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O que é educação inclusiva

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O que é educação inclusiva?
Antes de falarmos sobre o que é a educação inclusiva, é necessário compreendermos a diferença entre ela e a educação especial.
A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação superior.
Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados).
Já a educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativo deve ser considerado como um processo social em que todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização.
É uma educação voltada para a formação completa e livre de preconceitos que reconhece as diferenças e dá a elas seu devido valor. Para que ela aconteça, é fundamental a criação de redes de apoio aos educadores.
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O que são as redes de apoio?
O aprendizado dos alunos com deficiência é de responsabilidade de todos que fazem parte do processo educacional e não apenas do professor. Nesse sentido, existem as redes de apoio compostas por pessoas que colaborarão no processo de ensino e aprendizagem do aluno. A seguir, listaremos todos que fazem parte dela.
A família
Ela é a primeira e a principal responsável pela educação escolar da criança ou do jovem. Por isso é tão importante que se crie uma relação de cooperação e confiança entre escola e família, e que exista uma ampla comunicação entre elas.
Os profissionais da área de saúde
Eles podem ser médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos ou psicopedagogos. Esses profissionais ajudarão os educadores a entenderem as necessidades do aluno e poderão dar direcionamentos sobre como atendê-las.
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Qual é o papel da escola?
A escola tem o dever de aceitar os alunos com deficiência e realizar as adaptações necessárias para que eles tenham seu direito à educação garantido.
Outra preocupação que a escola deve ter é fornecer aos seus educadores capacitação e formação continuada fundamentais para lidar com esses alunos, bem como as adaptações e os equipamentos que forem necessários para seu aprendizado. Reuniões entre os professores e os coordenadores pedagógicos favorecem a troca de experiências e o aprendizado.
Infelizmente, os cursos de graduação não preparam os futuros professores para lidarem com as diferenças e particularidades de cada aluno.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que orienta as escolas. Ele deve ser seguido por toda a educação básica, porém não se trata de algo fixo e imutável.
Realizar uma flexibilização nesse currículo de modo a favorecer a aprendizagem do aluno com deficiência também é papel e responsabilidade da escola e de todos os seus educadores. Essa flexibilização inclui fornecer material e mobiliário essenciais e adquirir equipamentos específicos, como computadores e softwares, por exemplo.
A escola não está sozinha nessa tarefa. Esse deve ser um trabalho conjunto entre a escola regular, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Estado.
Quais são os pilares da educação?
O relatório para a Unesco feito pela Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI apresenta quatro pilares sobre os quais a educação deve se firmar:
aprender a conhecer;
aprender a fazer;
aprender a conviver;
e aprender a ser.
Firmar a educação inclusiva em todos esses pilares é garantir que a aprendizagem de crianças e jovens com deficiência aconteça por meio das várias possibilidades de desenvolvimento que podemos encontrar na escola.
O que é uma escola inclusiva?
É uma escola comum — ou regular — que acolhe todos os tipos de alunos, independente das diferenças. Nela, são criadas situações que favoreçam e respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos.
São realizadas ações como a presença de um segundo professor em sala, tenha ele formação específica ou básica, ou de um estagiário, com o intuito de dar apoio à equipe pedagógica. O acompanhamento do trabalho do professor é fundamental para dar a ele o suporte que ele necessita.
Na escola inclusiva, todas as propostas que orientarão as atividades escolares e as intenções dos educadores relativas à inclusão estão registradas em seu Projeto Político Pedagógico (PPP). Nele, ficam estabelecidas quais redes de apoio serão necessárias para o atendimento aos alunos com deficiência.
A escola deverá fornecer ao aluno os recursos diferenciados indispensáveis ao seu aprendizado, como adaptações físicas do ambiente escolar, professores especialistas ou aceleração de conteúdo.
Dependendo do caso, o aluno, além de frequentar a escola regular inclusiva. Também deverá frequentar no contraturno uma escola especial que funcionará como um centro de apoio e complementação de sua formação, com a presença de profissionais especializados para isso.

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