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00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 MÓDULO 1: PRINCÍPIOS DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS TEMA 1 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS I 0 05 77 18 11 30 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 RESUMO Conceito Com previsão expressa no art. 5º, LIV, da Constituição Federal, ao lado da Dignidade da Pessoa Humana, o Devido Processo Legal é um princípio regente, de valor pré-constituinte e hierarquia supraconstitucional, igualmente sustentáculo da efetividade das propostas do Estado Democrático de Direito, garantindo que a prestação jurisdicional somente se concretize mediante o respeito de regras instrumentais previamente estabelecidas, distante das quais ninguém poderá sofrer sanção penal. Em outras palavras, o devido processo legal exige respeito aos mecanismos procedimentais fixados, somente em razão dos quais o Estado pode conferir a cada um o que merece. Depreende-se, pois, que o Devido Processo Legal possui dois aspectos: a) Substantivo = voltado ao direito penal material, assegurando respeito a legalidade, a anterioridade, a irretroatividade, a proporcionalidade, a individualização, a vedação contra dupla punição e todos os demais; b) Procedimental = de ordem processual penal, referente aos instrumentos necessários à formação da culpa, tendo como corolários a ampla defesa, a contraditório, o juiz natural, e todos os outros princípios processuais penais. Com efeito, denota-se que o devido processo legal é sustentáculo para todos os demais princípios norteadores penais e processuais penais, reclamando sua observância e fiel cumprimento, como instrumentos de garantia da prestação jurisdicional. Por fim, acerca da terminologia empregada, é certo que o devido processo legal deve ser observado por todos os ramos do direito processual e, em se tratando da seara penal, inexiste motivos para se conferir designação distinta1, porquanto obviamente voltada ao processo penal. 1 Nesse sentido Rogério Lauria Tucci opta por denominar como Devido Processo Penal (Direitos e Garantias Individuais no processo penal brasileiro, 3 ed, São Paulo:RT, 2009, p.57-64) Aula II – Devido Processo Legal 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 Aspectos criminais Sob o viés substancial, o devido processo penal impõe o respeito ao princípio da legalidade, assegurando que ninguém responda por algo desprovido de previsão legal, ainda garantindo que a tipificação das condutas seja compreensível por todo o cidadão, como forma de orientar seus comportamentos futuros dentro da licitude, sem margem para arbitrariedades e autoritarismos pelo Estado, imperativos consubstanciados através da taxatividade, anterioridade e irretroatividade da lei penal. Do mesmo modo, ilide a responsabilidade penal objetiva, a padronização das penas e a dupla punição pelo mesmo fato, exigindo a efetiva demonstração da presença de dolo ou culpa pelo acusado, somente mediante a qual restará justificada a aplicação da sanção penal, respectiva ao mal perpetrado, inclusive de forma direcionada à pessoa do infrator, respeitando, portanto, a culpabilidade, a proporcionalidade e a individualização da pena. Aspectos Processuais Sob o prisma procedimental, o devido processo penal se revela através das diversas garantias conferidas ao acusado, durante a persecução penal, para que desempenha sua defesa, diante de um juízo imparcial, contemplando, portanto, o contraditório, a ampla defesa, a publicidade, o juiz natural e imparcial. O mesmo se observa durante a execução penal, onde o Judiciário segue gerindo o cumprimento da reprimenda pelo sentenciado, ao qual são garantidos todos os mecanismos de defesa. Por certo, a execução penal integra a atividade jurisdicional, cabendo ao magistrado fiscalizar e conduzir a concretização da pretensão punitiva, permitindo ao executado formular pedidos ou defender-se em procedimento disciplinar. LEITURA COMPLEMENTAR NUCCI, Guilherme de Souza, Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. 4. ed. Rio de janeiro: Forense, 2015 – págs. 62 a 65; 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 NUCCI, Guilherme de Souza, Código de Processo Penal Comentado. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016 – nota 1 do art. 1º; NUCCI, Guilherme de Souza, Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. Vol. 1, págs. 68 a 70. 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0 00 57 71 81 13 0