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MÓDULO 1: PRINCÍPIOS DAS CIÊNCIAS 
CRIMINAIS 
 
TEMA 5 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
EXPLÍCITOS V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Noções introdutórias 
 
Expressamente prevista no art. 5°, XXXVIII, c, da Constituição Federal, a soberania dos 
veredictos é o que garante ao Tribunal do Júri sua supremacia perante quaisquer outros órgãos 
jurisdicionais, em qualquer instância de julgamento. 
 
Considerar o veredicto popular como soberano implica em reconhecer não poder ser ele 
substituído por outra decisão proferida por magistrados togados, nem sequer em grau de recurso. 
 
A previsão constitucional, portanto, busca garantir ser a decisão dos jurados a única a prevalecer 
em relação aos crimes dolosos contra a vida. Portanto, uma decisão proferida pelo Tribunal do 
Júri apenas pode ser substituída por outra também proferida pelos jurados. 
 
 Apelação 
 
É justamente o que se dá na apelação com fundamento no art. 593, III, d, do Código de Processo 
Penal. Caso o Tribunal de Justiça entenda ser a decisão dos jurados manifestamente contrária à 
prova dos autos, não poderá proferir decisão de absolvição ou condenação, cabendo ao Tribunal 
de segunda instância apenas determinar a realização de novo julgamento perante o Júri, de forma 
que a nova decisão dos jurados substitua a anterior (art. 593, § 3º, CPP). 
 
Contudo, a apelação fundada em decisão manifestamente contrária à prova dos autos poderá 
ser manejada uma única vez, não estando o segundo veredicto sujeito a nova apelação pelo 
mesmo fundamento. 
 
Cabe destacar que, assim como o Tribunal de Justiça não poderá absolver ou condenar o 
acusado, também não poderá afastar as qualificadoras reconhecidas ou inserir novas 
qualificadoras, posto que tais circunstâncias também são quesitadas ao conselho de sentença, 
assim como o privilégio. 
 
 
 
 Aula II – Soberania dos Veredictos 
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Importante ainda notar a seguinte situação: imagine que, após a votação, os jurados tenham 
reconhecido a materialidade e autoria delitivas, porém tenham respondido positivamente ao 
quesito “o jurado absolve o réu?”. Nesta situação não caberá recurso de apelação com 
fundamento no art. 593, III, d, do CPP, posto haver o júri interpretado corretamente as provas 
produzidas, entretanto, soberanamente, optou por absolver o acusado. 
 
Note-se que a soberania também garante aos jurados a desnecessidade de fundamentação de 
suas decisões, permitindo que julguem de forma absolutamente livre, de acordo com sua mais 
íntima convicção. 
 
Revisão criminal 
 
Questão atualmente controvertida refere-se à função da revisão criminal no âmbito das decisões 
proferidas pelo Júri. 
 
Infelizmente, diversos tribunais brasileiros tem entendido ser possível, em sede de revisão 
criminal, absolver diretamente o acusado, possibilitando a substituição do veredicto pelo acórdão 
revisional. 
 
Tal entendimento, contudo, embora privilegie o favor rei, nos parece de todo inconstitucional. O 
Tribunal do Júri é o juiz natural para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, sendo sua 
decisão soberana, inexistindo hierarquia entre o conselho de sentença e o magistrado togado. 
 
A Constituição Federal não criou qualquer exceção à soberania dos veredictos, ao contrário, 
atribui-lhe a característica de garantia fundamental do cidadão e cláusula pétrea. Assim, onde a 
norma não excepciona, não cabe ao Poder Judiciário excepcionar, conferindo, a si mesmo, maior 
competência jurisdicional do que a constitucionalmente atribuída. 
 
Nesta situação o Poder Judiciário acaba por imiscuir-se em competência alheia, ampliando sua 
própria competência em detrimento da competência do Júri. 
 
A solução, portanto, na hipótese de entender-se ser a revisão criminal procedente, deve ser a 
realização de um novo e último julgamento perante o Tribunal do Júri. Esta é, em nosso 
entendimento, a única conclusão possível para garantir-se a efetividade ao princípio da soberania 
dos veredictos. 
 
 
 
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FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. Rio de 
Janeiro: Forense, 2015. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Júri - Princípios Constitucionais. São Paulo: Juarez de Oliveira, 
1999. 
 
 
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