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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE THAIANNE MELO DA COSTA FLAMBAGEM Disciplina: TEC00213 - Mecânica dos Materiais Turma: B1 Professor: Carlos Ferreira Niterói, 01 de abril de 2021. SUMÁRIO 1. Introdução .......................................................................................................................... 1 1.1 Definição – flambagem .................................................................................................... 1 2. Desenvolvimento ................................................................................................................ 2 2.1 Causas da ocorrência da flambagem ................................................................................ 2 2.2 Cargas Críticas .................................................................................................................. 2 2.3 Exemplos ........................................................................................................................... 3 3. Exercícios ........................................................................................................................... 4 4. Referências ........................................................................................................................ 6 1. INTRODUÇÃO 1.1 Definição - flambagem Colunas são elementos estruturais cuja área de secção transversal é pequena em relação ao seu comprimento, na engenharia, estas peças são denominadas de esbeltas. A flambagem é um fenômeno de flexão sucedido nessas peças, onde, estas ao serem submetidas a grandes esforços de compressão axial, sofrem uma deflexão lateral. A deflexão lateral faz com que a distância entre as extremidades seja ligeiramente reduzida, como pode-se observar na Figura 1. Imagem 1: Fenômeno de flambagem que ocorre em peças esbeltas. A flambagem é considerada um caso de instabilidade elástica. Uma peça perde a sua estabilidade elástica ao atingir o colapso por flexão após ser submetida a uma ação compressiva e não suportar com segurança tal carga. Sendo assim, a peça muda sua configuração linear e rompe por flexão. Ao se projetar um elemento é necessário que executem exigências adequadas de tensão, deflexão e estabilidade para que não ocorra o fenômeno de flambagem. 1 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Causas da ocorrência da flambagem Engenheiros dedicam-se para conseguir atingir um equilíbrio mantendo os mesmos momentos de inércia em todas as direções, para que não ocorra a flambagem. Uma coluna ideal é necessita ser absolutamente reta antes da carga e a carga deve ser aplicada no centroide da seção transversal. A peça deve ser constituída de um material homogêneo para não contribuir para incidência do fenômeno. A flambagem de uma coluna ocorre o eixo principal da seção transversal de menor resistência, ou seja, aquele que apresenta menor momento de inércia. O momento de inércia depende diretamente da distribuição da massa em torno de um eixo de rotação, quanto mais afastada tiver a área de seção do centro, mais difícil será a ocorrência deste fenômeno. Esta afirmação é baseada na fórmula de Euler, que pode ser usada para determinar a carga de flambagem: 𝑃𝑐𝑟 = 𝜋𝐸𝐼 𝐿2 Onde, Pcr = carga crítica ou carga axial máxima na coluna, imediatamente antes do início da fiambagem, E = módulo de elasticidade para o material, I = menor momento de inércia para a área da seção transversal da coluna e L = comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades estejam presas por pinos. 2.2 Carga Crítica Carga crítica ou também conhecida como carga de Euler é a carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está na premência de sofrer flambagem, qualquer carga adicional provocará flambagem na coluna. O ponto de transição onde a carga é igual ao valor crítico nomeado ponto de bifurcação. A carga crítica acarreta a mudança do estado de equilíbrio da estrutura para o estado instável. Desta forma, o sistema deixa o estado de equilíbrio e se torna instável. Ou seja, mesmo após a eliminar as causas da perturbação sofrida pelo sistema, este não volta ao seu estado inicial. 2 Imagem 2: Representação gráfica dos pontos de equilíbrio estável, neutro e instável de uma coluna. 2.3 Exemplo Um exemplo real da ocorrência de flambagem é em tanques cilíndricos. No caso abaixo, a ocorrência da flambagem no tanque cilíndrico acarretou no vazamento de poeira inflamáveis, fazendo com que houvesse uma explosão. Quando o pó combustível está em movimento, há grande probabilidade de explosões, pois superfícies quentes são uma fonte potencial de ignição. Imagem 3: Flambagem em tanques cilíndricos. 3 3. EXERCÍCIOS Questão 1: Um tubo de aço A-36 com 7,2 m de comprimento e a seção transversal mostrada na Imagem 4 deve ser usado como uma coluna presa por pinos na extremidade. Determine a carga axial admissível máxima que a coluna pode suportar sem sofrer flambagem. Imagem 4 Usando a equação de Euler para obter a carga crítica com Eaço = 200 GPa. 4 Questão 2: Determine a carga de flambagem crítica para a coluna da Imagem 5. Podemos considerar que o material é rígido. Imagem 5 5 4. REFERÊNCIAS Explosões de poeira, o perigo subestimado – Os sensores de pressão devem atender aos requisitos para as temperaturas de superfície máximas admissíveis. Rafael Derencio. Publicado em: 10 de maio de 2018. <https://blog.wika.com.br/know-how/explosoes-de- poeira-o-perigo-subestimado-os-sensores-de-pressao-devem-atender-aos-requisitos- para-temperaturas-de-superficie-maximas-admissiveis/> Acessado em: 31/03/21. HIBBELER, R. C., Resistência dos Materiais. Pearson Prentice Hall, 7ª edição, São Paulo, 2009. 6 https://blog.wika.com.br/know-how/explosoes-de-poeira-o-perigo-subestimado-os-sensores-de-pressao-devem-atender-aos-requisitos-para-temperaturas-de-superficie-maximas-admissiveis/ https://blog.wika.com.br/know-how/explosoes-de-poeira-o-perigo-subestimado-os-sensores-de-pressao-devem-atender-aos-requisitos-para-temperaturas-de-superficie-maximas-admissiveis/ https://blog.wika.com.br/know-how/explosoes-de-poeira-o-perigo-subestimado-os-sensores-de-pressao-devem-atender-aos-requisitos-para-temperaturas-de-superficie-maximas-admissiveis/
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