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Relatório de Estágio Supervisionado

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Página | 1 
 
 
 
 
 
 
 
Matheus Ressurreição Maia 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
Processamento de Pães 
 
 
 
 
 
Santa Inês/BA 
2021
Página | 2 
 
Matheus Ressurreição Maia 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
Processamento de Pães 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado como 
requisito parcial a obtenção do título de Técnico em 
Alimento, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência 
e Tecnologia Baiano -Campus Santa Inês. 
Orientadora: Profª. Adriana Martins. S. B. Conceição 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Inês/BA 
2021
Página | 3 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
Relatório apresentado à bancada examinadora para obtenção da aprovação do Curso Técnico em 
Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Santa Inês. 
 
Data ___/___/___ 
 
_______________________________________________________________ 
Profª. Adriana Martins S. B. Conceição 
_______________________________________________________________ 
Prof. Elivaldo Souza de Jesus 
_______________________________________________________________ 
Profª. Andrea Miranda Lobo 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO FINAL________________
Página | 4 
 
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: Matheus Ressurreição Maia 
Matrícula: 20181CSI9I0040 
Curso: Técnico Integrado em Alimentos 
Telefone: (73) 9 8872-8781 
E-mail: matheusmaiaj7@Gmail.Com 
Local de Estágio: FM Panificadora e Lanchonete Ltda. 
Concedente: Flávia Fonseca Alves 
Período: 13 De Abril á 25 De Junho 
Carga Horária Semanal: 30 Horas 
Supervisor Técnico: Flávia Fonseca Alves 
5 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico o presente relatório a todos os Professores do curso, a 
Orientadora do trabalho, aos familiares, amigos e a todos aqueles 
que de certa forma contribuíram para a realização deste relatório.
Página | 6 
 
RESUMO 
Este relatório foi realizado a partir do Estágio Supervisionado do Curso Técnico em Alimento. 
O estágio ocorreu na microempresa FM Panificadora & Lanchonete Ltda. Durante a realização 
do estágio foram desenvolvidas atividades como: processamentos de pães; bolos; salgados, 
doces, refeição, limpeza de utensílios, limpeza geral e atendimento ao cliente. Ao termino do 
estágio percebeu-se a importância do estágio curricular na formação profissional do aluno pelo 
valor do primeiro contato do técnico com o setor de trabalho. 
Palavra-chave: processamento, limpeza, cliente, técnico. 
Página | 7 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 8 
1.1. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9 
1.1.1. Objetivo Geral .............................................................................................................. 9 
1.1.2. Objetivo Específico ....................................................................................................... 9 
2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 10 
2.1. FARINHA DE TRIGO ASPÉCTOS GERAIS.................................................................... 11 
2.2. COMPOSIÇÃO DA FARINHA DE TRIGO ...................................................................... 12 
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................................... 12 
3.1. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP) .................................... 13 
3.2. PANIFICAÇÃO............................................................................................................... 13 
3.2.1. Fermentação ............................................................................................................... 16 
3.2.2. O Glúten ..................................................................................................................... 16 
3.2.3. Pão Francês (Pão De Sal) ............................................................................................ 16 
4 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 19 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 20 
 
8 | P á g i n a 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente relatório condiz a um escrito de 19 páginas sobre a minha experiência 
enquanto estagiário no Curso Técnico em Alimentos Integrado ao Ensino Médio, oferecido pelo 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, campus Santa Inês. Onde, em três 
anos de formação profissional, pude adquirir conhecimentos nesta área, por meio de matérias 
técnicas complementar ao ensino médio. Como forma de aperfeiçoamento desses 
conhecimentos, o Curso requer a realização de um Estágio Supervisionado que sirva como 
instrumento avaliativo de conclusão definitiva do respectivo curso, além do ensino médio. 
Dessa maneira, as próximas páginas irão abordar de maneira registo como vivência pelas quais 
obtive durante o meu estágio. 
A entidade pela qual eu tive o prazer de estagiar ressalta-se sendo uma empresa de 
pequeno porte, denominada FM Panificadora e Lanchonete Ltda, administrada por Flávia 
Fonseca Alves, localizada na R. Rodolfo Santos, Nº69, Centro do município de Jaguaquara, 
BA. A panificadora produz pães e massas em todo território de Jaguaquara. Assim sendo, os 
setores da empresa pelos quais eu pude conciliar durante o estágio eram divididas entre pessoas 
responsáveis pela administração, atendimento ao cliente e panificação (normalmente o padeiro 
é o responsável por esse último). A área na qual eu fiquei responsável durante o meu período 
de estágio foi a de auxiliar de padeiro, onde tive a oportunidade de ver de perto o processo de 
panificação. A importância desse relatório já estaria implícita devido a trajetória da produção 
do pão, aos seus inúmeros sabores, ou a longa história de milhares de seres humanos 
alimentados por ele. 
A criação do pão está associada ao nascimento da civilização, já que a produção 
intencional dos cereais que os constituem se inicia no momento em que a raça humana decide 
sedentarizar-se. Este alimento é figura central em inúmeras cerimonias religiosas antes e depois 
de Cristo. Ao pão são atribuídas simbologias, por exemplo, vida eterna concedido a Adapa, no 
mito sumério da criação. 
Quando Adapa visitou Anu e explicou o que aconteceu, tendo apoio dos dois 
guardiões que falam a seu favor, os empregados de Anu: “Trouxeram a ele o 
pão da vida (eterna), mas ele não comeu. Trouxeram a ele a água da vida 
(eterna), mas ele não bebeu” (McCALL, 1994, p. 66). 
9 | P á g i n a 
 
 O pão é símbolo do povo, do trabalho e do labor em contato direto com a natureza. No 
mundo inteiro, a maior parte da base da pirâmide alimentar é constituída por carboidratos, visto 
que, o pão tem um consumo elevado, pois é rico em glicídios fonte de energia. 
O pão não é considerado um alimento caro, pode ser consumido por todas as classes 
sociais, sendo este como complemento alimentar, como ocorre em famílias com alto valor 
aquisitivo e até como únicas fontes de alimentos, o que sucede em famílias de baixa renda. 
1.1. OBJETIVOS 
1.1.1. Objetivo Geral 
Adquirir uma visão ampla e detalhada do processo de panificação, proporcionando ao 
formando, bagagem suficiente e competência de ordem prático e teórico. 
1.1.2. Objetivo Específico 
• Ajustar o marco teórico assimilado ao longo do curso em função da realidade profissional; 
• Desenvolver capacidades de forma a permitir apresentação de soluções para resolução de 
problemas futuros de carácter operacional; 
• Eleger e aplicar as melhores formas de controle inerentes ao estabelecimento; 
• Facultarao formando uma correlação teórica prática contínua conferindo-lhe valências de 
cariz operativo; 
• Planear diferentes tipos de serviços em função da demanda; 
• Reconhecer a complexidade e a funcionalidade da área de processamento dos pães. 
10 | P á g i n a 
 
2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
O Pão, por ser um alimento nutritivo, é acessível e muito consumido no mundo e em 
diferentes culturas. Segundo Matuda (2004) o pão é um dos alimentos mais antigo da 
humanidade, pois vestígios arqueológicos demostram que no período ágrafo, os humanos já se 
alimentavam com um tipo de pão rudimentar. 
De acordo com a RDC n° 263 de 22 de setembro de 2005, define pão como produtos 
obtidos da farinha de trigo ou de outras farinhas, adicionados de líquido, resultantes do processo 
de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros ingredientes, desde que não 
descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversas. 
(BRASIL, 2005). 
Os componentes essenciais para a produção do Pão, bem como os aditivos devem ser 
usados em quantidades necessárias e manter uma qualidade satisfatória, afim de seguir as 
normas legislativas da RDC nº 275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA, que prescreve o 
seguinte: Os estabelecimentos devem atender as Boas Práticas de Fabricação em 
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Práticas como a manutenção e 
higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de 
abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde 
dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto final. São requisitos 
importantíssimos do Manual de Boas Práticas de Fabricação: documento que descreve as 
operações realizadas pelo estabelecimento (BRASIL, 2002). 
Para os aditivos, a ANVISA dispõe da Resolução Nº 383, de 5 de agosto de 1999, que 
aceita o uso de aditivos alimentícios, estabelecendo suas funções e seus limites máximos para 
a categoria de alimentos 7 - produtos de panificação e biscoitos. 
 
11 | P á g i n a 
 
2.1. FARINHA DE TRIGO ASPÉCTOS GERAIS 
O trigo é um cereal pertencente à família Poaceae, que por sua vez, pertence a subfamília 
Pooideae e ao gênero Triticum, que por sua parte, é classificado em diferentes espécies, 
embasados em seu número de cromossomos, por exemplo, o Triticum monococcum, Triticum 
durum e Triticum aestivum cada espécie contem entre 14, 28 e 42 cromossomos (POPPER et 
al., 2006). Segundo a Instrução Normativa Nº38, de 30 de Novembro de 2010 do MAPA, o 
trigo é classificado em dois grupos: O primeiro grupo destina-se ao consumo humano direto e 
o segundo é destinado a moagem. 
A farinha de trigo é o ingrediente principal e fundamental para produzir o pão. De acordo 
com Instrução Normativa nº 8 de 02/06/2005, a farinha de trigo pode ser definida como o 
produto obtido a partir da espécie Triticum sativum, ou de outras espécies do gênero Triticum 
(exceto Triticum durum), através do processo de moagem do grão de trigo beneficiado (MAPA, 
2005). Para obter a farinha de trigo, o cereal passa pelo processo de moagem que consiste em 
reduzir o endosperma a farinha, seguido da separação do farelo e do gérmen, com o objetivo de 
elaborar produtos saborosos e de qualidade (Atwell, 2001). 
O Trigo é cultivado em climas invernais, seu cultivo está concentrado em boa parte nas 
regiões sul e sudeste, os estados que cultivam o trigo no Brasil são Paraná, Rio Grande do Sul, 
São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, esses últimos com menores intensidades 
(CAMARGO; FERREIRA-FILHO; SALOMON, 2004). 
A qualidade da farinha de trigo está estritamente ligada a forma como o Trigo é 
cultivado (solo, clima pragas, manejo) e manejado no processamento (colheita, secagem, 
pesagem e armazenamento). No entanto, se por algum motivo houver falhas nas etapas de 
colheita, secagem e armazenamento, o Trigo pode apresentar alterações físicas, químicas e 
biológicas, rebaixando a funcionalidade da farinha e seu valor comercial (COSTA, 2008). 
12 | P á g i n a 
 
2.2. COMPOSIÇÃO DA FARINHA DE TRIGO 
A farinha de trigo é composta de amido, proteínas, lipídeos e enzimas. O amido é 
formado por amilose (molécula formada por resíduos de glicose.) e amilopectina (polímero 
maior, formado por cadeias alfas) que quando adicionado a água com a temperatura acima de 
60ºC acontece a gelatinização, e quando é resfriado forma-se micro cristais. Sendo o total de 
proteínas presente no trigo corresponde entre 8 a 21%, dessa porcentagem estão as globulinas 
e albuminas no total de 15%, gliadina e glutenina no total de 85%. Os valores lipídicos do trigo 
variam de 2 a 3,5% dependendo da extração. A Alfa- amilase, Beta-amilase e Glucoamilase são 
as enzimas presentes na farinha de trigo (HOSENEY, 1995 apud ESTELLER, 2004). 
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
Geralmente, no início de uma empresa de pequeno porte, a realidade é de que o 
empresário seja responsável desde o planejamento, compra, execução do serviço, clientes, 
pagamentos e recebimentos. No caso da FM Panificadora e Lanchonete LTDA, a idealizadora 
da microempresa executava todas essas tarefas, com a ajuda de membros da família nas 
compras, entregas, marketing, etc. Ao longo dos anos, desenvolveu uma rotina de trabalho 
diária que envolve preparação do ambiente e higienização pessoal, produção e limpez a 
completa dos ambientes de trabalho. 
A FM Panificadora e Lanchonete LTDA têm uma filosofia baseada em produtos 
elaborados com ingredientes de alta qualidade. Muito do que é comercializado é preparado no 
próprio estabelecimento: pães, bolos, biscoitos, panetones e salgados. É respeitado o tempo das 
preparações, a exemplo de pães que passam pelo menos 2 horas fermentando, extraindo sabores 
e texturas únicos. 
As atividades realizadas no estágio estiveram concentradas na cozinha da FM 
Panificadora e Lanchonete LTDA. Mas também passaram pela culinária tradicional e pelo 
preparo de bolos e salgados em geral. Tal característica somada aos frequentes testes de novos 
preparos faz do estágio no local uma rotina de contato com novas técnicas e ingredientes. 
13 | P á g i n a 
 
3.1. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP) 
O POP é um documento escrito de forma objetiva que estabelece instruções sequenciais 
para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. (RDC nº 
216-ANVISA). Na FM Panificadora e Lanchonete LTDA, não havia Procedimentos 
Operacionais Padronizados (POPs) tal como descrito e requerido pela legislação para a 
execução dos produtos, no entanto, haviam procedimentos operacionais desenvolvidos pela 
empresária para manter higiene e segurança dos funcionários, higiene de equipamentos e 
utensílios, e para a execução de cada produto, a fim de padronizar a produção, evitar variações 
e desperdícios, e garantir a segurança em seu consumo. 
3.2. PANIFICAÇÃO 
Os princípios básicos foram os mesmos ensinado em aula teórica, o uso dos ingredientes 
em proporções adequadas, equipamentos, utensílios e produção. Para fazer a massa eram 
adicionados farinha, água, fermento, sal e açúcar. Depois a massa era misturada na masseira, 
batendo no tempo e na velocidade adequada, a fim que se desenvolvesse o glúten, conferindo a 
massa extensibilidade e a resistência desejada (figura 1). De modo geral, as masseiras 
provocam um aquecimento na massa, chamado atrito ou fricção, que pode ser corrigido com o 
uso de água gelada. Deve mantê-la ligada na velocidade mais lenta até a homogeneização dos 
ingredientes, e então, passar para velocidade rápida para que seja efetivado o processo mecânico 
de desenvolvimento do glúten. Para saber se as massas estavam bem desenvolvidas, pegava-se 
uma quantidade pequena de massa e esticava-se entre as mãos, se a massa estivesse elástica e 
resistente, isso significava que estava com o glúten desenvolvido. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: MatheusRessurreição Maia (2021) 
Figura 1 
14 | P á g i n a 
 
Ao retirar a massa da Masseira (Figura 1), ela era direcionada ao cilindro para realiza 
a sova, para que o fermento agisse e o glúten se desenvolvesse (figura 2). O equipamento, de 
acordo com a aula teórica funcionava deste modo: o equipamento é constituído por dois rolos 
de aço inox (superior e inferior) que giram em sentidos contrários e lançam a massa para dentro 
do espaço existente entre eles. A distância entre um rolo e outro pode ser regulada de acordo 
com a necessidade do produto, como forma de ajustar a espessura da massa. Após o processo 
de sova, a massa era tresfriada para uma mesa untada com óleo vegetal comum (figura 3) 
 
 
 
 
 
 
 
Na mesa a massa vai ser cortada em tirar (figura 4). Em seguida com as mãos pedaços 
vão sendo retirados e colocando na modeladora. Modela o pedaço de massa de forma que não 
fique ar dentro e que haja uniformidade na modelagem, já que o padrão é uma característica 
muito importante para a manutenção da qualidade. Ela é o equipamento que serve para modelar 
pedaços de massa crua em formato de “rocambole, enrolado”. Permite que a massa do pão 
apresente o formato desejado. A massa é colocada entre dois rolos e comprimida, depois 
enrolada por um sistema de lonas, que gira no mesmo sentido (figura 5) 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Figura 3 
Figura 4 Figura 5 
Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) 
Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) 
Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) 
15 | P á g i n a 
 
Figura 7 
O assamento dos pães ocorria em assadeira metálicas furadas ou não a depender da 
massa (figura 6). Em seguida os pães são colocados em um forno de superfície de pedra movido 
a lenha em temperaturas que variava de 130ºC a 180ºC (figura 7). Durante a cocção ocorre a 
expansão de volume (“salto de forno”), a formação de crosta, a inativação do fermento, a 
formação dos aromas e o aparecimento da cor do pão. Ao saírem do forno devem ser resfriados 
a 30°C antes de serem cortados em fatias e/ou embalados. A fim de que o ar circule e os pães 
esfriem, evitando que seja criada uma umidade excessiva e que estes suem (figura 8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 
Figura 8 
Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) 
Fonte: Matheus Ressurreição Maia (2021) 
16 | P á g i n a 
 
3.2.1. Fermentação 
A fermentação do pão ocorre devido a ação da Saccharomyces cerevisiae que é um 
organismo eucariota unicelular que pertence ao reino dos Fungos. É a levedura utilizada na 
produção do pão e também da cerveja, além de ser usada para a produção de álcool combustível. 
Segundo, (Pelcsar Jr. et al., 2004), na presença de oxigênio, as leveduras oxidam os açúcares a 
dióxido de carbono que são responsáveis pelas “bolhas de ar” no pão. As leveduras de cervejaria 
e padaria têm sido utilizadas a milhares de anos. Assim, a S. cerevisiae é uma levedura de 
grande importância econômica há muito tempo. A levedura alimentar deve se apresentar 
biologicamente inativa, conservando seu alto teor proteico e vitamínico, de forma a poder ser 
aproveitada tanto para ração animal quanto para o consumo humano. 
O fermento confere o crescimento da massa, melhora a textura do miolo, contribui para 
a leveza do pão e desenvolve o sabor e o aroma. Ao fermento são apresentados diferente tipo, 
ativo seco, tablets seco e o fermento químico. 
3.2.2. O Glúten 
Segundo, (Mariana et al, 2017) o glúten é uma rede de proteínas, compostas 
principalmente pelas proteínas gliadina e glutenina, que se encontra na semente de vários 
cereais, principalmente no Trigo. Ele tem como função ajudar a fortalecer a farinha para 
obtenção de pães com volume adequado. A massa fica elástica quando é sovada, o glúten se 
desenvolve pelo fermento (levedura) e retem o CO2 (dióxido de carbono) que é produzido pelas 
leveduras, permitindo que o pão aumente de volume e não diminui após esfriar. 
3.2.3. Pão Francês (Pão De Sal) 
O pão tipo francês é aquele produzido a partir de ingredientes essenciais (Fluxograma 1), como 
farinha de trigo, sal, fermento biológico e água, apresentando características particulares, como pestana, 
casca crocante e dourada com brilho, miolo branco e algodoado, odor suave e sabor agradável. Possui 
entre 50g e 60g e, após fermento, não possui cobertura, nem a adição de amidos, outras farinhas ou 
farinhas integrais. 
Conhecido em algumas regiões como ‘Pão de Sal’, ele é produzido todos os dias na FM 
Panificadora e Lanchonete Ltda, sendo o mais consumido no Brasil, além de ser uma das principais 
fontes calóricas da dieta dos brasileiros (Figura 6). Não obstante, o pão tipo francês é o grande gerador 
de fluxo de clientes dentro das padarias; em sua maioria, micro e pequenas empresas. Apesar da sua boa 
17 | P á g i n a 
 
aceitação em todo território nacional, o pão tipo francês pode apresentar variações em suas 
características físicas e sensoriais, devido principalmente às mudanças nos ingredientes e nas proporções 
utilizadas, aos tipos de equipamentos e às condições de processamento. 
 
 
18 | P á g i n a 
 
Colocou-se no forno á 170 Cº durante 20 minutos. Como vapor e sem vapor.
Fez-se um corte leve e inclinado em cada peça.
Colocou-se na assadeira e aguardou-se a fermentação de aproximadamente 2 horas.
Passou-se cada gomo na modeladora.
Pesou-se a massa (aproximadamente 60g).
Boleou-se a massa e deixou-se descansar por 20 minutos coberta por plástico.
Cilindrou-se a massa por 15 minutos.
Adcionou-se a margaria e bateu-se até espalhar, por 3 minutos. E depois colocou-se 
o fermento instantâneo sobre a massa e bateu-se até a massa ficar coesa.
Colou-se na massa a farinha, açucar e a água gelada (reservada aproximadamente 
10% da água) aos poucos bateu-se até virar massa por aproximadamente 5 minutos.
Pesou-se todos os ingredientes
Fluxograma 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 | P á g i n a 
 
4 CONCLUSÃO 
As atividades realizadas durante o exercício do estágio na FM Panificadora & 
Lanchonete Ltda, foram fundamentais para fixação de parte dos conhecimentos obtidos durante 
a formação técnica, bem como, para o crescimento profissional e pessoal do estagiário. 
Mostrando a rotina de trabalho em uma panificadora. A relação interpessoal dentro da padaria 
se faz muito necessária, tendo em vista, que tive que aprender a lidar com diversos tipos de 
clientes e colegas de trabalhos em diversos tipos de situações. 
Saber administrar o tempo é fundamental na panificadora, já que a quantidade de 
trabalho é muito grande e de alta responsabilidade. Desse modo, o período de estágio me ajudou 
muito no planejamento e organização do tempo. O estágio supervisionado oferece ao aluno uma 
visão muito mais ampla, e ao mesmo tempo detalhada, do universo profissional que o aguarda 
quando da conclusão de seu curso. 
O curso técnico em alimentos contribuiu para o aprendizado sobre o processo na 
fabricação do pão, seja ele fermentados ou não, doces, salgados e recheados. No âmbito social, 
o pão está presente tanto nas classes altas como complemento alimentar, quanto nas classes 
mais pobres como única refeição diária. Alimentar-se é um ato político, de modo que temos 
que lutar para que as pessoas tenham acesso a alimentação de qualidade e com preços 
acessíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 | P á g i n a 
 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 359, de 23 de 
dezembro de 2003. Tabela de Valores de Referência para Porções de Alimentos e Bebidas 
Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2003/rdc/359_03rdc.pdf. Acessado em junho de 2012. 
APLEVICZ, K.S. Fermentação natural em pães: ciência ou modismo. Aditivos & 
Ingredientes, v. 105, p. 36-38,2014. 
BIBLIOTECA DIGITAL, Guia de implementação: Pão tipo francês - Diretrizes para 
avaliação da qualidade e classificação. Para ver esses e outros arquivos digitais, acesse < 
http://abnt.org.br/paginampe/biblioteca-de-arquivos/guias>. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO - Rdc N° 7, De 18 De 
Fevereiro De 2011. Dispõe sobre os limites máximos para micotoxinas em alimentos. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 46, p. 66, 9 mar. 2011. 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 
38, de 30 de novembro de 2010. Regulamento técnico de identidade e qualidade da 
farinha de trigo. Disponível em 
http://www.codapar.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/TrigoInstrucaoNormativa3810.pdf consultado 
em julho de 2013. 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 8, de 
2 de junho de 2005. Regulamento técnico de identidade e qualidade da farinha de trigo. 
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 105, p. 91, 3 jun. 2005. 
HADDAD, Y.; BENET, J. C.; DELENNE, J. Y.; MERMET, A.; ABECASSIS, J. Rheological 
Behaviour of Wheat Endosperm—Proposal for Classification Based on the Rheological 
Characteristics of Endosperm Test Samples. Journal of Cereal Science. v.34, n.1, p.105-
113, 2001. 
MANDARINO, J.M.G. Aspectos importantes para a qualidade do trigo. Londrina: 
EMBRAPA/CNPSo, 1993. 32p. (EMBRAPA/ CNPSo. Documentos, 60). 
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