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Materiais Dentários II

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
1 
 
Materiais Dentários II 
 
Aula 1 
 
Materiais Protetores do 
Complexo Dentino-Pulpar 
 
Agentes Protetores 
 
Os agentes protetores são aplicados para manter, 
recuperar e proteger o complexo dentino-pulpar. 
 
Causas de Injúria ao Complexo 
 Dentino-Pulpar 
 
• Cárie; 
• Preparo cavitário; 
• Traumas oclusais e mecânicos; 
• Composição dos materiais restauradores (as 
resinas ou o amálgama, por exemplo, podem 
causar injúria à polpa, por isso esse complexo 
deve ser protegido). 
 
Requisitos de um Agente Protetor 
 
• Proteger contra choques térmicos e elétricos; 
 
• Possuir adesão à estrutura dentária; 
 
• Compatibilidade com o material restaurador; 
 
• Biocompatibilidade (não pode causar nenhuma 
irritação no CDP); 
 
• Liberar flúor (ação cariostática); 
 
• Remineralizar a dentina descalcificada; 
 
• Hipermineralizar a dentina sadia remanescente; 
 
• Estimular a formação de ponte de dentina; 
• Apresentar resistência mecânica aos esforços de 
condensação dos materiais restauradores; 
 
• Ser insolúvel no meio bucal. 
 
Fatores que Condicionam a Indicação 
 
A) PROFUNDIDADE DA CAVIDADE 
 
A dentina atua como uma barreira físico-química, 
atuando como um isolante térmico. 
 
Quanto mais profunda for a cavidade, maior o 
diâmetro e números dos canalículos/túbulos 
dentinários, e com isso, os estímulos chegam mais 
rapidamente. 
 
Quanto maior a profundidade, maior a 
permeabilidade e umidade, o que dificulta a 
adesão. 
 
1. Cavidade rasa: 0,5 mm – 1,0 mm além da junção-
amelo-dentinária. 
 
2. Cavidade média: 1,0 mm – 2,0 mm além da 
junção-amelo-dentinária. 
 
3.Cavidade profunda: 
pouco mais de 0,5 
mm de dentina 
remanescente. 
 
4. Bastante profunda: 
0,5 mm de dentina 
remanescente. 
 
B) IDADE DO PACIENTE 
 
• Jovens 
 
- Câmara pulpar ampla; 
 
- Túbulos dentinários amplos; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
2 
 
- Maior proximidade pulpar; 
 
- Maior resposta às injúrias. 
 
- Devido a essas 
características, a proteção do 
complexo dentino-pulpar nos jovens deve ser 
maior. 
 
• Idosos 
 
- Câmara pulpar diminuída; 
 
- Túbulos dentinários estreitos; 
 
- Menor proximidade pulpar; 
 
- Menor resposta às injúrias; 
 
- Os canalículos dentinários são calcificados. 
 
C) MATERIAL RESTAURADOR 
 
O material restaurador pode ser a resina 
composta, o cimento de ionômero de vidro ou o 
amálgama de prata. 
 
Classificação dos Agentes Protetores 
 
A) SELANTES 
 
Formam uma película fina, pois é um líquido. 
 
Sua função é vedar os túbulos dentinários e os 
espaços entre o dente e o material restaurador, 
evitando que haja infiltração; diminuir a 
penetração dos íons metálicos em restaurações de 
amálgama (pode escurecer o dente). 
 
1. VERNIZ CAVITÁRIO 
 
Usado somente em restaurações de amálgama. 
 
Não pode ser usado em restaurações em resina 
composta (impede a fotopolimerização) ou CIV 
(impede a adesão). 
 
Usado antes da cimentação de restaurações 
indiretas metálicas em dentes vitais. 
 
• Técnica de uso 
 
- Aplicar com microbrush; 
- 1ª camada + jatos de ar por 30s ou aguardar 
1min; 
- 2ª camada + jatos de ar por 30s ou aguardar 
1min. 
 
Obs: esse jato de ar é feito para evaporar as 
substâncias voláteis como a acetona e o álcool que 
são substâncias usadas para dissolver a resina 
sintética. 
 
2. SISTEMA ADESIVO 
 
- Deve-se fazer o condicionamento ácido; 
 
- Promove adesão ao esmalte e à dentina. 
 
B) FORRADORES CAVITÁRIOS 
 
Formam uma espessura de até 0,5 mm. 
 
1. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 
 
Não apresenta resistência mecânica. 
 
Usado somente no fundo da cavidade. Não pode 
ser usado nas paredes da cavidade pois impede a 
retenção. 
 
Se apresenta na forma de solução, pó ou pasta e 
cimento. 
 
• Solução 
 
Hidróxido de Cálcio PA (pró-análise – 
quimicamente puro) + água destilada = solução. 
 
Indicações: 
 
- Limpeza de cavidade; 
 
- Exposição pulpar; 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
3 
 
- Cavidades profundas; 
 
- Quando há sangramento, pois promove 
hemostasia; 
 
- Irrigação dos canais radiculares. 
 
• Pó ou pasta 
 
Usado em casos de capeamento pulpar direto, no 
ponto onde há exposição pulpar. 
 
Estimula a formação de ponte de dentina. 
 
 
 
 
Obs: Capeamento pulpar indireto: quando não há 
exposição pulpar (cavidades rasas, médias, 
profundas e bastantes profundas). 
 
• Cimento de Hidróxido de Cálcio 
 
Usado em cavidades muito profundas ou sobre o 
pó ou pasta de hidróxido de cálcio. 
 
1. Autoativado: pasta base e catalizadora. 
 
• Manipulação: 
 
1. As pastas base e reagente devem ser 
dispensadas em quantidades iguais sobre uma 
placa de vidro ou bloco de papel encerado; 
2. Utilizando uma espátula nº 70, deve-se misturar 
de forma rápida e eficiente com movimentos 
circulares pois a presa do cimento é rápida; 
3. A inserção do material na cavidade é feita com 
porta hidróxido de cálcio. 
 
2.Fotoativado: monomodal (necessário 
fotopolimerizador). 
 
2. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO 
 
Esse material faz a liberação de flúor (possui 
atividade cariostática). 
 
Possui resistência suficiente como agente protetor, 
e é indicado para cavidades médias, profundas e 
bastante profundas. 
 
É intermediário entre o material restaurador e as 
bases de hidróxido 
de cálcio. Pode ser 
usado sozinho ou 
por cima do 
hidróxido de cálcio. 
 
Pode ser quimicamente ativado ou fotoativado. 
 
O CIV também é usado como núcleo de 
preenchimento. 
 
• Manipulação: 
 
- Dividir o pó ao meio na placa de vidro; 
- Levar a primeira porção ao líquido e aglutinar 
durante 15s; 
- Depois levar a segunda porção à primeira e 
aglutinar por mais 15s. 
 
 
Figura 1. A) Dentina remanescente; 
B) CIV;C) Hidróxido de cálcio. 
C) BASES PROTETORAS 
 
Formam uma espessura de até 0,5 mm – 3,0 mm. 
 
Uma de suas funções é substituir a dentina 
destruída pela cárie, por exemplo, e reconstruir o 
assoalho cavitário. 
 
Hidróxido de Cálcio 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
4 
 
Figura 2. Resumo de proteção pulpar de acordo com a 
profundidade da cavidade e material restaurador. 
1. ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL 
 
Indicações: 
 
- Restaurações temporárias (curativo); 
- Base cavitária; 
- Tratamento expectante; 
- Tratamento endodôntico em dentes decíduos. 
 
Manipulação: 
 
1. Deve-se respeitar as proporções indicadas pelo 
fabricante; 
2. Utilizando uma placa de vidro, deve-se adicionar 
lentamente o pó ao líquido, espatulando com uma 
espátula nº 70 até que a mistura tenha um aspecto 
de massa (mais firme); 
3. Inserir na cavidade com calcador espatulado. 
 
• ÓXIDO DE ZINCO COM EBA 
 
- Pó em partículas menores; 
- Maior resistência; 
- Maior presa. 
 
• ÓXIDO DE ZINCO SEM EUGENOL 
 
O eugenol impede a polimerização da resina 
composta. 
 
Usado quando se quer usar o óxido de zinco, mas 
também resina composta. 
 
2. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO 
 
Os CIV’s podem ser convencionais e híbridos. 
 
Tratamento Expectante 
 
Feito em casos de cáries profundas onde não há 
exposição pulpar. 
 
1. Remoção da cárie com escavadores de dentina; 
 
2. Lavar a cavidade com a solução de hidróxido de 
cálcio, e logo depois secar; 
 
3. Inserir o cimento de hidróxido de cálcio + óxido 
de zinco e eugenol (sem excesso) ou CIV; 
 
4. Aguardar de 45 a 60 dias; 
 
5. Fazer o acompanhamento radiográfico; 
 
- Se houver dor, deverá ser feito tratamento 
endodôntico, e se não houver, deve-se observar se 
há formação de dentina secundária, remover esses 
materiais, proteger o CDP e restaurar 
definitivamente. 
 
Capeamento Pulpar Direto 
 
1. Remoção da cárie com brocas e escavadores de 
dentina; 
 
2. Lavar a cavidade com a solução de hidróxido de 
cálcio, secar a cavidade e logo após colocar o pó ou 
pasta de hidróxido de cálcio no local da exposição 
pulpar; 
 
3. Inserir o cimento de hidróxido de cálcio na 
cavidade + CIV e restaurar na mesma sessão com 
resina composta ou amálgama;4. fazer o acompanhamento radiográfico; 
 
- Se não houver dor, significa que houve sucesso no 
tratamento. 
Proteção Pulpar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• MTA: material usado para obturação de canal 
radicular. Hoje, está sendo usado para proteção 
pulpar. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
5 
 
• Corticosteróides: ostoporim (Minimiza a 
sensibilidade pós-operatória. É usado antes de 
inserir o pó ou pasta do hidróxido de cálcio). 
 
Aula 2 
 
Cimento de Ionômero de Vidro 
 
Indicações 
 
- Restaurações em dentes anteriores e posteriores, 
permanentes e decíduos; 
 
- Adequação do meio bucal (caráter provisório); 
 
- Material de proteção – usado como forro e base; 
 
- Selamento de cicatrículas e fissuras; 
 
- Cimentação de coroas, brackets, bandas etc; 
 
- Obturador de condutos; 
 
- Núcleos de preenchimento. 
 
Contra-Indicações 
 
- Cavidades com perda de esmalte vestibular pois 
não é um material estético; 
 
- Áreas submetidas a grandes esforços 
mastigatórios. 
 
Composição 
 
• Pó (cimento de silicato) 
 
- Sílica (SiO2); 
- Alumina (Al2O3); 
- Fluoreto de cálcio (CaF2); 
- Óxido de lantânio, estrôncio, bário ou zinco. 
 
 
 
 
 
• Líquido (cimento poliacrílico) 
 
- Solução aquosa de ácido poliacrílico à 50% 
(viscoso); 
 
- Solução de ácidos itônicos, maleico ou 
triacarboxílico; 
Ácido tartárico. 
 
Apresentação comercial 
 
• Pó e líquido; 
• Pó e água destilada; 
• Cápsula. 
 
Classificação quanto à 
composição química 
 
a) Convencionais 
 
• Desvantagens 
 
- Tempo de trabalho curto; 
- Tempo de presa longo; 
- Baixa resistência; 
- Sensibilidade à umidade; 
- Pouco estético. 
 
• Reação de presa 
 
- Toma presa por reação química ácido-base; 
- Presa inicial em 4min; 
- O cimento endurece 5 a 10 min após o inicio da 
manipulação; 
- Aparência opaca (desaparece após a presa final). 
 
 
 
 
 
 
 
b) Reforçado por metais 
 
Foi adicionado partículas metálicas ao ionômero (a 
prata, por exemplo) para aumentar a resistência 
O que diferencia um do outro é o tamanho da 
partícula do pó e a quantidade do líquido indicado 
pelo fabricante. Ex: para cimentação, a partícula 
deve ser menor; para servir como base, deve ser 
maior. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
6 
 
mecânica. Era usado como núcleo de 
preenchimento. 
 
• “Mistura milagrosa” – liga do amálgama 
misturado com o pó do ionômero. Propoção: 1 
concha do ionômero + 1 concha do amálgama + 
liquido do ionômero. 
 
• Cermets – prata já sinterizada junto com o pó na 
fabricação. 
 
- Maior resistência; 
 
- Menor liberação de flúor – o metal diminuía a 
liberação do flúor; 
 
- Estética ruim. 
 
 Reação de presa: 
 
- Reação ácido-base. 
 
c) Modificados por resina 
 
- Adição de componentes resinosos como HEMA e 
BIS – GMA. 
 
- Maior tempo de trabalho; 
 
- Menor tempo de presa; 
 
- Menor sensibilidade à umidade; 
 
- Maior resistência; 
 
- Mais estético. 
 
Obs: é o melhor de todos. 
 
Reação de presa: 
 
- Possui presa dual. 
 
- Reação de presa quimicamente ativada (reação 
ácido base) + reação de presa fotoativada (ativada 
por luz - fotopolimerizador). 
 
 
Cuidados com o material 
 
Cuidados que se devem ter para obter as 
propriedades mecânicas e adesivas máximas. 
 
1. ARMAZENAMENTO 
 
O pó pode ser armazenado em ambiente 
refrigerado, enquanto o líquido deve ser 
armazenado em temperatura ambiente. 
 
2. PROPORCIONAMENTO 
 
Sempre misturar o pó antes de manipular para que 
fique homogêneo; 
 
Seguir as instruções do fabricante; 
 
Usar pó e líquido SEMPRE do mesmo fabricante, 
assim como a concha dosadora. 
 
3. MANIPULAÇÃO 
 
Pode ser manual ou mecânica. 
 
• Manipulação manual: 
 
- Dividir o pó ao meio na placa de vidro; 
- Levar a primeira porção ao líquido e aglutinar 
durante 15s; 
- Depois levar a segunda porção à primeira e 
aglutinar por mais 15s. 
 
Obs: Não é recomendado espatular o CIV pois esse 
material é um gel, podendo romper as fibrilas e 
perder a resistência. 
 
Obs: Refrigerar a placa de vidro e a espátula 
aumenta o tempo de trabalho, porém não pode 
atingir a temperatura de orvalho (gotículas de água 
sobre a superfície) pois ocorre o efeito inverso 
(diminui). 
 
• Manipulação mecânica: 
 
- Pressionar a cápsula; 
- Uso do amalgamador por 10s; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
7 
 
- Utilizar logo após contato com o liquido. 
 
4. CONDICIONAMENTO 
 
O condicionamento com ácido poliacrílico 10-25% 
será feito quando o material for usado para 
restauração. Em casos de proteção do CDP não há 
necessidade do condicionamento. Deve-se aplicar 
com microbsuh e deixar por 10s → lavar → secar. 
 
- Promove limpeza; 
- Diminui a energia de superfície/ ângulo de 
contato; 
- Aumenta a adesão; 
- Aumenta o molhamento/ escoamento. 
 
O condicionamento ácido remove a lama 
dentinária/ smear layer, que é formada por restos 
de dentina e microrganismos, abrindo a 
embocadura dos túbulos dentinários e 
promovendo a adesão. 
 
Sobre a adesão do CIV ao substrato dental 
 
O ionômero de vidro tem adesão verdadeira, pois 
o grupo carboxílico dos ácidos do ionômero 
reagem com o cálcio do esmalte e da dentina 
promovendo a adesão. 
 
Obs: Quando o ionômero está fosco, não apresenta 
adesão pois começa a ficar borrachóide. Só deve 
ser usado quando a superfície estiver brilhosa. 
 
5. INSERÇÃO 
 
A inserção pode ser feita com alguma espátula 
(metálica ou plástica), calcador espatulado, porta 
hidróxido de cálcio ou seringa centrix. 
 
• Seringa centrix 
 
- Facilita a inserção; 
- Diminui a porosidade do material; 
- Promove melhor adaptação marginal. 
 
 
 
 
6. PROTEÇÃO 
 
O ionômero deve ser protegido pois há muita água 
na sua composição, e essa água é perdida para o 
meio, causando ressecamento e trincas. 
 
- Verniz; 
- Adesivo; 
- Esmalte para unha incolor; 
- Vaselina sólida. 
 
 
 
 
 
 
7. ACABAMENTO 
 
Feito com tiras de lixa de granulação fina, brocas 
multilaminadas, pontas diamantadas, discos e etc. 
 
Os cimentos convencionais demandam até 24h 
para fazer o acabamento; já os modificados por 
resina e por metais, pode dar o acabamento na 
mesma sessão. 
 
Propriedades 
 
• Adesividade 
 
O cimento de ionômero de vidro, quando inserido 
na estrutura dentária, tem a capacidade de se ligar 
quimicamente. Isso ocorre devido à ligação 
química entre os grupos carboxílicos dos poliácidos 
e os íons cálcio existentes no esmalte, dentina e 
cemento. A união adesiva ao esmalte é superior 
que na dentina, em função de ser uma estrutura 
mais mineralizada. 
 
A união adesiva é maior nos cimentos modificados 
por resina. 
 
Só há adesão se a superfície do ionômero estiver 
brilhosa, pois é quando há a presença dos ácidos. 
 
 
 
 
A água é o componente mais importante do 
líquido, e está presente em 24% do cimento 
endurecido. 
A água perdida causa ressecamento e trincas. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
8 
 
• Liberação de flúor 
 
Através da liberação de íons flúor, o cimento de 
ionômero de vidro consegue manter ao seu redor 
um ambiente propício à remineralização, pois o 
flúor interfere no metabolismo das bactérias, se 
liga ao esmalte tornando-o mais resistente aos 
ácidos e diminui a desmineralização. 
A utilização do flúor, além de melhorar as 
propriedades de manipulação e a resistência, 
confere ao material uma propriedade 
anticariogênica, prevenindo a instalação de lesões 
cariosas. 
A liberação de flúor é de maior intensidade nas 
primeiras 24h – 48h, e o CIV funciona como um 
reservatório (absorve o flúor do dentifrício 
fluoretado, por exemplo, e libera lentamente o 
flúor, tendo um ‘‘efeito esponja’’). 
 
a) CIVs modificados por resina: níveis comparados 
aos CIVs convencionais. 
 
b) Cerments: menos que os convencionais. 
 
c) Mistura milagrosa: mais que os cerments. 
 
d) CIV encapsulado: maior liberação de flúor. 
 
• Coeficiente de expansão térmica 
 
As estruturais dentárias (esmalte e dentina), assim 
como os materiais restauradores, sofrem 
alterações dimensionais, em funçãodas alterações 
térmicas que ocorrem na boca. As mudanças de 
temperatura irão causar espaços na interface 
dente/restauração proporcionais aos coeficientes 
de dilatação ou contração dos materiais e do 
dente. Por essa interface poderão penetrar os 
fluidos orais, podendo causar irritação pulpar e 
recidiva de cárie. 
Os cimentos de ionômero de vidro apresentam os 
coeficientes de expansão térmica mais próximos 
aos da estrutura dentária, sendo similar ao do 
esmalte e da dentina, e podendo variar entre as 
marcas. 
 
 
 
• Biocompatibilidade 
 
A boa compatibilidade biológica dos cimentos de 
ionômero de vidro se explica por sua eficiente 
capacidade de vedamento marginal, impedindo a 
penetração bacteriana e seus efeitos deletérios à 
estrutura dental, devido a capacidade de liberarem 
flúor, em pH inicial baixo, adesão química a 
estrutura dentária e liberação de cátions metálicos. 
O cimento de ionômero de vidro possui baixa 
resposta pulpar pois possui ácidos fracos na sua 
composição que não causam irritação e nem 
necrose. O ácido poliacrilico possui moléculas 
grandes, que obliteram os túbulos dentinários 
impedindo a chegada dos ácidos à polpa. 
 
• Resistência mecânica 
 
A resistência mecânica do cimento de ionômero de 
vidro é inferior à dos compósitos (resinas 
compostas), e não é indicado para restaurações 
definitivas em adultos (devido a carga 
mastigatória), somente em crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
9 
 
Aula 3 
 
Materiais Restauradores 
Estéticos de Inserção Indireta 
 
Os materiais restauradores estéticos de inserção 
indireta são as resinas compostas (de laboratório) 
e as cerâmicas. 
 
Podem ser usadas com ou sem estrutura metálica. 
 
Indicações 
- Inlay; 
- Onlay; 
- Overlay; 
- Facetas laminadas; 
- Pontes fixas; 
- Lentes de contato; 
- Restaurações sobre implante. 
 
1. Resinas compostas indiretas 
 
Indicada para restaurações estéticas em dentes 
anteriores e posteriores. 
 
• Vantagens 
 
- Facilidade de obtenção dos contornos 
anatômicos, anatomia oclusal, pontos de contato; 
- Polimerização mais efetiva; 
 
- Maior resistência ao desgaste; 
- Não gera tensão sobre a estrutura dental (menor 
contração de polimerização). 
 
• Desvantagens 
 
- Maior tempo clínico e várias etapas; 
 
- Preparos menos conservadores. 
 
• Composição básica 
 
- Similar às da resina composta de uso direto, com 
algumas modificações; 
- Maior quantidade de partículas inorgânicas (60-
70% em volume), com menor tamanho; 
 
- Novas matrizes em substituição ao BIS – GMA; 
 
- Adição de partículas cerâmicas (dão resistência e 
estética). 
 
• 1980: resinas compostas de 1ª geração 
 
 - Compostas principalmente de material resinoso; 
 
- Carga: micropartículas 0,4 (até 50%); 
 
- Propriedades físicas limitadas (baixa resistência à 
carga oclusal, alteração de cor). 
 
• 1990: resinas compostas de 2ª geração 
 
- Carga: microhibrida de tamanhos variados 
(grande quantidade + matriz resinosa + partículas 
cerâmicas); 
 
- Melhores propriedades físicas e mecânicas, 
menor contração de polimerização; 
 
- São adaptações das resinas compostas de uso 
direto, tendo uma fotopolimerização mais efetiva. 
 
• Métodos de polimerização 
 
a) Fotopolimerização; 
 
b) Fotopolimerização + calor; 
 
c) Fotopolimerizaçào + calor + luz; 
 
d) Fotopolimerização + calor sobre pressão. 
 
• Objetivo da polimerização adicional 
 
- Aumentar o grau de conversão do polímero e 
monômero, influenciando positivamente nas 
propriedades. 
 
- Resistência ao desgaste, estabilidade dimensional 
de cor altas. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
10 
 
• Resinas reforçadas com fibras 
 
Restaurações mais resistentes. 
 
Não estético → metal → dificuldade de união com 
a resina composta. 
 
• Fibras de reforço 
 
Pode ser usada para próteses provisórias e fixas e 
reparo de próteses totais. 
 
• Classificação quanto a composição 
 
a) Vidro (mais resistente; mais utilizada); 
b) Polietileno; 
c) Carbono. 
 
• Classificação quanto a forma de apresentação 
 
a) Fibras unidirecionais ou paralelas; 
b) Fibras entrelaçadas. 
c) Fibras trançadas. 
 
2. Cerâmicas odontológicas 
 
 - 1774: fabricação de dentes de porcelana para 
próteses totais; 
 
- 1886: coroas de jaqueta de porcelana; 
 
- Coroas metalocerâmicas; 
 
- Última década: restaurações indiretas em 
cerâmica pura. 
 
• Propriedades 
 
- Estética (translucidez, cores variadas e estáveis); 
- Alta resistência ao desgaste e à compressão; 
 
- Baixa condutibilidade térmica e elétrica; 
- Biocompatibilidade. 
 
• Desvantagens 
 
- Friável (trincas e fraturas); 
- Dificuldade de reparo; 
- Alta capacidade de desgaste ao dente 
antagonista. 
 
• Composição 
 
- Matriz vítrea à base de sílica: influencia nas 
propriedades ópticas e adesivas; 
 
- A fase cristalina está relacionada a resistência 
(alumina, magnésio, zircônia). 
 
• Apresentação comercial 
 
- Pó; 
- Blocos torneáveis. 
 
• Classificação quanto à composição 
 
a) Cerâmicas ricas em sílica 
 
- Apresenta mais de 15% de matriz. 
 
1. Cerâmicas feldspáticas 
 
- Estética excelente; 
 
- Alto módulo de elasticidade (rígida); 
 
- Pouca resistência (65 a 90 Mpa); 
 
- Indicada para restaurações metalocerâmicas e 
coroas unitárias anteriores. 
 
2. Cerâmicas feldspáticas reforçadas com leucita 
 
- A leucita é um mineral; 
 
- Apresenta maior resistência (90 a 180 Mpa); 
 
- Indicada para coroas unitárias em dentes 
anteriores e posteriores, inlays, onlays e facetas 
laminadas. 
 
3. Cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio 
 
- Resistência (300 a 400 Mpa) – 7x maior que as 
feldspáticas; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
11 
 
- Sua translucidez é inferior (opaca); 
 
- Vantagens: ausência de infraestrutura metálica 
ou opaca; resistência. 
 
- Inicações: infraestrutura unitária ou de até 3 
elementos a qual serão aplicadas cerâmicas de 
cobertura (feldspáticas). 
 
b) Cerâmicas pobres em sílica 
 
- Apresenta menos de 15% de matriz; 
 
- Se é pobre em sílica, apresenta muita resistência. 
 
1. Cerâmicas ricas em alumina. 
 
- Composição básica similar à feldspática + 50% de 
alumina; 
 
- Perda de translucidez e opacidade; 
 
- Mais resistente à fratura podendo ser usada sem 
infraestrutura metálica (região anterior) – 450 a 
700 Mpa); 
 
- Indicações: infraestrutura unitária ou de próteses 
parciais fixas de até 3 elementos para região 
anterior a qual serão aplicadas cerâmicas de 
cobertura. 
 
2. Cerâmica rica em zircônia 
 
- Adição de óxido de zircônia; 
 
- Apresenta resistência – 1000 Mpa; 
 
- Alta opacidade, estética ruim; 
 
- Indicações: infraestrutura unitária ou até 3 
elementos a qual serão aplicadas cerâmicas de 
cobertura. 
 
 
 
 
 
 
• Classificação quanto à sensibilidade da superfície 
 
a) Ácidos sensíveis 
 
- São ricas em matriz resinosa; 
 
- A matriz se degrada na presença do ácido 
fluorídrico à 10% (1min ou 20s); 
 
- O ácido fluorídrico ataca a matriz de sílica, 
dissolvendo-a e deixando-a porosa 
(microrretenção); 
 
- Depois do condicionamento ácido, aplica-se o 
silano (agente de união); 
 
- Maior retenção do cimento resinoso (ricas em 
sílica) 
 
b) Ácidos resistentes 
 
- A matriz não se degrada pois é pobre em sílica 
(pouca matriz). 
 
• Classificação da cerâmica quanto ao 
processamento laboratorial 
 
a) Cerâmicas estratificadas 
 
- Pó e líquido (água destilada pura ou com adição 
de glicerina ou álcool) →	pasta → pincelar sobre 
troquel ou infraestrutura cerâmica ou metálica → 
forno em alta temperatura 
- Ela se contrai (perde água); 
 
- É chamada se estratificada pois é possível fazer 
reaplicações sendo possível estratificar a cor, 
translucidez, etc. 
 
- Apresenta boa estética e baixa resistência. 
 
b) Cerâmicas injetadas ou prensadas 
 
- Técnica da cera perdida →	encera	→ inclusão no 
anel/ revestimento → forno → evapora a cera em 
pastilhas cerâmicas fundidas → injetadas sob calor 
e pressão no espaço deixado pela ceraMais resistente do que a rica em alumina. 
 
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12 
 
c) Cerâmicas usinadas ou fresadas 
 
- Sistema computadorizado (CAD/CAM); 
- Escaneamento do preparo na boca do paciente ou 
modelo; 
- Usinar blocos de cera → forma de restauração ou 
infraestrutura e auxilio de computação 
- Alta resistência; 
- Apresenta cor única (monocromática). 
- Pode ser feita cobertura de outros tipos de 
cerâmica ou pintura 
 
Aula 4 
 
Materiais Utilizados em Endodontia 
 
Objetivos do tratamento endodôntico 
 
Desinfectar e selar hermeticamente os canais 
radiculares, para que não haja contaminação e 
proliferação de microrganismos nos canais 
radículares. 
 
Soluções irrigadores 
 
- Eliminar restos pulpares, sangue e raspas de 
dentina; 
- Eliminar a flora bacteriana; 
- Umedecer e lubrificar as paredes facilitando a 
instrumentação; 
- Remover a camada residual e a smear layer. 
 
Substâncias tensoativas (detergente) 
 
• Funções 
 
- Baixar a tensão superficial das paredes do canal; 
- Remover gordura. 
 
• Requisitos 
 
- Dissolver os tecidos; 
- Ação antimicrobiana; 
- Biocompatibilidade; 
- Hidrossolúvel (promover limpeza dos canais); 
- Lubrificante; 
- Apresentar baixa tensão superficial. 
 
• Tipos de soluções irrigadoras 
 
a) Hipoclorito de sódio; 
b) Peróxidos (peróxido de uréia – mais 
comum); 
c) Soluções de hidróxido de cálcio P.A; 
d) Quelantes (EDTA). 
 
Medicamentos 
 
Utilizados dentro do canal radicular para controlar 
a quantidade de bactérias. 
 
a) Tricresol formalina; 
b) P. Monocloro-fenol; 
c) Fenol; 
d) Hidróxido de cálcio P.A. 
 
Solventes 
 
Utilizados em canais que necessitam de 
retratamento. Os solventes irão dissolver a guta-
percha. 
 
a) Eucaliptol; 
b) Xilol; 
c) Óleo de casca de laranja. 
 
Ponta de papel absorvente 
 
- Fazem a secagem dos canais radiculares; 
- Possuem vários calibres. 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
13 
 
Materiais para obturação dos canais 
radiculares 
 
- Cone de guta-percha; 
- Cimento endodôntico. 
 
• Requisitos 
 
- Fácil de ser introduzido no canal; 
- Obliterar o canal lateral e apicalmente; 
- Depois de inserido não pode contrair; 
- Ser impermeável a umidade; 
- Não manchar as estruturas dentárias; 
- Endurecer lentamente; 
- Bacteriostático; 
- Radiopaco; 
- Estéril ou fácil de esterilizar; 
- Não irritar o tecido gengival; 
- Ser removido do canal se necessário. 
 
a) Cone de Guta-percha 
 
- Material termoplástico; 
- Possui calibres variado. 
 
• Vantagens: 
 
- Boa adaptação às paredes dos canais; 
- Amolecimento e plastificação através do calor ou 
de solventes químicos; 
- Radiopaco; 
- Facilidade de remoção, se necessário. 
 
• Composição: 
 
- Guta-percha; 
- Óxido de zinco; 
- Sais metálicos pesados; 
- Cera de resina. 
 
b) Cimentos endodônticos 
 
- Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol 
(OZE); 
- Cimentos à base de resina; 
- Cimentos à base de ionômero de vidro; 
- Cimentos à base de hidróxido de cálcio. 
• Apresentação comercial dos cimentos 
endodônticos 
 
a) Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol 
 
- Pó e líquido. 
 
• Instrumental: espátula nº 24 e placa de vidro 
fina. 
 
• Manipulação: colocar o pó e o líquido na placa, 
a proporção é feita de acordo com o fabricante. 
Levar o pó de encontro 
ao líquido fazendo 
movimentos amplos e 
circulares, até formar 
um fio ao erguer a 
espátula. 
 
b) Cimentos à base de resina 
 
• Instrumental: espátula nº 24 e placa de vidro 
fina. 
 
1. Pó e resina: colocar o pó e o líquido na placa, a 
proporção é feita de acordo com o fabricante. 
Levar o pó de encontro ao líquido fazendo 
movimentos amplos e circulares. 
 
2. Pasta/Pasta: colocar comprimentos iguais das 
pastas na placa, levando o catalizador de encontro 
à base e espatulando em movimentos amplos e 
circulares. 
 
c) Cimentos à base de ionômero de vidro 
 
- Cápsulas. 
 
d) Cimentos à base de hidróxido de cálcio. 
 
• Instrumental: espátula nº 24 e placa de vidro 
fina. 
 
1. Pó e resina: colocar o pó e o líquido na placa, a 
proporção é feita de acordo com o fabricante. 
Levar o pó de encontro ao líquido fazendo 
movimentos amplos e circulares. 
 
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14 
 
2. Pasta/Pasta: colocar comprimentos iguais das 
pastas na placa, levando o catalizador de encontro 
à base e espatulando em movimentos amplos e 
circulares. 
 
Seladores de cavidades 
 
a) Óxido de zinco e eugenol; 
b) Pulpo-San; 
c) IRM. 
 
• Manipulação 
- Instrumental: placa de vidro, espátula nº 70 e 
calcador espatulado (para inserção do material). 
 
A proporção é empírica, de acordo com o tamanho 
da cavidade. A manipulação é feita com 
movimentos circulares. 
 
Materiais Utilizados em Periodontia 
 
Cimento cirúrgico 
 
• Funções 
 
- Auxilia a cicatrização: protege o tecido (não tem 
propriedades curativas); 
- Diminuem a possibilidade de infecção e 
hemorragia pós-operatória; 
- Impedem o trauma superficial durante a 
mastigação; 
- Protegem da dor, impedindo o contato da ferida 
com o meio. 
 
• Composição 
 
a) Pó e líquido 
 
- Pó: óxido de zinco e acetato de zinco (acelerador). 
 
- Líquido: eugenol (pode induzir a reação alérgica). 
 
- Manipulação: colocar o pó e o líquido numa placa 
de vidro (proporção de forma empírica), e com 
uma espátula nº 70 levar o pó de encontro ao 
líquido até formar uma massa. 
b) Pasta/Pasta 
 
- Base: óxido de zinco (plasticidade), goma 
(coesividade), fungicida. 
 
- Reagente: ácidos oleosos espessados + resina; 
breu ou colofônia (espessamento da mistura); 
agente bacteriostático (clorotimol). 
 
• Considerações sobre a aplicação 
 
- A mistura para ser 
inserida deve ser 
homogênea e espessa; 
- Formar cilindros com 
dedos lubrificados; 
- Aplicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
 
Figura 3. Modelo padrão 
confeccionado em modelo de gesso. 
Aula 5 
 
Fundição de Ligas Odontológicas 
 
Fundição é o processo pelo qual uma liga metálica 
fundida, ocupa o espaço chamado de molde dando 
origem a peça metálica. 
 
• Etapas: Preparo cavitário → moldagem/molde 
→ modelo de gesso → laboratório → 
restauração indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações 
- Blocos; 
- Inlay; 
- Onlay; 
- Núcleos metálicos; 
- Aparelha protéticos. 
 
Fases da Fundição 
 
1. Confecção do modelo padrão 
 
Deve ser uma cópia fiel da estrutura perdida, 
reestabelecendo a superfície oclusal, ponto de 
contato, etc. 
 
• Material 
 
- Resina acrílica; 
- Cera (pode ser na forma de pasta ou bastão). 
 
As ceras são materiais termoplásticos que 
apresentam memória elástica e sujeitos à 
distorção. 
 
 
• Características 
 
- Devem ser uniformes quando plastificadas; 
- Não devem descamar; 
- Devem apresentar escoamento adequado. 
 
• Técnicas de confecção do modelo de cera 
- Wilson (gotejamento): deve-se esquentar uma 
espátula nº 7 numa lamparina e levar de encontro 
a cera, tornando-a líquida, pronta para fazer o 
gotejamento no modelo de gesso. 
 
- Hollenback (compressão): é feito com cera em 
bastão, levando-a de encontro às chamas de uma 
lamparina, fazendo com que ela plastifique, a partir 
disso, deve-se comprimir no modelo de gesso. 
 
 
 
 
 
• Métodos de obtenção do padrão 
 
a) Método direto 
 
Obtido diretamente na boca do paciente. Faz-se o 
preparo cavitário, plastifica a cera e leva à boca do 
paciente. Deve-se então fazer a escultura, fazendo 
o padrão de cera na boca. 
 
- Menos falhas; 
- Exige maior habilidade manual; 
- Maior dificuldade de visualização; 
- Sensibilidade do paciente. 
 
b) Método indireto 
 
Obtido no modelo de gesso. 
 
- Maior visualização da área; 
- Facilidade na escultura; 
- Acúmulo de falhas (várias etapas). 
 
 
 
 
O padrão deve ter a superfície lisa e polida, 
consequentemente tendo um menor tempo 
gasto no acabamento e polimento. 
 
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16 
 
2. Fixação do pino guia ou “sprue” do padrão 
decera 
 
 
 
• Material 
 
- Metal (aço inox, latão); 
- Plástico (resina acrílica); 
- Cera. 
 
• Direção e local de fixação 
 
- Formar um ângulo de 45º com o padrão de cera; 
- Área de maior volume do padrão (face proximal – 
logo abaixo das cúspides). 
 
• Funções 
 
- Remover o padrão de cera da cavidade; 
- Formar o canal de alimentação (saída da 
cera/entrada da liga fundida). 
 
• Características do pino 
 
- Oco (guarda menos calor, destruindo menos o 
modelo); 
- Desoxidado (para não contaminar a liga que irá 
entrar); 
- Reto, liso e uniforme; 
- Diâmetro de 1,3 a 2,6 mm; 
- Tamanho de 6,0 a 9,0 mm. 
 
• Câmara de compensação ou de reserva 
 
- Reservatório; 
- Distante 1, 0 a 2,0 mm do padrão; 
- Volume +/- dobro do volume do padrão; 
- Função: acumula liga líquida por mais tempo 
suprindo a contração localizada da liga metálica 
(porosidade). 
 
 
3. Seleção da base formadora de cadinho 
 
• Material 
 
- Borracha; 
- Metal; 
- Silicone. 
 
• Função 
 
- Formação do reservatório (cadinho) por onde 
passará a liga metálica fundida. 
 
4. Seleção do anel para fundição 
 
• Material do anel 
 
- Ferro, bronze, níquel, aço inoxidável; 
- Silicone. 
 
• Dimensão 
 
- Pequeno; 
- Médio; 
- Grande. 
 
• Forro 
 
- Papel cerâmico; 
- Silicato de alumínio cerâmico. 
 
 
 
 
 
Funções do forro: 
 
- Facilitar a limpeza do anel; 
- Servir como isolante térmico; 
- Formar coxim amortecedor permitindo maior 
expansão do revestimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-fabricados 
Pino metálico 
De acordo com o 
tamanho do padrão. 
O forro deve ser úmido (para que ele 
não roube a água do revestimento) e 
3mm aquém das bordas do anel. 
 
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17 
 
5. Inclusão do padrão 
 
Recobrimento do padrão com revestimento. 
 
Revestimento: material refratário formador de 
molde que será preenchido pela liga metálica no 
estado líquido. 
 
 
 
• Composição 
 
- Aglutinante: gesso, fosfato, etilsilicato. 
- Refratário: sílica. 
 
• Tipos 
 
1. Aglutinados por gesso: temperatura de 
fusão do metal inferior a 1200ºC. Indicado 
para inlay, onlay e overlay. 
2. Aglutinados por fosfato: ligas com alto 
ponto de fusão, como metalocerâmicas. 
3. Aglutinados por silicato de etila: PPRG. 
 
• Requisitos do revestimento 
 
- Fácil manipulação; 
- Resistente às altas temperaturas; 
- Resistente ao impacto da força do metal fundido; 
- Expansão – compensar a contração da cera e da 
liga; 
- Ser poroso – escape do ar do interior do molde; 
- Fácil remoção. 
 
• Manipulação 
 
- Manual ou mecânica; 
- Materiais: cuba de borracha, espátula de aço; 
- Proporção água/pó; 
- Mistura plástica. 
 
 
• Tipos de inclusão 
 
a) Um tempo 
 
- Única manipulação do revestimento; 
- Uma expansão de presa. 
 
b) Dois tempos 
 
- Duas manipulações do revestimento; 
- Duas expansões de presa (compensam a 
contração do padrão de cera e da liga metálica). 
 
6. Remoção da base formadora de cadinho e 
pino guia 
 
- Base: segurar o anel e fazer movimento de 
rotação para tirar a base. 
- Pino metálico: com auxilio de um alicate, 
esquentar o pino e fazer movimento de tração para 
tirá-lo, deixando o canal de alimentação para a 
cera. 
 
7. Aquecimento do anel no forno 
 
• Funções 
 
- Eliminar toda a cera ou resina; 
- Eliminar qualquer resto de umidade; 
- Elevar a temperatura do revestimento para 
receber a liga metálica fundida; 
- Obter a expansão térmica do revestimento. 
 
8. Fusão da liga 
 
- Seleção da liga; 
- Quantidade utilizada: 2x maior que o padrão; 
- Utilizar maçarico ou forno específico para fazer a 
fundição da liga. 
 
9. Libertação da peça 
 
- Esperar 2 a 3 minutos; 
- Emergir em água fria; 
- Escovar a peça; 
- Fazer exame visual. 
 
 
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18 
 
10. Acabamento e polimento 
 
 10.1. Acabamento 
 
- Jateamento com óxido de alumínio; 
- Remoção do botão com disco de carborundo; 
- Brocas, pedras e discos de lixa. 
 
10.2. Polimento 
 
- Pedra pomes, branco de Espanha e escovas. 
 
11. Cimentação 
 
Levar a peça a boca do paciente e fazer a 
cimentação. 
 
 
Figura 4. Restauração metálica indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6 
Agentes Clareadores 
 
Tipos de clareamento 
 
a) Dente vitais 
b) Dentes não-vitais 
 
Causas de escurecimento dos dentes 
 
a) Manchas extrínsecas 
 
Ocorrem na superfície dos dentes devido ao 
consumo de: 
 
- Chá, café, bebidas e alimentos corantes artificias; 
- Tabaco e seus derivados; 
- Acúmulo de placa e cálculo. 
 
b) Manchas intrínsecas 
 
Mais complexas e difíceis de serem tratadas. As 
causas das manchas são: 
 
- Necrose pulpar; 
- Hemorragia pulpar; 
- Envelhecimento humano; 
- Materiais restauradores; 
- Doenças metabólicas ou uso de medicamentos 
durante a formação do dente: porfiria congênita, 
hepatite neonatal, tetraciclina, flúor, etc. 
 
→ Agentes clareadores 
 
a) Peróxido de hidrogênio 
b) Peróxido de carbamida 
c) Perborato de sódio – dentes não-vitais. 
 
a) Peróxido de hidrogênio 
 
- Gel incolor; 
- Alta capacidade de clareamento; 
- Pode ser encontrado em baixas ou altas 
concentrações; 
- 1,5 a 10% (uso caseiro); 
- 30 a 38% (uso no consultório). 
dentes vitais 
e não-vitais 
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19 
 
b) Peróxido de carbamida 
 
- Gel incolor; 
- Possui várias concentrações; 
- 10 a 16%, 20 a 22% (uso caseiro, no período de 2 
a 4h); 
- Acima de 30% (usado no consultório para clarear 
dentes vitais e não-vitais). 
 
• Pode ser: 
 
- Espessado por carbapol (aumenta a viscosidade e 
a estabilidade do gel, tendo liberação lenta de 
oxigênio); 
- Sem carbapol. 
 
c) Perborato de sódio 
 
- Apresenta-se na forma de pó; 
- Usado apenas no consultório para clareamento 
endógeno; 
- O paciente fica com um curativo por alguns dias 
dentro da câmara pulpar. 
 
Mecanismo de ação dos 
agentes clareadores 
 
Os géis clareadores atuam através da oxidação dos 
elementos que escurecem os dentes. O oxigênio 
por ter um baixo peso molecular, transpõe o 
esmalte e a dentina e faz a lise das moléculas que 
causam escurecimento (que tem alto peso 
molecular), que são eliminadas por difusão, 
deixando os dentes mais claros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Clareamento caseiro com moldeira 
 
- Produto utilizado com mais frequência: peróxido 
de carbamida em baixas concentrações; 
- Usar diariamente durante o tempo recomendado 
pelo cirurgião dentista. 
 
2. Clareamento em consultório 
 
a) Dentes vitais 
 
- Resultados rápidos; 
- Isolamento absoluto com dique de borracha ou 
barreiras gengivais. 
 
• Produtos mais utilizados: 
 
- Peróxido de carbamida; 
- Peróxido de hidrogênio. 
 
b) Dentes não-vitais 
 
• Produtos utilizados: 
 
- Peróxido de carbamida; 
- Peróxido de hidrogênio; 
- Perborato de sódio. 
 
1. Isolamento do 
dente com dique de 
borracha; 
2. Registro da altura 
da coroa; 
3. Acesso à câmara 
pulpar: 3mm além 
da cervical da coroa 
clínica; 
4. Aplicação do produto dentro da câmara e na 
superfície do dente escurecido; 
5. Selamento cervical com fosfato de zinco ou CIV; 
6. Repetição a cada 7 dias (3 ou 4 sessões). 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
20 
 
Produtos vendidos diretamente 
 ao consumidor 
 
- Creme dental; 
- Produto aplicado com pincel; 
- Produtos a base de carvão; 
- Gomas de mascar. 
 
Conclusão 
 
- O clareamento dental é um procedimento 
estético amplamente utilizado; 
- Os pacientes precisam ser alertados sobre 
possíveis efeitos colaterais; 
- Os agentes clareadores devem ser utilizados sob 
acompanhamento profissional; 
- O profissional deve se manter atualizado quanto 
aos produtos e técnicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 
 
Cimentação – Agentes Cimentantes 
 
A cimentação é o preenchimento do espaço 
(interface) entre o dente e a restauração indireta 
por meio de um agente cimentante. 
 
 
 
Objetivos 
 
- Assentamento do material restaurador; 
- Preenchea interface dente/restauração; 
- Vedamento marginal, impedindo a penetração 
dos fluidos orais e bactérias. 
 
Mecanismo de cimentação de 
 uma peça protética 
 
A: conjunto da peça 
protética e 
respectivo preparo 
cavitário. 
B: agente de 
cimentação aplicado 
na superfície interna 
da peça deve cobrir 
toda a superfície. 
C: o espaço para 
expelir o excesso de 
cimento diminui 
conforme a prótese chega na sua posição final de 
assentamento. 
D: a maior expulsividade do preparo deixa mais 
espaço livre para a expulsão do excesso de 
cimento. 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
21 
 
Requisitos para um Agente Cimentante 
 
- Biocompactibilidade; 
- Insolúvel; 
- Alta resistência a compressão e tração; 
- Isolante térmico, elétrico e mecânico; 
- Espessura da película (não pode ser mais que 25 
micrometros); 
- Adesão ao dente e aos metais; 
- Tempo de trabalho longo; 
- Escoamento. 
 
Tipos de Cimentação 
 
a) Cimentação provisória 
 
Fixação por tempo determinado através de um 
agente cimentante provisório. 
 
• Pode ser a base de: 
 
- Hidróxido de cálcio; 
- Óxido de zinco e eugenol; 
- Óxido de zinco sem eugenol; 
- Resina composta. 
 
b) Cimentação definitiva 
 
Fixação por tempo indeterminado através de um 
agente cimentante definitivo. 
 
1. CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO 
 
• Indicações: 
 
- Restaurações metálicas fundidas; 
- Coroas metalocerâmicas; 
- Pinos intra-radiculares; 
- Cerâmicas pobres em sílica; 
- Coroas e próteses fixas. 
 
• Composição: 
 
1. Pó 
 
- Óxido de magnésio; 
- Óxido de zinco; 
- Óxido de bismuto; 
- Sílica. 
 
2. Líquido 
 
- Solução de ácido fosfórico a 38%; 
- Fosfato de alumínio; 
- Fosfato de zinco; 
- Água. 
 
• Técnica de manipulação: 
- Placa de vidro grossa e resfriada (18 a 24ºC); 
- Espátula metálica; 
- Proporção pó/líquido fornecido pelo fabricante; 
- Deve-se dividir em 6 partes, levar o pó de 
encontro ao líquido e realizar movimentos amplos 
e circulares com a espátula metálica; 
- Tempo de manipulação 1min30s = 90s. 
 
 
Figura 5. Divisão correta do pó para 
manipulação do cimento. 
Obs: a placa de vidro deve ser grossa para absorver 
o calor liberado pelo cimento (reação exotérmica) 
durante a manipulação. A divisão do pó em 6 
partes e a realização de movimentos amplos e 
circulares, ocupando uma grande área da placa, 
também contribui para dissipar o calor. 
 
• Considerações: 
 
- Pó: manter o frasco fechado (absorve CO2 do 
ambiente = mistura porosa e menos resistente); 
- Líquido: usar somente 80% do conteúdo; 
- Modificações no tempo de trabalho e de presa; 
- Reação exotérmica; 
- Relação pó-líquido; 
- Não usar marcas diferentes do pó e líquido. 
 
 
 
 
base + catalizador 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
22 
 
• Propriedades: 
 
- Endurecimento: químico; 
- Solubilidade: alta; 
- Resistência à compressão: 90Mpa; 
- Película: 25 micrometros; 
- Tempo de trabalho: 2 a 3 minutos; 
- Tempo de presa: 8 a 9 minutos; 
- Flúor: não; 
- Adesão: não. 
 
• Desvantagens: 
 
- Irritante pulpar devido ao ácido fosfórico a 38%; 
- Falta de adesão. 
 
COMO O CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO ATUA 
NA CIMENTAÇÃO DAS PEÇAS? 
 
O cimento de fosfato de zinco se une ao elemento 
dental por retenção/adesão mecânica, que é 
chamado de embricamento mecânico obtido 
através do jateamento com óxido de alumínio, 
deixando a superfície porosa, onde o cimento se 
adere. O cimento penetra nas irregularidades na 
estrutura dental e 
na peça. Com a 
presa, esses pontos 
de retenção ajudam 
na manutenção da 
coroa em posição. 
 
2. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO TIPO I 
 
• Composição: 
 
1. Pó (cimento de silicato): 
 
- Sílica (SiO2); 
- Alumina (Al2O3); 
- Fluoreto de cálcio (CaF2); 
- Óxido de lantânio, estrôncio, bário ou zinco. 
 
2. Líquido (cimento poliacrílico): 
 
- Solução aquosa de ácido poliacrílico à 50% 
(viscoso); 
- Solução de ácidos itônicos, maleico ou 
triacarboxílico; 
 
- Ácido tartárico. 
 
• Indicações: 
 
- Restaurações metálicas fundidas; 
- Coroas metalocerâmicas; 
- Pinos intra-radiculares; 
- Cerâmicas pobres em sílica; 
- Coroas e próteses fixas. 
 
• Apresentação comercial: 
 
- CIV convencional; 
- Modificados por resina/híbrido. 
 
• Técnica de manipulação: 
 
- Dividir o pó ao meio na placa de vidro; 
- Levar a primeira porção ao líquido e aglutinar 
durante 15s; 
- Depois levar a segunda porção à primeira e 
aglutinar por mais 15s. 
 
• Propriedades: 
 
- Sobulidade: alta; 
- Resistência à compressão: 70Mpa; 
- Película: 17 micrometros; 
- Tempo de trabalho: 2 a 3 minutos; 
- Tempo de presa: 4 a 7 minutos; 
- Flúor: sim; 
- Adesão: sim. 
 
• Técnica de cimentação do ionômero: 
 
- Isolamento; 
- Condicionamento ácido com ácido poliacrílico à 
10% - 10 a 15s; 
- Lavar, secar e aplicar o cimento; 
- Remover o excesso de cimento após o 
endurecimento. 
 
Obs: É aconselhável para que a adesão seja efetiva, 
que se use a mistura brilhosa. Esta aparência indica 
um número de radicais carboxílicos livres do ácido 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
23 
 
que irão reagir com o cálcio do esmalte e da 
dentina, produzindo a união à estrutura dentária. 
 
3. CIMENTO RESINOSO 
 
• Composição: 
 
- Bis-GMA (matriz); 
- TEGMA, UDMA, HEMA (diluentes); 
- Lítio, alumínio, sílica (carga); 
- Silano (agente de união). 
 
• Classificação de acordo com o tamanho da 
partícula de carga: 
 
a) Microparticulada: 0,04 micrometros. 
b) Microhíbrido: 0,6 a 2,4 micrometros. 
 
• Classificação de acordo com o tipo de 
polimerização: 
 
a) Quimicamente ativado 
 
- Dois componentes: 2 pastas; 
- Peróxido (iniciador) e amina (ativadora); 
- Proporção segundo fabricante; 
- Mistura em bloco de papel: 20-30s. 
 
b) Fotopolimerizável 
 
- Único componente; 
- Sistema de canforoquinona/amina; 
- Tempo de exposição varia. 
 
c) Dual 
 
- Dois componentes; 
- Manipulação igual a da parte química; 
- Ativação química lenta. 
 
• Classificação de acordo com o tipo de 
tratamento de superfície dental: 
 
- Convencionais (ataque ácido + adesivo); 
- Autocondicionantes. 
 
 
 
• Propriedades: 
 
- Solubilidade: muito baixa; 
- Resistência a compressão: 185 a 320 Mpa; 
- Película: 15 a 150 micrometros; 
- Tempo de trabalho: 40 segundos; 
- Tempo de presa: 40s a 24h; 
- Flúor: baixa; 
- Adesão: sim. 
 
• Vantagens: 
 
- Adesividade; 
- Maior resistência; 
- Baixa solubilidade; 
- Mimetização de cores. 
 
• Desvantagens: 
 
- Contração de polimerização; 
- Difícil remoção de excesso; 
- Alto custo; 
 
Tratamento do Remanescente Dental 
 
1. Cimento de fosfato de zinco 
 
- Limpeza com pedra pomes e água. 
 
2. Cimento de ionômero de vidro 
 
- Ácido poliacrílico 10% por 10s. 
 
3. Cimento resinoso 
 
a) Convencional: condicionamento ácido + 
adesivo; 
 
b) Autocondicionante: limpeza com pedra 
pomes + água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
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Tratamento da Superfície Interna 
da Restauração 
 
1. Metálico 
 
- Jateamento com óxido de alumínio (limpeza e 
microretenções). 
 
2. Resina composta de laboratório 
 
- Jateamento com óxido de alumínio; 
- Ácido fosfórico a 37%; 
- Silano (agente de união). 
 
3. Cerâmicas 
 
a) Cerâmicas ricas em sílica – ácido sensíveis 
 
- Jateamento com óxido de alumínio; 
- Ácido fluorídrico a 10% por 20s a 1min; 
- Lavar por 30s e secar; 
- Silano – 1 min. 
 
b) Cerâmicas pobres em sílica – ácido 
resistente 
 
- Jateamento com óxido de sílica (silicatização). 
 
Referências: 
 
• Material de apoio cedido pela professora da 
disciplina; 
• Livro: Anusavice KJ. Materiais Dentários. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013, 12º ed; 
• JÚNIOR, João Galan.	Materiais dentários: o 
essencial para o estudante e o clínico geral. 
Santos, 1999; 
• FOOK, A.C.B; AZEVEDO, V.V.C; BARBOSA, W.P.F; 
FIDÉLIS, T.B; FOOK, M.V.L. Materiais 
odontológicos: cimentos de ionômero de vidro. 
Rev. Eletrônica de Materiais e Processos, v. 3.1, 
pag. 40-45, maio 2008. 
 
 
 
 
Recado para vocêque adquiriu essa apostila: 
 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato 
comigo ou tire essa dúvida com algum professor. 
Talvez possa ter coisas diferentes da forma que 
você aprendeu, mas isso não quer dizer 
necessariamente que eu ou você estejamos 
errados. Professores e autores têm diferentes 
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Essa apostila não pode ser vendida por terceiros e 
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