Buscar

SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO EM NUTRIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO DE NUTRIÇÃO 
PADRONIZAÇÃO DO CUIDADO NUTRICIONAL 
É um processo padronizado para a prestação de cuidados nutricionais, estabelecido pela Academy of Nutrition 
and Dietetcs (AND). 
 Com essa padronização eu consigo identificar qual é o diagnostico nutricional do paciente através de todos 
 os parâmetros avaliados no exame físico, bioquímico e consumo alimentar. 
A partir desse diagnostico eu consigo planejar o plano alimentar para satisfazer as necessidades nutricionais 
do meu paciente. 
 8 ETAPAS DO PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
1. Triagem Nutricional 
• É feita na 1ª consulta. 
• Identificação de pacientes em risco nutricional (diabetes, obesidade, DCNT, etc) e que devem ser 
encaminhados para o nutricionista para avaliação do estado nutricional. 
• A triagem pode ser feita por qualquer profissional treinado, não apenas nutricionistas. 
• Possui níveis de prioridade. 
• Ex. de ferramenta validada para triagem: Avaliação Subjetiva Global (ASG). 
 
2. Níveis de Assistência em Nutrição 
• Compreendem a categorização dos procedimentos realizados, de acordo com o grau de complexidade 
das ações do nutricionista, executadas no atendimento ao paciente em ambiente hospitalar ou 
ambulatorial. 
• Classificação do paciente de acordo com o grau de complexidade (primário, secundário ou terciário), 
com base na triagem e diagnóstico clinico. 
• Identificar o paciente que precisa de um atendimento mais individualizado. 
• Para pacientes com risco → atendimento individualizado 
Para pacientes sem risco → apenas orientações nutricionais. 
NÍVEL DESCRIÇÃO 
Primário Pacientes que não apresentam risco de desenvolver DCNT 
Secundário 
Pacientes que apresentam risco de desenvolver DCNT 
Ex.: CC / CP / RCE → alterada 
Terciário 
Pacientes que apresentam diagnóstico clínico de DCNT 
Ex.: pacientes diabéticos / hipertensos ... 
 
PLANO DE ATENDIMENTO SEGUNDO O NIVEL DE ASSISTENCIA: 
Primário 
• Orientação nutricional sobre alimentação saudável; 
• Registro do atendimento em prontuário; 
• Alta da nutrição. 
Secundário 
• Anamnese e elaboração do diagnóstico de nutrição; 
• Orientação nutricional com base no diagnóstico de nutrição; 
• Registro do atendimento em prontuário; 
• Programação do retorno ou alta da nutrição; 
• Não é obrigatório entregar um plano alimentar, muitas vezes apenas a orientação 
correta já basta. 
 
Terciário 
• Anamnese e elaboração do diagnóstico de nutrição; 
• Orientação nutricional com base no diagnóstico de nutrição; 
• Encaminhamento para atendimento em grupo (de nutrição e/ou multiprofissional) ou 
individual (de acordo com os critérios estabelecidos); 
• Acompanhamento de acordo com a evolução, verificação das duvidas junto ao 
paciente e reforço das orientações; 
• Registro do atendimento em prontuário; 
• Programação do retorno ou alta da nutrição. 
 
3. Avaliação do estado nutricional 
• Identificar a ocorrência, a natureza (etiologia) e a extensão dos problemas nutricionais; 
• Parâmetros objetivos e subjetivos; 
• Identificar a etiologia do estado nutricional; 
• História nutricional global (conhecer o paciente, desde a amamentação, para poder identificar as 
possíveis causas da doença em questão) 
• História alimentar (dietético): conhecer hábitos alimentares e afins. 
• Exame físico nutricional 
• Antropometria / composição corporal: peso; altura; dobras; etc. 
• Exame bioquímico. 
 
História nutricional global. 
 
• Inclui informações sobre condições nutricionais atuais e passadas e sobre todos os aspectos envolvidos 
com o problema. 
• É usada para detectar alterações no estado nutricional e metabólico. 
 
Indicadores da HNG 
Clínicos e cirúrgicos 
 
Queixa principal relacionada à nutrição 
Dor ou desconforto (questionário de rastreamento metabólico) 
Padrão de sono (qualidade e horas/dia) 
Condições associadas a um diagnóstico (se tem risco de infarto por exemplo) 
Presença de doenças crônicas 
Doenças gastrointestinais ou de má absorção 
Alergias alimentares 
Desordens genéticas familiares que podem afetar o estado nutricional 
 
Familiares Genética 
Atividade / 
capacidade física 
 
Nível de atividade física diária (sedentário/ ativo/ muito ativo) 
Tipos de exercício (musculação/ caminhada?) 
Ocupação (tipo/ horas por semana) e programa de exercício físico (duração/ 
intensidade/ frequência/ horário) 
 
 
Apetite / peso 
 
aumento de apetite (quanto tempo/ razão/ se está relacionado a ansiedade) 
Peso usual (peso que normalmente se mantém) 
− 
 
 
 
 
Método dietético 
• Avaliar a ingestão alimentar do paciente (qualidade e quantidade) 
• Identificar hábitos alimentares (Fazer no mínimo 3 recordatórios para entender o hábito do paciente.) 
• Possibilitar o diagnóstico do estado nutricional (através da avaliação do consumo alimentar posso 
identificar se há faltas ou exageros de determinados nutrientes). 
• Auxiliar no planejamento de dietas (baseado do hábito alimentar dele, levar em consideração as 
preferências e aversões do paciente). 
 
Indicadores do método dietético 
Local de aquisição do alimento − supermercado, restaurante etc 
Local da realização da refeição − fora de casa ou não 
Pessoa responsável pela compra e preparo dos alimentos. 
Hábitos e padrões alimentares • atuais e passados. 
Forma de preparo • crus, cozidos, fritos 
Uso de lanches 
• tipos/ horários/ dias da 
semana 
Uso de dietas da moda • tipo, há quanto tempo 
Presença de intolerâncias, alergias alimentares • 
Ingestão hídrica • quantidade e tipo 
Uso de suplementos alimentares • quem receitou 
Uso e abuso de substâncias • álcool/cafeína 
 
 
 
 
 
Recordatório 24h (requer treinamento, cuidado para não induzir) 
• fornece um quadro geral da ingestão 
• Rápido e fácil 
Saúde oral / funções / 
sintomas 
gastrointestinais 
 
− 
Presença de prótese 
Dificuldade na mastigação, salivação e deglutição. 
Frequência e consistência de evacuações e urina (interessante o uso da escala 
de Bristol e da cor da urina e investigar as possíveis etiologias para essas 
alterações). 
Qualidade, quantidade e cor das fezes. 
Náuseas, pirose (azia), refluxo, dor e /ou distensão abdominal, vômitos 
(investigar as possíveis causas dessas alterações). 
Diarreia, esteatorreia, flatulência, obstipação. 
Diminuição da ingestão alimentar. (Normalmente os pacientes diabéticos 
ficam com medo de comer após o diagnóstico) 
 
Estado 
socioeconômico 
− 
Condição de emprego (renda) 
Quantidade de dinheiro reservado para alimentação (por semana ou mês) 
Tipo de moradia (casa, apartamento) 
Onde reside 
Acesso ao cuidado médico (SUS, convênios de saúde) 
Tabagismo e uso ou abuso de álcool/ drogas. (Ainda fuma? Quando deixou? 
Se fumar, quantos cigarros? Quanto e qual a frequência da bebida alcoólica?) 
 
frequência alimentar 
• pode descrever padrões de ingestão alimentar 
• Estudar a associação de alimentos ou nutrientes específicos com alguma doença. 
• Ajuda a associar doenças com a ingestão ou falta de certo alimento 
 
• Diário alimentar (dietwin/ Dietbox) 
 
Micro: DRI normal 
Macro: de acordo com as diretrizes de cada doença crônica específica. 
 
CD: 20:20 
 
Exame físico nutricional 
• Identificar a distribuição de gordura corporal e massa muscular. 
• Baseia-se nas habilidades do examinador em olhar, ouvir e sentir 
Método antropométrico e de composição corporal 
 
→ indicadores (lembrar de perguntar peso usual) 
• Peso corporal e estatura 
• Imc 
• Dobras cutâneas 
• Circunferências 
• RCE - RCQ 
• % gordura corporal 
 
Exame bioquímico 
 
Indicadores Exemplos 
Concentrações proteicas viscerais 
(plasmáticas) 
■ Albumina, transferrina, transtirretina (pré-albumina), proteína 
carreadora do retinol, fibronectina, somatomedina C 
Reservas proteicas somáticas 
(massa muscular) 
■ Creatinina urinária, índice creatinina (urinária)-estatura, 3-metil-
histidina urinária. 
■ Excreção urinária de ureia (indicador de presença e grau de catabolismomuscular), creatinofosfoquinase (indicador de dano em células 
musculares, principalmente cardíacas). 
 
Metabolismo proteico 
■ Balanço nitrogenado. 
 
Resposta inflamatória (proteínas 
plasmáticas de fase aguda positiva) 
■ PCR, alfa-1-glicoproteína ácida e ferritina. 
■ IPIN, IIN: relação albumina/PCR. 
 
Resposta imunológica 
■ Leucócitos, principalmente linfócitos. 
■ Interleucinas plasmáticas. 
■ Testes cutâneos de hipersensibilidade tardia. 
 
Concentrações plasmáticas de 
lipídios 
■ Colesterol total, lipoproteínas de alta densidade (HDL), lipoproteínas de 
baixa densidade (LDL), lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL). 
■ Triglicerídeos; ácidos graxos essenciais (ômegas-6 e ômegas-3). 
 
 
 
 
4. Diagnostico de nutrição 
• É a identificação, ou seja, o rótulo de um problema nutricional existente, cujo tratamento é de 
responsabilidade do nutricionista. 
• Os diagnósticos de nutrição não podem ser confundidos com diagnóstico médico. 
• Elo que liga a Avaliação Nutricional e a Intervenção Nutricional. 
• Os diagnósticos nutricionais devem ser escritos com, exatamente as mesmas palavras por todos os 
nutricionistas (tabela abaixo); 
• Refere-se ao problema existente, não ao risco ou potencial de ocorrerem. 
• Pode escolher até no máx. 3 diagnósticos. A medida que esses 3 primeiros problemas forem 
solucionados, vou tratando os outros. 
DIVIDIDO EM 3 DOMÍNIOS: 
INGESTÃO - IN 
Problemas relacionados a 
ingestão de energia, 
nutrientes, líquidos e 
substancias bioativas por 
via oral, sonda e parenteral. 
• Balanço Energético (IN-1) 
• Ingestão Oral por Sonda ou Parenteral (IN-
2) 
• Ingestão de Líquidos (IN-3) 
• Ingestão de Substancias Bioativas (IN-4) 
• Balanço de Nutrientes (IN-5) 
• Ingestão de Lipídeos e de Colesterol (IN-
5.6) 
• Ingestão de Proteínas (IN-5.7) 
• Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-5.8) 
• Ingestão de Vitaminas (IN-5.9) 
• Ingestão de Minerais (IN-5.10) 
• Ingestão de Multinutrientes (IN-5.11) 
NUTRIÇÃO CLINICA - 
NC 
Achados/ problemas 
nutricionais identificados 
que estão relacionados a 
condições clínicas ou físicas 
• Condição Funcional (NC-1) 
• Condição Bioquímica (NC-2) 
• Condição do Peso Corporal (NC-3) 
COMPOETAMENTO/ 
AMBIENTE 
NUTRICIONAL - CN 
Achados/ problemas 
nutricionais identificados 
que estão relacionados ao 
conhecimento, 
atitudes/crenças, ambiente 
físico, acesso aos alimentos 
ou segurança alimentar. 
• Conhecimento e Crenças (CN-1) 
• Atividade Física e Função (CN-2) 
• Segurança Alimentar e Acesso ao 
Alimentos (CN-3) 
 
 
5. Intervenção Nutricional 
• Intervenção = Planejamento → Execução 
PLANEJAMENTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EXECUÇÃO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL 
Priorizar os diagnósticos de nutrição; 
Desenvolver o plano de nutrição 
individualizado; Definir os objetos para cada diagnóstico de nutrição 
priorizado; 
Selecionar as estratégias e conduta nutricional; 
Registras a prescrição dietética. Adequar as recomendações conforme as diretrizes e 
consensos nacionais e internacionais atualizados. 
6. Acompanhamento 
• Fornecer evidências de que as intervenções nutricionais estão melhorando o comportamento e 
condição do paciente; 
• Comparar o estágio atual com as informações prévias; 
• Determinar se os objetivos e resultados esperados estão sendo alcançados; 
• Direcionar o replanejamento da intervenção. 
 
7. Gestão 
8. Comunicação 
• Para cada diagnóstico de nutrição: 
❖ Problema (P) ❖ Etiologia (E) ❖ Indicadores (I) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADO NUTRICIONAL

Continue navegando

Outros materiais