brônquios principais ou
secundários, mioblastomas e papilomas
no tecido pulmonar: fibromas, hamartomas, leiomiomas, lipomas,
neurofibromas, schawannomas e hemangiomas esclerosantes
Os tumores pulmonares não cancerosos podem ser divididos entre
aqueles que ocorrem
Tumores não cancerosos podem ser identificados com base nos tipos
celulares que compõem o tumor (como músculos lisos, gordura e
células nervosas). Hamartomas são únicos no fato de serem
compostos por partes desorganizadas de tecidos maduros como
cartilagem, gordura e músculo.
Algumas massas não cancerosas nos pulmões são causadas não por
um novo crescimento de células pulmonares (neoplasia), mas pela
inflamação devido a uma infecção ou doença imunológica, como a
sarcoidose.
Com frequência tumores não cancerosos não causam sintomas além
de sibilos, tosse ou falta de ar, particularmente se comprimirem ou
bloquearem as vias aéreas ou se tornarem grandes.
Mais frequentemente, os médicos diagnosticam um tumor de pulmão
não canceroso quando uma radiografia torácica ou outro teste de
imagem é feito por outro motivo.
A maioria dos tumores não cancerosos não é tratada, mas pode ser
necessário remover alguns cirurgicamente paraque não obstruam
as vias respiratórias.
Além dos dois tipos principais de câncer de pulmão, outros tumores
podem acometer os pulmões:
Tumores carcinoides do pulmão. Correspondem a menos de 5% dos
cânceres pulmonares. A maioria destes tumores tem crescimento
lento.
Outros tumores pulmonares. Outros tipos de câncer de pulmão, como
carcinomas adenoides císticos, linfomas e sarcomas, bem como
tumores benignos de pulmão, como hamartomas, são raros. Esses são
tratados de forma diferente dos cânceres de pulmão mais comuns e
não são discutidos aqui.
Metástases pulmonares. Os cânceres que começam em outros órgãos,
como pâncreas, mama, rim ou pele, às vezes podem se disseminar para
os pulmões, mas estes não são cânceres de pulmão. Por exemplo, o
câncer que começa na mama e se dissemina para os pulmões ainda é
câncer de mama, e não câncer de pulmão. O tratamento para o
câncer metastático localizado nos pulmões é baseado no local onde
se iniciou (local do câncer primário). Assim se o tumor primário é de
mama e a metástase se encontra nos pulmões, será tratada como
câncer de mama.
Epidemiologia do Câncer de Pulmão
 
N E O P L A S I A S P U L M O N A R E S B E N I G N A S
 
No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim
do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais
causas de morte evitáveis.
O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes
fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão.
A maioria das estatísticas sobre câncer de pulmão inclui dois tipos o
câncer de pulmão de pequenas células e o câncer de Pulmão de não
pequenas células. Em geral, cerca de 15% de todos os cânceres de
pulmão são de pequenas células e 85% são de não pequenas células.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do
triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 30.200 novos
casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquio (17.760 em homens e
12.440 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco
estimado de 16,99 casos novos a cada 100 mil homens e 11,56 para
cada 100 mil mulheres (Instituto Nacional de Câncer, 10/05/2020).
O câncer de pulmão ocorre principalmente em pessoas mais velhas. A
maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão tem 65
anos ou mais, enquanto um pequeno percentual de casos é
diagnosticado em pessoas com menos de 45 anos. A idade média no
momento do diagnóstico é de 70 anos.
O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer entre
homens e mulheres, representando aproximadamente 25% de todas
as mortes por câncer. Anualmente, morrem mais pessoas de câncer
de pulmão do que de câncer colorretal, câncer de mama e câncer de
próstata combinados.
O número de novos casos de câncer de pulmão continua diminuindo,
em parte porque as pessoas estão parando de fumar. Além disso, o
número de mortes por câncer de pulmão também continua caindo
porque as pessoas, como mencionado, estão parando de fumar e
também devido aos avanços no diagnóstico precoce da doença e das
opções terapêuticas atualmente disponíveis.
Em geral, a chance de um homem desenvolver câncer de pulmão em
sua vida é de cerca de 1 em 15, enquanto para uma mulher, esse risco
é de 1 em 17. Esses números incluem tanto os fumantes, como os não
fumantes. Para os fumantes, o risco é muito maior, enquanto que
para os não fumantes, esse risco é obviamente menor.
Os homens da raça negra têm 15% mais chances de desenvolver
câncer de pulmão do que os brancos. A incidência do câncer de
pulmão é 14% mais baixa em mulheres negras do que em brancas. As
mulheres de ambas as raças têm taxas mais baixas do que os
homens, mas essa diferença está diminuindo. A incidência do câncer
de pulmão vem caindo entre os homens ao longo das últimas décadas
e recentemente começou a cair também entre as mulheres.
As estatísticas de sobrevida em pacientes com câncer de pulmão
variam de acordo com o estadiamento da doença no momento do
diagnóstico.
Apesar do prognóstico do câncer de pulmão não ser otimista, alguns
pacientes com a doença diagnosticados em estágio inicial são
curados.
Quadro Clínico 
 
Os cânceres de pulmão crescem a partir de uma única célula anormal,
ou um pequeno grupo de células anormais, para desenvolver‑se em
grandes massas
macroscópicas que podem possuir vários centímetros de diâmetro. A
maioria dos cânceres de pulmão origina‑se a partir do epitélio
brônquico e é denominada carcinoma. Cânceres pulmonares primários
não carcinomas são menos comuns e incluem carcinoide, blastomas
pulmonares (mais comuns em pacientes mais jovens) e sarcomas. 
O câncer pulmonar inicial frequentemente se manifesta como nódulos
pulmonares, definidos como uma “opacidade arredondada, bem ou mal
definida, medindo até 3 cm de diametro.
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/sarcoidose/sarcoidose
https://www.inca.gov.br/
 
 
Tosse.
Tosse com expectoração mucosa.
Tosse com expectoração com sangue.
Dor no peito.
Rouquidão.
Perda de apetite.
Perda de peso inexplicada.
Falta de ar.
Fadiga.
Infecções de repetição.
Dor óssea.
Alterações no sistema nervoso.
Icterícia (cor amarelada de mucosas e pele).
Nódulos próximos à superfície do corpo.
Os tecidos pulmonares anormais variam em grau histológico de
células levemente atípicas até cânceres agressivos. Lesões, tais
como hiperplasia adenomatosa atípica, são consideradas lesões
pré‑invasivas, com um contínuo de atipia celular até
adenocarcinoma.
Atualmente, apenas 15% dos pacientes com câncer de pulmão são
assintomáticos quando diagnosticados. O diagnóstico nesses
pacientes é muitas vezes feito incidentalmente na radiografia
torácica obtida por outras razões (p. ex., um estudo pré‑operatório). 
A abordagem de suspeitas de câncer de pulmão depende de a
probabilidade de a lesão em questão ser maligna ou do estágio da
doença na apresentação. 
Os nódulos pulmonares resultam com frequência de uma infecção
atual ou anterior, embora possam ser a manifestação precoce de
câncer. Os resultados do National Lung Screening Trial (NLST)
mostraram que, de todos os nódulos detectados, mais de 95% eram
falso‑positivos e eram não cancerosos. 
No entanto, a maioria dos pacientes apresenta sintomas e sinais que
são causados pela lesão pulmonar em si — estes incluem o
crescimento local do tumor, invasão e obstrução; (2) disseminação
tumoral intratorácica regional para os nódulos linfáticos e
estruturas adjacentes; (3) disseminação extratorácica distante da
doença; ou (4) síndromes paraneoplásicas. 
os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:
Quando a doença já se disseminou para outros órgãos pode provocar:
Alguns cânceres de pulmão podem causar um grupo de sintomas
muito específicos, que são descritos como síndromes: Síndrome de
Horner, sindrome da veia cava superior e síndromes paraneoplásicas.
Os locais mais comuns de disseminação metastática são o fígado,
adrenais, ossos e encéfalo.
hiperplasia das células mucosa de modo que gera uma metaplasia de
epitélio estratificado escamoso, há um desenvolvimento de atipia
nuclear originando então o carcinoma in situ tendo a invasão da
membrana basal e ocorrendo a infiltração linfonodal e podendo
gerar a disseminação hematogênica.
Diversas alterações genéticas são conhecidas durante o surgimento
do câncer de pulmão, a literatura traz como mutações ativadoras
ou amplificação de proto-oncogênese como BRAF, EGFR, ERBB, KRAS,
NRAS, PIK3CA e família MYC. Além disso, as mutações inativadoras
podem afetar os genes supressores tumorais prejudicando seu
funcionamento e as alterações em cada gene está relacionada com
os subtipos histológicos do câncer de pulmão, como LKB1, BRG1, MYC,
PTEN, P16, RB e TP53.
O desenvolvimento de vasos é um passo fundamental na passagem do
estágio de câncer sem metástase para a formação de metástase, a
angiogênese tem como fator de crescimento vascular endotelial
(VEGF), como também o CPCNP quanto CPCP, são encontrados em altos
níveis e se correlacionam com um prognóstico ruim.
 Fisiopatologia do Câncer de Pulmão
 
O câncer temseu desenvolvimento devido a ativação e a inativação de
genes que são essenciais no controle regulatório do ciclo celular
como a transdução de sinais, reparo de DNA e de apoptose. No câncer
de pulmão as funções dos genes supressores tumorais e proto-
oncogenese são alteradas, alguns autores defendem que é necessário
um somatório de 20 a 30 eventos para o surgimento do câncer.
O câncer pulmonar possui origem no epitélio respiratório e PE dividido
em grupos histológicos: câncer pulmonar de célula não pequena (CCNP)
– adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas, carcinoma de
célula grande) e câncer pulmonar de células pequenas. Tudo começa
com a proliferação da camada basal celular seguindo para 
T I P O S H I S T O L Ó G I C O S M A I S F R E Q U E N T E S 
D E C Â N C E R :
 
 Adenocarcinoma, é o tipo histológico mais comum atualmente, tem
origem nas porções mais distais da árvore respiratória (a partir de
células claviformes club-cell ou pneumócitos tipo II), e é associado a
lesões mais periféricas em comparação ao carcinoma espinocelular e
ao câncer de pulmão de pequena célula. Histologicamente se visualiza
um arranjo glandular de células neoplásicas e/ou uma presença de
mucina intracitoplasmática.
 Carcinoma espinocelular ou epidermoide, esse tipo de carcinoma
apresenta normalmente lesão central, nas porções
traqueobrônquicas, (de origem brônquica). O diagnóstico é comumente
realizado por meio histológico, sendo dado pela produção de queratina
e/ou desmossomos intercelulares (pontes intercelulares).
 Carcinoma de grande células, esse tipo de câncer, é caracterizado
pela ausência de diferenciação glandular ou escamosa
(histologicamente), apresenta também a ausência de achados
citológicos compatíveis com carcinoma de pequenas células.
Apresenta apenas 10% de todas as neoplasias pulmonares.
 
Câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC):
 
 
 
 Subtipos neuroendócrinos, podem ser classificados em carcinomas
típicos e atípicos e carcinoma de grande células neuroendócrino.
Usualmente acometem pacientes mais jovens, prejudicam com lesões
centrais (obs.: não há envolvimento linfonodal). Histologicamente
esse carcinoma possui a presença de células de formato poligonal
com núcleos redondos ou ovais e nucléolos pequenos. No mesmo
segmento, os carcinomas de grandes células neuroendócrinas
caracterizam por uma arquitetura celular com arranjo celular em
padrões organoide, trabecular ou em paliçada.
Esse tipo de carcinoma, representa apenas 1 a 3% dos casos;
apresenta uma clínica semelhante as outras histologias e câncer de
pulmão, com poucos pacientes assintomáticos no momento do
diagnóstico, porém os assintomáticos geralmente relatam dor no
local do tumor, tosse, dispneia e dor torácica 30 a 40% dos pacientes,
10% apresentam obstrução da veia cava superior no momento do
diagnóstico.
Histologicamente o tumor é caracterizado por células com pouco
citoplasma aparente, cromatina nuclear granular (pouco espessa),
nucléolo ausente.
 
Fatores de Risco 
 
Fumar é o principal fator de risco para câncer de pulmão. Cerca de
80% das mortes por cânceres de pulmão são consequência do
tabagismo e esse número é provavelmente maior para o câncer de
pulmão de pequenas células. O risco de câncer de pulmão entre
fumantes é muitas vezes maior do que entre os não fumantes. Os
cigarros com baixos teores de alcatrão ou light aumentam o risco de
câncer de pulmão tanto quanto os cigarros regulares. Existe,
também, uma preocupação de que os cigarros mentolados possam
aumentar o risco, uma vez que o mentol faz com que os fumantes
inalem mais profundamente.
F A T O R E S D E R I S C O Q U E P O D E M S E R A L T E R A D O S
 
O fumante passivo tem um risco aumentado de desenvolver câncer de
pulmão. O fumo passivo pode provocar mais de 7.000 mortes por câncer
de pulmão por ano. Recentemente, tem-se dado atenção a uma “nova”
forma de exposição passiva ao cigarro, chamada de Thirdhand smoke
(THS). Na THS a nicotina residual e outros produtos químicos são
deixados nas superfícies internas das casas, apartamentos ou outros
locais fechados, pela fumaça do tabaco. As pessoas são expostas a
esses produtos químicos quando tocam em superfícies contaminadas ou
respiram os gases provenientes dessas superfícies. Acredita-se que
este resíduo reaja com poluentes comuns em ambientes fechados para
criar uma mistura tóxica, incluindo compostos causadores de câncer,
apresentando um risco potencial à saúde de não fumantes. THS afeta
principalmente crianças.
 
Câncer de pulmão pequenas células (CPPC):
 
 
Tabagismo
 
 
Fumante Passivo
 
 
Exposição a Radônio
 
 Radônio é um gás radioativo resultante da decomposição do urânio no
solo e rochas. Quando respirado, ele entra nos pulmões, expondo-os a
pequenas quantidades de radiação, o que pode aumentar o risco de uma
pessoa ter câncer de pulmão.
Fxposição ao Asbesto
 Exposição às fibras de amianto no local de trabalho é um importante
fator de risco para câncer de pulmão. Trabalhadores fumantes
expostos ao amianto tem um risco maior de desenvolver câncer de
pulmão.
 
Exposição a a Alguns agentes cancerígenos encontrados em locais de
trabalho podem aumentar o risco de câncer de pulmão, como: urânio,
berílio, cádmio, sílica, cloreto de vinil, níquel, cromo, produtos de
carvão, gás mostarda, éteres clorometilados e escapamento de
diesel.
 
Suplementos dietéticos. Fumantes que fazem uso de suplementos de
betacaroteno podem ter um risco aumentado de desenvolver câncer
de pulmão.
Altos níveis de arsênico na água potável podem aumentar o risco de
câncer de pulmão.
 
Exposição a Agentes Ocupacionais
 
 
Suplementos Dietéticos
 
 
Arsênico
 
F A T O R E S D E R I S C O Q U E N Ã O P O D E M S E R A L T E R A D O S
 
 
Radioterapia dos Pulmões
 
 Pacientes que fizeram tratamento radioterápico na região torácica
para outros tipos de câncer têm um risco maior para câncer de
pulmão, particularmente se forem fumantes.
 
especialmente nas ruas e estradas com tráfego intenso, pode
aumentar o risco de desenvolver câncer de pulmão. Estima-se que
cerca de 5% das mortes causadas pelo câncer de pulmão podem ser
devidos à poluição do ar.
 
 Pessoas que já tiveram diagnóstico de câncer de pulmão têm um maior
risco de desenvolver outro câncer de pulmão. Parentes de primeiro
grau de um paciente diagnosticado com câncer de pulmão podem ter um
risco ligeiramente maior de câncer de pulmão. Não está claro se esse
risco pode ser devido à genética ou se está relacionado a exposições
domésticas compartilhadas, como fumo ou radônio.
 
Poluição Atmosférica
 
 
Histórico Familiar ou Pessoal 
 
F A T O R E S D E R I S C O A I N D A N Ã O C O M P R O V A D O S
 O fumo de maconha contém alcatrão e muitas das mesmas
substâncias cancerígenas que estão no fumo do tabaco. Os cigarros de
maconha são normalmente fumados até o final, onde o teor de
alcatrão é mais alto. A maconha também é inalada mais
profundamente e a fumaça é mantida nos pulmões por um tempo maior,
o que proporciona um maior tempo de exposição e para o depósito das
substâncias nos pulmões. 
 Como os cigarros eletrônicos são relativamente novos, são
necessárias mais pesquisas para conhecer seus efeitos a longo prazo.
No entanto, fumar cigarros eletrônicos provoca doenças graves como
a doença respiratória associada ao seu uso e potencialmente câncer
de pulmão devido principalmente à inalação de formaldeído em
concentrações até 15 vezes maiores do que um cigarro normal.
 
Cigarros Eletrônicos
 
 
Maconha
 
 Nem todos os cânceres de pulmão podem ser evitados, mas existem
algumas maneiras de reduzir o risco de contrair a doença, como a
modificação da exposição a fatores de risco:
 Não fumar. A melhor maneira de reduzir o risco de câncer de
pulmão é não fumar e evitar a exposição passiva à fumaça do cigarro.
Se você parar de fumar antes de desenvolver um câncer, seu tecido
pulmonar danificado gradualmente se repara. Independente de sua
idade ou do tempo em que fumou, parar pode reduzir o riscoda doença.
 Evitar a exposição ao radônio. O radônio é uma importante causa
do câncer de pulmão. Você pode diminuir e melhor, evitar a exposição
ao radônio verificando a sua presença em sua casa. 
 Limitar a exposição a substâncias químicas cancerígenas. Evitar a
exposição a produtos químicos cancerígenos conhecidos, no local de
trabalho e em outros lugares, também é importante. As pessoas que
trabalham em locais onde estão expostas a esses produtos são
acompanhadas de perto para que a exposição seja a menor possível. 
 Manter uma dieta saudável. Uma dieta saudável, com frutas e
vegetais também pode ajudar a reduzir o risco de câncer de pulmão.
Algumas evidências sugerem que uma dieta rica em frutas e vegetais
ajuda a proteger da doença em fumantes e não fumantes. Mas
qualquer efeito positivo das frutas e vegetais no risco de câncer de
pulmão seria muito menor do que o aumento do risco ao fumar. As
tentativas de reduzir o risco de câncer de pulmão em fumantes por
meio de altas doses de vitaminas ou similares não foram bem
sucedidas até o momento. De fato, alguns estudos mostraram que o
betacaroteno, nutriente relacionado com a vitamina A, parece
aumentar a taxa de incidência da doença nessas pessoas. Alguns
pacientes com câncer de pulmão não apresentam fatores de risco
claros. Embora se saiba como evitar a maioria dos tipos de câncer de
pulmão, ainda não se sabe como evitar todos os tipos.
 
Ser fumante ou não ter fumado nos últimos 15 anos.
Ter pelo menos histórico de tabagismo de 30 maços/ano (1 maço
por dia por 30 anos).
Ter recebido aconselhamento para deixar de fumar se for
fumante.
Ter recebido informações sobre os possíveis benefícios e
malefícios, bem como suas limitações.
Ter um local onde poder fazer o rastreamento e o tratamento do
câncer de pulmão
Embora alguns cânceres de pulmão sejam diagnosticados por
rastreamento ou em exames para doenças cardíacas, pneumonias ou
outros problemas pulmonares, a maioria é detectada quando provoca
sintomas. Isso significa que a doença está em um estágio avançado, já
que em geral não há sintomas na fase inicial. O médico faz o
levantamento do histórico clínico do paciente, que inclui informações
sobre sintomas, fatores de risco, histórico familiar e outras
condições, e depois realiza o exame físico. Em caso de suspeita de
câncer, são realizados exames de laboratório, de imagem (raio-X do
tórax e tomografia computadorizada) e a biópsia do tecido pulmonar,
para confirmar o diagnóstico.
O rastreamento do câncer de pulmão é a realização de exames para
diagnosticar uma doença em pessoas assintomáticas. 
As recomendações para o rastreamento do câncer de pulmão são para
pessoas com idade entre 55 e 74 anos, com bom estado geral de saúde e
que também atendam os seguintes critérios:
 O principal benefício do rastreamento é a diminuição da chance de
morte por câncer de pulmão que é a causa de muitos decessos de
fumantes e ex-fumantes. Ainda assim, é importante estar ciente de
que, como com qualquer tipo de exame, nem todos os pacientes que
preenchem os critérios de seleção serão beneficiados. Esse tipo de
rastreamento não diagnostica todos os tipos de câncer de pulmão e
nem todos os tipos de câncer detectados serão diagnosticados
precocemente.
 O rastreamento por imagem do pulmão consistiu em um grande
estudo clínico para detecção do câncer de pulmão utilizando
tomografia computadorizada com doses baixas de radiação. A
tomografia computadorizada do tórax fornece imagens mais
detalhadas do que radiografias de tórax e permitem observar
pequenas anormalidades nos pulmões. A tomografia de baixa dose
utiliza uma menor quantidade de radiação quando comparada a uma
tomografia padrão e não requer a utilização de contraste
intravenoso.
 Prevenção
 
Diagnóstico
 
Estadiamento
 
O principal objetivo dos esquemas de classificação, que foram
chamados de modo geral de métodos de estadiamento, é estabelecer
um modo de determinar a extensão anatômica das neoplasias,
permitindo uniformização do tratamento e a comparação dos
resultados.
Em 1946, Denoix idealizou o sistema que seria conhecido como sistema
TNM. Esse tipo de estadiamento é utilizado em diferentes tipos de
câncer, incluindo o câncer pulmonar. Ele se baseia em critérios
lógicos simples, adaptáveis a quase todos os tumores sólidos. Os
critérios de classificação estão ligados ao tamanho e posição do
tumor primário (T), à presença e localização de linfonodos
comprometidos (N) e à presença de metástases a distância.
O estadiamento não inclui outros fatores prognósticos como a
condição cardiorrespiratória, idade, tipo histológico e invasão
extracapsular. O estadiamento reflete a possibilidade de remover
cirurgicamente toda a neoplasia. Por outro lado, a operabilidade é
dada pelo estadiamento e por outros fatores.
 Tx...........Tumor provado pela presença de células neoplásicas nas
secreções broncopulmonares ou em lavados broncoalveolares,
porém não identificado pela radiografia ou broncoscopia, ou qualquer
tumor que não possa ser localizado. 
 T0...........Nenhuma evidência de tumor primário. 
 T1s..........Carcinoma in situ. 
 T-1..........Tumor com menos de 3cm no seu maior diâmetro, circundado
por pleura ou tecido pulmonar em toda a sua extensão, sem evidência
de invasão proximal a um brônquio lobar ao exame endoscópico.
 T-2..........Tumor com qualquer das seguintes características: Mais de
3cm no maior diâmetro; Invade a pleura visceral; Provoca atelectasia
ou pneumonite crônica obstrutiva; Estende-se à região hilar, porém, à
broncoscopia, o tumor deve estar a pelo menos 2cm distal à carina
principal. 
 T-3..........Tumor de qualquer dimensão, com: Invasão direta da parede
torácica (incluindo tumores do sulco superior), do diafragma, do
pericárdio ou pleura mediastinal, sem invadir estruturas viscerais,
grandes vasos ou corpo vertebral; Tumores de qualquer tamanho
localizados a menos de 2cm da carina principal.
 T-4..........Tumor de qualquer tamanho invadindo mediastino,
comprometendo coração, grandes vasos, traquéia, esôfago, corpo
vertebral ou carina, ou tumores de qualquer dimensão, acompanhados
de derrame pleural com citologia positiva.
 
Tumor Primário (T)
 
 
 
Os locais em que mais ocorrem metástases pulmonares são as
adrenais com 50% dos casos, o fígado com 30-50%, ossos com 20% e
cérebro com 20%. As metástases adrenais são caracterizadas com o
aumento de umas das adrenais, caráter assintomático visualizado
geralmente na tomográfica computadorizada, sendo sua que sua
insuficiência raramente acontece.
 No caso das metástases para o fígado, são mais frequentemente
encontradas no carcinoma de pequenas células. Outro importante
sítio metastático do câncer de pulmão, é o sistema nervoso central,
no qual pode atingir o cérebro, cerebelo e meninges, sendo o
adenocarcinoma e o carcinoma de pequenas células os mais
frequentes envolvidos, levando a quadros de convulsão e cefaléia.
Quando as metástases atingem as vertebras, pode haver
comprometimento da medula espinhal, levando a síndrome de
compressão medular.
 
 
 
 
Metástase
 
 Nx..........Metástases linfonodais não demonstráveis.
 N-0..........Ausência de metástases linfonodais. 
 N-1..........Metástases linfonodais para a região peribrônquica,
linfonodos hilares ipsilaterais ou ambos, incluindo extensão direta
(Cadeias 10 e 11)
 N-2..........Metástases para linfonodos mediastinais ipsilaterais ou
subcarinais (cadeias 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9 homolaterais). 
 N-3..........Metástases para linfonodos contralaterais, mediastinais
ou hilares ou linfonodos cervicais ou préescalênicos, ipsi ou
contralaterais.
 MX – Metástase a distância não estudada
 M0 – Sem evidência de metástase a distância
 M1 – Metástase a distância:
 M1a – Nódulo (s) tumoral (ais) em lobo contralateral; tumor com
nódulo pleural ou derrame pleural ou pericárdico maligno. 
 M1b – Metástase a distância (fora do tórax)
 Carcinomaoculto:..........Tx No Mo 
 Estádio 0:.................T1s No Mo 
 Estádio IA:................T1 No Mo 
 Estádio IB:............... T2 No Mo 
 Estádio IIA:...............T1 N1 Mo 
 Estádio IIB:...............T2 N1 Mo ou T3 No Mo 
 Estádio IIIA:..............T3 N1 Mo ou T1/3 N2 Mo
 Estádio IIIB:..............T1-4 N3 Mo ou T4 N1/3 Mo 
 Estádio IV:................T1/4 N1/3 M1
Já os tumores de pequenas células o TNM é pouco utilizado nesse tipo.
Portanto, o estadiamento é feito da seguinte maneira: 
- Paciente com doença limitada: Geralmente significa que o câncer
está apenas em um dos lados do tórax, o que pode incluir um pulmão e
os linfonodos desse lado. Isso quer dizer que a doença está confinada
a uma pequena área.
- Paciente com doença extensa: Nessa condição a doença disseminou
para o outro pulmão, linfonodos e outros órgãos, incluindo a medula
óssea. Dois em cada 3 pacientes com câncer de pulmão de pequenas
células apresentam doença extensa no momento do diagnóstico.
Linfonodos (N)
 
 
Metástases a Distância (M)
 
Estadiamento Fincal 
 
 Por outro lado, o pulmão também é alvo de metástase de câncer em
outros órgãos, que na maioria das vezes ocorre por disseminação via
hematogênica. Quando o tipo de metástase pulmonar é micronodular
(miliar), as principais hipóteses de origem são o ovário, rim, melanoma e
tireoide. Quanto as metástases solitárias, podem ser originarias de
tumores colorretal, rim, colo uterino e melanoma. No caso das
linfangiomatosas, podem ser originárias do carcinoma broncogênico,
mama, pâncreas, estômago e próstata. 
 
Síndrome de Pancoast
 A síndrome de Pancoat ocorre quando tumores apicais, geralmente
CPCNP (tumor de Pancoast), invadem o plexo braquial, a pleura ou
arcos costais, desencadeando dor no ombro ou nos membros
superiores e fraqueza ou atrofia da mão ipsolateral. A síndrome de
Pancoast também pode incluir a síndrome de Horner.
Os tumores de Pancoast, também denominados tumores do sulco
pulmonar superior, são aqueles localizados no sulco formado pela
passagem dos vasos subclávios pela cúpula da pleura e ápices
pulmonares . Compreendem geralmente neoplasias pulmonares não- -
pequenas células, em especial o carcinoma de células escamosas e
adenocarcinoma, sendo aquele o de maior prevalência. Devido à sua
localização peculiar, esses tumores podem comprimir os ramos
inferiores do plexo braquial, causando dor ipsilateral em ombro e
membro superior na distribuição das raízes nervosas C8, T1 e T2
(Síndrome de Déjerine-Klumpke); fraqueza e atrofia dos músculos
intrínsecos da mão; compressão do gânglio simpático estrelado
(Síndrome de Claude-BernardHorner - ptose, miose e anidrose
ipsilaterais). Essa constelação de sinais e sintomas constitui a
Síndrome de Pancoast, descrita pela primeira vez em 1838.
A Síndrome de Pancoast é a forma de apresentação de cerca de 4% dos
cânceres de pulmão, os quais representam a primeira causa de morte
por câncer em homens e a segunda em mulheres no Brasil. O
diagnóstico é realizado através da apresentação clínica, exames de
imagem como radiografia e tomografia computadorizada de tórax ou
ressonância nuclear magnética, necessitando de confirmação
histopatológica. Os principais sítios de metástases são fígado,
cérebro, ossos e supra- renais.
De acordo com a Classificação TNM, o tumor de Pancoast apresenta-se
tipicamente como T3 ou T4,ao diagnóstico.
Dessa forma, tem-se que o diagnóstico da Síndrome de Pancoast é
relativamente fácil quando a doença já está avançada e as
manifestações clínicas são exuberantes, entretanto, deve-se
suspeitar sempre que pacientes tabagistas apresentem dores
crônicas em ombros e braços, sem melhora com antiinflamatórios,
oportunizando assim o diagnóstico precoce. 
 
 
Síndrome da Veia Cava Superior
 Síndrome da veia cava superior é um grupo de sintomas causados pelo
bloqueio parcial da veia cava superior, uma veia grande que
transporta o sangue da cabeça, pescoço, peito e braços para o
coração. Na maioria dos casos, a síndrome é causada pelo câncer.
A veia cava superior, que drena para o átrio direito do coração, pode
ser comprimida quando um tumor cresce dentro do tórax. Os tipos de
câncer que podem causar a síndrome são o de pulmão e o linfoma Não-
Hodgkin, além das metástases. Às vezes, um tumor que inicialmente se
desenvolveu fora da veia cava superior pode invadi-la causando uma
obstrução. Como a veia cava superior situa-se perto de uma série de
gânglios linfáticos, qualquer tipo de câncer que se dissemina para os
linfonodos, aumentando seu tamanho, também pode causar a síndrome.
Os gânglios linfáticos aumentados comprimem a veia, retardando o
fluxo do sangue e resultando no bloqueio total da veia. Uma causa
menos comum da síndrome é a trombose na veia causada por um
cateter intravenoso.
 
 
O tratamento do câncer de pulmão requer a participação de um grupo
multidisciplinar, formado por oncologista, cirurgião torácico,
pneumologista, radioterapeuta, radiologista intervencionista, médico
nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social.
Para o adequado planejamento do tratamento, é necessário fazer o
diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está
localizada no pulmão ou se existem focos em outros órgãos. 
Para os pacientes com doença localizada, e, particularmente, sem
linfonodo (gânglio) aumentado (íngua) no mediastino (região entre os
dois pulmões), o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de
quimioterapia e/ou radioterapia.
Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o
tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. 
Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é
com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada
em terapia-alvo.
Portanto, o tratamento do câncer de pulmão depende do tipo
histológico e do estágio da doença, podendo ser tratado com cirurgia,
quimioterapia ou radioterapia, e/ou modalidades combinadas.
 
 
 
 
Os sintomas da síndrome, normalmente, se desenvolvem lentamente e
incluem dificuldade para respirar ou falta de ar, tosse e inchaço da
face, pescoço, tronco, braços e dor no peito. Em casos graves, a pele
pode ficar escura (azulada) devido à cianose. A síndrome da veia cava
superior pode evoluir rapidamente bloqueando completamente a
traqueia o que necessita de ações imediatas. Comumente, se o bloqueio
se desenvolve lentamente, outras veias podem ajudar a circular o
sangue, com isso os sintomas podem tornar-se menos intensos.
Os sinais da síndrome da veia cava superior podem ser vistos numa
radiografia de tórax, tomografia computadorizada ou ressonância
magnética. No entanto, estes exames não diagnosticam a síndrome. Se
os sintomas forem leves, a traquéia não é bloqueada, e há um fluxo
sanguíneo bom pelas veias colaterais do tórax, assim o início do
tratamento pode aguardar até que se tenha um diagnóstico claro. Na
maioria dos casos, a síndrome da veia cava é manejada com o
tratamento do próprio câncer. Outros tratamentos, a curto prazo,
para reduzir os sintomas incluem a elevação da cabeça do paciente,
administração de corticosteróides para reduzir o inchaço ou
utilização de diuréticos para eliminar o excesso de líquido do corpo.
Menos frequentemente, a síndrome da veia cava pode ser tratada com
dissolução do coágulo, colocação de stent ou cirurgia.
A síndrome da veia cava superior pode ser fatal em crianças. A
traquéia da criança é menor e mais frágil que no adulto, podendo
rapidamente inchar ou ser contraída, levando a problemas
respiratórios. Os sintomas mais comuns da síndrome em crianças são
semelhantes aos dos adultos e podem incluir tosse, rouquidão,
dificuldade respiratória e dor torácica. Felizmente, a síndrome da veia
cava superior é rara em crianças
A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma
margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao
pulmão e localizadosno mediastino. É o tratamento de escolha por
proporcionar melhores resultados e controle da doença. Cerca de
20% dos casos são passiveis de tratamento cirúrgico. Porém, na
grande maioria (80-90% dos casos) a cirurgia não é possível na
ocasião do diagnóstico, devido à extensão da doença (estágio
avançado) ou à condição clínica debilitada do paciente.
 
 
Tratamento
 
C I R U R G I A
 
Segmentectomia e ressecção em cunha
 
quando se retira uma parte pequena do pulmão (somente o segmento
ou parte do segmento que envolve o tumor), reservada para pacientes
com tumores pequenos e que não suportam cirurgias maiores por
apresentarem idade ou condições clínicas e/ou respiratórias
limitadas.
É a cirurgia de escolha para o tratamento do câncer de pulmão.
Retira-se todo o lobo pulmonar (grupo de segmentos), onde o tumor
está situado. É o mais adequado por remover toda a doença de forma
anatômica.
 É a retirada de um pulmão inteiro (suas indicações são limitadas e
restritas). Procedimento com morbidade maior e não tolerado por
alguns pacientes.
 
Lobectomia
 
 
Pneumectomia
 
Q U I M I O T E R A P I A
 
O tratamento quimioterápico visa a destruir as células cancerígenas,
assim como reduzir o crescimento do tumor ou amenizar os sintomas
da doença. Pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis, não sendo
tolerada por todos os pacientes.
Utiliza radiação para destruir as células cancerígenas. Pode ser
utilizada antes ou após a cirurgia. Também pode ocasionar uma série
de efeitos colaterais (como pneumonite e esofagite).
Trata-se de uma nova forma de tratamento de câncer,
frequentemente usada em pacientes cujo tumor tenha determinadas
características moleculares (genéticas). Essas medicações têm sido
reservadas para o tratamento de doenças avançadas. Novos estudos
estão em andamento para selecionar o grupo de pacientes que melhor
se beneficiará deste tratamento.
R A D I O T E R A P I A
 
T E R A P I A - A L V O
 
Políticas Públicas
 
PORTARIA Nº 957, DE 26 DE SETEMBRO DE 2014 - Aprova as Diretrizes
Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão.
 Art. 1º Ficam aprovadas, na forma do Anexo desta Portaria, 
 as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas –
Carcinoma de Pulmão.
 § 1º As Diretrizes, objeto deste Artigo, que contêm o 
 conceito geral do carcinoma de pulm ão, critérios de 
diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e
avaliação, são de caráter nacional e devem ser
utilizadas pelas Secretarias de Saúde dos Estados e dos 
 Municípios na regulação do acesso as sistencial, 
autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos
correspondentes.
 § 2º É obrigatória a cientificação ao paciente, ou ao seu 
 responsável l egal, dos potenciais riscos e efeitos 
colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento pr
econizado para o tr atamento do carcinoma
de pulmão.
 § 3º Os gestores estaduais e municipais do S US, c onforme a sua
competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial,
de finir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o 
 atendimento dos indivíduos com a doença em todas as etapas
descritas no Anexo desta Portaria.
 
 
 
 
A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma
margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao
pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por
proporcionar melhores resultados e controle da doença. Cerca de
20% dos casos são passiveis de tratamento cirúrgico. Porém, na
grande maioria (80-90% dos casos) a cirurgia não é possível na
ocasião do diagnóstico, devido à extensão da doença (estágio
avançado) ou à condição clínica debilitada do paciente.
REFERÊNCIA: Ministério da Saúde - Secretaria de At enção à Saúde
 desde 1989, o INCA desenvolve ações voltadas para o tratamento do
tabagismo. Atualmente, nos 26 estados da Federação e no Distrito 
 Federal, as secretarias estaduais de saúde possuem coordenações 
do Programa de Controle do Tabagismo que, por sua vez, 
 descentralizam as ações para seus respectivos municípios atuando
de forma integrada. Assim, o tratamento de tabagismo no Brasil é
desenvolvido com base nas diretrizes do PNCT que está sob a 
 coordenação e gerencia mento da Divisão de Controle do 
 Tabagismo e Outros Fatores de Risco (Ditab), do iNCA.
As ações educativas, legislativas e econômi cas desenvolvidas no 
 Br asil vêm gerando uma dim inuição da aceitação social do
tabagismo, fazendo com que um número cada vez maior de pessoas
queira parar de fumar,evidenciando a importâ ncia de priorizar o tr
atamento do fumante como uma estratégia fundamen tal no
controle do tabagismo.
Cabe destacar ainda que desde 2002, o Ministério da Saúde vem 
 publicando e atualizando portarias que incluem o tratamento do 
 tabagismo na rede SUS – tanto na atenção básica quanto na méd
ia e alta complexidade. Tais portarias definem form as de a bordagem
e tratamento do tabagismo, aprovam o plano para implantação, p
rotocolo clínico e diretrizes ter apêuticas, determinam a 
 disponibilização pelo Ministério da Saúde aos muni cípios com 
 unidades de saúde que realizam o tratamento para o tabagismo, 
 dos materiais de apoio e medicamentos utilizados para esse fim, 
 formas de adesão ao tratamento do tabagismo pelos municípios,
além de definir o financiamento dos procedimentos a serem utilizados.
É importante destacar que ao ingressar no programa de 
 tratamento do tabagismo as gestões das diferentes instâncias 
 assumem o compromisso de organização e implantação das ações 
 para o cuidado da pessoa tabagista.
 O tratamento inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou 
 intensiva, individual ou em grupo e,
se necessário, terapia medicamentosa juntamente com a abordagem
intensiva.
O PCDT é um documento oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) que 
estabelece os critérios para o diagnóstico do tabagismo, o 
 tratamento, o uso de medicamentos e outros insumos apropriados,
o acompanhamento e também trata dos resultados terapêuticos. 
REFERÊNCIA: Programa Nacional de Controle do Tabagismo – INCA 
Segundo a últim a estimativa do Instituto Nacional de Câncer 
 (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de 
 câncer d e pulm ão, p ara cada ano do tri ênio 2020-202 2. A 
 doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos 
 tipos de câncer mais incidentes no país , exceto pel e não 
 melanoma, mas ainda é o p rimeiro quando se fala em taxa de 
 mortalidade. Isso o corre, principalmente, por cont a de seu
desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio 
 de sinais e sint omas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou
com poucas chances de cura. Apesar dos diversos fato res que 
 favorecem a o corrência do câncer d e pulmão, como exposição a 
 agentes 
 
 
 
cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição,
doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite
crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fat or de
risco.
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um 
 program a de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte
de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir
também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de 
 ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse
possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da 
 Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o 
 treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo 
em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente
passaram a enviar indivíduoselegíveis.
Em um formato pionei ro na América Latina, uma unidade móvel foi 
 equipada com um to mógrafo computadorizado de baixa dose e
direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O 
 programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da
área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do
Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os 
 encaminhamentos dos participantes dos grup os de cessação de
tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está dispo
nível para todos os indivíduos que fazem parte do grup o de risco e 
 que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento
Regional de Saúde de Barretos (DRS-V). para o desenvolvimento d a
doença, com até 85% dos casos diagnosticados a ssociados ao cons
umo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
REFERÊNCIA: Ho spital de Amo r em Barretos Programa de
rastreamento de câncer de pulmão do HA expande sua atuação em
2020

Continue navegando