paper_estagio_corrigido

Prévia do material em texto

IMPORTÂNCIA E O INCENTIVO DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Carine Selister Euzébio 
Prof. Orientador: Valquiria Zeferino Germano da Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Licenciratura em Pedagogia (PED1) – Estágio Obrigatório I 
12/11/2018 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo, retratar sobre a importância da leitura na Educação 
Infantil, considerando a leitura um instrumento indispensável no processo da aprendizagem, 
buscando através de diversas formas de ensinar o aluno a gostar da leitura, realçando também que 
é por meio da leitura e do brincar que o aluno aprende. 
 
Palavras-chave: Alfabetização. Educação infantil. Lúdico. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este paper tem como área de concentração a Metodologia de ensino, cujo o tema abordado é 
a importância e o incentivo da leitura na educação infantil, procurando destacar a função do 
professor, incentivando e proporcionando momentos de leitura ao aluno. Ao praticar a leitura o 
aluno amplia a visão de mundo, proporcionando muitas emoções, e fazendo com que a criança 
descubra o mundo da fantasia e da imaginação. 
 
O educador oferece a oportunidade da criança conhecer o mundo encantado dos livros, 
através dos contos, quadrinhos, lendas, clássicos infantis, dentre vários outros livros, e levando a 
criança a um potencial criativo tornando o seu mundo de faz-de-conta mais interessante. 
 
Buscamos formas e maneiras de atrair a criança para o mundo da leitura, assim como criar o 
hábito de ler, é o professor que tem esse papel fundamental na construção do aprender desses 
alunos. Ele que dá ênfase para que esse momento mágico aconteça, contando as histórias e 
estimulando todos os outros a sua volta, fazendo com que seus educandos reflitam sobre o que lhes 
foi empregado. 
 
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
 
Na educação infantil percebemos a importância de se ter a hora do conto, a escola é o 
principal ponto de partida para desenvolver no aluno gosto pela leitura e criar entre ele vínculos de 
afetividade, fazendo o aluno ver o livro como um amigo, trazendo novidades em um mundo ainda 
2 
 
desconhecido, e muito mágico. De acordo com FREIRE, no tocante à construção de indivíduos 
leitores, é indiscutível que os docentes anseiam por alunos críticos, participantes, leitores da palavra 
e do mundo”. (FREIRE, 1982, p.11) 
 
A hora do conto é um momento de interação entre os alunos que são apresentados às 
histórias que podem ser contadas ou lidas, e por sua vez ganham um ambiente novo, usando a 
biblioteca ou pátio. Estas técnicas também podem ser variadas com histórias contadas com 
gravuras, fantoches e bonecos, dramatizada, etc. Tendo um único objetivo, despertar o prazer pela 
leitura e formar o prazer e o gosto para o leitor. Este momento é importante, pois o aluno aprende 
ouvindo histórias lidas ou contadas e é atraído pela leitura. 
 
COSSON afirma que 
“Na escola, a leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não apenas 
porque possibilita o hábito de leitura ou porque seja prazerosa, mas sim e sobre tudo, 
porque nos fornece, como nenhum outro tipo de leitura faz os instrumentos 
necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito de linguagem”. 
(COSSON, 2014, p.30) 
 
Sendo evidente que, somente ouvir uma história para a criança não vai entreter, por isso, 
junto com o contar das histórias tem que ser trabalhado todo uma manifestação e um teatro 
envolvendo muita arte. Assim o objetivo de unir a leitura com o lado artístico desenvolve no aluno a 
criatividade e a inspiração, desta forma desperta ainda mais o interesse para a leitura. 
 
Para COSSON 
“O que importa manter é o objetivo de proporcionar ao aluno o conhecimento da 
literatura que só pode ser feito, antes de qualquer coisa, pela leitura do texto 
literário. Do mesmo modo, essa leitura não pode ser feita de maneira aleatória, mas 
sim dentro de um processo de aprendizagem que é dever da escola proporcionar. Ao 
professor cabe encontrar o delicado equilíbrio entre os interesses da fruição pessoal 
e as necessidades da escolarização do literário.” (COSSON, 2014, p.105). 
 
Faz-se necessário que conscientizemos nossos alunos que é muito importante para a vida de 
cada um a leitura, tanto para o meio social, cultural e individual. É uma obrigação da escola 
valorizar o livro, não sendo somente como objeto para ser guardado na estante, e sim ser manuseado 
e lido, despertando o interesse, sendo uma das ferramentas principais na pratica profissional, 
cabendo ao professor desenvolver o gosto da leitura através de uma aproximação importante com os 
livros. 
 
Assim, como FREIRE coloca, 
“...(porque há também uma espécie assim de sabedoria de fazer a leitura, que você 
obtém fazendo a leitura)... Isto é: você não ensina propriamente a ler, a não ser que o 
outro leia, mas o que você pode é testemunha ao aluno como você lê e o seu 
testemunho é eminentemente pedagógico (FREIRE, 1982, p.8). 
3 
 
 
Este estimulo é muito importante para a criança e na sua formação, fazendo com que pegue 
o gosto pela leitura sendo estimulada pelo professor e os pais, porque também é muito importante 
neste processo, facilitando a aprendizagem o entendimento e na comunicação da criança. 
 
O papel do professor é fazer com que o aluno goste da leitura, por que é atráves das séries 
iniciais, que a criança se descobre, junto co com suas capacidades. 
 
Já no conceito piagetiano, esse desenvolvimento da criança ter o sentido de adquirir 
estímulos para uma visão do mundo que o cerca, permitindo estímulos para uma visão do mundo 
que o cerca, permitindo a criança equilíbrio e adaptação com as situações e relação com um mundo 
imaginírio do faz de conta, que antes era desconhecido. 
 
Para que haja interação entre o aluno e seus colegas, o professor pode usar diversos métodos 
de ensino, apresentando a eles que existem diversas formas para representar uma história. É 
necessário que a criança tenha o hábito da leitura, e não apenas um método decorativo, onde ele não 
aprenda somente os sinais, mas também a interpretar um texto, saber de que assunto se trata e sobre 
o que é abordado. 
 
Para MARTINS 
"ninguém ensina ninguém a ler; o aprendizado é, em última instância, solitário, 
embora se desencadeie e se desenvolva na convivência com os outros e com o 
mundo". Para compreendermos e aprendermos sobre o processo da leitura não 
estamos desamparados, pois ainda que se tenha condições de realizar algo sozinho, 
necessitamos de orientação. Sendo assim, os pesquisadores da linguagem afirmam 
que aprendemos a ler lendo, já para a autora aprendemos a ler vivendo. 
(MARTINS,1988, p 12) 
 
Por isso, é muito importante estimular o aluno a gostar da leitura, para que adquiram 
conhecimento e cultura, aumentando o intelecto com boas informações. Ainda assim, sempre é bom 
estimular este hábito em casa para a criança desenvolva cada vez mais o gosto pela leitura, pois é 
lendo que ela imagina e faz do seu mundo imaginario e real tudo mais fantástico. 
 
A escola também deve proporcionar ao aluno um ambiente de leitura, para com que ele 
cresça em contato com os livros e a escrita, percebendo assim que a leitura está junto com o lúdico, 
onde histórias, brincadeiras e livros estão juntos em um só papel. Segundo REYES , “No âmbito 
específico da linguagem já se demonstrou que a criança depende quase completamente da 
4 
 
influência de seu meio e que os modelos apresentados pelos adultos próximos são decisivos[...]. 
(REYES, 2010, p. 20) 
 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 
A escola Jardim Encantado é localizada na Rua 24 de Setembro, 171, bairro Centro. A 
escola é um instituto particular, composta por cinco turmas, funciona em turno integral. O 
espaço físico da escola é bem amplo e a proposta curricular é baseada nas concepções 
Piagetiana. A escola tem experiência em MI e Pré- Escola e o relacionamentodos alunos se dá 
através do acolhimento individual. O regime de trabalho é de quarenta e quatro horas para 
auxiliares e trinta e seis horas para professores. 
 
A primeira semana de estágio foi iniciada com a leitura do ‘O peixe e a Passarinha’ de 
Blandina Franco e José Carlos Lollo, em que foi contada a história com fantoches. Após a 
leitura, os alunos puderam se expressar sobre a história, que falava sobre as diferenças, depois 
da conversa com os alunos, foi realizada uma atividade com tinta, onde eles usaram suas mãos 
para fazer o passarinho. Todos foram participativos, gostaram da história e adoraram a 
atividade em que aprenderam sobre as diferenças entre si. 
 
Imagem 1 – O Peixe e a Passarinha 
 
5 
 
 Fonte: O autor (2018) 
 
Depois foi realizada outra atividade, com uma caixa de papelão onde havia formas 
geométricas, números e cores. Esta atividade foi aplicada para estimular o conhecimento da criança. 
 
 Durante a atividade houve uma conversa sobre quais eram as formas geométricas que 
estavam na caixa. Os alunos assimilaram as cores de cada bola encaixando as mesmas com as cores 
correspondentes, logo em seguida estimulando a contagem dos números ligando com a quantidade 
de cada fruta contida na caixa. Os alunos obtiveram um ótimo desenvolvimento nas atividades e 
alcançaram o objetivo proposto. 
 
Imagem 2 – Formas geométricas, números e cores 
 
 Fonte: O autor (2018) 
 
Foi aplicada outra atividade com a história do Jardim da Ceci, onde todos sentaram em uma 
roda e prestaram atenção no conto, em seguida foram feitas algumas perguntas de interpretação da 
história onde todos interagiram muito bem. Logo em seguida cantamos uma música onde os alunos 
interagiram com dança. Após a dança iniciamos outra atividade, estimulando a coordenação motora 
dos alunos com a pintura de máscaras. Os alunos foram bem participativos quanto as atividades 
propostas. 
 
 Imagem 3- O Jardim de Ceci 
6 
 
 
 Fonte: O autor (2018) 
 
Após o termino da pintura todos vestiram as máscaras e interagiram entre eles brincando. 
 
 Imagem 4: Confecção das máscaras Jardim da Ceci 
 
Fonte: O autor 
 
Imagem 5: Máscaras do jardim da Ceci prontas 
7 
 
 
 Fonte: O autor 
 
Em outro momento falamos sobre a higienização dos dentes, onde foi apresentada para os 
alunos uma boca feita de E.V.A. Com uso desta boca foi explicada a forma correta de escovação, 
quantos dentes temos na boca, a importância de cada dente. Como complemento da atividade os 
alunos cantaram uma música sobre a higiene bucal, onde eles se divertiram, logo em seguida foi 
feita uma atividade de escovação, que foi realizada após o jantar, aprendendo a passar o fio dental e 
escovar os dentes corretamente. 
 
 Imagem 4- Higiene Bucal 
 
 Fonte: O autor (2018) 
8 
 
 
 
 
Por fim realizamos a atividade sobre a alimentação saudável, incentivando bons hábitos, 
conscientizando sobre a importância e os motivos pelos quais devemos manter uma boa 
alimentação. 
 
Foram apresentadas algumas frutas, ensinando o nome e cor de cada uma delas, e logo após 
foi preparada uma sala de fruta junto com eles para o lanche da tarde. Os alunos interagiram bem 
com a atividade. 
 
 Imagem 5- Alimentação Saudável 
9 
 
 
 Fonte: O autor (2018) 
 
 
 
 
 
 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais) 
 
Todas as atividades propostas foram realizadas com sucesso. O estágio na Educação Infantil 
contribuiu muito para meu aprendizado. Pude perceber que existem algumas dificuldades, pois não 
10 
 
é tão fácil assim de lidar, mas que me fez aprender muito, pois temos que ter pulso firme para saber 
lidar com cada aluno. 
 
Tive bastante sorte com a minha turma, pois meus alunos foram bem participativos, um 
pouco agitados, e muitas vezes brigavam entre si, mas na hora das atividades propostas eles 
prestavam atenção. 
 
A professora titular vem fazendo um bom trabalho com eles, senti que criamos um laço forte 
não só com a professora como com os alunos também, fui bem recepcionada pelos professores e 
funcionários da escola, onde me senti acolhida por todos. 
 
Os alunos eram carinhosos, gostavam muito de me dar flores e abraços, tive muito carinho 
nesses cinco dias de estágio, onde aprendi a lidar com cada um, de diferentes formas. Foi dessa 
forma que pude obter muito mais conhecimento sobre a sala de aula, sendo muito gratificante passar 
esse tempo com os alunos, pois ver cada rosto feliz com as atividades propostas e a felicidade de 
cada um em poder participar, valeu cada momento. 
 
Quanto ao referencial teórico o mesmo foi bem abrangente, focando assim não apenas no 
processo de aprendizagem, mas também no processo que influencia na aprendizagem, o qual revela 
que esse processo requer uso de estratégias adotadas pelo professor com o intuito de potencializar o 
processo de aprendizagem. E todas as referências puderam ser comprovadas no decorrer das 
atividades ministradas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto, 2014 
 
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. 1982. Editora Cortez 
 
FREIRE. Da leitura do mundo à leitura da palavra. Leitura: teoria e prática. Porto Alegre: 
Mercado Aberto, Nov. 1982. 2014. 
 
REYES, Yolanda. A casa imaginária: leitura e literatura na primeira infância. 1ª ed. 
São Paulo: Global,2010 
 
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção 
Primeiros Passos)