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TRANSTORNOS DE HUMOR

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TRANSTORNOS DE HUMOR
Humor: emoção ou um tom de sentimento difuso e persistente que influencia o comportamento de uma pessoa e colore sua percepção de ser no mundo.
Hipomania: episódio de sintomas maníacos que não satisfaz os critérios para episódio maníaco.
Ciclotimia: forma menos grave do transtorno bipolar.
Distimia: forma menos grave de depressão maior.
Depressão Maior e Transtorno Bipolar
· Depressão
Um transtorno depressivo maior ocorre sem uma história de um episódio maníaco, misto ou hipomaníaco.
Deve durar pelo menos duas semanas.
Pessoa apresenta pelo menos quatro dos sintomas: alterações no apetite e peso, alterações no sono e na atividade, falta de energia, sentimentos de culpa, problemas para pensar e tomar decisões e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
· Mania
Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável que dura pelo menos uma semana, ou menos se o paciente tiver de ser hospitalizado.
O episódio hipomaníaco dura pelo menos quatro dias e é menos grave do que um episódio maníaco.
Ambas estão associadas com a autoestima inflada, necessidade de sono diminuída, distratibilidade, grande atividade física e mental e envolvimento excessivo em comportamento prazeroso.
Transtorno Bipolar I: um ou mais episódios maníacos e, às vezes, episódios depressivos maiores.
Episódio Misto: período de pelo menos uma semana no qual tanto um episódio maníaco quanto um episódio depressivo maior ocorrem quase diariamente.
Transtorno Bipolar II: episódios de depressão maior e hipomania.
· Distimia
Pelo menos dois anos de humor deprimido não grave o suficiente para receber o diagnóstico de episódio depressivo maior.
· Ciclotimia
Pelo menos dois anos de ocorrência frequente de sintomas hipomaníacos que não podem ser diagnosticados como um episódio maníaco e de sintomas depressivos que não podem ser diagnosticados como um episódio depressivo maior.
1. Epidemiologia
A prevalência do transtorno depressivo maior é de 5 a 17% durante a vida.
Transtorno Bipolar I: 0 – 2,4%.
Transtorno Bipolar II: 0,3 – 4,8%.
Ciclotimia: 0,5 – 6,3%.
Hipomania: 2,6 – 7,8%.
TDM - M = 2H.
TBI – M = H.
Mais frequente em pessoas sem relacionamentos interpessoais íntimos.
2. Etiologia
Fatores Biológicos:
· Redução de noradrenalina;
· Redução de serotonina;
· Redução de dopamina (na depressão, na mania há aumento);
· Agonistas colinérgicos;
· Redução do GABA;
· Excesso de estimulaçãoglutamatérgica (efeitos neurotóxicos e alta concentração de receptores de NMDA no hipocampo);
· Hipercortisolemia (sugerindo tônus inibitório de serotonina diminuído, impulso aumentado de norepinefrina, ACh ou hormônio liberador de corticotrofina – CRH ou diminuição da inibição do feedback do hipocampo);
· Atividade de HHS elevada (hipotálamo – hipófise – suprarrenal);
· Disfunção tireoidiana;
A depressão está associada com perda prematura do sono profundo (de onda lenta) e aumento no despertar noturno. Este último é refletido por quatro tipos de distúrbio:
· Aumento nos despertares noturnos;
· Redução no tempo de sono total;
· Aumento do sono de movimentos oculares rápidos (REM) fásico;
· Aumento da T corporal.
RM:hiperintensidades anormais das regiões subcorticais, aumento ventricular, atrofia cortical e alargamento sulcal.
A depressão pode estar relacionada com um aumento relativo na atividade do hemisfério não dominante.
Uma inversão da hipofrontalidade ocorre após mudanças de depressão para hipomania, de modo que maiores reduções do hemisfério esquerdo são vistas na depressão, comparadas com maiores reduções do hemisfério direito na mania.
Quatro regiões cerebrais na regulação das emoções normais:
· Córtex pré – frontal (CPF): contém representações de objetivos e as respostas adequadas para alcança – los. Sub – regiões localizam representações de comportamentos relacionados à recompensa e punição.
· Cingulado anterior (CCA): ponto de integração de estímulos atencionais e emocionais. Sua ativação facilita o controle da excitação emocional, sobretudo quando a realização do objetivo foi frustrada ou quando problemas novos foram encontrados.
· Hipocampo: envolvido em várias formas de aprendizagem e memória, incluindo o condicionamento do medo, bem como na regulação inibitória da atividade do eixo HHS.
· Amígdala: processamento de estímulos novos de significado emocional e para a coordenação e organização de respostas corticais. Considerada o coração do sistema límbico.
Fatores Genéticos:
Cromossomo 18q: ligação a transtorno bipolar.
Cromossomo 21q: esquizofrenia e transtorno bipolar.
Cromossomo 22q11: transtorno bipolar.
Fatores Psicossociais:
· Acontecimentos de vida e estresse ambiental;
· Transtornos de personalidade;
Outras Formulações de Depressão:
Teoria cognitiva: a depressão resultando de distorções cognitivas presentes nas pessoas predispostas a desenvolvê – la. A tríade consiste em: visão negativa sobre si próprio, tendência a experimentar o mundo como hostil e exigente e sobre o futuro, a expectativa de sofrimento e fracasso.
Impotência Aprendida: pensa – se que explicações causais internas produzem perda de autoestima após eventos externos adversos.
3. Diagnóstico Transtorno Depressivo Maior
Cinco ou mais dos sintomas presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior, sendo pelo menos um dos sintomas humor deprimido ou perda de interesse ou prazer.
· Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias;
· Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia ou quase todos os dias;
· Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias;
· Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
· Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
· Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias;
· Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias;
· Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
Ocorrência do episódio não bem explicada por outros transtornos.
Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.
Diferenciando luto de um episódio depressivo maior:
· No luto o afeto predominante inclui sentimentos de vazio e perda, enquanto no EDM há humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer;
· A disforia no luto pode diminuir de intensidade, ocorrendo em ondas, conhecidas como “dores do luto”, que tendem a estar associadas a pensamentos ou lembranças do falecido;
· As dores do luto podem vir acompanhadas de emoções e humores positivos;
· Na associada ao luto não se tem ruminações autocríticas ou pessimistas;
· No luto a autoestima costuma estar preservada;
· Se presente no luto, a ideação autodepreciativa costuma envolver a percepção de falhas em relação ao falecido;
· Se o indivíduo enlutado pensa em morte e em morrer, tais pensamentos costumam ter o foco no falecido e possivelmente em “se unir” a ele.
Para que um episódio seja considerado recorrente deve haver um intervalo de pelo menos dois meses consecutivos entre dois episódios separados.
4. Diagnóstico Transtorno Bipolar I
Transtorno bipolar I, episódio maníaco único: os pacientes devem estar vivenciando seu primeiro episódio maníaco.
Transtorno bipolar I, recorrente: pelo menos 2 episódios maníacos separados por pelo menos dois meses sem sintomas significativos de mania ou hipomania.
Necessário preenchimento dos critérios para um episódio maníaco. Esse episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos maiores.
Episódio Maníaco:
Período distinto de humor anormale persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias;
Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três ou mais dois seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual:
· Autoestima inflada ou grandiosidade;
· Redução da necessidade de sono;
· Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando;
· Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados;
· Distratibilidade;
· Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora;
· Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas;
A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas ou existem características psicóticas.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica.
Episódio Hipomaníaco
Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias;
Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três ou mais dois seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual:
· Autoestima inflada ou grandiosidade;
· Redução da necessidade de sono;
· Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando;
· Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados;
· Distratibilidade;
· Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora;
· Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas;
O episódio está associado a uma mudança claro no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático.
A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas;
O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. (Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco).
5. Diagnóstico para Transtorno Bipolar II
Necessita haver pelo menos um episódio hipomaníaco, sem a presença de episódios maníacos.
6. Especificadores
Com sintomas ansiosos (sintomas: 2 – leve; 3 – moderado; 4/5 – moderada – grave; 4/5 + agitação motora – grave):
· Sentir – se nervoso ou tenso;
· Sentir – se anormalmente inquieto;
· Dificuldade de se concentrar devido a preocupações;
· Temor de que algo terrível aconteça;
· Sentimento de que o indivíduo possa perder o controle de si mesmo.
Com características mistas:
· Presença de pelo menos três sintomas maníacos / hipomaníacos quase todos os dias durante a maioria dos dias de um episódio depressivo maior;
· Sintomas mistos são observáveis por outras pessoas e representam uma alteração do comportamento usual do indivíduo;
· Não deve – se satisfazer os critérios para mania ou hipomania;
· Sintomas não são consequência de efeitos fisiológicos de uma substância.
Com aspectos psicóticos: delírios e/ou alucinações estão presentes.
Com aspectos melancólicos:
· Uma das seguintes: perda de prazer em todas ou quase todas as atividades, falta de reatividade a estímulos em geral prazerosos;
· Três ou mais das seguintes: prostração profunda / humor vazio, depressão pior pela manhã, despertar muito cedo pela manha, acentuada agitação ou retardo psicomotor, anorexia ou perda de peso significativa, culpa excessiva ou inadequada.
Com aspectos atípicos:
· Reatividade do humor;
· Duas ou mais das quais: ganho de peso ou aumento do apetite significativos; hipersonia; paralisia “de chumbo”, padrão persistente de sensibilidade à rejeição interpessoal.
Com aspectos catatônicos: estupor, afeto embotado, reclusão extrema, negativismo e retardo psicomotor acentuado.
Com início no período pós – parto: se o início dos sintomas ocorrer no período de 4 semanas após o parto.
Ciclagem rápida: o paciente precisa ter pelo menos quatro episódios (depressivos???) dentro de um período de doze meses.
Padrão sazonal: vivência de episódios depressivos durante uma determinada estação, mais comumente o inverno, durante pelo menos dois anos, com os episódios sazonais superando os não sazonais durante toda a vida do indivíduo.
Depressão endógena: variação diurna, delírios, retardo psicomotor, despertar matinal precoce e sentimento de culpa.
Depressão reativa: insônia inicial, ansiedade, labilidade emocional e queixas somáticas múltiplas.
7. Características Clínicas de Episódios Depressivos
Humor deprimido e perda de interesses ou prazer.
Com frequência, os pacientes descrevem os sintomas de depressão como uma dor emocional angustiante e, às vezes, se queixam de serem incapazes de chorar.
Cerca de 2/3 de todos os pacientes deprimidos cogitam o suicídio, e 10 a 15% cometem – no.
Redução da energia, têm dificuldade de terminar tarefas, têm mau desempenho na escola e no trabalho e menos motivação para desenvolver novos projetos.
Dificuldades para dormir (insônia terminal), e de despertares múltiplos ao longo da noite, durante os quais ruminam sobre seus problemas.
Muitos têm diminuição do apetite e perda de peso, mas outros experimentam aumento do apetite e de peso e dormem por mais tempo do que o habitual.
Outros sintomas vegetativos incluem anormalidade na menstruação e diminuição do interesse e do desempenho nas atividades sexuais. Os problemas sexuais muitas vezes podem levar a encaminhamentos inadequados, como terapia de casais ou terapia sexual.
Sintomas cognitivos, incluindo incapacidade de se concentrar e dificuldades para pensar.
Crianças e adolescentes: fobia escolar, apego excessivo aos pais. Mau desempenho escolar, abuso de drogas, comportamento antissocial, promiscuidade sexual, ociosidade e fuga de casa podem ser sintomas.
Idosos: prevalência de 25 a quase 50%. Porém, pouco diagnosticada e tratada.
8. Características de Episódios Maníacos
Estado de humor elevado, expansivo ou irritável.
O estado de humor eufórico muitas vezes é contagiante e pode até causar uma negação contratransferencial da doença por um médico inexperiente.
Pessoas que conhecem o paciente reconhecem a natureza incomum de seu estado de humor.
Muitas vezes predomina – se euforia no início do curso para uma posterior irritabilidade.
O tratamento de indivíduos maníacos pode ser complicado por sua tentativa de testar os limites das regras da unidade, transferir a responsabilidade por seus atos para os outros, sua exploração das fraquezas e tendência a criar conflitos entre membros da equipe.
Tendem a consumir álcool em excesso.
Jogo patológico, tendência a se despir em lugares públicos, usar roupas e joias de cores brilhantes em combinações incomuns ou extravagantes e desatenção a pequenos detalhes.
Agem de maneira impulsiva, ao mesmo tempo com um sentido de convicção e propósito.
Adolescentes: psicose, abuso de álcool e outras substâncias, tentativa de suicídio, problemas escolares, ruminação filosófica, sintomas de TOC, queixas somáticas múltiplas, irritabilidade acentuada.
9. Transtornos Coexistentes
Ansiedade.
Dependência de álcool.
Outros transtornos relacionados a substâncias.
10. Exame do Estado Mental
Descrição geral:
· Retardo psicomotor generalizado (agitação motora também pode ser observada, como torcendo as mãos e arrancando cabelos);
· Postura encurvada, sem movimentos espontâneos e com olhar desviado para baixo, sem encarar.
50% dos pacientes não parecem estar depressivos e são conduzidos para o tratamento devido à reclusão social e redução generalizada daatividade.
Pacientes deprimidos podem reduzir o volume da fala e começarem a demorar demais para responder perguntas (pode até levar de 2 a 3 min).
Distúrbios da percepção: depressão psicótica.
Pacientes deprimidos costumam ter visões negativas do mundo e de si próprios.
Costumam se queixar de dificuldade de concentração e de esquecimento.
Pessoas com transtornos depressivos têm aumento do risco de suicídio à medida que começam a melhorar e a readquirir a energia necessária para planejar e executar um suicídio (suicídio paradoxal). É, portanto, clinicamente imprudente dar a um paciente deprimido uma grande prescrição de antidepressivos, sobretudo de agentes tricíclicos, no momento de sua alta do hospital.
Escalas de avaliação objetiva da depressão: Zung, Raskin e Hamilton.
Os pacientes maníacos são excitados, tagarelas, às vezes divertidos e, frequentemente, hiperativos.
Têm baixa tolerância à frustração, que pode levar a sentimentos de raiva e hostilidade.
Podem apresentar labilidade emocional, mudando do riso para irritabilidade e para depressão em minutos ou horas.
Indivíduos maníacos não podem ser interrompidos enquanto estão falando, sua fala é confusa. À medida que a mania fica mais intensa, a fala se torna mais alta, mais rápida e difícil de interpretar.
Em um nível de atividade ainda maior, as associações se tornam frouxas, a capacidade de se concentrar desvanece e aparecem fuga de ideias, ressonância e neologismos.
Delírios ocorrem em 75% dos pacientes maníacos, sendo frequentemente relacionados com grande riqueza, capacidades extraordinárias ou poder.
Autoconfiança e autoengrandecimento, distraem – se com facilidade.
75% dos pacientes maníacos são agressivos ou ameaçadores. Tentam o suicídio e cometem homicídio.
Os indivíduos maníacos são não confiáveis em suas informações.
11. Diagnóstico Diferencial
Doenças Clínicas: mononucleose, disfunção suprarrenal e tireoideiana, aids, doenças neurológicas (exame físico e neurológico completo). Fazer exames de sangue e urina de rotina.
Condições Neurológicas: Parkinson, doenças demenciais (incluindo Alzheimer), epilepsia, doenças cerebrovasculares e tumores.
Pseudodemência: os sintomas cognitivos do transtorno depressivo têm início súbito e sintomas como autoacusação. Pacientes deprimidos tentam responder a perguntas (“não sei”), enquanto os com demência podem confabular.
Transtornos Mentais.
Outros Transtornos do Humor: induzido por substâncias, transtorno bipolar I e II, transtorno ciclotímico.
Se os sintomas forem limitados à depressão, deve – se avaliar sua gravidade e duração para diferenciar entre transtorno depressivo maior (síndrome depressiva completa por duas semanas), depressivo menor (síndrome depressiva incompleta, mas episódica), depressivo breve recorrente (síndrome depressiva completa, mas por menos de duas semanas por episódio) e distimia (síndrome depressiva incompleta sem episódios claros).
Outros Transtornos Mentais: relacionados a substâncias, psicóticos, alimentares, da adaptação, de sintomas somáticos e de ansiedade.
Luto Não Complicado.
Esquizofrenia: a combinação de humor maníaco (alegria, entusiasmo e um humor contagiante), fala rápida e pressionada e hiperatividade pesam para um diagnóstico de episódio maníaco.
Para os episódios maníacos, existe consideração especial para os transtornos da personalidade borderline, narcisista, histriônica e antissocial.
Aspectos clínicos preditivos de transtorno bipolar:
· Idade de início precoce;
· Depressão psicótica antes dos 25 anos;
· Depressão pós – parto, especialmente com aspectos psicóticos;
· Inicio e término rápido de episódios depressivos de curta duração (<3m);
· Depressão recorrente (>5episódios);
· Depressão com retardo psicomotor acentuado;
· Aspectos atípicos (sinais vegetativos reversos);
· Sazonalidade;
· História familiar bipolar;
· Alta densidade, três gerações;
· Labilidade do humor (ciclotimia);
· Temperamento hipertímico;
· Hipomania associada com antidepressivos;
· Perda repetida (3x) de eficácia de antidepressivos após resposta inicial;
· Estado depressivo misto (com excitação psicomotora, hostilidade irritável, pensamentos acelerados e excitação sexual durante depressão maior).
12. Curso e Prognóstico
Episódio não tratado dura de 6 a 13 meses, enquanto um episódio tratado dura cerca de 3 meses.
Ao longo de um período de 20 anos, o número médio de episódios é de cinco ou seis.
5 a 10% dos indivíduos com diagnóstico inicial de transtorno depressivo maior têm um episódio maníaco 6 a 10 anos após o primeiro episódio depressivo.
Tende a ser crônico e os indivíduos costumam ter recidivas.
À medida que o paciente experimente cada vez mais episódios depressivos, o tempo entre eles diminui e a gravidade aumenta.
13. Tratamento
Hospitalização: risco de suicídio ou homicídio, capacidade acentuadamente reduzida do indivíduo de obter alimento e abrigo.
O médico pode tratar com segurança a depressão ou a hipomania leves no consultório se avaliar o paciente com frequência.
Terapia Psicossocial:
· Cognitiva:aliviar episódios depressivos e prevenir sua reincidência, ajudando – o a identificar e testar as cognições negativas e desenvolver formas de pensar alternativas, flexíveis e positivas.
· Interpessoal.
· Do comportamento.
Estimulação do nervo vago: conecta- se ao sistema nervoso entérico e, quando estimulado, pode provocar a liberação de peptídeos que agem como neurotransmissores.
Estimulação magnética trascraniana: uso de pulsos muito curtos de energia magnética para estimular células nervosas no cérebro. Não é convulsivante, não requer anestesia e tem um percil de efeito colateral seguro.
Privação do sono: precipitar mania em TBI e aliviar temporariamente a depressão naqueles com depressão unipolar.
Fototerapia: depressão sazonal, transtornos do sono.
14. Tratamento – Farmacoterapia
Transtorno depressivo maior + aspectos atípicos: tratamento com IMAOs ou ISRSs ou bupropiona.
Depressões melancólicas: IRSN.
Transtorno depressivo maior + aspectos psicóticos: antidepressivo + antipsicótico atípico.
Uso terapêutico dos efeitos colaterais: Antidepressivos mais sedativos para pacientes mais ansiosos e deprimidos (amitriptilina, paroxetina, mirtazapina) e agentes mais ativadores para pacientes com retardo psicomotor não é útil pois podem se transformar em dependência ao longo do tempo.
Fracassos do Tratamento Agudo:(ausência de resposta parcial em 4 a 6 semanas)
· Não conseguem tolerar os efeitos colaterais;
· Evento adverso idiossincrásico ocorre;
· Resposta clínica inadequada;
· Diagnóstico errado foi feito.
Transtornos bipolares: tratamento dividido em fases aguda e de manutenção.
O lítio e sua combinação com antidepressivos, antipsicóticos e benzodiazepínicos tem sido a principal abordagem á doença, mas três anticonvulsivantes estabilizadores de humor (carbamazepina, valproato e lamotrigina) foram adicionados mais recentemente, bem como uma série de antipsicóticos atípicos.
O Valproato ultrapassou o uso de lítio para mania aguda.
A Carbamazepina tem sido usada no mundo todo por décadas como tratamento de primeira linha para mania aguda.
Os anticonvulsivantes benzodiazepínicos de alta potência usados na mania aguda incluem clonazepam e lorazepam.
Todos os antipsicóticos atípicos (olanzapina, risperidona, quetiapina, ziprasidona e aripiprazol) demonstram efeitos antimaníacos.
Tratamento de depressão bipolar aguda: uma combinação fixa de olanzapina e fluoxetina demonstrou eficácia no tratamento de depressão bipolar aguda por um período de oito semanas sem induzir uma mudança para mania ou hipomania.
A suplementação tireoidiana é muitas vezes necessária durante o tratamento a longo prazo, pois muitos pacientes tratados com lítio desenvolvem hipotireoidismo e muitos com transtorno bipolar têm disfunção tireoidiana idiopática.
Princípios no tratamento de transtornos bipolares:
· Manter o foco duplo no tratamento: 1 – curto prazo agudo, 2 – profilaxia;
· Mapear a doença retrospectiva e prospectivamente;
· Mania com emergência médica: primeiro, tratar; bioquímica mais tarde;· Acumular valproato e lítio; titular lamotrigina lentamente;
· Acrescentar em vez de substituir, no paciente resistente a tratamento;
· Manter o lítio no regime por seus efeitos antissuicídio e neuroprotetores;
· Diminuir o lítio lentamente;
· Avaliar adesão e possibilidade de suicídio;
· Fazer consultas regulares;
· Indagar sobre abuso de álcool e de substâncias comórbido e tratar.
Distimia
= transtorno depressivo persistente.
= “mal – humorado”.
Presença de um humor deprimido que dura a maior parte do dia e está presente quase continuamente.
Distingue – se do transtorno depressivo maior pelo fato de os pacientes se queixarem de que sempre estiveram deprimidos.
Maioria dos casos de início precoce.
Refere – se a um transtorno depressivo subafetivo ou subclínico com cronicidade de baixo grau por pelo menos dois anos, início insidioso e curso persistente ou intermitente.
1. Epidemiologia
5 a 6% da população.
2. Diagnóstico
Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos (crianças ou adolescentes 1 ano).
Presença, enquanto deprimido, de duas ou mais das características:
· Apetite diminuído ou alimentação em excesso;
· Insônia ou hipersonia;
· Baixa energia ou fadiga;
· Baixa autoestima;
· Concentração pobre ou dificuldade para tomar decisões.
Durante o período de 2 anos o indivíduo jamais esteve sem os sintomas anteriores por mais de dois meses.
Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos.
Jamais houve um episódio maníaco ou hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.
A perturbação não é mais bem explicada por outros transtornos.
Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substãncia.
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social.
3. Características Clínicas
Tristeza habitual, ruminação, falta de alegria na vida e preocupação com inadequação.
É mais bem caracterizada como uma depressão de longa duração, flutuante, de baixo grau, vivenciada como uma parte intrínseca ao indivíduo.
Seu perfil sobrepõe – se ao do transtorno depressivo maior, mas difere – se pelo fato de os sintomas tenderem a ser mais numerosos do que os sinais. Isso significa que as alterações no apetite e na libido não são característica e que agitação ou retardo psicomotor não são observados.
Entretanto, são vistas manifestações endógenas sutis, incluindo inércia, letargia e anedonia caracteristicamente piores pela manhã.
A distimia é comum em indivíduos com transtornos físicos crônicos incapacitantes.
4. Diagnóstico Diferencial
Transtorno Depressivo Menor: entre os episódios, os pacientes com transtorno depressivo menor têm um estado de humor eutímico, enquanto aqueles com distimiaquase não têm períodos eutímicos.
Transtorno Depressivo Breve Recorrente: esses tem um transtorno episódico e seus sintomas são mais graves.
Depressão Dupla: transtorno depressivo maior + distimia.
Abuso de Álcool e Substâncias.
5. Tratamento
Terapia cognitiva: paciente aprende novas formas de pensar e de se comportar para substituir atitudes negativas defeituosas em relação a si próprios.
Terapia comportamental: aumentar a atividade, proporcionar experiências agradáveis e ensinar os pacientes a relaxar.
Psicoterapia (psicanalítica) orientada ao insight: 1ª escolha. Relaciona o desenvolvimento e a manutenção de sintomas depressivos e aspectos da personalidade mal – adaptativos a conflitos não resolvidos da primeira infância.
Farmacoterapia: evitada a primeiro momento. ISRSs, venlafaxina e bupropiona.
Hospitalização: em geral não indicada.
Transtorno Ciclotímico
Caracterizado por episódios de hipomania e depressão leve.
= “distúrbio de humor crônico e flutuante”.
1. Epidemiologia
1% na população geral.
2M = 3H.
2. Diagnóstico
Paciente nunca deve ter satisfeito os critérios para um episódio depressivo maior e não ter satisfeito os critérios para um episódio maníaco durante os primeiros dois anos do distúrbio.
Sintomas idênticos aos do transtorno bipolar II, exceto por serem menos graves. Ocasionalmente, os sintomas podem ser iguais em gravidade, mas com duração mais curta.
Apresentar constantemente os sinais por dois anos (1 ano para crianças e adolescentes).
Mudanças de humor irregulares e repentinas, por vezes, ocorrem no espaço de horas.
3. Características Clínicas
Essas pessoas se defendem contra temas depressivos subjacentes com seus períodos eufóricos ou hipomaníacos. A hipomania costuma ser desencadeada por uma perda interpessoal profunda, negando a dependência dos objetos de amor.
Problemas comportamentais sociopáticos.
Dificuldades conjugais e instabilidade nos relacionamentos.
Essas pessoas tendem a ser promíscuas e irritáveis quando nos estados maníacos ou mistos.
4. Diagnóstico Diferencial
Depressão ou mania relacionados a substâncias.
Transtornos da personalidade (borderline, antissocial, histriônica e narcisista).
Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade do transtorno ciclotímico em crianças e adolescentes.
5. Tratamento
Estabilizadores de humor são a primeira linha – lítio.
Outros agentes antimaníacos são eficazes (carbamazepina e valproato).
O tratamento com antidepressivos deve ser feito com cautela, pois eles têm mais suscetibilidade a episódios hipomaníacos ou maníacos induzidos por antidepressivos.
Tratamento psicossocial.

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