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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE ENSINO Ádila Ferreira Sena RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO Catu, 2020 Ádila Ferreira Sena Relatório de Estágio Supervisionado Não Obrigatório, apresentado à Coordenação do Curso Técnico em Alimentos do Instituto Federal Baiano como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Técnico em Alimentos. Orientador: Hildemar Lacerda RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO Catu, 2020 Agradeço e dedico este trabalho aos que acreditam e que olham com serenidade o caminho que percorri. Dedico a monografia à todos os professores que tive, sendo estes os meus pais do lar e meus pais da vida. Agradecimentos À minha mãe, por ter me preparado desde o início da consciência, por ser a mulher que pacientemente moldou as características que fazem de mim ser quem sou. Por acreditar. Ao meu pai, por ser alicerce da minha história de vida, por ter guiado e amado meus gradativos passos, até hoje. Por ter me impulsionado. Aos meus amigos, por compartilhar o conhecimento que seguirá firme ao meu lado por anos a fio. Aos meus professores e tutores, pela dádiva da riqueza incomensurável do saber, do querer fazer. Ainda prestigio agradecimento particular ao grupo de professores ao qual pertencem Karina Pitta, Cassiane Oliveira, Paula Bacelar e Hildemar Lacerda, inspiradores, admiráveis, excelentes profissionais. Não haverá quem tome o lugar de vocês em meu coração. Ao professor Hildemar, com honra meu orientador, todo o meu carinho. SUMÁRIO 1. INSTRUMENTO DE APRESENTAÇÃO............................ 6 2. INTRODUÇÃO .................................................................. 7 3. OBJETIVOS ...................................................................... 7 3.1 Objetivo Geral........................................................... 7 3.2 Objetivo Específico ................................................. 7 4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................ 8 5. DESENVOLVIMENTO........................................................10 5.1 Descrição do local ......................................................10 6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .....................................11 6.1 Panificação ..............................................................11 6.1.1 Produção do pão de queijo mineiro..................... 11 6.1.2 Produção de pão de queijo popular......................12 6.1.3 Produção de croissants .......................................13 6.2 Confeitaria .............................................................. 14 6.2.1 Produção de Rocambole .....................................15 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................16 8. REFERÊNCIAS....................................................................17 9. APÊNDICES ……………………………………………………18 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia baiano Campus Catu INSTRUMENTO DE APRESENTAÇÃO Nome: Ádila Ferreira Sena Matrícula: 20173030504 Prof. Orientador: Hildemar Lacerda Período de Estágio: 18/02/2020 a 05/04/2020 Local do Estágio: Panificadora Carvalho Ltda. Fone: (75) 99925-7024 Cidade: Alagoinhas UF: Bahia E-mail: ferreiraadila27@gmail.com 2. INTRODUÇÃO O estágio curricular supervisionado é indispensável não somente por força de lei, mas também porque assume um importante papel no processo de aprendizagem necessário a um profissional através da relação entre a teoria aplicada no ambiente acadêmico e a prática dos conhecimentos adquiridos. Além disso, o aprendizado é muito mais eficiente quando se é obtido através da experiência prática, tanto é que geralmente é mais simples recordar-se de momentos e atividades desenvolvidas no exercício do estágio do que em sala de aula. Porém é importante salientar que o ideal é unir uma boa interação professor-aluno em sala de aula, uma boa assimilação de conteúdos teóricos com a aplicação dos mesmos no ambiente dotrabalho. A sociedade do mundo globalizado passa, a cada dia, por mudanças nas relações do trabalho e na forma como as pessoas comunicam-se e relacionam- se. Logo, esta se torna, também, uma demanda do estágio curricular supervisionado na preparação e capacitação de profissionais para o mercado de trabalho. A educação é responsável pela transformação de desenvolvimento social, por isso mostra-se necessário endossar a importância desta atividade e o impacto que esta, de maneira indireta, trás à sociedade. 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Compactuar com o conhecimento teórico e prático relativo à Panificação e Produção de Massas anteriormente exercitado, agregar experiência profissional e familiarização com o mercado de trabalho. 3.2 Objetivo Específico Atuar como técnico em alimentos no ambiente da Panificação, exercendo, principalmente, o desenvolvimento e execução de receitas para obtenção de itens de Padaria. 4. REFERENCIAL TEÓRICO O setor alimentício, com a crescente competitividade advinda da globalização, que trás consigo grandes e rápidas mudanças sociais, econômicas e políticas, têm processado uma quantidade de alimentos cada vez maior, a fim de enfrentar a ampla concorrência do mercado atual, buscando sempre mais produtividade de todos os setores. Assim, é necessário que haja ciência acerca de possíveis problemas que podem ser acarretados por esta crescente intensidade produtiva, a exemplo de perdas pós-processamento ou diminuição da vida de prateleira se os métodos de higienização empregados não forem eficazes ou, então, forem negligenciados. (Andrade, 2008) A higienização na indústria de alimentos se insere dentro das Boas Práticas de Fabricação (BPF) e dos programas de qualidade como o de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), para que, assim, sejam obtidos alimentos seguros dos pontos de vista físico, químico e microbiológico, além de contribuir na conservação de algumas características organolépticas. Logo, os profissionais responsáveis pela higienização em estabelecimentos produtores/industrializadores devem atuar de forma preventiva, na busca da melhor qualidade dos alimentos processados, evitando problemas de ordem econômica ou de saúde pública. Todos os processadores de alimentos têm responsabilidade sobre a segurança e a qualidade dos alimentos. Assim, é fundamental que os responsáveis pela higienização tenham em mente dois aspectos relevantes para o sucesso de um procedimento adequado: a) como fazer e b) como avaliar o procedimento de higienização proposto. O “como fazer” a higienização, destacando-se as etapas de pré- lavagem, usos de detergentes, enxágue e sanitização. O “como avaliar” se fundamenta em análises microbiológicas, ou não, para definir se as condições higiênicas previamente estabelecidas, normalmente associadas com quantidade de microrganismos após a realização do procedimento de higienização, foram atendidas. Nas indústrias de alimentos, a multiplicação e a sobrevivência de microrganismos devem ser controladas nas matérias-primas, nas superfícies de equipamentos e utensílios, nos ambientes de processamento, em manipuladores, em embalagens, na distribuição e no produto final. O monitoramento correto dos procedimentos de higienização permite um controle microbiológicoeficiente. Estrutura física do estabelecimento: Piso: material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Deve ter inclinação em direção aos ralos, o suficiente para não permitir que a água fique estagnada. (SILVA JR, 2001) Tetos e forros: material liso, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação. Devem ser isentos de goteiras, vazamento, umidades, trincas, rachaduras, bolores e descascamentos. Proibido o forro de madeira. Se houver necessidade de aberturas para ventilação, estas devem possuir tela, com malha de 2 mm, de fácil limpeza. (SILVA JR, 2001) Cozinha: O piso da cozinha deve ser lavado após o término dos intervalos. Porém, mesmo durante o preparo das refeições o ambiente deve ser mantido em ordem, recolhendo os resíduos. Diluir o detergente em água de preferência aquecida, utilizando um recipiente adequado e exclusivo (balde). Colocar água limpa em outro recipiente; Imergir a esponja ou pano na solução detergente (1º balde). Iniciar a limpeza pelos locais mais altos. Imergir a esponja ou pano no balde com água (2º balde), para retirar os resíduos. Torcer e imergir novamente na solução detergente. Esta prática evita que a solução detergente fique com sujidades. Após os locais mais altos estarem ensaboados, utilizar o restante da solução detergente no piso. Retirar o detergente das bancadas e do piso utilizando um rodo; Iniciar o enxágüe com água pelos locais mais altos. Pode ser utilizado pano limpo e água. Após a retirada do detergente com o rodo e enxágüe com água, o piso deve ser desinfetado com solução clorada. Deixar secar naturalmente. (SILVA JR, 2001) Legislação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos. Para se respeitar a legislação de BPF, deve-se seguir a legislação geral e a legislação de Boas Práticas de Serviços de Alimentação: • Legislação Geral Codex Alimentarius Executa o Programa Conjunto da FAO/ OMS sobre Normas Alimentares, cujo objetivo é proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas equitativas no comércio de alimentos. O Codex Alimentarius (do latim Lei ou Código dos Alimentos) é uma coletânea de normas alimentares adotadas internacionalmente e apresentadas de modo uniforme. Inclui disposições de natureza consultiva na forma de códigos de práticas, diretrizes e outras medidas recomendadas, destinadas a alcançar os objetivos de orientar e promover a elaboração de definições e o estabelecimento de requisitos aplicáveis aos alimentos, auxiliando a sua harmonização e, consequentemente, facilitando o comércio internacional. Portaria CVS nº5 (09 de abril de 2013) Essa Resolução trata do Regulamento Técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, considerando a necessidade de aperfeiçoar as ações de vigilância sanitária de alimentos, visando à proteção à saúde da população do estado de São Paulo. Resolução - RDC nº 275 (21 de outubro de 2002) Essa Resolução trata do Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os POPs, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria SVS/MS nº 326/97. 5. DESENVOLVIMENTO 5.1 Descrição do local A Panificadora Carvalho Ltda. é uma empresa genuinamente Alagoiense que está em vigor desde 1983 e se desenvolveu conforme o crescimento do local e da demanda. É uma padaria e confeitaria tradicional, especializada em produção de bolos confeitados, doces, tortas, salgados e pães. Observação de produtos produzidos (Apêndice A). 6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As atividades do estágio supervisionado foram realizadas entre fevereiro e março de 2020, na Panificadora Carvalho Ltda., situada em Alagoinhas – BA. Dentre as atividades programadas estão: Organização de ingredients para a produção de bolos, para a confecção de bolos, produção de empadas, pizzas, pães de queijo e rocamboles. Nos itens a seguir encontram-se descritas as atividades desenvolvidas nesse período. 6.1 PANIFICAÇÃO 6.1.1 Pão de queijo mineiro (porção pequena) Materiais e método utilizados: • Polvilho doce (500g); • Sal a gosto; • Leite (300 ml); • Óleo (150 ml); • Ovos grandes (2 unidades); • Queijo minas meia cura ralado (4 copos); • Óleo para untar; • Balança analítica;; • Copo medidor; • Colher; • Tigela grande; • Panela média; • Forma grande; 1. Colocou-se o polvilho em uma tigela grande; 2. Aqueceu-se o sal, o leite e o óleo; 3. Após fervido, escaldou-se o polvilho com a mistura anterior e mexeu-se bastante para formar as pelotinhas. Deixou-se esfriar; 4. Acrescentou-se os ovos, um a um, alternando com o queijo e sovando bem após cada adição; 5. Untou-se as mãos com óleo para facilitar o manuseio da massa; 6. Enrolou-se bolinhos e colocou-se na forma, com espaçamento de 5cm entre eles; 7. Pôs- se no forno pré-aquecido (180ºC); 8. Assou-se até que dourassem. 6.1.2 Pão de queijo popular (porção pequena) Materiais e métodos utilizados: • Açúcar (2 colheres de sopa) • Ovos (2 unidades); • Fermento biológico (11g) • Óleo (1/2 xicara de chá) • Sal (1 colher de chá) • Leite morno (250ml) • Queijo parmesão ralado (250ml) • Farinha de trigo (500g) • Margarina (100g) • Pincel não utilizado; • Batedeira industrial; 1. Bateu-se no liquidificador os ovos, o leite, açúcar, o fermento, o óleo, o sal e o queijo ralado; 2. Colocou-se em uma vasilha os ingredientes que foram batidos no liquidificador e vá colocando aos poucos a farinha de trigo; 3. Bateu-se na batedeira; 4. A massa soltou-se (parou de grudar) e deixou-se descansar por 20 minutos. 5. Fez-se bolinhas e colocou-se em uma assadeira untada; 6. Levou-se ao forno pré-aquecido e após 20 minutos retirou-se; 7. Aqueceu-se a margarina e pincelou-se sobre os pães. 8. Peneirou-se o queijo ralado sobre os pães. Resultado final dos pães de queijo 6.1.2 Croissants de misto (pequena porção) Materiais e métodos utilizados: • Farinha de trigo (900g) • Margarina (150g) • Leite (500ml) • Fermento biológico (30g) • Sal (1 colher rasa) • Açúcar (2 colheres de sopa) • Gema (1 unidade) • Presunto (300g) • Mussarela (300g) Massa 1. Em uma tigela colocou-se o fermento e o açúcar, misturou-se até dissolver o fermento. 2. Acrescentou-se o leite, o sal e a farinha de trigo. 3. Amassou bem até obter uma massa bem homogênea e lisa. Montagem 1. Em uma superfície levemente esfarinhada abriu-se a massa com o auxílio de um rodo. 2. Passou-se a margarina na massa aberta, depois dobrou-se o rolo para que a margarina se espalhasse. 3. Repetiu-se a operação 3 vezes. 4. Cortou-se as bordas para a massa folhear. 5. Cortou-se a massa em formato de triângulo, e colocou-se o presunto e a mussarela, como mostra a figura 1. 6. Enrolou-se da parte maior para a menor. 7. Colocou-seas unidades em uma assadeira e pincelou-se com uma gema levemente batida, sal a gosto. 8. Deixou-se crescer até dobrar de volume. 9. Levou-se ao forno pré-aquecido, em temperatura média, para assar até os croissants Figura 1 6.2 CONFEITARIA 6.2.1 Produção de Rocambole Materiais e método: • Ovos (9 unidades); • Farinha de trigo (1 e ½ xícaras); • Açúcar (1 e ½ xícaras); • Fermento em pó (1 colher de chá); • Chocolate em pó (6 colheres de sopa); • Leite condensado (1 lata); • Creme de leite (1 caixinha); • 3 gemas • Maisena • Leite em pó (1 lata) • Chocolate em pó (6 colheres) Recheio 1. Colocou-se todos os ingredientes em uma panela fina e levou-se ao fogo para engrossar, apenas colocando a maisena depois que a mistura fervesse, assim o recheio não fica com gosto da maisena. 2. Depois de frio, colocou-se na massa que está no pano. 3. Colocou-se o restante do recheio por cima do rocambole e salpicou-se com chocolate. Massa 1. Bateu-se as claras em neve e em seguida as reservou-se. 2. Bateu-se as gemas com água, adicionando-se o açúcar e o chocolate. 3. Continou-se batendo. 4. Colocou-se a farinha e o fermento por último as claras, mas sem bater para não aguar a massa, misturou-se com o auxílio de uma colher. 5. Assou-se em uma forma (previamente untada) por 10 minutos, ou até que a ponta do garfo saísse limpa. 6. Colocou-se a massa sobre um pano limpo e enrolou-se ainda quente (já com o recheio), para que não quebrasse. 7. Deixou-se esfriar. Rocambole de chocolate 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este relatório teve como principal objetivo agregar ao conhecimento da área de Panificação e massas, no intuito de finalização do curso técnico em Alimentos. A partir deste trabalho, conclui-se que foi possível atingir os objetivos propostos, através da aproximação com o ambiente da panificadora e métodos práticos anteriormente ensinados. Com esta experiência foram desenvolvidas habilidades profissionais importantes como saber como se portar de forma higiênica e segura dentro de um ambiente de produção de alimentos, evitar desperdícios desnecessários e resolver problemas inesperados. O estágio supervisionado contribuiu para a empresa na garantia de produtos com melhor qualidade devido ao acompanhamento da rotina de segurança alimentar. O resultado do estágio foi um grande agregador de valores profissionais, o qual demonstra que se faz necessário para um responsável da área de Tecnologia em Alimentos. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • BRASIL. Ministério Da Saúde. Agência Nacional De Vigilância. Resolução RDC N.º 216, de 15 de setembro de 2004. Regulamento Técnico de Boas Práticas para serviços de alimentação. • SCHUEUR, Patrícia Matos. EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS PARA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA. Risolete Maria Hellman. – Florianópolis: Publicação do IFSC, 2014. • FIESP. Manual de segurança e saúde no trabalho indústria de Panificação. Disponível em: < https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e- publicacoes/manual-de-seguranca-e-saude-no-trabalho-industria-de- panificacao/> Acesso em 27 de julho de 2020. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA. Disponível em: <http://www.anpad.bibliotecas.sebrae.com.br> Acesso em 03 de agosto de 2020. APÊNDICES • APÊNDICE A
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