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00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 MÓDULO 1: PRINCÍPIOS DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS TEMA 5 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS V 0 05 77 18 11 30 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 RESUMO Noções introdutórias Expressamente prevista no art. 5°, XXXVIII, c, da Constituição Federal, a soberania dos veredictos é o que garante ao Tribunal do Júri sua supremacia perante quaisquer outros órgãos jurisdicionais, em qualquer instância de julgamento. Considerar o veredicto popular como soberano implica em reconhecer não poder ser ele substituído por outra decisão proferida por magistrados togados, nem sequer em grau de recurso. A previsão constitucional, portanto, busca garantir ser a decisão dos jurados a única a prevalecer em relação aos crimes dolosos contra a vida. Portanto, uma decisão proferida pelo Tribunal do Júri apenas pode ser substituída por outra também proferida pelos jurados. Apelação É justamente o que se dá na apelação com fundamento no art. 593, III, d, do Código de Processo Penal. Caso o Tribunal de Justiça entenda ser a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos, não poderá proferir decisão de absolvição ou condenação, cabendo ao Tribunal de segunda instância apenas determinar a realização de novo julgamento perante o Júri, de forma que a nova decisão dos jurados substitua a anterior (art. 593, § 3º, CPP). Contudo, a apelação fundada em decisão manifestamente contrária à prova dos autos poderá ser manejada uma única vez, não estando o segundo veredicto sujeito a nova apelação pelo mesmo fundamento. Cabe destacar que, assim como o Tribunal de Justiça não poderá absolver ou condenar o acusado, também não poderá afastar as qualificadoras reconhecidas ou inserir novas qualificadoras, posto que tais circunstâncias também são quesitadas ao conselho de sentença, assim como o privilégio. Aula II – Soberania dos Veredictos 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 Importante ainda notar a seguinte situação: imagine que, após a votação, os jurados tenham reconhecido a materialidade e autoria delitivas, porém tenham respondido positivamente ao quesito “o jurado absolve o réu?”. Nesta situação não caberá recurso de apelação com fundamento no art. 593, III, d, do CPP, posto haver o júri interpretado corretamente as provas produzidas, entretanto, soberanamente, optou por absolver o acusado. Note-se que a soberania também garante aos jurados a desnecessidade de fundamentação de suas decisões, permitindo que julguem de forma absolutamente livre, de acordo com sua mais íntima convicção. Revisão criminal Questão atualmente controvertida refere-se à função da revisão criminal no âmbito das decisões proferidas pelo Júri. Infelizmente, diversos tribunais brasileiros tem entendido ser possível, em sede de revisão criminal, absolver diretamente o acusado, possibilitando a substituição do veredicto pelo acórdão revisional. Tal entendimento, contudo, embora privilegie o favor rei, nos parece de todo inconstitucional. O Tribunal do Júri é o juiz natural para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, sendo sua decisão soberana, inexistindo hierarquia entre o conselho de sentença e o magistrado togado. A Constituição Federal não criou qualquer exceção à soberania dos veredictos, ao contrário, atribui-lhe a característica de garantia fundamental do cidadão e cláusula pétrea. Assim, onde a norma não excepciona, não cabe ao Poder Judiciário excepcionar, conferindo, a si mesmo, maior competência jurisdicional do que a constitucionalmente atribuída. Nesta situação o Poder Judiciário acaba por imiscuir-se em competência alheia, ampliando sua própria competência em detrimento da competência do Júri. A solução, portanto, na hipótese de entender-se ser a revisão criminal procedente, deve ser a realização de um novo e último julgamento perante o Tribunal do Júri. Esta é, em nosso entendimento, a única conclusão possível para garantir-se a efetividade ao princípio da soberania dos veredictos. 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 FONTE BIBLIOGRÁFICA NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. Rio de Janeiro: Forense, 2015. NUCCI, Guilherme de Souza. Júri - Princípios Constitucionais. São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999. 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0
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