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APG 3 período S14P1

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FAHESP/IESVAP
APG 3° período
SOI III
S14P1- SOFRIMENTO
Objetivos: 
- Compreender a etiologia, epidemiologia e fatores de risco do câncer de pulmão (influência do tabaco);
Câncer de pulmão.
ETIOLOGIA
A causa mais importante do câncer de pulmão é o tabagismo, responsável por 85% dos casos. O risco de câncer difere de acordo com idade, intensidade e duração do tabagismo
EPIDEMIOLOGIA
O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer, tanto em homens quanto em mulheres, nos Estados Unidos, sendo responsável por 28% de todas as mortes por câncer, em cada ano. O padrão de incidência, devido à baixa sobrevida, é paralelo à taxa de mortalidade; 16 a 17% de incidência, em homens, e 12%, em mulheres, são atribuídos ao câncer de pulmão, sendo que a tendência desta incidência, de 1973 a 1990, demonstrou aumento, para mulheres, de 110,5% e de 9,2% para os homens. Em 85% dos casos o fumo é a causa da neoplasia, e o risco é associado à duração do hábito de fumar, ao número e tipo de cigarro fumado por dia.
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão.
A última estimativa mundial (2012) apontou incidência de 1,8 milhão de casos novos, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres.
A taxa de incidência vem diminuindo desde meados da década de 1980 entre homens e desde meados dos anos 2000 entre as mulheres. Essa diferença deve-se aos padrões de adesão e cessação do tabagismo constatados nos diferentes sexos.
No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.
O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão.
Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.
O cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. A taxa de mortalidade de 2011 para 2015 diminuiu 3,8% ao ano em homens e, 2,3% ao ano em mulheres, devido à redução na prevalência do tabagismo.
A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres). Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%.
FATORES DE RISCO
- Tabaco: A relação causal entre o hábito de fumar e câncer de pulmão foi estabelecida por estudos epidemiológicos, realizados nas décadas de 50 e 60. A fumaça do cigarro tem mais de quarenta agentes carcinogênicos, e essa combinação depende das condições ambientais do local onde o indivíduo está fumando, do uso de filtros, aditivos e do tipo de papel do cigarro.
- Fumante passivo: O risco de não fumantes, expostos a fumaça de cigarro, para câncer de pulmão é de 1,2 a 1,5 maior que o do não fumante não exposto ao fumo dos seus pais ou cônjuges. A exposição de não fumantes à fumaça do tabaco, em ambiente de trabalho, é difícil de ser determinada.
- Radônio: O radônio é um gás inerte, cujos produtos de degradação liberam partículas radioativas alfa, que interagem com o epitélio brônquico, aumentando a incidência de câncer de pulmão, tendo um risco de em casos de exposição a concentração média, e de 1,8, em casos de concentração mais elevada de radônio, em residências nos Estados Unidos, incidências estas similares às dos trabalhadores em usinas.
- Predisposição genética: O risco pessoal para câncer de pulmão é aumentado mais que cinco (5) vezes, se pelo menos um dos pais morreu de câncer de pulmão. Em um estudo de famílias de mulheres com câncer de pulmão, foi observado: pessoas que nunca fumaram, com história familiar positiva, tinham risco de 5,7; fumantes com história familiar negativa, risco de 15,1, e fumantes com história familiar positiva, risco 30,0.
O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão.
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer.
Idade avançada: a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos.
O risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença aumenta quanto maior a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior.
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio entre outros), água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes.
Os trabalhadores rurais, da construção civil, curtume, fundição de metais, indústrias (alumínio, borracha, cimento e gesso, gráfica e papel, têxtil, metalúrgica, metal pesado, nuclear, eletroeletrônicos, aeronaves, aparelhos médicos, vidro; fertilizantes), mineração, fábrica de baterias, produção de pigmentos, bombeiros hidráulicos, encanadores, eletricistas, mecânicos de automóvel, mineiros, pintores, soldadores, sopradores de vidro, trabalho com isolamento, em navios e docas, conservação do couro, limpeza e manutenção podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.
Se o trabalhador exposto a algum dos agentes ou circunstâncias de exposição citados acima também fumar, o risco de câncer pode ser bem maior, devido ao efeito sinérgico entre tabagismo e alguns agentes químicos e/ou físicos.
- Entender os tipos de câncer de pulmão;
Medicina Interna de Harrison
Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células:
Está dividido em três subtipos:
- Adenocarcinoma. Os adenocarcinomas começam nas células que revestem os alvéolos e produzem substâncias como muco. Esse tipo de câncer de pulmão ocorre principalmente em fumantes e ex-fumantes, mas também é o tipo mais comum em não fumantes. É mais frequente em mulheres do que em homens, e é mais propenso a ocorrer em pessoas mais jovens do que outros tipos de câncer de pulmão. O adenocarcinoma é normalmente encontrado nas áreas externas do pulmão. Ele tende a crescer mais lentamente do que os outros tipos de câncer de pulmão, e tem mais chance de ser diagnosticado antes de se disseminar. Os pacientes com adenocarcinoma in situ têm um melhor prognóstico do que aqueles com outros tipos de câncer de pulmão.
- Carcinoma espinocelular. Esses tumores começam nas células epidermoides, que se caracterizam por serem planas, e revestem o interior das vias aéreas. Esse tipo de câncer de pulmão está relacionado com o tabagismo e tende a ser encontrado na região central dos pulmões, próximo aos brônquios.
- Carcinoma de grandes células (indiferenciado). Esse tipo de tumor pode aparecer em qualquer parte do pulmão e tende a crescer e se disseminar rapidamente, o que pode tornar o tratamento mais difícil. Um subtipo do carcinoma de grandes células, conhecido como carcinoma neuroendócrino de grandes células, é um tumor de crescimento rápido, muito semelhante ao câncer de pulmão de pequenas células.
Outros subtipos. Alguns subtipos de câncer de pulmão de não pequenas células, como o carcinoma adenoescamoso e o carcinoma sarcomatoide, são menos comuns.
Câncer de Pulmão de Pequenas Células:
Esse tipo de câncer de pulmão tende a crescer e se disseminar mais rápido que o câncer de pulmão de não pequenas células. Cerca de 70% dos pacientes com câncer de pulmão de pequenas células terão metástases no momento do diagnóstico. Como esse câncer cresce rapidamente, tende a responder bem à quimioterapia e a radioterapia. No entanto, a maioria dos pacientes terá recidiva da doença em algum momento.
Outros tipos de tumores de pulmão
Além dos dois tipos principais de câncer de pulmão, outros tumores podemacometer os pulmões:
- Tumores carcinoides do pulmão. Correspondem a menos de 5% dos cânceres pulmonares. A maioria destes tumores tem crescimento lento.
Outros tumores pulmonares. Outros tipos de câncer de pulmão, como carcinomas adenoides císticos, linfomas e sarcomas, bem como tumores benignos de pulmão, como hamartomas, são raros. Esses são tratados de forma diferente dos cânceres de pulmão mais comuns e não são discutidos aqui.
- Metástases pulmonares. Os cânceres que começam em outros órgãos, como pâncreas, mama, rim ou pele, às vezes podem se disseminar para os pulmões, mas estes não são cânceres de pulmão. Por exemplo, o câncer que começa na mama e se dissemina para os pulmões ainda é câncer de mama, e não câncer de pulmão. O tratamento para o câncer metastático localizado nos pulmões é baseado no local onde se iniciou (local do câncer primário). Assim se o tumor primário é de mama e a metástase se encontra nos pulmões, será tratada como câncer de mama.
- Conhecer a fisiopatologia do câncer de pulmão, suas manifestações clinicas e complicações;
Porth
FISIOPATOLOGIA
Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, o pulmão é composto por células. Normalmente, estas células se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada. Quando ocorre uma disfunção celular que altera esse processo, o organismo produz excesso de tecido, dando origem ao tumor.
Se o tumor for maligno, o seu crescimento não só comprime, mas também invade e destrói tecidos sadios à sua volta. Além disso, as células tumorais podem se desprender do tumor de origem e se espalhar por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos para outras partes do corpo, dando origem a novos tumores (metástases).
Mesmo quando outros órgãos são afetados, as células cancerosas desses novos tumores têm as mesmas características das células do câncer de pulmão. O tratamento das metástases leva em conta a localização e o tipo de câncer que as originou, além de outros fatores que serão considerados pelo médico.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Manifestações clínicas intratorácicas-
Tosse - O novo aparecimento de tosse em um fumante ou ex-fumante deve levantar a suspeita de câncer de pulmão.
Hemoptise - em um paciente com hemoptise, a probabilidade de câncer de pulmão varia de 3 a 34 por cento em diferentes séries, dependendo da idade do paciente e da história de tabagismo. Em fumantes com hemoptise e uma radiografia de tórax normal ou não suspeita, a broncoscopia diagnosticará câncer de pulmão em aproximadamente 5 por cento dos casos.
Dor torácica - A dor torácica está presente em aproximadamente 20 a 40 por cento dos pacientes que apresentam câncer de pulmão. Pode ter um caráter bastante variável e é mais comum em pacientes mais jovens do que em pacientes mais velhos. A dor geralmente está presente no mesmo lado do tórax que o tumor primário. Dor incômoda, dolorida e persistente pode ocorrer na extensão mediastinal, pleural ou da parede torácica, mas a presença de dor não necessariamente exclui a ressecabilidade. Embora a dor pleurítica possa ser o resultado de envolvimento pleural direto, a pneumonite obstrutiva ou uma embolia pulmonar relacionada a um estado de hipercoagulabilidade também pode causar dor torácica.
Dispneia - falta de ar é um sintoma comum em pacientes com câncer de pulmão no momento do diagnóstico, ocorrendo em aproximadamente 25 a 40 por cento dos casos. A dispneia pode ser decorrente de obstrução extrínseca ou intraluminal das vias aéreas, pneumonite obstrutiva ou atelectasia, disseminação tumoral linfangítica, êmbolos tumorais, pneumotórax, derrame pleural ou derrame pericárdico com tamponamento. A obstrução parcial de um brônquio pode causar um chiado localizado, ouvido pelo paciente ou pelo médico na ausculta, enquanto o estridor pode resultar da obstrução da traqueia.
Rouquidão - O diagnóstico diferencial de rouquidão persistente em um fumante inclui câncer de laringe e câncer de pulmão. Em pacientes com câncer de pulmão, isso se deve à malignidade que envolve o nervo laríngeo recorrente ao longo de seu curso sob o arco da aorta e de volta à laringe
Envolvimento pleural - O envolvimento pleural pode se manifestar como espessamento pleural ou nodularidade sem derrame pleural ou como derrame pleural maligno.
Manifestações clínicas de metastases extratorácicas:
Osso - A metástase de câncer de pulmão para osso é freqüentemente sintomática. Dor nas costas, tórax ou extremidades e níveis elevados de fosfatase alcalina sérica geralmente estão presentes em pacientes com metástase óssea. O cálcio sérico pode estar elevado devido a extensa doença óssea.
Adrenal - As glândulas adrenais são um local frequente de metástases, ocorrendo em 40 por cento em uma série de autópsias, mas essas metástases raramente são sintomáticas. Ocasionalmente, os pacientes com metástase adrenal terão sintomas localizados (por exemplo, dor nas costas ou abdominal) se o tumor for grande ou de crescimento rápido ou se tiver causado hemorragia retroperitoneal
Cérebro - as manifestações neurológicas do câncer de pulmão incluem metástases e síndromes paraneoplásicas. Os sintomas de metástase do sistema nervoso central são semelhantes aos de outros tumores e incluem cefaleia, vômitos, perda de campo visual, hemiparesia, déficit de nervo craniano e convulsões.
Fígado - metástases hepáticas sintomáticas são incomuns no início do curso da doença. Metástases hepáticas assintomáticas podem ser detectadas na apresentação por anormalidades das enzimas hepáticas
Sintomas constitucionais - Pacientes com câncer de pulmão também podem apresentar sintomas inespecíficos que sugerem a presença de doença em estágio avançado. Esses sintomas incluem, mas não estão limitados a perda de peso, anorexia, fraqueza e fadiga.
COMPLICAÇÕES 
O câncer de pulmão pode estreitar as vias aéreas, causando sibilos. Se um tumor bloquear uma via aérea, a parte do pulmão preenchida pela via aérea pode colabar, o que é chamado atelectasia. Outras consequências das vias respiratórias obstruídas são dificuldade respiratória e pneumonia, que podem causar tosse, febre e dor torácica.
- Compreender o diagnostico, estadiamento e tratamento do câncer de pulmão;
Diagnóstico e estadiamento do câncer de pulmão.
DIAGNÓSTICO
- Radiografia de tórax 
É a “chave” para detecção de câncer de pulmão. Tem alta sensibilidade para tumores periféricos, baixo custo e risco insignificante. Deve ser pedido sempre nas posições póstero-anterior e perfil. As imagens radiológicas são variáveis, e carcinoma de pulmão deve ser considerado como diagnóstico diferencial para qualquer nódulo pulmonar não calcificado, em especial, em homens fumantes, lembrando que a presença de cálcio na lesão não é sinônimo de benignidade. Para se confirmarem lesões em costelas, será necessária a técnica com baixa kilo voltagem (60 a 80) em posição oblíqua.
- Tomografia Computadorizada de tórax
Acrescenta muito para o diagnóstico e estadia-mento em neoplasias de pulmão. Este exame nos dá noções precisas do tamanho, localização e níveis de invasão do tumor; também em relação aos diferentes níveis das cadeias ganglionares do mediastino. No estudo tomográfico, abrangendo andar superior do abdome, analisar-se-ão o fígado e as suprarrenais, que são sítios importantes, pela frequência, de lesões metastáticas.
- Ressonância magnética
No momento atual, este exame acrescenta muito pouco à tomografia computadorizada de tórax, e é um equipamento caro. A principal vantagem é distinguir estruturas vasculares de estruturas sólidas, sem o uso de contraste, dando maior precisão ao estudo do mediastino. Também identifica muito bem a extensão do tumor no forame mural, assim como invasão tumoral emparede torácica e pericárdio.
- Citologia de Escarro
A coleta do material deve ser feita pela manhã, em dias consecutivos. É mais sensível para os tumores centrais. Um citopatologista experiente consegue determinar o tipo histológico em 80% dos casos positivos. A diferenciação entre carcinoma de pequenas células e do grupo carcinomanão pequenas células têm alto nível de confiabilidade.
- Broncofibroscopia
É a técnica definitiva para o diagnóstico, pois permite a visualização da lesão, quer seja em traqueia, quer em brônquios, como também colher material em forma de lavado bronco alveolar, escovado brônquico e biópsias brônquicas e transbrônquicas. Em casos de lesões subsegmentares, a escova ou pinça de biópsia podem ser locadas com o auxílio de fluoroscopia, aumentando o rendimento do exame. O broncofibroscópio é usado em 95% dos exames, enquanto o aparelho rígido é reservado para situações especiais. A acurácia do exame é alta para os tumores centrais, variando de 55 a 80% para todos os tumores. As lesões metastáticas, em pulmão, são menos sensíveis ao diagnóstico broncoscópico. A punção realizada por agulha de aspiração transbrônquica permite a obtenção de material de gânglio subcarinal e nódulos periféricos para análise citológica.
- Biópsia por Agulha Transcutânea:
 A fluoroscopia e a tomografia computadorizada de tórax são os principais auxiliares para este procedimento. Tem grande acurária (74 a 96%) em mãos experientes. Assim, a sensibilidade do exame depende do médico que o executa, do citologista e da seleção da lesão. O risco de pneumotórax está entre 20 a 35%,mas apenas 5 a 10% necessitam de drenagem torácica. Como contraindicação, temos pacientes com risco aumentado para pneumotórax (inabilidade para colaborar com o exame, tosse incontrolável, lesão central) e com risco aumentado de hemorragia (diátese hemorrágica e hipertensão pulmonar).
- Mediastinoscopio
Método usado para melhorar o estadiamento ao mediastino, em casos de suspeita de lesão ganglionar em mediastino (N2).
- Biópsia a céu Aberto 
Está indicada todas as vezes que os métodos anteriores, menos invasivos, falharam em dar o diagnóstico.
- Toracocentese
Indicado em casos de derrame pleural, para realização de citologia do líquido, com sensibilidade entre 40 a 70%, principalmente para adenocarcinoma (por ter mais esfoliação das células pleurais). A sensibilidade do citológico será tanto melhor quanto maior for o número de técnicas utilizadas para a coloração das lâminas (HE, Leisheman) e o número de lâminas feitas. Outra técnica a ser realizada é a morfometria pelo sistema analisador de imagem computadorizada, assim como quantificar as regiões organizadoras nucleolares.
ESTADIAMENTO
O estadiamento do câncer do pulmão baseia-se nos critérios anatômicos do sistema TNM. O estadiamento não inclui outros fatores prognósticos como o performance status, a condição cardiorrespiratória, idade, tipo histológico e invasão extracapsular. O estadiamento reflete a ressecabilidade, ou seja, a possibilidade de remover cirurgicamente toda a neoplasia. Por outro lado, a operabilidade é dada pelo estadiamento e por todos os outros fatores acima mencionados.
O sistema TNM foi adaptado às neoplasias pulmonares não pequenas células no fim da década de 60. Desde então, passou por várias modificações, adequando-se a métodos diagnósticos mais eficientes e a terapêutica mais avançada. A popularização da tomografia computadorizada a partir da década de 80 fez com que os métodos de imagem assumissem importância fundamental no estadiamento.
Os esquemas de estadiamento modernos exigem precisão, pois tendem a orientar a indicação cirúrgica e o tratamento neo-adjuvante e adjuvante. As regras atuais distinguem o tumor com invasão local potencialmente ressecável (T3) da invasão não ressecável (T4). Da mesma forma, as metástases para linfonodos mediastinais cirurgicamente ressecáveis, que são caracterizados como N2, são diferenciadas dos linfonodos mediastinais contralaterais ou extratorácicos (supraclaviculares, pré-escalênicos, cervicais), agora denominados N3. Estas lesões, embora consideradas não cirúrgicas, são acessíveis à terapêutica localizada (radioterapia).
TRATAMENTO
Cirurgia para câncer de pulmão
A cirurgia é o tratamento de escolha para o câncer de pulmão de células não pequenas não disseminado para fora do pulmão (doença em estágio inicial). Em geral, não é utilizada a cirurgia para o câncer de pulmão de células pequenas em estágio inicial, pois esse câncer agressivo exige quimioterapia e radioterapia. A cirurgia não é possível quando o câncer já se disseminou para fora dos pulmões, quando o tumor está muito próximo da traqueia ou quando a pessoa tem outras doenças graves (como doenças cardíacas ou pulmonares).
Antes da cirurgia, os médicos realizam testes de função pulmonar, para determinar se a quantidade de pulmão restante após a cirurgia será suficiente para fornecer oxigênio e manter a função respiratória. Se os resultados do teste indicarem que a remoção da parte cancerosa do pulmão resultará em função pulmonar insuficiente, a cirurgia não é possível. A quantidade de pulmão a ser removida é definida pelo cirurgião, com a quantidade variando de uma pequena parte de um segmento do pulmão a um pulmão inteiro.
Radioterapia para câncer de pulmão
A radioterapia é utilizada tanto para o câncer de pulmão de células não pequenas quanto para o câncer de pulmão de células pequenas. A radioterapia pode ser utilizada em pessoas que não desejam se submeter a uma cirurgia, que não podem se submeter a uma cirurgia por terem outro quadro clínico (como doença coronariana grave) ou cujo câncer tenha se disseminado para estruturas próximas, como linfonodos. Apesar da radioterapia ser utilizada para tratar o câncer, em algumas pessoas, ela pode apenas diminuir parcialmente o câncer ou desacelerar seu crescimento. A combinação de quimioterapia com radioterapia aumenta a sobrevida nessas pessoas.
Algumas pessoas com câncer de pulmão de células pequenas que apresentam boa resposta à quimioterapia podem se beneficiar da radioterapia craniana para evitar que o câncer se propague para o cérebro. Se o câncer já tiver se propagado para o cérebro, comumente é utilizada uma radioterapia cerebral para reduzir sintomas como dor de cabeça, confusão e convulsão.
A radioterapia também é um procedimento útil para controlar as complicações do câncer de pulmão, como expectoração sanguinolenta, dor óssea, síndrome da veia cava superior e compressão da medula espinhal.
Quimioterapia para câncer de pulmão
A quimioterapia é utilizada tanto para o câncer de pulmão de células não pequenas quanto para o câncer de pulmão de células pequenas. No câncer de pulmão de células pequenas, a quimioterapia, às vezes combinada com a radioterapia, é o tratamento principal. Essa abordagem é preferida, pois o câncer de pulmão de células pequenas é agressivo e muitas vezes já se propagou para partes distantes do corpo quando o diagnóstico é feito. A quimioterapia pode prolongar a sobrevida em pessoas que têm a doença em estágio avançado. Sem tratamento, a sobrevida média é de apenas seis a doze semanas.
No câncer de pulmão de células não pequenas, a quimioterapia normalmente também prolonga a sobrevida e trata os sintomas. Em pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas propagado para outras partes do corpo, a sobrevida média com o tratamento aumenta para nove meses. Terapias específicas também podem melhorar a sobrevida de pacientes com câncer.
Terapias direcionadas para câncer de pulmão
As terapias direcionadas incluem medicamentos que têm como alvo especificamente os tumores pulmonares, como agentes biológicos. Medicamentos foram concebidos especificamente para afetar a expressão de proteínas anormais e potencialmente matar as células cancerosas ou inibir seu crescimento. Alguns dos medicamentos que têm como alvo essas anormalidades são bevacizumabe, gefitinibe, erlotinibe, crizotinibe, vemurafenibe e dabrafenibe.
Uma classe mais nova de medicamentos chamada imunoterapia, que inclui nivolumabe, pembrolizumabe, durvalumabe, ipilimumabe e atezolizumabe, prepara o próprio sistema imunológico da pessoa para lutar contra o câncer. Esses medicamentos podem ser utilizados como alternativa a medicamentos quimioterápicos normais, em combinaçãocom eles ou após os medicamentos quimioterápicos convencionais terem sido tentados sem resultado.
Terapia a laser para câncer de pulmão
Às vezes usa-se a terapia a laser, em que um laser é usado para remover tumores pulmonares ou reduzir seu tamanho. Uma corrente de alta energia (ablação por radiofrequência) ou fria (crioablação) pode ser utilizada algumas vezes para destruir as células do tumor em pessoas com tumores pequenos ou que não podem se submeter a cirurgias.
Outros tratamentos
Frequentemente são necessários outros tratamentos para pessoas com câncer de pulmão. Muitos desses tratamentos, denominados tratamentos paliativos, têm mais o objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do que curar o câncer.
Como muitas pessoas com câncer de pulmão sofrem uma redução substancial da função pulmonar, estando ou não em tratamento, a terapia com oxigênio e broncodilatadores (medicamentos que dilatam as vias respiratórias) podem facilitar a respiração.
A dor normalmente exige tratamento. Muitas vezes, são utilizados opioides para aliviar a dor, mas estes podem causar efeitos colaterais, como prisão de ventre, que também exige tratamento.
- Entender como se dá o manejo terapêutico de pacientes com vicio em nicotina e a prevenção do câncer de pulmão.
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas dependência à nicotina
MANEJO TERAPEUTICO
A abordagem ao tabagista pode ser realizada de maneira breve ou mínima, e intensiva. A abordagem mínima pode ser realizada por qualquer profissional de saúde, de forma estruturada, durante sua consulta de rotina, com duração de 3 a 5 minutos a cada contato. Consiste em perguntar a todo paciente se é fumante; caso a resposta for positiva, avaliar seu grau de dependência física e de motivação; aconselhar e preparar para deixar de fumar, e por fim acompanhar
o paciente em consultas subsequentes, como prevenção de recaídas. 
Já a abordagem intensiva consiste na estruturação de locais específicos para o atendimento de tabagistas que desejam parar de fumar, podendo ser individual ou em grupo de apoio, dependendo de cada caso. Essa abordagem deve ser realizada preferencialmente na atenção básica. O uso de medicamentos tem um papel bem definido no processo de cessação do tabagismo, que é o de minimizar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, facilitando a abordagem intensiva do tabagista. Medicamentos não devem ser utilizados isoladamente, e sim em associação com uma boa abordagem. É fundamental que o tabagista se sinta mais confiante para exercitar e por em prática as orientações recebidas durante as sessões da abordagem intensiva.
Os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do tabagismo na rede do SUS são os seguintes: terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.
PREVENÇÃO 
As seguintes práticas contribuem para prevenção do câncer de pulmão:
- Não fumar
- Evitar o tabagismo passivo 
- Evitar a exposição a agentes químicos (como arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil), presentes em determinados ambientes de trabalho.

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