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CARDIOTOCOGRAFIA Maria Eduarda Machado - 144 Introdução · Acompanhamento da vitalidade fetal. · Bem importante para PT entre 28 e 32 semanas e mãe com diabetes gestacional (doppler tem muitos falsos negativos pela hiperglicemia, compete com os mesmos receptores da hipoxia, impede que os quimiorreceptores da hipoxia ativem os barorreceptores). Terminologia: · Frequência Cardíaca Fetal Basal. · Variabilidade da FCF Basal · Acelerações. · Desacelerações. · Relação com contrações uterinas (se estiver em TP, não mede intensidade, só a presença) ou com número de movimentos do feto. Técnica: - Coloca um transdutor no fundo uterino e outro no melhor ponto de ausculta fetal (doppler), buzina para estimular o bebê, marcador que a mãe aperta toda vez que o bebê se movimenta. - IG (convencional - >32 semanas, computadorizada - >26 sem). - Posicionamento da gestante (45º ou decúbito lateral esquerdo-compressão da VC). - Grau de atividade fetal. - Drogas ministradas a mãe. - Tabagismo. - Malformações. Tipos: · Anteparto. · Intraparto. · Computadorizada (calcula uma short term variation, na convencional só a long term). Indicações Anteparto: ACOG, 2000 (basicamente toda de alto risco) · Condições maternas: - Síndrome antifosfolípide. - Hipertireoidismo. - Hemoglobinopatias. - Cardiopatia cianótica. - Lupus eritematoso sistêmico. - Nefropatia crônica. - Diabetes mellitus tipo I. - Desordens hipertensivas. · Condições relacionadas a gravidez: - Hipertensão induzida pela gravidez. - Redução de movimentos fetais. - Oligohidramnia. - Polidramnia. - RCIU. - Gravidez pós-termo. - Isoimunização Rh. - Morte fetal prévia inexplicada. - Gravidez múltipla (discrepância de crescimento). Leitura: - 1cm por minuto. - Em cima BCF, embaixo contrações. - Ver a frequência cardíaca basal ver onde está mais uniforme (normal: 110 a 160bpm). - Variabilidade: pico e Nadir (cada linha é em torno de 10 batimentos) a frequência basal. Normal > 5. É a correção do SNA. - Aceleração: tem que subir 15 bpm por pelo menos 15 seg (>32sem) ou 10 bpm 10 seg. É uma coisa boa, quer dizer que tem aporte de oxigênio. <2 acelerações em 20 minutos não reativa. Desacelerações: queda de 15 bpm por pelo menos 15 seg (>32sem) ou 10 bpm 10 seg (não queremos). · Não periódicas (episódicas, movimentos fetais, não tem relação com contrações uterinas): - DIP 0 (espicas). - Prolongadas (>2min). · Periódicas (dependentes das metrossístoles): - DIP I (precoce – desaceleração intraparto.). · Não significa patologia, reflexo natural do bb, contração aumento da pressão na cabeça do bebê. · Sua recorrência, significa vigilância, atentar para recorrência, muito longas ou que não resolvem. - A queda coincide com a contração uterina. - DIP II (tardio, depois da contração). - Representa hipoxia. não é indicação de cesariana de urgência. - DIP III (variável, umbilical). - Redução abrupta, visível e aparente da FCF (do início da desaceleração até o nadir, deve ser menor que 30s). Pela compressão do cordão umbilical. · Redução ≥ 15bpm: s/ significado patológico - Esporádica. - Acelerações de “ombro”. - Recuperação rápida. - Queda < 60 bpm. - Variabilidade normal. - Linha de base normal. - Aspecto em “V”. · Duração 15seg e < 2min: desfavorável - Recorrentes. - Perda do “ombro”. - Recuperação lenta (duração > 60seg). - Queda > 60 bpm. - Variabilidade alterada. - Linha de base alterada. - Morfologia bifásica – “W”. · Prolongada: - ≥ 15 bpm c/ duração > 2min e < 10min. - Hipotensão materna, hipertonia uterina, compressão do cordão, convulsão, eclâmpsia, prolapso de cordão. · Recorrentes: ○ Presença de desacelerações em 50% ou + das contrações uterinas em um período de 20min. Diagnóstico - CTG tranquilizadora. - CTG não tranquilizadora (qualquer alteração) faz testes de estímulo bebê não reativo reanimação intraútero (oxigênio para mãe, DLE, retirar ocitocina, hidratação). Testes: · Repouso: - Teste s/ sobrecarga (TSS): teste de estímulo, ex: bb sem aceleração, com desaceleração, variabilidade baixa teste de estímulo para ver se o bebê é reativo (poderia estar dormindo). · Provas da aceleração da atividade fetal estimulada: - Teste de tolerância às contrações uterinas (não faz mais): ▪ Expontâneo (TTC-E). ▪ Estímulo papilar (TTC-EP). ▪ Ocitocina (TTC-O). - Teste de estimulação sônica: - Buzina da marca Kobo: ▪ 500 a 40000 Hz. ▪ 60 a 115 Db. ▪ 9,62 cm². - Pólo cefálico. - Tempo mínimo: 3seg. - Classificação: ▪ Reativo: > 20bpm / 3min. ▪ Hiporreativo: < 20bpm e/ou < 3min. ▪ Não reativo: não altera a FCF. CARDIOTOCOGRAFIA COMPUTADORIZADA - Interpretação + detalhada. Cardiotocografo ligado a um computador. - Diminuir as taxas de falso-positivo. - Diferenças intra e inter-observador. - 48.000 registros. - Oxford, Reino Unido, Dawes et al., 1985. - Comercializado, 1989. -Técnica: · Equipamento da marca SONICAID. · Cardiotocógrafo. · Computador. · Programa “SYSTEM 8002”. - Incidência de acidose metabólica ou óbito de acordo c/ Short Term Variation (normal > 4). Obs: Rezende CTG na CIR no modelo obstrutivo/toxêmico não tem mais valia. A computadorizada é a única legitimiada pela RCOG para utilizar no CIR p/ insuf. Placentária. Fonte: Aula Alex 2021 e Rezende 13ª Ed, 2017.
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