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DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CRIMES DE FALSO EXIGEM QUATRO REQUISITOS: alteração da verdade, imitação do verdadeiro, dano real ou potencial e dolo. Ausente qualquer dos requisitos, o crime não se configura. A falsidade grosseira, perceptível ictu oculi (a olho nu), incapaz de enganar o homem médio, não configurará o crime de falso. Nenhuma modalidade de falso é punida na forma culposa. O dolo consubstancia-se na vontade livre e consciente de efetuar a falsificação, independente da intenção de utilizar o documento.
· FALSIFICACAO DE PAPEIS PUBLICOS
Sujeito ativo (qm pratica): pode ser qualquer pessoa. Funcionário público tem sua pena aumentada na sexta parte.
Sujeito passivo: geralmente o Estado e consequentemente qualquer pessoa física ou jurídica danificada pela falsificação.
Se a falsificação for grosseira descaracterizara o crime de falsificação, passando a crime de Estelionato.
A falsificação de papéis públicos só poderá ser feitas de duas maneiras, ambas de forma material:
Falsificar Fabricando - Transformar a matéria em objeto de uso corrente assemelhando-se ao verdadeiro, com fim de ludibriar ou enganar.
Falsificar Alterando - terá o intuito de iludir, enganar, ou tirar proveito.
Objeto da material do crime pode ser: Selo Destinado a Controle Tributário Papel Selado, Qualquer Papel de Emissão Legal, Papel de Credito Público, Vale Postal, Cautela de Penhor, Caderneta de Depósito, Talão, Recibo, Passe, passe ou conhecimento de empresa de transporte adm. pela união, estados ou municípios – LEMBRAR DE TRIBUTO (para diferencias do documento publico).
Pode-se considerar também objeto material do crime, qualquer falsificação que venha a coibir arrecadação da Administração Pública, depósito ou caução de responsabilidade do Poder Público, tais como os crimes de falsificação de bilhete de transporte público, passes, “Guia de Recolhimento de Impostos”.
O crime consuma-se com a prática das ações previstas no tipo. Consumação Trata-se de crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-se com a realização de qualquer das condutas legalmente descritas, prescindindo-se (independe) da efetiva circulação do papel público falsificado ou da causação de prejuízo a alguém. 
De forma livre (admite qualquer meio de execução); crime simples (ofende um único bem jurídico).
Segundo Bitencourt admite-se a tentativa, excluída a modalidade usar.
Mesmo que o papel tenha sido recebido em um ato de boa-fé, ele não deve ser devolvido à circulação. Após o conhecimento de que o documento não é verdadeiro em seu inteiro teor, ele não deve ser utilizado. Este ato estaria condizente com a proibição dos §§ 2° e 3°, em que não se pode reutilizar os papéis após supressão de marcas de uma utilização anterior.
· PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO
A objetividade jurídica neste crime é a proteção da Fé Pública. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, caso seja funcionário publico e venha cometer o crime prevalecendo-se do cargo, aumentando a pena em um sexto. 
O sujeito passivo por sua vez é a coletividade. 
As condutas típicas são fabricar, adquirir, fornecer, possuir, guardar.
O objeto material de crime deverá ser objeto especialmente destinado à falsificação de papéis, carimbos, máquinas, matrizes, etc. É um crime doloso, admitindo-se assim a tentativa.
É um crime formal ou de resultado cortado ou de consumação antecipada (a consumação independe da produção de resultado naturalístico, basta a realização das ações elencadas no tipo objetivo).
Teoria do ante-factum impunível: é crime subsidiário, assim, ocorrendo a efetiva falsificação dos papéis indicados no art. 293, este absorverá o delito do art. 294, aplicando-se o princípio da consunção, justamento por constituir-se em crime-meio para se chegar ao crime-fim (no caso, a falsificação dos papéis públicos).
· FALSIDADE DOCUMENTAL
-FALSIFICAÇÃO DE SELO OU SINAL PÚBLICO
O objeto jurídico é fé pública. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, pois é crime comum.
 Já o sujeito passivo é o Estado. 
A Conduta típica é Falsificar, por fabricação ou alteração, as matérias referidas no tipo selo ou sinal.
Elemento subjetivo do tipo é o dolo, pois, consistente na vontade livre e consciente de fabricar ou alterar, assim falsificando-os, os objetos materiais referidos no tipo. 
Consuma-se com a fabricação ou alteração do objeto material. A tentativa é admissível. 
Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
-FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO
Crime comum, formal e admite tentativa.
São requisitos da falsificação: a) Que ela seja idônea: é a falsificação apta a iludir, capaz de enganar qualquer pessoa normal; para a jurisprudência, a falsificação grosseira não constitui crime, pois não é capaz de enganar as pessoas em geral. Poderia ser, no máximo, estelionato; b) Que tenha capacidade de causar prejuízo a alguém: Disquete, cd, xerox etc. não são documentos. Documento é toda peça escrita que condensa o pensamento de alguém, capaz de provar um fato ou a realização de um ato de relevância jurídica. Requisitos do Documento Público a) Deve ser elaborado por agente público; b) O agente público deve estar no exercício da função, tendo atribuição para tanto; c) Deve obedecer às formalidades legais exigidas para a validade do documento. Pode um documento estrangeiro ser considerado público? Sim, desde que seja considerado público no país de origem e que satisfaça os requisitos de validade previstos no ordenamento brasileiro.
Documentos Públicos por Equiparação (art. 297, § 2º) Trata-se de documentos particulares que, pela sua importância, foram equiparados pela lei a documento público. São eles: a) Documentos emitidos por entidade paraestatal; b) Título ao portador ou transmissível por endosso; c) Livros mercantis; d) Testamento particular.
A consumação ocorre quando realizada a falsificação ou alteração. É um crime formal, bastando o resultado jurídico, sendo perfeitamente possível a tentativa. 
Concurso de Crimes a) Falsificação de documento público e estelionato: para o STF, ambos os crimes coexistiriam, mas em concurso formal. Para o STJ: b) Falsificação e uso de documento falso (art. 304): o uso será absorvido, já que é mero pós fato impunível. Isso, entretanto, se o falsário for a mesma pessoa que usa o documento Causas de Aumento de Pena (art. 297, 13º) § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
DOCUMENTO PUBLICO e PAPEL PUBLICO
Os formalmente e substancialmente públicos: Criado e emitido por agente público no exercício de suas funções, seu conteúdo diz respeito a assuntos públicos, são os emanados de atos dos poderes públicos (executivo, legislativo e judiciário). CNH, RG, título eleitoral, alvará judicial, etc. DOCUMENTO PUBLICO
Os formalmente públicos mas substancialmente privados: O documento é emitido pelo poder público mas o teor diz respeito a interesses particulares, são as escrituras, certidões, alvarás, o objeto jurídico do artigo é garantir a fé pública e a ordem tributária, enquanto que o objeto jurídico do 297 (crime de falsificação de documento) é a fé pública. PAPEL PUBLICO
	O cheque é equiparado a documento público, por tratar-se de título ao portador ou transmissível por endosso, deixando, portanto, de equiparar-se a documento público quando já apresentado e rejeitado no estabelecimento bancário por falta de fundos. Nessa hipótese desaparece a equiparação por não ser mais transmissível por endosso.
-FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR
O conceito de documento particular é dado por exclusão. Particular é todo documento que não é público. São exemplos: a) Cheque devolvido pelo banco: é documento particular, pois após devolvido o cheque, não mais poderá ser transmitido por endosso. b) Documento endereçado à autoridade pública: não é documento público, já que não foi feito por autoridade pública.
-FALSIFICAÇÃO DE CARTÃO
 Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartãode crédito ou débito. Caracterizada a falsidade grosseira do cartão de crédito ou débito, poderá haver o crime de estelionato. Caso a falsificação não tenha como o agente ativo sacar valores ou causar dano ao objeto jurídico, o crime será impossível por ineficácia absoluta do meio.
O elemento subjetivo do delito em estudo é o dolo, que corresponde à vontade livre e consciente de realizar as condutas descritas no tipo penal, abrangendo o conhecimento da potencialidade lesiva do comportamento.
No delito em estudo não se admite a forma culposa. É delito formal, portanto não exige resultado naturalístico. 
Consuma-se o crime com a falsificação ou alteração do documento particular, cartão de crédito ou débito, independentemente do uso ou qualquer consequência posterior.
A tentativa é admissível.
-FALSIDADE IDEOLÓGICA
Trata-se de um crime formal, bastando a possibilidade de dano para ser punível. A falsidade ideológica é voltada para a declaração que compõe o documento, para o conteúdo do que se quer falsificar. Nela, o documento é formalmente perfeito e falso seu conteúdo intelectual. O agente declara e faz constar no documento algo que sabe não ser verdadeiro. Na falsidade material o vício incide sobre a parte exterior do documento, recaindo sobre o elemento físico do papel escrito e verdadeiro. O sujeito modifica as características originais do objeto material por meio de rasuras, borrões, emendas, substituição de palavras ou letras, números, etc. Na falsidade ideológica (ou pessoa) o vício incide sobre as declarações que o objeto material deveria possuir, sobre o conteúdo das ideias. Inexistem rasuras, emendas, omissões ou acréscimos. O documento, sob o aspecto material é verdadeiro; falsa é a ideia que ele contém. Daí também chamar-se ideal Requisitos para a Configuração, Conforme Jurisprudência a) Que a declaração tenha valor por si mesma: se a declaração tiver de ser investigada pela autoridade pública, não há crime (v.g., declaração de pobreza falsa). Nesse sentido: b) Que a declaração faça parte do objeto do documento: as declarações irrelevantes, como o endereço da testemunha num contrato, não caracterizam o crime Casuísticas a) Se alguém pega a assinatura de um amigo em uma folha em branco e preenche como confissão de dívida, pratica o crime de falsidade ideológica; b) Pegar uma folha e falsificar a assinatura de outrem é falsidade material; c) Se, em um B.O., o escrivão inserir fatos que não foram narrados, haverá falsidade ideológica; d) A cópia sem autenticação não pode ser considerada documento para fins penais. Elemento Subjetivo, Consumação e Tentativa O crime exige o especial fim de prejudicar direito ou criar obrigação, ou ainda, alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Na MODALIDADE OMISSIVA, consuma-se com a omissão e não cabe tentativa. Na comissiva, ocorre quando o agente insere ou faz terceiro inserir, sendo a tentativa perfeitamente possível. Causa de Aumento de Pena Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Se o agente falsifica documento com o intuito de enganar alguém, obtendo vantagem econômica, haverá o delito de ESTELIONATO, o qual absorve, neste caso, o delito de falsidade ideológica, conforme a súmula 17 do STJ, que traz: “ Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.”
-FALSO RECONHECIMENTO DE FIRMA OU LETRA
Sujeito Ativo: trata-se de crime próprio só pode ser praticado por aquelas pessoas que são depositarias da fé publica, podendo reconhecer como verdadeira a firma ou letra de outrem. São eles: tabelião de notas, oficial do registro civil, os cônsules e os escreventes do tabelionato, designados pelo serventuário de acordo com o juiz competente para o reconhecimento de firmas. Porém é possível a participação criminosa de quanto a pessoa do apresentante do documento em conluio com o funcionário diante do artigo 29.
Obs: O reconhecimento de firma ou letra por quem não tem fé publica não constitui o crime em apreço mas o de falsidade de documento publico ou particular.
Sujeito Passivo: é o Estado, secundariamente a pessoa que tem seu interesse ou direito lesado pela conduta delituosa.
A pena do presente crime é de reclusão de 1 a 5 anos + multa, em caso de documento público ou ainda, 1 a 3 anos + multa , se o documento é particular. Para tal crime, inexiste modalidade culposa. No que concerne ao sujeito ativo, trata-se de crime próprio, praticado por funcionários públicos, O sujeito Passivo é a coletividade ou eventual pessoa que sofra algum dano. O elemento subjetivo por sua vez é o Dolo. O crime consuma-se no momento em que o sujeito ativo reconhece o crime.
Trata-se, na verdade, de uma espécie de crime ideológico. Este crime de falso reconhecimento de firma só é punível a título de dolo, devendo haver, portanto, má fé. Se for cometido por imprudência ou negligencia do funcionário, este fato é considerado penalmente atípico, podendo responder apenas administrativamente.
No reconhecimento autentico, a pessoa comparece perante o tabelião, se identifica e assina o documento na frente do tabelião, reconhecendo este, com base na certeza visual e pessoal, o documento. 
É importante lembrar que este filme só é punível a titulo de dolo, podendo ser este direto ou eventual. O sujeito que reconhece determinada assinatura tendo dúvida, sendo comprovado ser esta falsa, responde por dolo eventual.
-CERTIDÃO OU ATESTADO IDEOLOGICAMENTE FALSO
Trata-se de crime formal próprio, devido à necessidade da pessoa estar em função pública. Em conflito aparente de normas, a diferença residente em relação a “alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”, do art. 299 do CP é que aqui a intenção do sujeito ativo é auferir vantagem alheia em relação a entidade pública.
ATESTADO E CERTIDÃO: A diferença entre ambos reside em que a certidão tem por fundamento um documento guardado em repartição pública (ou nela em tramitação), enquanto o atestado constitui um testemunho ou depoimento por escrito do funcionário público (na hipótese do tipo) sobre um fato ou circunstância.
-FALSIDADE MATERIAL DE ATESTADO OU CERTIDÃO
Crime comum (qualquer pessoa, menor o funcionário publico). É possível a tentativa.
QUALIFICADORA: § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
-FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO
Crime próprio, o sujeito ativo é o próprio médico. Já o sujeito passivo é a coletividade. O elemento subjetivo é o dolo, com a intenção de beneficiar alguém. O crime consuma-se no momento da falsificação.
Não se exige nenhum resultado. Tentativa: É admissível.
Para a existência da qualificadora não se exige que o médico receba a vantagem indevida. Basta a intenção de obter lucro com o fornecimento do atestado falso. Não é suficiente o dolo. O tipo requer uma circunstância subjetiva, sem a qual subsiste a forma simples do crime: a finalidade de lucro. Tratando-se de funcionário público e cometido o fato em razão do ofício, o crime será de corrupção passiva (CP, art. 317).
-REPRODUÇÃO OU ADULTERAÇÃO DE SELO OU PEÇA FILATÉLICA
SUJEITO ATIVO: Trata-se de crime comum.
SUJEITOS PASSIVOS: Principal é o Estado.
ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO
CONDUTA TÍPICA: Recai sobre selo ou peça filatélica (objetos materiais do crime).
SELO: Pode ser usado ou novo, nacional ou estrangeiro. Não se protege, entretanto, qualquer selo. Deve ser o já recolhido ou empregado no correio. Pode também ser o novo, mas desde que tenha valor para coleção.
NÃO EXISTE CRIME, por atipicidade do fato, quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça filatélica.
ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO
Encontra-se na exigência de que o objeto material tenha valor para coleção, impondo-se ao juiz a tarefa de apreciação valorativa.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO
É O DOLO, vontade livre e consciente dirigida à reprodução ou alteração, abrangendoo conhecimento de seu valor filatélico.
MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA. 
Ocorre com a reprodução ou a alteração do objeto material.
Tentativa: É admissível.
-USO DE DOCUMENTO FALSO
Trata-se de crime com preceito penal secundário remetido. Fazer uso é utilizar documento falso como se verdadeiro fosse. O uso deve ser efetivo, não bastando mencionar que possui o documento. Se o agente falsifica e usa documento, há simplesmente progressão criminosa, e o uso se torna um post factum impunível. Não haverá o crime se o documento for encontrado pela autoridade em revista pessoal do agente; se o documento é apresentado mediante solicitação ou exigência da autoridade policial, há controvérsia. Competência Se o documento utilizado for passaporte, a competência será da Justiça Federal do lugar onde apresentado. Consuma-se o crime com a utilização efetiva de documento falso. O uso de documento falso não se confunde com o crime de falsidade material. Naquele o criminoso utiliza documento público já materialmente falsificado; neste, falsifica-o, total ou parcialmente. Configuram-se condutas diversas. No primeiro a consumação do crime ocorre com o simples uso; no segundo, com a ação de falsificar. A tentativa, embora de difícil configuração, é teoricamente possível. É crime formal (que não exige resultado naturalístico para sua consumação), comum (que não exige qualidade ou condição especial do sujeito).
-SUPRESSÃO DE DOCUMENTO
Crime que consiste em destruir, suprimir ou ocultar documento. O Sujeito ativo deste crime é comum, uma vez que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo dono do documento, quando dele não podia dispor. Ojá o sujeito passivo é o Estado. O documento deve ser verdadeiro para que ocorra o presente crime. O crime só é punível a título de dolo, vontade livre e consciente dirigida a destruir, suprimir ou ocultar o objeto material. O delito é formal e a tentativa: é admissível
-FALSA IDENTIDADE
Trata-se de um delito formal e expressamente subsidiário. Identidade se refere às características que uma pessoa possui capazes de a individualizarem na sociedade. Está li- gada intimamente à noção de estado civil. A falsidade tem de ser idônea e deve haver relevância jurídica na imputação falsa, capacidade de causar dano. O silêncio não pode configurar falsa identidade, já que o crime é comissivo.
Fato interessante é que a falsa identidade pode ser tanto de pessoa existente quanto inexistente. Além disso, a intenção pode ser tanto positiva para o sujeito ativo quanto negativa a outrem, mesmo que este não tenha conhecimento da ação (o que deixa claro que o sujeito passivo é o Estado e não a pessoa lesada).
A expressão “documento de identidade”, ou seja, aquele documento que identifica a pessoa para certas ocasiões especiais: o passaporte para a viagem, o título de eleitor para o voto, a caderneta de reservista para a devida prestação de contas exigida pelo serviço militar.
Dando uma rápida leitura no tipo penal retromencionado, podemos perceber que incorrerá nas iras do preceito secundário do art. 307 aquele que atribuir a si mesmo ou a terceira uma identidade que não corresponde com a realidade, com a finalidade de obter vantagem ou causar dano a outrem. Como identidade, entende-se que é “o conjunto de características peculiares de uma pessoa determinada, que permite reconhecê-la e individualizá-la, envolvendo o nome, a idade, o estado civil, a filiação, o sexo, entre outros dados.[1]”. Então, aquele que alegar ser uma pessoa diversa da que é na realidade incorrerá nas iras do art. 307 do Código Penal, desde que essa alegação tenha o propósito de auferir vantagem ou prejudicar, causando dano, terceiros. É um crime transcendental, da mesma forma que a “falsidade ideológica”, não necessitando, portanto, da efetiva obtenção da vantagem ou do efetivo dano ao terceiro, bastando tão somente a atribuição de identidade falsa com esta finalidade.
Por fim, é necessário analisar que, caso a atribuição da identidade falsa seja por vias documentais, estará o indivíduo incorrendo nas iras não do art. 307, mas sim do art. 299 do Código Penal, por ser o primeiro crime subsidiário, como se retira da análise da parte final do preceito secundário do mesmo: “Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.” (grifo nosso).
Assim, pode-se descobrir, ao final, que aquele que alega para todos ser “fulano” quando na realidade se chama “sicrano”, ou aquele que se faz passar por alguém que não o é, não comete crime de falsidade ideológica, como corriqueiramente se ouve nos noticiários brasileiros, e, sim, tão somente de falsa identidade. Admite-se tentativa, principalmente na modalidade escrita (material).
308-    O bem jurídico é a fé pública não apenas documental (isso outros arts. já trataram), mas pincipalmente a pessoal, em relação à identidade da pessoa.
São duas condutas incriminadoras:
a) usar documento alheio como se próprio fosse.
b) ceder documento próprio a um terceiro.
            “Significa que o agente está se passando por outra pessoa, sem, contudo, atribuir-se falsa identidade. Apenas o agente se utiliza de documento alheio. Não deixa de ser, em outros termos, uma figura especial do crime de falsa identidade”. - Bitencourt
Sujeitos
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: o Estado e eventualmente a pessoa lesada.
Consumação
            Com o uso, com a entrega, a devida apresentação do documento a um terceiro.
Tentativa
            Admissível somente no verbo ceder.
Classificação
            Formal, comum, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente.
-FRAUDE EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
O bem jurídico tutelado é a preservação do sigilo de certames públicos, já que a sua divulgação pode ocasionar dano aos concorrentes, a fé pública e a própria credibilidade dos órgãos e empresas que promovem tais eventos. Dessa forma, a lei penal assegura a garantia da ordem pública e da isonomia do certame.
O crime detém duas ações nucleares, utilizar e divulgar, indevidamente, o conteúdo sigiloso, e praticando qualquer das condutas responderá por crime único. Em relação a primeira conduta, “utilizar”, o agente faz uso próprio das informações sigilosas e se aproveita destas. Já na segunda conduta, “divulgar”, o individuo propaga, torna público, por qualquer meio. Verifica-se que para caracterizar tal crime, basta que ocorra a divulgação a alguém dos certames, não sendo necessário que atinja grande numero de pessoas. Ademais, a utilização ou divulgação dos conteúdos deve ser realizada de maneira indevida (elemento normativo do tipo), pois se trata de crime anormal com elemento normativo de antijuridicidade, caso contrário, havendo justa causa, não haverá fato típico, constituindo constrangimento ilegal o indiciamento do agente.
Os objetos da proteção de conteúdo sigiloso estão elencados nos incisos do artigo 311 do CP, tais como certames de interesse público de: concurso público, avaliação ou exame públicos, processo seletivo para ingresso no ensino superior e exame ou processo seletivo previstos em lei. Além disso, os sujeitos ativos podem ser qualquer pessoa, por não se tratar de crime formal, que participa como candidato ou como organizador do certame público, como também um terceiro estranho. Já os sujeitos passivos é o Estado (a fé pública), bem como a vítima (pessoa jurídica ou física) prejudicada com a fraude em certame público.
Se tratando do seu parágrafo primeiro, também será conduta incriminadora se permitir ou facilitar, por qualquer meio, o acesso de conteúdo sigiloso a pessoas não autorizadas. É crime próprio pois se refere especificamente as pessoas que tem o cargo (dever funcional) de cuidar e
proteger o conteúdo dos certames de interesse público, mas admite o concurso de pessoas, nos termos do artigo 29 do Código Penal.
Também é necessário o dolo (elemento subjetivo), consistente na vontade livre e consciente de utilizar, divulgar, permitir ou facilitar (parágrafo primeiro) conteúdo sigiloso de certame público. E mais, o agentedeve saber da sua natureza sigilosa, de que sua conduta é ilegítima e que poderá causar dano a terceiros. Tal tipo penal também engloba o elemento subjetivo especial “o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, do conteúdo sigiloso”, porém não é necessário que haja a efetiva concretização desta condutas para caracterizar o crime.
Dessa forma, o crime se consuma com a utilização ou divulgação do conteúdo sigiloso, independendo da ocorrência de dano efetivo ou que beneficie a si ou a outrem, ou ainda se comprometer a credibilidade do certame. Admite tentativa.
Ademais, em seu parágrafo segundo, temos a forma qualificada do tipo penal, pois se da ação ou omissão resultar dano à Administração Pública, a pena será de reclusão, de dois a seis anos, e multa, uma vez que tal conduta não só viola o funcionamento da atividade administrativa, mas lhe ocasiona prejuízos de ordem patrimonial.
O crime também admite a forma majorada em seu parágrafo terceiro, se o fato for cometido por funcionário público, a pena aumenta-se de 1/3. O que justifica a majoração é o dever funcional de fidelidade do funcionário público que tem com Administração Pública, em razão do cargo ou função que exerce. Portanto, não se trata de qualquer funcionário público, mas sim aquele vinculado ao órgão encarregado pelo certame público e este deve ser autor da ação e não mero participe.
Por fim, a ação penal é pública incondicionada, não exigindo manifestação de ofendido.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Trata dos crimes funcionais, praticados por determinado grupo de pessoas no exercício de sua função, associado ou não com pessoa alheia aos quadros administrativos, prejudicando o correto funcionamento dos órgãos do Estado. 
Antes de falarmos dos crimes propriamente ditos, a primeira parte deste capítulo do CP traz os “crimes cometidos por funcionários públicos”. Logo, são crimes funcionais, próprios, que devem ter, necessariamente, o funcionário público cometendo. Entretanto, conforme o artigo 30 do CP, existe a “conexão de elementares”, de modo que se um particular, sabendo da situação da pessoa que é funcionária pública, participar do crime, poderá responder também pelo crime funcional na qualidade de coautora, de modo que responderá pelo mesmo crime.
“Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. “ Vale lembrar que o CP adota a teoria MONISTA temperada, de modo que, exceto por poucas exceções, o coautor e o partícipe responderão pelo mesmo crime que o autor, desde que haja comunicação de elementar, conforme o artigo 30.
Crime plurissubsistente: exige uma ação consistente em vários atos – ELES ADMITEM TENTATIVA.
-PECULATO
A primeira parte do artigo prevê o peculato (apropriação), onde o funcionário se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel de utilidade da qual tenha posse em razão de seu cargo. (Posse é obtida de forma lícita, num primeiro momento.)
A segunda parte do artigo prevê o peculato DESVIO, onde o funcionário desvia o bem em benefício próprio ou alheio. SÃO PECULATOS PRÓPRIOS e admitem a tentativa.
Sujeito ativo: O funcionário público que comete o crime, o coautor ou partícipe por comunicação de elementar.
Sujeito passivo: Administração pública de modo primário e, secundariamente, a pessoa que perdeu o objeto.
Crime instantâneo: se consuma com o desvio ou apropriação.
Tentativa: Admite em ambas as modalidades
Ação Penal: É pública incondicionada.
Ausente a elementar de funcionário público, o crime é desqualificado e torna-se APROPRIAÇÃO INDÉBITA (apoderamento de coisa alheia móvel, sem o consentimento do proprietário), que é crime contra o patrimônio, que pode ser cometido por qualquer um.
PECULATO IMPRÓPRIO (art. 312, §1º) = peculato FURTO: o agente, também servidor público típico ou atípico, não tem a posse, mas, valendo-se da facilidade que a condição de funcionário lhe concede, subtrai (ou concorre para que seja subtraída) coisa do ente público ou de particular sob custódia da administração (peculato furto). Parece claro ser pressuposto do crime que o agente se valha, para galgar a subtração, de alguma facilidade proporcionada pelo seu cargo, emprego ou função. Sem esse requisito, haverá apenas furto (art. 155 do CP). Ex: comete o crime de peculato furto o policial que subtrai peças de uma motocicleta furtada e que arrecadara em razão de suas funções.
Este é o ponto principal de diferenciação do peculato impróprio: o ilícito só é capaz de ocorrer através do aproveitamento do cargo público – sem estes privilégios, o crime seria impossível de ser realizado. Se a natureza essencial do cargo não for presente no crime, trata-se de um peculato próprio, onde sua função pública é apenas uma das características do agente.
Peculato CULPOSO. Não admite-se a tentativa.
É o previsto nos §§ 2 e 3 do artigo 312 do CP, onde o funcionário público contribui, de modo culposo, para a prática delituosa de alguém, sendo negligente.
Vale dizer que de acordo com o § 3, se a reparação do dano ocorrer antes da sentença transitada em julgada, haverá extinção da punibilidade. Se, contudo, o dano for reparado posteriormente, deve-se reduzir a pena pela metade.
“§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
-PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM
O agente, no exercício do seu cargo, inverte a posse de valores recebidos por erro de terceiro. O bem apoderado, ao contrário do que ocorre no peculato apropriação/desvio, não está naturalmente na posse do agente, derivando de erro alheio. Ex: Funcionário público que recebe de terceiro, por engano, dinheiro destinado ao pagamento de determinado serviço prestado por outro setor da administração, e, mesmo ciente do equívoco, não comunica o fato à repartição competente. O erro do ofendido deve ser espontâneo, pois, se provocado pelo funcionário, poderá configurar o crime de estelionato (art. 171 do CP).
Consuma-se o delito não no momento do recebimento, mas quando o agente, percebendo o erro de terceiro, não o desfaz, apropriando-se da coisa recebida, agindo como se dono fosse. É um crime doloso e sua consumação se dá quando ele passa a ser o titular da coisa. Admite-se a tentativa. 
ARTIGO 313 A E B SÃO “CRIMES NOVOS”, DENOMINADOS DE PECULATO-ELETRÔNICO.
-INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
È denominado como crime doloso, tratando-se de dolo específico, ou seja, com especial fim de agir, que é obter vantagem indevida para si ou para outrem ou causar dano. A inserção de dados falsos prevista no art.313-A é um crime cibernético e como tal exige a perícia para que pos- sa haver a devida identificação de autoria e consequente condenação, contudo, esta não tem sido a prática no país. O art. 313-A é crime próprio e formal. Exige que seja praticado por funcionário público autorizado e basta que se dê a inserção ou modificação dos dados para que seja consumado. Por ser formal, a intenção do agente é presumida a partir de seu próprio ato.
Conduta: Inserir, facilitar, alterar ou excluir
Tipo subjetivo: dolo
Consumação: ocorre com a conduta, independentemente de resultado material ou dano
Tentativa: admite-se.
-MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES
Nesse tipo penal, o funcionário modifica o funcionamento do sistema de informações ou do programa de informática, enquanto no tipo penal anterior a conduta recai sobre os dados constantes do sistema. É evidente que não há crime se o funcionário age com autorização ou mediante solicitação da autoridade competente. Consuma-se no momento em que o agente faz as alterações no sistema, admite-se tentativa. O parágrafo único prevê o aumento de um terço da pena até a metade se da alteração feita pelo funcionário, resulta algum dano para a administração ou para o administrado.
-EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO
Caracteriza por extraviar livros ou documentos, ou ainda sonega-los ou inutiliza-los total ou parcialmente.Tal previsibilidade jurídica existe no intuito de proteger a administração pública través da conservação dos livros e documentos importantes para a administração. As condutas típicas são o ato de sonegar (não apresentar), extraviar (desaparecer) ou inutilizar (dá perda de algo fazendo com que não sirva mais para uso).
É um crime próprio, o sujeito ativo é o funcionário público e o passivo é o Estado ou quem se prejudicar com a ação. Admite-se a tentativa na modalidade omissiva. Um fator interessante é que se o crime de extraviar documentos for cometido por advogado ou procurador ele encaixa-se no artigo 356 do Código Penal, e não no tipo penal aqui previsto.
Consumação: Ocorre com a prática da conduta independentemente de prejuízo. Tentativa: Extravio e inutilização permitem. No caso de sonegação, não existe tentativa.
-EMPREGO IRREGULAR DE RENDAS OU VERBAS PÚBLICAS
Bem tutelado: A administração pública e seu patrimônio
Sujeito ativo: Crime próprio, só podendo ser cometido pelo funcionário público que tenha poder de disposição de verbas e rendas públicas.
Conduta: Dar aplicação diversa; destinar diversamente do previsto em lei
Destinação legal: O funcionário público DEVE destinar a verba de acordo com o que está previsto na lei! É uma legalidade estrita. Se for diversamente ao previsto, será crime.
Renda pública são aquelas constituídas por dinheiro recebido pela fazenda pública. Verba pública é constituída por dinheiro e destinada à execução de determinado serviço público ou para outra finalidade de interesse público
Elemento subjetivo: É o dolo.
Consumação: No momento em que há a aplicação indevida da verba pública.
Tentativa: Admite-se.
-CONCUSSÃO
Portanto, o funcionário DEVE EXIGIR, de modo que atemoriza a vítima.
Conduta: Exigir (em razão do emprego, cargo ou função pública que pratica, mesmo antes de assumi-la.)
É um crime funcional impróprio (DOUTRINA QUE FALA crime PRÓPRIO), tendo em vista que se o sujeito ativo não for funcionário público, praticará o crime de extorsão previsto no artigo 158.
Sujeito ativo: Funcionário público
Sujeito passivo: É o estado e o particular intimidade
Bem tutelado: Administração pública e liberdade do particular.
A exigência deve ser feita de maneira clara ou implícita.
Não é necessário a promessa de infligir um mal determinado, bastando o temor genérico que a autoridade inspira.
O agente pode não estar no exercício da função no momento. O status de funcionário público é o suficiente. A vantagem pode ter natureza distinta, mas NORMALMENTE é econômica (patrimonial).
A conduta é exigir. Trata-se de crime forma, pois consuma-se com a exigência, se houver entrega de valor há exaurimento do crime e a vítima não responde por corrupção ativa porque foi obrigada a agir dessa maneira.
A vantagem DEVE ser indevida!
Consumação: É um crime formal. A mera exigência já o consuma, não havendo necessidade que a vítima ceda. Não se admite tentativa (Alguns a reconhecem, contudo – se feita por carta, por exemplo. Para essa corrente, desde que seja possível o fracionamento do iter criminis, poderá haver tentativa.)
Flagrante: Há discussão na doutrina. Alguns entendem que somente no momento em que se exige pode ocorrer o flagrante.
CONCUSSÃO E EXTORSÃO: O primeiro ocorre por decorrência de cargo público. A segunda, contudo, não é decorrente de cargo.
CONCUSSÃO E CORRUPÇÃO PASSIVA: Normalmente, na corrupção há um acordo, não havendo exigência.
-EXCESSO DE EXAÇÃO
É um tipo de concussão. Entretanto, neste caso, o funcionário exige um tributo ou uma contribuição social que sabe ser indevido ou, se devido for, emprega a exigência de modo não autorizado por lei. Quando tratarmos de tributo, então, falaremos em EXCESSO DE EXAÇÃO.
A exigência vai para os cofres públicos, isto é, recolhe aos cofres valor não devido, ou era para recolher aos cofres públicos, porém o funcionário se apropria do valor.
-CORRUPÇÃO PASSIVA
Ou seja, ocorre quando o funcionário público solicita ou recebe, para si ou para outrem, vantagem indevida. Pode acontecer também quando ele aceita promessa da vantagem. Pode ocorrer fora da função ou antes de assumi-la.
É uma espécie de acordo entre o funcionário público e um terceiro.
Conduta: São alternativas (solicitar, receber e aceitar promessa – Nos dois últimos casos, terá corrupção ativa por parte do particular.
Crime próprio, somente cometido por servidor público. O sujeito ativo SOMENTE poderá ser funcionário público.
Elemento subjetivo: Dolo.
Neste crime, há uma exceção à teoria monista, de modo que o particular responde por um Crime e o agente por outro.
A bilateralidade (em receber e aceitar promessa) não é essencial, uma vez que o particular pode não aceitar dar a vantagem. Em regra, o delito de corrupção é unilateral, tanto que existem as formas passiva e ativa, conforme a qualidade do agente.
Não é porque há corrupção passiva que vai haver corrupção ativa.
Consuma-se o crime de corrupção em 03 momentos distintos:
Quando solicita a vantagem
Quando recebe a vantagem sem qualquer solicitação
Quando aceita a promessa de vantagem.
É um crime formal, bastando a solicitação, o recebimento ou a aceitação. Não precisa de resultado. Tentativa: Não admite, exceto se for escrito!
Ação penal: Pública incondicionada
Competência: Federal quando afetar a união.
Modalidade privilegiada: É de competência do JECRIM.
OBSERVAÇÃO: CONCUSSÃO QUE E EXIGIR (em tese é mais grave que solicitar) tem PENA MENOR.
“§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. – Aqui, neste caso, o sujeito faz um ato de ofício ilícito. É a chamada “corrupção própria”. Há um aumento de pena.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: - Aqui temos a figura do “quebra galho”, retardando o que deveria ser feito. É a chamada “corrupção privilegiada”. É a modalidade mais branda e por este motivo tem uma pena reduzida.
NÃO CAI, APENAS PARA SABER:
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO:
“Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.”
Contrabando: O produto é ilegal, não permitido.
Descaminho: O produto é legal, mas não há o pagamento do imposto.
-PREVARICAÇÃO
Bem tutelado: administração pública
Tipo subjetivo: Dolo, com finalidade específica de satisfazer interesse ou sentimento pessoal
Conduta: Retardar (procrastinar) – omissiva; Deixar de praticar – omissiva; Praticar – comissiva (deve ser contra a lei)
Consumação: Ocorre com o retardamento, omissão ou realização do ato.
Tentativa: Admite apenas na conduta comissiva, de realizar. Retardar ou deixar de praticar, não admite.
---- 319-A: Trata-se de uma modalidade de crime omissivo, onde o diretor da penitenciária ou o agente público que POSSUI o dever de vedar acesso a aparelho telefônico permite sua utilização. É um crime omissivo próprio (como se comissivo fosse)
Deve haver o dever do agente público ou do diretor da penitenciária de vedar o acesso ao aparelho telefônico! O preso pode se comunicar com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, leitura e outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Bem tutelado: Administração públicA
Sujeito ativo: Agente público ou diretor da penitenciária que possui o dever de vedar
Sujeito passivo: Estado
Conduta: “deixar”, sendo omissivo
Tentativa: Não admite
Consumação: ocorre com a mera omissão
Ação penal: Pública incondicionada
Crime formal que independe de resultado naturalístico.
-CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA
Há uma relação hierarquizada aqui. Por exemplo: se o delegado deixa de punir ou responsabilizar o escrivão, há condescendência. Agora, se o escrivão deixa de reportar a infração do seu superior – delegado, no caso - haverá prevaricação (por medo), no máximo.
Sendo possível, em tese, a participação de não-funcionário,mediante induzimento ou instigação.
Bem tutelado: Administração pública.
Conduta: Deixar de responsabilizar ou não levar fato à autoridade competente.
Tipo subjetivo: Doloso. Deve haver, também, uma indulgência, isto é, tolerância, deixando de punir ato que deveria ser punido.
Consumação: É crime omissivo próprio, consumando-se com a omissão
Sujeito ativo: funcionário público
Sujeito passivo: Estado
Tentativa: Não se admite
-ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
Conduta: Patrocinar – que significa advogar; proteger; beneficiar; favorecer; defender. O agente usa das facilidades de seu cargo para a prática deste crime.
Para que ocorra o delito, necessário que o funcionário se valha de facilidade que a qualidade de funcionário público lhe proporciona. O patrocínio pode ser exercido de forma direta, pelo próprio funcionário, ou indireta, por interposta pessoa, também conhecida como testa de ferro.
Interesse privado: É qualquer vantagem a ser obtida pelo particular, podendo ser legítima ou ilegítima perante a administração pública.
Interesse do próprio funcionário ou de outro funcionário: Não caracteriza crime, no máximo uma falta grave. O interesse a ser satisfeito deve ser de um PARTICULAR.
Consumação: Ocorre com o patrocínio, independentemente de resultado. Ou seja, ocorre com o favorecimento.
Tentativa: Admite-se. O crime é formal, se consumando com o patrocínio, ainda que nenhuma vantagem dele advenha.
É NECESSÁRIO TER UM PÚBLICO E UM PRIVADO NESTE CRIME.
§único trata de uma qualificadora. Ocorre quando a advocacia administrativa visa favorecer interesse ilegítimo.
-VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
Sujeito ativo: funcionário público
Sujeito passivo: Estado e, secundariamente, quem sofre a violência
Conduta: Praticar violência. – abrangendo as vias de fato – lesão corporal ou homicídio
A conduta deve ser praticada no exercício da função do agente ou a pretexto de exercer essa função
Tipo subjetivo: Dolo
Consumação: Consuma-se com a efetiva prática da violência
Tentativa: Teoricamente é admissível, visto que tratamos de um ato comissivo e que pode ser fracionado
Ação penal: pública incondicionada
O funcionário público é o sujeito ativo do delito, admitindo-se a coautoria do particular È importante esclarecer que o emprego da violência deve ser arbitrária não se englobando situações, como por exemplo, de legitima defesa ou estrito cumprimento do dever legal. O crime admite a prática comissiva por omissão, vez que “o delito pode ser praticado via omissão imprópria quando o agente, garantidor, dolosamente, podendo, nada fizer para impedir a prática do delito.
-ABANDONO DE FUNÇAO
Bem tutelado: Administração pública, no que diz respeito ao serviço que é prestado
Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio, sendo cometido por funcionário público investido no cargo.
É um crime de mão própria, e não admite-se coautoria, admitindo-se no entanto, a participação.
Sujeito passivo: Estado
Conduta: Abandonar – deixar, renunciar, desistir.
O abandono deve ser total e por tempo relevante. O abandono parcial e por tempo insignificante que não gere dano não constitui o delito
O abandono não deve ser permitido por lei.
Se o abandono ocorrer por força maior ou estado de necessidade, o fato será atípico.
Tipo subjetivo: Dolo (devendo o agente ter consciência que não pode deixar o cargo e vontade de abandonar)
Consumação: Ocorre com o efetivo abandono do cargo público, por tempo juridicamente relevante
Tentativa: É crime omissivo próprio e, por este motivo, não é admitida.
-EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO
Sujeito ativo: “Deve ser cometido por funcionário público, exceto na segunda modalidade, onde o autor continua exercendo sem autorização”. Não é crime habitual. É cometido por ato de ofício, basta um só. Sujeito ativo: trata-se de crime de mão própria (são aqueles que só podem ser cometidos diretamente pela pessoa), somente podendo ser cometido por aquele que foi nomeado, convocado, mas não tomou posse; ou foi removido, suspenso, e continua exercendo suas funções. È admitida participação na forma particular, por induzimento e auxílio; de funcionário público que tenha outra função. O elemento subjetivo do crime é o dolo genérico. Não se exige uma finalidade específica. O crime consuma-se com a execução do primeiro ato de ofício. No crime em questão é admitida a tentativa.
-VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Funcionário público que tem ciência do fato em razão do cargo e que este fato deve permanecer em silêncio.
Não se presta a este tipo a informação obtida pelo funcionário que ouviu atrás da porta. Essa ciência tem que ser a oficial, tem que ser uma informação que passou por ele e que ele divulgou.
Sujeito passivo: Estado
Conduta: Revelar – contar; Facilitar descobrimento – tornar fácil
Deve haver possibilidade de dano para que seja considerado crime.
Consumação: Consuma-se com o conhecimento do segredo por terceiro
Tentativa: Admite-se na facilitação e na revelação, desde que esta última não seja oral.
§ 2 traz a figura qualificada, que ocorre quando há dano para a administração pública ou terceiro.
Se for um segredo particular e não da administração pública, o funcionário pode incidir nos artigos 152, 153 e 154 do CP.
-VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA
Vantagem na Licitação. Porém tem lei de licitação ocorre o Princípio da Especialidade
Revogado pelo artigo 94 da lei de licitações. 
-FUNCIONÁRIO PÚBLICO
ESCREVER ARTIGO 327
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
-USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Surpar significa alcançar algo sem o regular direito.
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Crime comum, pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário público incompetente ou investido em outra função (agente pratica ato de forma ilegítima, pois não tem competência)
Sujeito passivo: Estado
Conduta: Usurpar – assumir ou exercer indevidamente.
Tipo Subjetivo: Dolo.
Não há modalidade culposa. Desse modo, o agente deve ter consciência e vontade de usurpar a função
Consumação: Consuma-se com o ato de ofício que o agente não pode fazer.
Tentativa: Teoricamente é admissível
Se o agente auferir vantagem para si ou para outrem, qualificará o crime!
É diferente de estelionato. Neste último, o agente se apresenta como funcionário público para induzir alguém a erro.
Se o agente não pratica qualquer ato de ofício mas se apresenta como funcionário, recairá em contravenção penal, nos artigos 45 e 46 da LCP
-CRIME DE RESISTÊNCIA
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, independentemente de ser funcionário público
Sujeito passivo: Estado e, secundariamente a pessoa que esteja executando o ato ou prestando auxílio
Conduta: Opor-se (o ato aqui deve ser legal, tanto formal quando substancialmente), por violência ou ameaça.
Pressupostos: Legalidade do ato; competência do funcionário para executar e oposição positiva (resistência passiva não configura)
Tipo subjetivo: Dolo, com o fim específico de evitar a realização do ato.
Consumação: Consuma-se com a efetiva oposição
Tentativa: Obviamente admitida.
Qualifica se o agente consegue, de fato, evitar a realização
A negativa de acompanhar o policial, a negativa de abrir a porta ou outros atos de indisciplina não caracterizam o delito, podendo caracterizar, no máximo, desacato.
Se o sujeito praticar um homicídio ou uma lesão, haverá concurso material!
-DESOBEDIÊNCIA 
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, sendo crime comum
Sujeito passivo: Estado.
Conduta: Desobedecer ordem legal.
Deve ser uma ORDEM (pedido não caracteriza). A ordem deve ser legal, tanto formal quando substancialmente.
Tipo subjetivo: Dolo
Consumação: Consuma-se no momento em que há a ação ou omissão, após o decurso de prazo para cumprir a ordem
Tentativa: É admitida apenas na modalidade comissiva.
Quando a lei extrapenal comina sanção civil ou administrativa e não prevê a cumulação com o artigo 330 do CP, não caracteriza o delito.
Ação penal: pública incondicionada.-DESACATO
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, sendo crime comum
Sujeito passivo: Estado e funcionário, secundariamente.
Conduta: Desrespeitar, ofender funcionário público no exercício da função ou em razão dela
É necessária a presença do ofendido, caso contrário não haverá desacato, e sim injúria qualificada.
Tipo subjetivo: Dolo, com a finalidade de menosprezar
O desacato absorve as vias de fato, como a lesão corporal leve, a ameaça, a difamação e a injúria. Se houver crimes mais graves, haverá concurso formal.
Ação penal: Pública incondicionada.
Evidenciada a ingestão voluntária de bebida alcoólica, culminando em desacato, não se exclui a imputabilidade (art. 28, II, CP), pois a embriaguez somente isenta de pena quando resultante de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1º, CP).
-TRAFICO DE INFLUÊNCIA
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, sendo crime comum.
Sujeito passivo: É o estado
Conduta: Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem.
Mesmo que a pessoa não tenha, de fato, toda a influência que diz ter, cometerá o crime.
Tipo subjetivo: Dolo, visando influir no ato praticado por funcionário público.
Consumação: Consuma-se o delito com a mera solicitação, exigência ou cobrança da vantagem ou promessa desta.
Tentativa: Admite-se, mas é de difícil configuração.
Há forma qualificada quando é insinuado que a vantagem também se destina ao funcionário público.
-CORRUPÇÃO ATIVA
Bem tutelado: Administração pública
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, independentemente de sua condição ou qualidade pessoal
Sujeito passivo: Estado
Conduta: Oferecer ou prometer vantagem indevida, visando a prática, omissão ou retardo do ato de ofício por parte deste.
A oferta deve ser feita espontaneamente pelo agente. Se houver exigência por parte do funcionário, será concussão (316 CP)
Tipo subjetivo: Dolo, com o fim específico da prática, omissão ou retardo do ato de ofício.
Bilateralidade pode ocorrer, mas não é obrigatória. Isto é, para que ocorra, não é necessário que também ocorra corrupção passiva.
Consumação: Consuma-se no momento em que o funcionário passa a ter ciência da oferta ou da promessa de vantagem indevida
Tentativa: Admite-se, mas é de difícil configuração, pois a oferta deve ser escrita, neste caso.
O crime não se configura quando o funcionário público solicita a vantagem e o particular apenas a entrega, já que esse tipo penal pressupõe uma iniciativa do particular. Porém, se o particular estava ciente da irregularidade da solicitação, entregando a vantagem com o real intento de obter o ato de ofício, ele deverá ser considerado partícipe do crime de corrupção passiva, na modalidade receber.
Forma majorada: Ocorre na hipótese do parágrafo único, quando há realmente a prática ou a omissão do ato. Trata-se de exaurimento do crime.
Ação penal: Pública incondicionada
Este crime é uma exceção à teoria monista: O funcionário que aceita a vantagem indevida não pratica crime de corrupção ativa, mas de corrupção passiva. Além disso, se o particular dá o dinheiro solicitado na corrupção passiva, não estará cometendo corrupção ativa, isto pois a oferta, no crime em questão, deve ser espontânea.
Colocar dinheiro na bolsa que será revistada por funcionário público caracteriza a corrupção ativa, conforme entendimento majoritário, pois trata-se de forma velada de corrupção ativa, entendem que há uma oferta, neste caso.
É um crime formal, isto é, não precisa do resultado. A simples oferta já é o suficiente.
Exige-se o dolo do agente para sua caracterização, não sendo admitida a modalidade culposa desse crime (passiva, nem ativa).
Particular oferece e o funcionário público recebe/aceita – ambos responderão criminalmente. Entretanto, excepcionando-se a teoria monista (art. 29, CP), o particular responderá pelo crime de corrupção ativa ao passo que o funcionário público pelo delito de corrupção passiva;
-IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA
CONCEITO E OBJETIVIDADE
REVOGAÇÃO: O art. 335 do CP foi revogado pelos arts. 93 e 95 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, que disciplina as licitações e contratos públicos. De modo que o crime de impedimento, perturbação e fraude de concorrência pública não se encontra mais descrito no CP e sim na lei especial.
DISCIPLINA LEGAL: Os tipos penais do art. 335 do CP estão hoje definidos nos arts. 93 e 95 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, que lhes deram nova redação. A 1ª parte do caput do art. 335 corresponde ao tipo do art. 93 da Lei n. 8.666; a 2ª parte, ao art. 95, caput; e o parágrafo único do art. 335 corresponde ao parágrafo único do art. 95 da referida lei. Eis as novas descrições típicas:
Art. 93 da Lei n. 8.666/93: Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa".
Art. 95 da Lei n. 8.666/93: Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.
OBJETO JURÍDICO: O patrimônio da Administração Pública.
SUJEITO ATIVO: Crime comum, pode ser cometido por qualquer pessoa, inclusive por funcionário público, desde que não se adapte a conduta ao art. 326 do Código Penal. Nada impede que realize o fato o próprio licitante, interessado em afastar os outros concorrentes.
ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO
CONDUTAS TÍPICAS:
1ª) impedimento, perturbação ou fraude de qualquer ato de procedimento licitatório referente a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, quando contratados com terceiros, nos termos do art. 2º da Lei n. 8.666/93 (art. 93 da mesma lei);
2ª) afastamento ou procura de afastamento de concorrente ou licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem (art. 95, caput, da Lei n. 8.666/93).
NATUREZA DA LICITAÇÃO: Cuida-se de licitação pública promovida pela administração federal, estadual ou municipal. Disciplina legal das licitações e contratos públicos: vide a Lei n. 8.666/93. Ficam excluídas do tipo as arrematações ou praças judiciais realizadas por particulares. Nesse caso, incide a norma incriminadora do art. 358 do Código Penal. Exigência de hasta pública.
Violência (art. 95 da Lei n. 8.666/93): A expressão violência; indica força física, afastada a violência contra a coisa. Pode consistir em vias de fato ou lesão corporal (leve, grave ou gravíssima). Se o sujeito emprega violência contra coisa, responde pelo crime do art. 93 da Lei n. 8.666/93.
Licitante fictício: Não há o delito quando se trata de licitante fictício, i. e., pessoa que simula ser concorrente somente para receber a vantagem em face de seu afastamento. Neste caso, por parte do simulador, há crime de estelionato.
ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO
Na primeira modalidade típica, é o DOLO (art. 93 da Lei n. 8.666/93).
Na segunda, além do dolo, exige-se um outro, a intenção de afastar o licitante (art. 95).
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
MOMENTO CONSUMATIVO:
Na primeira figura típica, o delito atinge a consumação com o impedimento, perturbação ou fraude do ato licitatório.
Na segunda, com o emprego do meio de execução (violência física).
TENTATIVA – LEI DE LICITAÇÃO:
Admite-se tentativa no caso em tela, já que o agente em circunstancias alheias a sua vontade não realiza o crime, mas por exemplo mediante combinação tenta fraudar o procedimento licitatório, aplicar-se-à devidamente a pena prevista.
-INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL
O objeto jurídico é a administração pública. A ação nuclear descrita no tipo consubstancia-se em “rasgar”, “inutilizar” ou “conspurcar” (macular ou sujar) edital; “violar” ou “inutilizar” selo ou sinal de identificação ou cerrar(encobrir) qualquer objeto. Ressalta-se que uma vez passado o prazo de validade dos editais, não pode mais ser objeto deste delito. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, uma vez que se trata de crime comum. O sujeito passivo é o Estado. O elemento subjetivo é o dolo. O momento de consumação se dá com a realização das ações típicas, independente do resultado naturalístico. Trata-se de crime formal. Admite tentativa. O elemento subjetivo do tipo, é o dolo, não há forma culposa.
-SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO
O objeto jurídico é a administração pública. A ação nuclear descrita no tipo consubstancia-se em “subtrair” ou “inutilizar” livro oficial, processo, ou documento confiado à custódia de funcionário público ou de particular em serviço público. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, uma vez que trata-se de crime comum. O sujeito passivo é o Estado. O elemento subjetivo é o dolo. O momento de consumação se dá com a realização das ações típicas, independente do resultado naturalístico. Trata-se de crime formal. Admite tentativa. Já elemento subjetivo do tipo é o dolo, e não há forma culposa.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
-DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339)
Três são os requisitos básicos da denunciação caluniosa: 1) vítima determinada; 2) imputação de crime ou contravenção; 3) consciência de que o acusado é inocente.
Para a configuração do tipo penal, há necessidade de que o agente tenha conhecimento da inocência do imputado. Não se admite a forma culposa.
É possível que o autor da imputação, em momento anterior, tenha razões para acreditar na culpa do imputado e, posteriormente, conheça da sua inocência (denunciação caluniosa impropria).
A Conduta típica consiste em dar azo, isto é, provocar a instauração de Inquérito policial, processo judicial, investigações administrativas, inquérito civil ou ação de improbidade contra alguém imputando-lhe a prática de crime de que sabe inocente.
ATENÇÃO: a imputação deve ser feita contra pessoa determinada ou identificável de imediato, sem isso, ter-se-á o delito do art. 340 do CPB (comunicação falsa de crime ou de contravenção).
Consuma-se o crime não com a denunciação, e sim com o início do procedimento, ou seja, com a expedição da Portaria, no caso do inquérito policial, não sendo necessá- rio o indiciamento do acusado. A tentativa é, em tese, possível, quando o indivíduo narra o fato, imputando o crime, mas por circunstâncias alheias à sua vontade o inquérito ou o processo não são instaurados. A denunciação admite arrependimento eficaz, quando v.g., o indivíduo noticia o delito, lavra-se o BO, mas, depois, ele se arrepende e conta a verdade antes que a investigação tenha início. 
Diferença com Tipos Afins a) Denunciação caluniosa e calúnia: no primeiro, o agente deve fazer a imputação de um crime ou contravenção que deve dar causa à instauração de investigação ou processo. Na calúnia, o objetivo do agente é ofender a honra. Os dois crimes não ocorrem conjuntamente: ou há calúnia ou denunciação, a depender da intenção do agente. b) Denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime ou contravenção (art.340): neste, o agente não acusa uma pessoa determinada, apenas faz o mero relato da ocorrência de crime que não existiu.
NÃO CONFUNDIR: No crime previsto no artigo 340 do CP, os elementos objetivos do tipo são provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção de que sabe não se ter verificado. Assim, o crime de consuma com a ação da autoridade, motivada pela comunicação de crime ou de contravenção inexistentes. A pena do crime é bem leve que a da denunciação, pois é de detenção de 01 a 06 meses, ou multa. Neste caso a competência será do Juizado especial Criminal, admitindo-se a suspensão condicional do processo.
No crime de denunciação caluniosa, duas são as possibilidades para configuração:
a) Quando o agente atribui responsabilidade por crime que ocorreu, mas do qual o imputado (vítima da denunciação) não participou.
b) Quando imputa a alguém à responsabilidade de infração penal que não ocorreu.
Percebe-se que é um crime de forma livre, que pode ser praticado de modo diverso: oralmente ou por escrito.
Via de regra, a denunciação caluniosa é praticada de forma direta, isto é, o próprio agente leva o fato ao conhecimento da autoridade, dando causa à investigação, mas nada impede que ocorra de forma indireta (interposta pessoa).
No crime de calúnia o agente somente queria atingir a honra da vítima, contando para outras pessoas que ela cometeu um crime (o que não é verdade).
Na denunciação, o agente quer prejudicar a vítima perante o poder judiciário, enganado órgãos policiais ou do próprio judiciário, ao imputar infração por ela não perpetrada.
Outra distinção: na calúnia ocorre imputação falsa de crime, enquanto, na denunciação pode ser crime ou contravenção penal.
Requisitos:
1) Imputação de que sabe ser inocente
2) A denuncia deve ser espontâneo
Sujeito ativo - Crime comum, qualquer Pessoa pode fazê-lo.
Sujeito Passivo – Principal é o Estado - porém protege-se a pessoa ofendida em sua honra.
3) Consumação- Consuma-se com a instauração da investigação
4) Tentativa –. É possível
5) Ação Penal pública incondicionada.
-COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO
Não há pessoa falsamente acusada neste crime. Para a configuração da comunicação falsa de crime ou de contravenção basta informar crime inexistente, sendo desnecessário apontar autor determinado.
Para a configuração do crime são necessários os seguintes requisitos: a) ação efetiva de autoridade; b) mediante comunicação falsa; c) de fato definido como crime ou contravenção; d) de forma dolosa.
Sujeito ativo – crime comum
Sujeito Passivo – é o Estado
Consumação- Consuma-se no momento em que a autoridade pratica alguma ação no sentido de elucidar o fato criminoso.
Tentativa – Nada impede a tentativa.
Ação Penal pública incondicionada.
CONCURSO DE CRIME – pode acontecer q o agente faz a denuncia para encobrir o verdadeiro delito.
-AUTOACUSAÇÃO FALSA
Sujeito ativo - Qualquer pessoa.
Sujeito passivo – é o Estado.
Consumação- trata-se de crime formal então, consuma-se no momento em que a autoridade toma conhecimento da autoacusação do agente, não importando se gerou resultado.
Tentativa – só é admitida na autoacusação escrita, por se tratar de crime plurissubsistente.
Ação Penal pública incondicionada. 
CONCURSO DE CRIME – pode acontecer se além do agente acusar-se a si mesmo atribuir a participação de outro, uma ação pode resultar em dois resultados. 
Exemplo: Um filho ao dirigir imprudentemente atropela 4 pessoas que vêem a falecer, fugindo do local do crime. O pai condoído pelo filho e pensando em seu futuro, vai até a delegacia e declara-se o autor do crime para inocentar o filho.
Crime doloso, não admite modalidade culposa e não exige nenhum tipo de dolo especial.
-FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA
Sujeito ativo – trata-se de crime de mão própria (conduta infungível, atuação pessoal), são sujeitos ativos desse delito a testemunha, o perito, o tradutor ou interprete, o contador.
Sujeito Passivo – o Estado é o sujeito imediato, mas considera-se tb o ofendido. 
Elemento subjetivo – é dolo consubstanciado com a vontade livre e consciente de fazer afirmação falsa
Consumação- Consuma-se com o falso testemunho com o encerramento do depoimento.
Tentativa – a questão não é pacifica na doutrina quanto ao crime de falso testemunho – alguns sustentam ser inadmissíveis como é o caso de Noronha - já Hungria e Damásio admitem a tentativa.
Ação Penal pública incondicionada.
O tipo subjetivo é o dolo representado pela vontade livre e consciente de fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade. Não se admite a modalidade culposa. Consuma-se com o “encerramento do depoimento ou da interpretação, ou, ainda, com a entrega do laudo contábil ou da tradução.”
Testemunha não tem direito de mentir ou calar, salvo se o fizer para esquivar-se de provável imputação. Prevalece seu direito ao silêncio e o de não ser obrigadaa produzir prova contra si. O crime é formal, consumando-se na entrega do laudo ou da tradução para o perito ou tradutor, ao fim do depoimento para a testemunha e quando se faz a interpretação falsa para o intérprete. Logo, o crime é de competência do juízo deprecado, independentemente de manifestação do deprecante. Porém, há quem defenda a necessidade do juízo deprecante declarar que o testemunho foi falso, pois, se o deprecado assim o fizesse, estaria adiantando julgamento e, logo, sendo suspeito. Há divergência quanto à possibilidade de tentativa. A maioria não admite, argumentado ser o ato unissubsistente. Em sentido contrário, Luis Régis Prado, Fragoso e Hungria, que defendem plurissubsistência. Se o agente em fase diversas do processo depõe falsamente mais de uma vez , haverá um só delito.
RETRATAÇÃO: Trata-se de medida de política criminal que visa à busca da verdade. A retratação há de ser voluntária, completa, incondicional e realizada ou confirmada perante a autoridade. Essencial que preceda à sentença do feito em que o delito em pauta foi cometido. A retratação constitui causa extintiva de punibilidade (art. 107, VI).
-COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO
 Sujeito ativo – crime comum qualquer pessoa pode pratica o delito
Sujeito Passivo – O estado e a pessoa que sofre a violência
Elemento subjetivo - é o dolo .
Consumação- crime formal se consuma com a prática da violência ou grave ameaça.
Tentativa – é admissível.
Tipo Subjetivo: Além da vontade de pratica a violência ou grave ameaça, exige-se o dolo consistente na finalidade de favorecer interesse próprio ou alheio. Exemplos: intimidação de testemunha, ameaças ao juiz e ao advogado da parte contrária, coação destinada a evitar o oferecimento da denúncia, etc. Crime formal, consumando-se independentemente de lograr o a gente, o fim pretendido. A reiteração de ameaças para se conseguir o mesmo objetivo, não implica continuidade da infração ou concurso de crimes, mas sim crime único. De acordo com a violência poderá o a gente incorrer no crime de coação e o correspondente à lesão proporcionada.
-EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES
Sujeito ativo – Crime comum qualquer pessoa pode praticar.
Sujeito Passivo – O Estado e a pessoa diretamente lesada com a ação.
Elemento subjetivo - Dolo
Consumação- Crime formal consuma-se com a efetiva satisfação da pretensão .
Tentativa – é admissível a tentativa 
Ação Penal pública incondicionada.
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Sujeito ativo – crime próprio só pode ser praticado pelo proprietário da coisa.
Sujeito Passivo – O estado – e também a pessoa lesada pela ação do sujeito ativo. 
Elemento subjetivo - dolo 	
Consumação- consuma–se com qualquer uma das praticas da ação nuclear.
Tentativa – é perfeitamente admissível.
-FRAUDE PROCESSUAL
Tipo penal modificar o local do crime, os objetos relacionados ao crime ou mesmo o estado das pessoas envolvidas, com a finalidade de induzir o magistrado ou o perito ao erro. Crime é doloso.
Sujeito ativo – crime comum qualquer pessoa.
Sujeito Passivo – o Estado e a vitima prejudicada com a ação .
Elemento subjetivo - dolo 
Consumação- crime formal, consuma-se com a realização da fraude, isto é com a inovação artificial.
Tentativa – trata-se de crime plurissubsistente a tentativa é possível
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta).
-EXERCÍCIO ARBITRÁRIO OU ABUSO DE PODER
Sujeito Passivo imediato: É o Estado, titular da Administração Pública, que por reflexo acaba sendo responsabilizado pelos desmandos de seus servidores.
Sujeito Passivo mediato: É todo cidadão, titular de direitos e garantia constitucional lesada ou molestada, pelo Estado (Servidor/Administrado).
Admite tentativa.
Confronto com a Lei de Abuso de Autoridade n. 4.898/65. GUILHERME NUCCI participa do entendimento majoritário de que o artigo 350 do Código Penal foi inteiramente revogado pela Lei 4.898/65, que tem todas as possibilidades possíveis de abuso de autoridade previstas em suas figuras típicas.
-EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
1. Tipo penal. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
2. Sujeitos
a) ativo: qualquer pessoa.
b) passivo: Estado. Na modalidade receber exige o concurso de outra pessoa, que faz o pagamento.
3. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, exige-se o elemento subjetivo específico, consistente na finalidade de influir nas pessoas descritas no tipo penal. Não há forma culposa.
4. Objetos material e jurídico. O objeto material é o dinheiro ou a utilidade recebida ou solicitada e o objeto jurídico é a administração da justiça.
5. Classificação. Crime comum, material, comissivo ou omissivo impróprio, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente, forma em que admite a tentativa.
-DESOBEDIÊNCIA A DECISÃO JUDICIAL SOBRE PERDA OU SUSPENSÃO DE DIREITO
1. Tipo penal. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
2. Sujeitos
a) ativo: somente a pessoa suspensa ou privada de direito por decisão judicial.
b) passivo: Estado.
3. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, não se exige o elemento subjetivo específico. Não há forma culposa.
4. Objetos material e jurídico. O objeto material é a função, atividade, direito, autoridade ou múnus e o objeto jurídico é a administração da justiça.
5. Classificação. Crime próprio, formal, de forma livre, comissivo, habitual, unissubjetivo, plurissubsistente, não admite a tentativa.

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